Dicas de Português
A Escola Fazendária do Paraná, em parceria com o Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ) publicou dicas para ampliar a discussão sobre a língua portuguesa.
Veja abaixo as dicas já publicadas:
(1/4/2014)
Vendeu A VISTA ou À VISTA?
Se alguém “vendeu a vista”, deve ter vendido “o olho”, pois A VISTA é objeto direto.Exemplo: Seu desespero era tanto que primeiro vendeu o carro, depois vendeu um rim e agora vendeu a vista.
À VISTA é adjunto adverbial de modo, por isso, usa-se a crase.
Exemplo: Cíntia faz coleção de relógios, todos são maravilhosos e ela compra todos à vista.
Assim, basta saber qual o sentido prefere usar: A Vista (olho) à vista (forma de pagamento).
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER
(10/4/2014)
Como pronunciar a palavra RUIM: Rúim ou Ruím?
O acento fonético está na sílaba “im”.Devemos pronunciar a segunda forma: RUÍM (O acento empregado é apenas para mostrar onde devemos dar mais ênfase na pronúncia).
Assim como ruir, ruína, Caim, raiz.
É incorreto dizer RÚIM.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(11/4/2014)
Imoral e Amoral
Os dois termos referem-se à questão moral, no entanto têm relações diferentes com a palavra.
Primeiramente, o que é moral, conforme o dicionário? É o que está “de acordo com os bons costumes e regras de conduta; conjunto de regras de conduta proposto por uma determinada doutrina ou inerente a uma determinada condição.”
No mesmo dicionário, moral também é classificada como o “conjunto dos princípios da honestidade e do pudor”. Daí este termo ser tão utilizado em âmbito social, principalmente no político!
Assim, temos que:
Imoral é tudo aquilo que contraria a moral. Quando há falta de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade.
Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, “não leva em consideração preceitos morais”.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(2/4/2014)
Comprimento ou Cumprimento
Troca-se o “u” e o “o”, muda-se tudo.É muito comum ouvir esse trocadilho nas conversas cotidianas. Também, pudera, parece haver um acordo entre as pessoas: pode-se usar tanto “u” como “o” que todo mundo entende!
No entanto, “cumprimento” e “comprimento” têm significados bastante diferentes. E deveria ser causa de estranheza empregar um em vez do outro.
Vejamos: Usa-se comprimento no sentido de extensão, tamanho, dimensão.
Exemplo:
O comprimento da garagem não permite guardar dois carros.
Usa-se cumprimento no sentido de saudar alguém, e também, quando deriva do verbo “cumprir” (executar), como em:
O servidor Yuri, da GETEC, cumpriu brilhantemente suas obrigações. Ele estava no cumprimento de suas obrigações.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(3/4/2014)
“TODA noite ou TODA A noite?”
“Toda noite” significa “qualquer noite, todas as noites”.
Exemplo: Magal é fascinada por histórias de amor, ela assiste a filmes de romance toda noite!
“Toda a noite” significa “a noite inteira”.
Exemplo: Antigamente, nos postos fiscais, os servidores passavam toda a noite envolvidos com o trabalho.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(4/4/2014)
Sereias Tupiniquins
Há umas palavrinhas e umas expressõezinhas que, chicletonas, pegajosas, insistem em se agarrar ao nosso dizer, escrito ou falado. Sedutoras, arrastam-nos para o erro, tal como as sereias, de acordo com a lenda, arrastam os incautos para a profundeza das águas.Com certeza o uso que fazemos delas não foi ensinado na escola nem nas gramáticas. Seguramente – e isso acontece o tempo todo – ouvimos alguém dizer, vimos alguém usar e, pronto, imitamos sem pestanejar. Imitamos sem questionar. Imitamos sem investigar. Imitamos porque, se lemos tantas vezes e se ouvimos outras tantas, então está certo.
É aí que viajamos na maionese.
Abaixo, vai uma pequena amostra de termos com que nos deparamos e usamos frequentemente, mas que são impróprios para o contexto em que estão insertos, e até em qualquer contexto.
Menas
Essa é de arrepiar. Se usar, mergulhe em água benta. Se ouvir, procure um confessionário e arraste o falante com você.
“Menas” seria – se existisse, é claro – o masculino de menos?
Não caia nessa armadilha: menos é sempre menos, não muda nunca.
Hoje há menas pessoas na fila.
(Quem disse isso deveria ser o último de uma fila de dois quilômetros, noite fria, garoa, vento, bermuda, manga curta, fome, mosquito da dengue, vontade de ir ao banheiro...).
Graças a Deus, há menas chance de eu haver perdido aquele arquivo.
(Deixe Deus fora dessa! Tomara que perca o arquivo, não exista back up e tenha que digitar tudo novamente).
Jamais poderemos errar:
Hoje há menos pessoas na fila.
Graças a Deus, há menos chance de eu haver perdido aquele arquivo.
Enquanto
Essa conjunção nos remete à idéia de tempo; mais precisamente, à idéia de fatos que ocorrem ao mesmo tempo.
Enquanto escrevia, pensava nos momentos que passara com a amada.
Os meninos brincavam no campinho de futebol enquanto seus pais os acompanhavam com olhares atentos.
Acontece que usar “enquanto” com outros sentidos virou modismo.
Eu, enquanto cidadão, tenho o direito de me manifestar sobre a falta de segurança nesta cidade.
Observa-se, claramente, que “enquanto” foi usado com o mesmo valor de “na condição de”, “na qualidade de”. Fujamos dessa. Digamos assim:
Como cidadão, tenho o direito de me manifestar sobre a falta de segurança nesta cidade.
Considerando minha condição de cidadão, tenho o direito de me manifestar sobre a falta de segurança nesta cidade.
Junto a
Essa expressão indica proximidade física.
Sinto-me feliz quando tenho meus filhos junto a mim.
Aproximou-se, posicionou-se junto à entrada e disse-lhe lindas palavras.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto “junto a” recebeu, por nossa conta, outros significados.
Aquela motocicleta foi adquirida junto a uma grande concessionária.
O auditor fiscal solicitou vários documentos junto ao contribuinte.
Procuramos manter contato junto aos nossos colaboradores.
Digamos assim:
Aquela motocicleta foi adquirida em uma grande concessionária.
O auditor fiscal solicitou vários documentos ao contribuinte.
Procuramos manter contato com nossos colaboradores.
Onde
“Onde” indica basicamente ideia de lugar.
Onde você comprou esses óculos?
É lindo o Brasil, onde o Sol brilha sempre!
Esse “pequerrucho” termo assumiu, no entanto, outros significados.
A fiscalização foi intensificada, onde houve aumento da arrecadação.
É uma denúncia muito grave, onde as conseqüências são imprevisíveis.
Melhor dizermos assim:
A fiscalização foi intensificada, por isso houve aumento da arrecadação.
É uma denúncia muito grave e as conseqüências são imprevisíveis.
Colocação
Essa virou febre, mania nacional. Quem usa não tem dó nem piedade de quem ouve, ou lê.
A funcionária que atuou na Vendinha do Fisco colocou muito bem seus argumentos.
Durante reuniões, então, nem se fala... é uma colocação atrás da outra. Coitados dos reunidos.
Por favor, deixem-me fazer uma colocação, pois eu acho que é muito importante.
Diante de todos, gostaria de colocar que tenho muitas dúvidas acerca dos novos procedimentos adotados.
E depois de duas horas colocando daqui, colocando dali, participando de todo tipo de colocação, todo mundo se levantando...eis que...
Só um minutinho, só um minutinho. Agora pra concluir, pra fechar mesmo, eu gostaria de colocar que... (fala sério, ninguém merece, não é mesmo? Aos quarenta e cinco do segundo tempo?!)
Vamos simplificar:
A funcionária que atuou na Vendinha do Fisco argumentou muito bem.
Por favor, deixem-me expor minha opinião, pois acho que é muito importante.
Diante de todos, gostaria de dizer que tenho muitas dúvidas acerca dos novos procedimentos adotados.
A nível de
Outra campeã. Quase hors-concours.
Sanguessuga, retira toda a elegância do nosso discurso, disseca-o, deixa-o paupérrimo, sem vida.
A nível de Brasil, ainda existe muita discriminação.
Essa situação deve ser solucionada a nível de diretoria.
A nível de padrão de jogo, as equipes europeias estão à frente das sul-americanas.
É bem mais simples dizer:
No Brasil, ainda existe muita discriminação.
Essa situação deve ser solucionada pela diretoria.
O padrão de jogo das equipes europeias é melhor que o das equipes sul-americanas.
Fonte:
Dicas da Dad, português com humor - Dad Squarise
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
O dia-a-dia da nossa língua - Pasquale Cipro Neto
Português descomplicado - Carlos Pimentel
(7/4/2014)
SOB ou SOBRE?
SOB = “embaixo de”.“Livian teve conjuntivite e ficou sob cuidados médicos”.
“O denunciante está sob proteção da justiça”.
“ O Cachorro está sob a mesa”.
SOBRE = “em cima de”.
“Ana Lucia deixou o livro sobre a mesa”. Ainda bem que ela é cuidadosa, já imaginou se ela deixa o livro sob a mesa? E o cachorro da frase acima?
Atenção
A frase “marcar sob pressão” está errada. Quem exerce pressão exerce pressão SOBRE alguém ou SOBRE alguma coisa. Nesse caso, é preferível dizer: “marcar POR pressão”.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(8/4/2014)
“Meias-calça ou meias-calças?”
Embora meias-calças seja aceitável, o plural mais recomendável é MEIAS-CALÇA.Trata-se de um tipo de meia. O substantivo CALÇA exerce a função de adjetivo.
Quando isso ocorre, o substantivo torna-se invariável, ou seja, não se flexiona nem em gênero nem em número.
Exemplo: Marília emprestou-me suas meias-calça durante o inverno.
“Meias calças” (sem hífen) poderiam ser “calças pela metade”, assim como “meias palavras”.
Exemplo: Enjoada de suas calças jeans, Veronice transformou-as em meias calças para desfilar no verão.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(9/4/2014)
DA ONDE ou DE ONDE?
A forma “da onde” simplesmente não existe.
Sempre que houver a ideia de procedência “de” algum lugar, devemos usar a forma DE ONDE.
Portanto, devemos falar:
“Rio de Janeiro é a cidade de onde Léo veio.”
“Quero saber de onde você vem.”
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(14/4/2014)
VERBO SOBRESTAR, UMA CAIXINHA DE SURPRESAS
O verbo sobrestar possui mais de um significado: não prosseguir, parar, deter-se, suspender, sustar, retardar, dentre outros.
O quê da questão, no entanto, não é o que ele significa, mas como é conjugado.
Iniciemos testando nossos conhecimentos.
1 – Eu sobrestei o processo ontem.
2 – Eu sobresto processos diariamente.
3 – Eles sobrestam processos.
4 – Por favor, sobreste este processo para mim.
Em relação à conjugação do verbo sobrestar, podemos afirmar que:
( ) Somente a oração 1 está correta.
( ) Somente a oração 2 está correta.
( ) Somente a oração 3 está correta.
( ) Somente a oração 4 está correta.
( ) As quatro orações estão corretas.
( ) As quatro orações estão incorretas.
Antes de olhar a resposta, ponha a cuca para funcionar.
Tchan, tchan, tchan, tchan...
Pois é, acertou quem escolheu a última opção: As quatro orações estão incorretas.
- Mas como?! Eu digo assim todos os dias desde que entrei no Fisco! (e olha que faz tempo). Uso em pareceres, despachos, informações... Até usei em meu pós-doutorado!
Ficou espantado? Não se preocupe, eu também fiquei (e muito!).
O verbo sobrestar, tão íntimo de gavetas e armários, é constantemente maltratado por nós. Se quisermos acertar, devemos conjugá-lo como o verbo estar, conhecido de todos.
Vejamos a conjugação de dois tempos verbais usados por nós frequentemente.
Estar Sobrestar
Presente do Indicativo Presente do Indicativo
Eu estou Eu sobrestou
Tu estás Tu sobrestás
Ele está Ele sobrestá
Nós estamos Nós sobrestamos
Vós estais Vós sobrestais
Eles estão Eles sobrestão
Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Perfeito do Indicativo
Eu estive Eu sobrestive
Tu estiveste Tu sobrestiveste
Ele esteve Ele sobresteve
Nós estivemos Nós sobrestivemos
Vós estivestes Vós sobrestivestes
Eles estiveram Eles sobrestiveram
Portanto, devemos dizer assim:
Eu estive aqui ontem.
Eu sobrestive o processo ontem.
Eu estou aqui diariamente.
Eu sobrestou processos diariamente. (Difícil de acreditar, né?!)
Eles estão aqui.
Eles sobrestão processos. (Mais difícil ainda!)
Por favor, esteja aqui às 19 horas.
Por favor, sobresteja este processo para mim. (Será que alguém atenderá o pedido?!)
E por aí vai...
Realmente, nosso portuga é uma caixinha de surpresas.
Como se diz popularmente: "Eu morro e não vejo tudo!"
Aprendemos mais uma.
Até a próxima.
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Páginas da web.
CLIQUE AQUI PARA LER O TEXTO SOBRE O VERBO SOBRESTARDica do Dia!
(15/4/2014)
Em meados de...
É comum ouvirmos dizer: "em meados de abril", "em meados de maio", com o significado de "em algum dia dentro desse mês".
Atenção!
Meados é um termo técnico, definido no parágrafo 2.º do artigo 132 do Código Civil (Lei 10.406/02, de 10 de janeiro de 2002).
O dispositivo prescreve que o termo meado significa o décimo quinto dia de qualquer mês.
Se procurarmos no dicionário, encontraremos definições de meado: palavra adjetiva, significa dividido ao meio; meio; feito de partes iguais de substâncias diferentes; ou o substantivo masculino metade, o meio.
Portanto, quando for usado o termo meado, se em documento, será sempre o décimo quinto dia; se no uso comum, o meio do mês.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(16/4/2014)
EXTRATO ou ESTRATO?
ESTRATO, com S, quer dizer “camada”.
Ex.: O certo é “estrato social”, “sociedade estratificada” (sociedade dividida em camadas), “estratosfera”…
EXTRATO, com X, vem do verbo extrair e significa “essência, resumo, sumo”.
Ex.: “extrato de tomate”, “extrato bancário”, “extrato (= essência de perfume)”…
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(17/4/2014)
“Assistimos o” ou “assistimos ao”?
O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo direto (sem preposição) ou indireto (com preposição).
Quando a pergunta "a quê?" for feita ao verbo, este será transitivo indireto.
Quando a pergunta "quem?" for feita ao verbo, este será transitivo direto.
Exemplos:
a) Cida, quando dentista, assistia o paciente.
(Assistiu quem? O paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediários, sem preposição).
b) Milton assistiu ao filme “A Pele que Habito”!
(Assistiu a quê? Ao filme! Logo, preposição a + artigo o)
O verbo assistir será transitivo direto quando tiver significado de ajudar, auxiliar, prestar assistência, socorrer. Portanto, sem preposição!
O verbo assistir será transitivo indireto quando tiver significado de presenciar, comparecer, ver, estar presente, testemunhar, caber. Portanto, a preposição “a” será obrigatória!
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(22/4/2014)
TV a Cores ou TV em Cores?
Conforme o Gramático Napoleão Mendes de Almeida, corroborado pelos demais estudiosos, é erro grosseiro dizer "TELEVISíO A CORES".
O estudioso da língua cita vários exemplos da justa acolhida da preposição EM, nas frases:
"É só soltar a tecla de recepção EM cores";
"Teresa ganhou de aniversário, uma enorme TV em cores.";
"A fotografia de Ângela foi tirada EM cores";
O filme “O Artista”, do qual falamos ontem, é em preto e branco, não em cores, como acreditei que fosse.
Dessa forma, na dúvida entre "Televisão em cores" ou "televisão a cores", escolha a forma certa: "televisão em cores".
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(23/4/2014)
ACRIANO ou ACREANO?
O antigo dicionário Aurélio registrava as duas formas.
Segundo o novo Vocabulário Ortográfico publicado pela Academia Brasileira de Letras e o dicionário do mestre Evanildo Bechara, quem nasce no Acre é ACRIANO. Não há registro de acreano.
Assim, podemos dizer:
Francisco é acriano e se orgulha muito disso.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(24/4/2014)
Pronúncia da palavra Agrotóxico
Agrotóxico é um produto químico utilizado no combate e prevenção de pragas agrícolas; defensivo agrícola.
É Substantivo masculino e, em certas ocasiões, Adjetivo.
Na pronúncia correta da palavra, o "x" tem som de ks, como táxi, tóxico: /agrotóksico/.
Não se deve pronunciar /AGROTÓCHICO/ OU /TÓCHICO/, muito menos /AGROTÓSSICO/ ou /TÓSSICO/.
Portanto, pelo bem do idioma, devemos pronunciar AGROTÓKSICO, TÓKSICO.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(25/4/2014)
FLUIDO ou FLUÍDO?
A dúvida em relação à pronúncia da palavra FLUIDO existe, uma vez que não possui acento.
Como se pronuncia corretamente? Com a sílaba tônica no “u” ou no “i”?”
FLUIDO = SUBSTANTIVO
A palavra FLUIDO (sem acento) é um substantivo. Devemos pronunciá-la com a sílaba tônica no “u”:
“Nesta Gerência, sentimos bons FLUIDOS.”
“Acabou o FLUIDO do velho isqueiro do fiscal aposentado.”
FLUÍDO = VERBO
A palavra FLUÍDO (com acento agudo no “i”) existe e é verbo. É o particípio do verbo FLUIR:
“Nos discursos de Gustavo, as palavras têm FLUÍDO com incrível facilidade.”
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(28/4/2014)
UM COPO COM ÁGUA OU UM COPO D’ÁGUA
Inicialmente, cumpre assinalar que ambas as expressões existem na língua portuguesa.
COPO COM ÁGUA – é aquele que contém alguma água. Basta uma gota para justificar a expressão.
COPO D’ÁGUA - em copo d’água, a preposição “de” exprime totalidade. Quer dizer: copo cheio d’água.
A expressão “um copo d’água” pode parecer um copo feito de água, dirão os desavisados. Porém não tenha receios em falar assim, pois nunca lhe trarão um copo feito desse ou de qualquer outro líquido.
Na gramática, essa construção é denominada metonímia, fenômeno em que se emprega o continente pelo conteúdo.
Diga-se de passagem que pedir um copo com água não será problema, pois a ideia será de obter água e não um copo cheio do referido líquido. Só não poderá reclamar se a pessoa que lhe servir estiver com “miséria” até para dar a água!
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(29/4/2014)
ÀS VEZES ou AS VEZES?
1 - Usamos o acento grave somente quando às vezes for uma locução adverbial de tempo ( = de vez em quando, em algumas vezes).
“Às vezes Kiola (MA) vem à Sefaz do ES para se inteirar sobre os cursos.”
2 - Quando não houver a ideia de “de vez em quando”, não devemos usar o acento grave.
“Foram raras as vezes em que Margarida (CE) alterou o tom de voz.” (as vezes = os momentos, as situações);
“Em todas as vezes, Marília (PE) apresentou uma solução para o problema.” (= não há a preposição “a“, por isso não ocorre a crase; temos somente o artigo definido “as“).
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(30/4/2014)
PLURAL
Quando falamos de plural, automaticamente imaginamos a letra “s” no final (até rimou). O raciocínio é correto, pois normalmente as palavras pluralizadas recebem o “s” no fim. Normalmente, mas não sempre. Além disso, há algumas que recebem o “s”, mas ficam muito estranhas, seguramente porque não estamos acostumados com elas. Conheçamos algumas.
Dinheiro - Dinheiros
É necessário muito dinheiro para sediar a copa do mundo de futebol. (Muito mesmo!)
Muitos dinheiros circularão durante os jogos olímpicos. (Alguns a gente nem imagina que existem.)
Bastante - Bastantes
Tem dinheiro bastante (suficiente) para a viagem. (Vai torrar tudinho nas férias.)
Nós observamos bastantes (muitas) baleias quando visitamos Abrolhos. (Um espetáculo emocionante e inesquecível.)
Gravidez - Gravidezes
A gravidez é uma fase especialíssima da vida das mulheres. (Um grande presente.)
Minha avó teve quatorze gravidezes e deu à luz quinze filhos. (Eram outros tempos.)
Arroz - Arrozes
O arroz é utilizado fartamente na culinária oriental. (Você já experimentou macarrão de arroz?)
Dentre os arrozes comercializados durante o festival gastronômico, vários foram apresentados em formatos inusitados. (De dar água na boca.)
Propõe - Propõem
Ela propõe que a Educação Fiscal passe a fazer parte do currículo escolar. (Ótima ideia!)
Eles propõem casamento sob o regime de comunhão universal de bens. (Que o amor seja “infinito enquanto dure”.)
Óculos
É palavra usada somente no plural.
Esqueci meus óculos na mesa do bar. (Ah, se a patroa sabe que você foi ao bar. Ainda se estivesse esquecido na padaria, na igreja, mas no bar!)
Comprei uns óculos muito bonitos: as lentes são roxo-berinjela e a armação é vermelho-susto. (Barbaridade! Devem ser um espetáculo, muito adequados para usar à noite... numa noite sem luar, sem luz elétrica nem de lampião, um breu total, para ninguém ver essa maravilha!).
Obs.: é importante lembrar que também existe o substantivo óculo, com outros significados.
Fontes de consulta: Telegramática (41 - 3218-2425) e Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Dica do Dia!
(2/5/2014)
O GRAMA ou A GRAMA?
Estava escrito: “… a grama da gordura animal tem nove calorias, enquanto a grama da proteína do feijão tem quatro calorias”.
O autor do texto acima devia estar fazendo referência “à grama” que o animal comeu e virou gordura e também “à grama” que nasceu junto aos pés de feijão.
A história é velha, mas vamos repetir. O substantivo GRAMA quando se refere à massa (na linguagem popular, falamos “peso”) é MASCULINO.
Portanto, “O GRAMA da gordura animal tem nove calorias, enquanto O GRAMA da proteína do feijão tem quatro calorias”.
Assim, resumindo, temos:
O GRAMA = peso
Por favor, compre 200 (duzentos) gramas de queijo.
A GRAMA = relva.
Queira cortar a grama do jardim.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Dica do Dia!
(5/5/2014)
DEFERIR ou DIFERIR?
Use deferir quando quiser obter significado de: atender ao que se pede, conceder, concordar.
Use diferir quando quiser obter significado de: distinguir, ser diferente, divergir, discordar.
Quando ficar em dúvida, é só lembrar que “diferir” começa com “i”, assim como seus sinônimos: distinguir, discordar.
Exemplos:
a) Esse assunto se difere do outro! (é diferente)
b) O juiz deferiu o pedido de reintegração feito pelos advogados do servidor! (concedeu)
c) As solicitações para inscrições no curso foram deferidas pelo Secretário. (foram aceitas, houve concordância)
d) O pedido foi deferido! (foi aceito, houve concordância)
Portanto, quando alguém diz que algo foi “indeferido” é porque foi recusado.
O verbo diferir possui outro significado além dos que foram apresentados no texto acima: procrastinar, retardar.
Poderá ser consultado o link abaixo:
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=diferir]
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(6/5/2014)
“Pegar ônibus” ou “Tomar ônibus”?
As duas maneiras de falar estão corretas.
Muitos acham que "pegar o ônibus" é segurar, reter.
O Aurélio traz nada mais nada menos do que 52 acepções para esse verbo. Na acepção de número 5, registra:
"Subir ou instalar-se em uma viatura qualquer para nela viajar".
Então, pegar, nesse sentido, refere-se a qualquer veículo: carro, ônibus, avião, bicicleta, moto, etc.
Vou tomar o ônibus. O Aurélio traz 32 significados para esse verbo. O de número 21 diz:
"Entrar em veículo e nele seguir viagem". Serve para qualquer veículo.
Portanto, pode-se falar com tranquilidade: Vou pegar o ônibus ou Vou tomar o ônibus.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(7/5/2014)
Uso da expressão “Junto ao”
Vejamos a frase abaixo, muito utilizada no nosso dia a dia:O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF.
Igualmente:
O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Fluminense.
Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores.
Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco.
A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(30/6/2014)
1. Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.
Por exemplo:
Amar é sofrer.
O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa.
Veja:
- | Eu | |
Falar | -es | Tu |
Vender | - | Ele |
Partir | -mos | Nós |
-des | Vós | |
-em | Eles |
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo:
Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(8/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa 1
Casa da Mãe Joana
No século XVI, Joana I, rainha de Nápoles, era dona de Avignon, para onde fugira, acusada de ter conspirado a morte do marido. Venerada pelos habitantes locais, Joana governava Avignon.
Foi ela que regulamentou os bordéis da cidade, estabelecendo que deveriam ter uma porta por onde todos entrariam. A partir daí, cada bordel ficou sendo chamado de “o paço da mãe (a dona da cidade) Joana”, com o sentido de uma casa que está aberta a qualquer um.
A expressão foi para Portugal e veio para o Brasil. Aqui, a palavra “paço”, pouco conhecida, foi substituída por “casa”.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(9/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 2
Expressão “Feita nas Coxas”
Com a Revolução Industrial, com a evolução e mecanização da fabricação de telhas, com a industrialização em geral, o processo de fabricação das telhas conseguia produzir, progressivamente, telhas de alta qualidade e de formatos uniformes. As telhas com defeito (baixa qualidade e/ou disformes) eram rejeitadas.
Como forma de gozação, surgiu a expressão "Feito nas coxas", para se referir a essas telhas mal feitas, que pareciam ter sido feitas como os antigos escravos as produziam.
Mais tarde, a expressão tomou conta da fala popular, sempre se referindo a alguma coisa mal feita.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(12/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 3
1. "É cuspido e escarrado a sua cara!"A frase original era: "(...) esculpido em Carrara".
Carrara é um tipo de mármore, extraído na localidade chamada Carrara.
E esta:
2. "Quem tem boca vai a Roma!"
Como nasceu?
"Quem tem boca vaia Roma!
Só mais uma:
3. "Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão."
Era: "Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão".
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(13/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 4
Qual a origem da palavra "puxa-saco"?
"Puxa-sacos eram as ordenanças que, de modo submisso, carregavam os sacos de roupas dos oficiais em viagem", conta.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(14/5/2014)
SIGLAS
Sigla é uma espécie de abreviatura.É considerada diferenciada, pois a partir dela derivam outras palavras. CLT, exemplificando, é a sigla correspondente a Consolidação das Leis de Trabalho. Dessa sigla deriva a palavra celetista.
A grafia das siglas causa alguma dúvida: todas as letras maiúsculas? todas as letras minúsculas? a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas? são masculinas ou femininas? vão para o plural? com ponto ou sem ponto? levam acento? dá para separar em sílabas? como usá-las no texto?
Façamos como o es-quar-te-ja-dor, vamos por partes.
Maiúsculas.
Grafam-se todas as letras em maiúsculas quando a sigla tiver até três letras.
PT, PR, SC, CPI, CPF, IPI.
Grafam-se todas as letras em maiúsculas quando a sigla tiver quatro letras ou mais, mas não puder ser pronunciada como uma palavra, ou seja, haverá pronúncia letra a letra.
FGTS, CNBB, ABNT, BNDES, ICMS, IPVA, ITCMD.
Inicial maiúscula e as demais minúsculas.
Grafa-se a primeira letra em maiúscula e as demais grafam-se em minúsculas quando a sigla tiver quatro letras ou mais, podendo ser pronunciada como uma palavra, ou seja, em sílabas.
Sesi, Senai, Petrobras, Unesco, Funai, Incra, Mercosul, Alca, Sefa, Sefaz.
Masculinas ou femininas?
O gênero da primeira palavra a partir da qual foi formada a sigla define o gênero do determinante (artigo, numeral, pronome, adjetivo) que a acompanha.
A CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. (provisória???)
A OEA – Organização dos Estados Americanos.
OIncra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
O FCA – Fator de Conversão e Atualização.
É mesmo sabichão? Então me responda: por que eu digo "vou fazer um DDD e não uma DDD?";
Como todos sabemos, DDD é a sigla correspondente a discagem direta a distância. Sendo discagem substantivo do gênero feminino, a sigla deveria estar acompanhada por determinante do mesmo gênero, mas não é o que acontece.
A explicação é a seguinte: muitas vezes, mesmo contrariando as normas gramaticais, algumas expressões são consagradas pelo uso, caem no gosto dos utentes de determinado idioma, incorporando-se ao léxico. No caso presente, estabeleceu-se a concordância com o nome da letra "D" (o dê).
O mesmo se dá com DDI – discagem direta internacional.
Tudo bem, uma você acertou. Mas me responda esta: Se TAM corresponde a Transportes Aéreos Marília, por que usamos a TAM e não os TAM?
Nesse caso, como a sigla refere-se a um nome pluralizado, o artigo concorda com a idéia implícita nele, ou seja, a de companhia: A (Companhia) Transportes Aéreos Marília.
Com ponto ou sem ponto?
Como pôde ser observado nos exemplos citados, não se utiliza ponto nas siglas.
Assim, grafamos DFC e não D.F.C.
Vai pro plural ou não vai?
Sim, as siglas podem ser pluralizadas.
São duas as formas de flexioná-las no plural:
1– grafando um "s"; (minúsculo) ao final:
Para alcançar as quotas, será necessária a lavratura de AIs de grande valor. (AIs = autos de infração).
2 – pluralizando apenas o determinante (artigo, numeral, pronome, adjetivo):
As GIA foram entregues pelo contribuinte. (O artigo "As" indica que GIA = guias de informação...)
Aquelas OSF já foram encerradas. (O pronome "Aquelas" indica que OSF = ordens de serviço de fiscalização)
Observação: não haverá qualquer problema se usarmos as duas formas de pluralização ao mesmo tempo, ou seja, pluralizando o determinante e colocando um "s" minúsculo na sigla.
Muitos CAFs – comandos de auditoria fiscal – foram cancelados.
As GIAs foram transmitidas corretamente.
Fiquemos atentos: em nenhuma hipótese usaremos o apóstrofo (’) para grafar o plural de uma sigla.
Os AI’s... As GIA’s... (grafia incorreta...incorretíssima).
Com acento ou sem acento?
Ao longo das pesquisas efetuadas, não foi constatada a presença de acentos indicativos da sílaba tônica em siglas que formam palavras possíveis.
Como exemplo, tomemos a sigla Petrobras. Instintivamente, queremos colocar um acento agudo (´) no "a" de "bras", pois entendemos tratar-se de uma oxítona (sílaba tônica na última sílaba) terminada em "as". Seguremos nosso instinto, pois não há acento.
Há que se considerar, no entanto, que a sigla poderá trazer acento se a parte acentuada da palavra por extenso foi utilizada para compor a sigla.
Exemplo: a sigla Expoingá é grafada com acento, pois corresponde a Exposição Agropecuária de Maringá. Observa-se que se grafou gá na sigla, pois está gá na palavra por extenso Maringá.
Separa ou não separa?
Não foi localizada uma resposta categórica. Há, porém, a indicação de que poderá ser seguida a mesma orientação dada para os nomes próprios: é preferível não separar em sílabas. Essa orientação serve para as siglas que formam palavras possíveis (pronunciadas em sílabas). Relativamente àquelas que não formam palavras possíveis (pronunciadas letra a letra), não deve haver a separação.
No texto
Quando a usamos no texto, a sigla deve vir grafada em primeiro lugar e depois sua designação por extenso entre travessões. Vejamos alguns exemplos.
Vale salientar que a RPG – Reeducação Postural Global – é extremamente salutar.
O IPTU – Imposto Predial Territorial e Urbano –, tributo municipal, é calculado com base no valor venal dos imóveis. (Observa-se que após o segundo travessão foi colocada uma vírgula. Nesse caso, é correto grafar travessão e vírgula lado a lado).
Um dos tributos municipais é o ISS – Imposto sobre Serviços. (Observa-se que não foi colocado o segundo travessão, haja vista a presença do ponto ".").
Num texto, após já termos grafado a sigla e a sua designação, se houver a repetição poderemos usar apenas a sigla.
O Brasil é um dos participantes do Mercosul – Mercado Comum do Cone Sul.
...
O Mercosul foi criado...
Se, por intermédio de determinado texto, dirigimo-nos a um público afeto ao uso de certas siglas, não se faz necessário grafar ao lado delas sua designação por extenso. Se, no entanto, nossa mensagem for direcionada a um público que desconhece as siglas usadas no texto, deve-se, quando da primeira grafia de cada sigla, colocar sua designação por extenso. Havendo repetições, poderá ser grafada, como já foi dito, apenas a sigla.
Há controvérsia
As informações acima prestadas seguramente facilitarão nossa vida no momento em que for necessário grafar siglas. Há que se ressaltar, no entanto, que mesmo entre os gramáticos não há unanimidade de entendimento. Assim, poderemos nos deparar com opiniões diversas.
São vicissitudes de nosso idioma com as quais devemos conviver.
Ainda assim, vale dizer que a exposição efetuada retrata o pensamento da maioria dos autores consultados, viabilizando o estabelecimento de um padrão. Aliás, por falar em padrão, apesar de reclamarmos que por vezes nos "engessa", há situações em que ele muito nos auxilia, pois nos indica determinado caminho, independentemente de entendimentos particulares.
Fontes de consulta:
1001 Dúvidas de Português (José de Nicola e Ernani Terra).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Telegramática (41) 3218-2425.
(15/5/2014)
PARECE, MAS NíO É! - 1
A princípio = inicialmente, no começoA princípio, todos estavam muito receosos; posteriormente, tornaram-se mais confiantes.
Em princípio = em tese
A documentação apresentada não é capaz, em princípio, de derruir a medida fiscal.
A fim de = para
O contribuinte foi notificado a comparecer na delegacia regional, a fim de prestar esclarecimentos.
Afim = semelhante
Na biblioteca, existem muitos livros sobre qualidade de vida, bem como outras publicações afins.
Ao encontro de = ideia de concordância, de mesma direção
As atitudes de meu filho vão ao encontro de minhas convicções.
De encontro a = ideia de discordância, de direção oposta
As opiniões de alguns filiados vão de encontro à filosofia do partido.
A = relativamente a tempo, indica futuro
Viajaremos para Garopaba daqui a 12 dias.
Há = relativamente a tempo, indica passado
Há muito tempo, minha amiga tenciona morar em uma chácara.
Fontes de consulta: 1001 Dúvidas de Português (José de Nicola e Ernani Terra). Português Descomplicado (Carlos Pimentel). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira). Telegramática (41) 3218-2425.
(16/5/2014)
PARECE, MAS NíO É! - 2
Cerca = proteção normalmente colocada na divisa de um terrenoA cerca que foi instalada impede a fuga dos animais do pasto.
Cerca de = aproximadamente
Foram vacinadas cerca de cinco mil crianças.
A cerca de = aproximadamente (normalmente usado para distâncias)
O estádio fica a cerca de dez quilômetros do hotel em que a delegação está hospedada.
Acerca de = sobre, referente a.
Quando visitamos alguém enfermo, é inoportuno conversamos acerca de doenças.
Há cerca de = ideia de tempo decorrido e de existência (sem precisão).
Há cerca de cinco anos, viajei para Jericoacoara. (Tempo decorrido: Faz aproximadamente ...)
Há cerca de quinhentas pessoas aguardando na fila. (Existência: Existem aproximadamente ...)
Acender = atear fogo.
De maneira irresponsável, o motorista acendeu um cigarro enquanto abastecia seu carro.
Ascender = subir, elevar-se.
Após concluir os estudos, o jovem ascendeu profissionalmente.
Em vez de = ideia de opção.
- Mariana, em vez de ir ao cinema, você deveria ir ao teatro.
Ao invés de = ideia de oposição.
Ao invés de sair para divertir-se, resolveu ficar trancado em casa.
Eminente = alto, elevado, importante, digno.
Foi construída uma torre eminente.
O texto foi produzido por eminente professor.
Iminente = que está próximo a acontecer.
Naquele local, uma epidemia de cólera é iminente.
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).
(19/5/2014)
PARECE, MAS NíO É! - 3
Afluir = correr para (em direção).
Vários córregos afluem ao Rio Paraná.
Efluir = emanar, correr.
Do quarto de seu filhos, eflui um doce aroma de infância.
Afluente = curso de água que deságua em outro.
O Rio Purus é um dos afluentes do Rio Amazonas.
Efluente = resíduo de atividade industrial, esgoto.
Muitos efluentes contaminam a natureza.
Caçar = perseguir a tiro, a laço, a rede, etc
Os traficantes foram caçados pela polícia até serem presos.
Felizmente, há menos caçadas a animais silvestres hoje em dia.
Cassar = tornar nulo ou sem efeito
Qualquer parlamentar que não zelar pela coisa pública deve ter seus direitos políticos cassados.
Incipiente = que está no começo, principiante.
Os estudos sobre a utilização de células-tronco ainda são incipientes.
Insipiente = ignorante.
Apesar do elevado nível de escolaridade, ainda é insipiente no trato com as pessoas.
Mandado = ordem escrita que emana de autoridade judicial ou administrativa.
Foi expedido mandado de prisão contra o autor do furto.
Mandato = autorização, poder político que se outorga a alguém; tempo de duração dessa autorização.
Aquela mulher, tão competente e honesta, foi eleita para um mandato de três anos na direção da Escola de Música Canto que Encanta.
Fontes de consulta:
Dicionário Prático de Regência Nominal ( Celso Pedro Luft)
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).
(20/5/2014)
PARECE, MAS NíO É! - 4
Se não = se por acaso não.Caminharemos no parque se não chover.
Senão = caso contrário.
- Piá, faça logo a lição, senão ficará sem o computador!
Senão = exceto, salvo.
Todos os servidores ascenderam na carreira, senão aqueles que se acomodaram.
Senão = defeito, problema.
Não há nenhum senão no plano apresentado.
Neste caso, “senão” é um substantivo masculino e pode ser pluralizado: Não há senãos no plano apresentado.
A flexão do substantivo senão acompanha a flexão de não, que é nãos: Antes de se tornar jogador de futebol profissional, ele ouviu muitos nãos.
Observa-se, no entanto, frequente utilização de senões, apesar de não se ouvir dizer nões.
Tampouco = também não, nem.
A ré não compareceu à audiência e tampouco justificou sua ausência.
Tão pouco = muito pouco.
É necessário tão pouco para se viver bem, nós é que queremos demais.
Traz = do verbo trazer.
Sempre que chega, nosso netinho traz muita alegria para esta casa.
Trás = compõe a expressão por trás de.
Por trás daquelas palavras, havia intenções meramente particulares.
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).
1001 Dúvidas de Português (José de Nicola, Ernani Terra).
(21/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa 5
Como surgiu a expressão CC para falar de suor?
Ela surgiu na década de 1950. Nessa época, a Unilever introduziu no mercado brasileiro o sabonete Lifebuoy.
O produto tinha alto poder antisséptico e bactericida, e uma de suas qualidades, exaltada nas propagandas, era acabar com o desagradável "cheiro de corpo" e dar "completo asseio corporal."
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(22/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa 6
“Cair nos braços de Morfeu”
A frase é inspirada no filho do deus grego do sono.De acordo com a mitologia da Grécia antiga, Morfeu era um dos mil filhos de Hipno, o deus do sono. Assim como o pai, era dotado de grandes asas, que o transportavam em poucos instantes, e silenciosamente, aos pontos mais remotos do planeta.
O nome Morfeu quer dizer "a forma" e representa o dom desse deus: viajar ao redor da Terra para assumir feições humanas e, dessa maneira, se apresentar aos adormecidos durante os seus sonhos. É por isso que se costuma dizer, há vários séculos e nas mais diversas línguas: quem cai nos braços de Morfeu faz um sono tranquilo e reconfortante, como se realmente estivesse na companhia dessa divindade.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(23/5/2014)
Não há problemas gramaticais com “vou à” e “vou para a”, mesmo porque o verbo “ir” pode ser regido tanto pela preposição “a” quanto pela preposição “para”.
O que ocorre, no entanto, é a dúvida entre uma e outra.
Realmente, há uma pequena diferença semântica, ou seja, de significado, quando dizemos, por exemplo: Vou à escola e Vou para a escola.
Vejamos:
a) “Vou à escola” passa a ideia de que o interlocutor (quem fala) irá voltar em questão de horas. Dessa forma, a noção que temos, como ouvintes, é de algo temporário, ou melhor, de curta duração.
b) “Vou para a escola” já indica um período maior de tempo, praticamente definitivo. O interlocutor vai, mas não temos ideia de quando volta ou se volta. Obviamente, dentro de circunstâncias normais, ninguém mora na escola.
Mas quando dizemos “Vou à casa de meus pais” e “Vou para a casa de meus pais” já existe a probabilidade do interlocutor estar indo visitar os pais ou morar com eles.
Da mesma forma ocorre com “Vou a Belém” e “Vou para Belém”. A primeira oração dá a entender que a pessoa vai passar uns dias em Belém. Já na segunda, há a possibilidade da pessoa estar indo residir em Belém.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(26/5/2014)
Para saber se usa-se a ou há, apresentam-se aqui algumas dicas.
1. Usa-se há quando o verbo “haver” é impessoal (conjugado na terceira pessoa do singular) e tem sentido de “existir”.
Exemplos:
Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Existe um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Há duas palavras que devemos usar sempre: por favor e obrigado.
Existem duas palavras que devemos usar sempre: por favor e obrigado.
Importante: o verbo "existir" não é impessoal e, portanto, deve ser flexionado, pois concorda com "duas palavras".
2. Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”. Se for possível a substituição de há por faz sem alteração do sentido da frase, emprega-se há.
Exemplos:
Há muito tempo não como esse bolo.
Faz muito tempo que não como esse bolo.
Há cinco anos não escutava uma música como essa.
Faz cinco anos que não escutava um música como essa.
Importante 1: Não se usa "Há muito tempo atrás", "Há cinco anos atrás", "Há muitos anos atrás", pois ocorre redundância, já que, neste contexto, há indica tempo decorrido.
Neste caso, é correto dizer: "Muito tempo atrás" ou "Há muito tempo"; "Cinco anos atrás" ou "Há cinco anos"; "Muitos anos atrás" ou "Há muitos anos".
Importante 2: NíO é correto grafar "Fazem cinco anos que não escutava uma música como essa.", pois, neste caso, faz é verbo impessoal e deve ser conjugado na terceira pessoa do singular: FAZ.
3. Quando não for possível a utilização do verbo ‘haver’ no sentido de ‘existir’ ou no sentido de ‘tempo decorrido’ , então, emprega-se a.
Exemplos:
Daqui a pouco você poderá ir embora.
Estamos a dez minutos de onde você está.
Contribuição enviada por Sidney Belarmino Ferreira - 8.ª DRR - Londrina.
Fonte indicada na mensagem original: Sabrina Vilarino, graduada em Letras, equipe Brasil Escola.
Adaptações: Carlos Dell Agnelo, Esat - Escola de Administração Tributária.
(6/1/2015)
(27/5/2014)
Protocolar ou Protocolizar?
Com frequência, fica-se em dúvida sobre qual dos termos usar: protocolar ou protocolizar.Primeiramente, salienta-se que ambos fazem parte do léxico da língua portuguesa do Brasil e constam em vários dicionários.
Protocolizar
É um verbo e significa “registrar ou inscrever no protocolo”.
Exemplos:
1 – A entidade filantrópica protocolizou pedido de imunidade de IPVA.
2 – É necessário protocolizar o pedido de aposentadoria no SID – Sistema Integrado de Documentos.
Protocolar
Pode ser verbo ou adjetivo.
Adjetivo: cerimonioso, formal, convencional.
Exemplos:
1 – Sua forma de falar é bastante protocolar.
2 – Após seu discurso, ouviram-se tão-somente palmas protocolares.
Verbo: tem o mesmo significado de protocolizar. Os dicionários anotam que se trata de um brasileirismo, ou seja, é uma palavra que não deve ser utilizada em linguagem formal.
Conclusão: os verbos protocolar e protocolizar possuem o mesmo significado. Se, no entanto, determinado documento ou determinado diálogo exigem o uso da linguagem formal da língua portuguesa, devemos optar por protocolizar.
Para apimentar um pouco mais a relação entre protocolar e protocolizar, seguem três links que tratam do assunto.
O primeiro traz uma aula sobre as diferenças entre protocolar e protocolizar (é um vídeo que está no YouTube e provavelmente não será possível acessá-lo no local de trabalho. Não desista, assista em casa, na lan house, pois é bastante esclarecedor).
O segundo traz matéria da Revista Época (contribuição do colega Rodrigo Alberto de Oliveira, da AGTI).
O terceiro traz opiniões sobre a utilização de protocolar e protocolizar.
Poderá ser observado que a controvérsia existe.
www.youtube.com/watch?v=pcoh8XwooGE
revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT590198-2845,00.html
www.gilmesquita.com/2006/03/protocolar-ou-protocolizar.html
Fonte: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa - Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(28/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Olha o passarinho!”
Ave na gaiola deixava a criançada imóvel na hora da foto.
Quando a fotografia foi inventada, a impressão da imagem no filme não se dava tão rapidamente como hoje. Ver a foto numa telinha digital segundos após ser tirada, poder apagá-Ia e fazer de novo se alguém piscou não passava pela cabeça dos fotógrafos daquela época. Posar e fotografar era um processo bastante lento.
Na metade do século XIX, os fotografados tinham de permanecer parados por até 15 minutos, a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da máquina. Fazer com que as crianças ficassem imóveis por tanto tempo era um verdadeiro desafio. Por isso, gaiolas com pássaros ficavam penduradas atrás dos fotógrafos e chamavam a atenção dos pequenos, tornando mais fácil a tarefa de fotografar.
Assim, a expressão "olha o passarinho" ficou conhecida como a frase dita pelo fotógrafo na hora da pose.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(29/5/2014)
SíO ou SANTO?
Independentemente de sua religião, alguma vez já bateu aquela dúvida:
Por que SíO PAULO, mas SANTO AGOSTINHO?
Eis a resposta, que, embora tão simples, raramente encontramos por aí:
Depende da letra com que começa o nome do santo.
Se for vogal, usamos SANTO: Santo Agostinho, Santo Inácio, Santo André.
Se for consoante, usamos SíO: São Paulo, São José, São Bento, São Caetano, São Vicente.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(2/6/2014)
Origem da palavra ENTUSIASMO.
São muito semelhantes as explicações para a origem do vocábulo entusiasmo.
Entusiasmo vem do grego enthousiasmós, palavra composta por três outras: en, theos e asm.
en: dentro.
theos: Deus.
asm: em ação.
Assim, originalmente, significava "O Deus que habita dentro", "Deus dentro de nós em acção.".
"Entusiasmo, contemporaneamente, é utilizado para descrever o prazer maior de fazer alguma coisa, gosto forte para alguma coisa, ou desenvolver alguma atividade com paixão e dedicação, mantendo o espírito ativo."
É bom demais levar a vida com entusiasmo!
Muito entusiasmo a todos!
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
www.significados.com.br.
abreucoachinginstitute.com.
www.abcddacatequese.com.br
(3/6/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 8
FICAR A VER NAVIOS - HISTÓRIAS DE PORTUGAL
O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o corpo não foi encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador. Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal.
A consequência dessa crise foi a anexação de Portugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II. Evidentemente, os portugueses sonhavam com o retorno do rei, como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa.
Em função disso, o povo passou a visitar com frequência o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente, o retorno do dito rei. Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios.
É importante frisar também que a morte de Dom Sebastião inaugura o sebastianismo, que se trata simplesmente disto: a chegada do Salvador. Várias crenças advêm daí. Entre elas podemos destacar a guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(4/6/2014)
Diferença entre INÚMEROS e NUMEROSOS
INÚMEROS = incontáveis; NUMEROSOS = muitos.
“Olho para o céu e vejo INÚMERAS estrelas.” (= São tantas que é impossível contá-las);
“É uma família muito NUMEROSA.” (= É uma família compostas por muitas pessoas).
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(5/6/2014)
PRONÚNCIA CORRETA - 1
Há umas palavrinhas que de vez em quando nos passam rasteiras. Temos certeza de que a pronúncia é assim, falamos assim e ...erramos, era assado. Mesmo quando temos dúvida e procuramos esclarecê-la, nem sempre obtemos a resposta desejada. Os dicionários nos ensinam a grafia correta e o significado, porém nem sempre informam a pronúncia. Assim, permanecemos na dúvida: é “ô” ou “ó”?; é “ê” ou ”é”?; o “x” tem som de “z”, “ks” ou “ss”? E por aí vai.
Abaixo, estão elencados alguns vocábulos e sua respectiva pronúncia. É possível que ao longo da leitura efetuemos dois tipos de exclamação: “Ah, isso eu já sabia!” e “Puxa, jamais poderia imaginar!”
À esquerda, estão as palavras corretamente grafadas; ao centro, em itálico e sublinhado, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); à direita, alguma observação.
Vamos lá!
Abrupto - ab rrupto - A pronúcia A-bru-pto, também possível, é considerada popular.
Aerossol - aérossol - Quase todos dizemos aerozol, mas não é.
Algoz - algôz - Não digamos algóz.
Almejar - almêjar - Sempre com o “ê” fechado: almejo, almejas, ...
Badejo - badéjo - A pronúncia badêjo (com "ê" fechado) não é considerada a mais adequada.
Biótipo - biótipo - Apesar da grafia, a pronúncia mais ouvida é biotípo (ti = sílaba tônica). Nada disso.
Boêmia - boêmia - Muitos dizemos boemía (mi = sílaba tônica). Nada disso.
Colmeia - colmêia - Quem diria! O correto é com “ê” fechado. Há quem defenda também a pronúncia colméia (com o “é” aberto), mais comum entre nós.
Fonte de consulta: Dicionário de Pronúncia Correta (Luiz Antonio Sacconi).
(6/6/2014)
IMPLANTAR e IMPLEMENTAR
IMPLANTAR = dar início.
IMPLEMENTAR = desenvolver, pôr em prática.
“É um sistema novo que ainda não foi IMPLANTADO na nossa empresa.”
“Os procedimentos já estão escritos e aprovados. Falta só a IMPLEMENTAÇíO.”
Alguns dicionários não fazem mais essa distinção. Consideram IMPLANTAR e IMPLEMENTAR palavras sinônimas.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(9/6/2014)
PRONÚNCIA CORRETA - 2
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); mais abaixo, comentários e exemplos.
Destro
dêstro
Dava para imaginar que era assim? Quase todos pronunciamos déstro, que não é o correto.
Dúplex
dúpleks
O acento agudo no "u" não deixa dúvidas de que está ali a sílaba tônica. A palavra tríplex segue a mesma lógica. Nada de dupléks, tripléks, apesar de as propagandas assim dizerem.
Eifel
eifél
Um dos símbolos de Paris, é oxítona, pois “fel” é a sílaba tônica.
Extra
êxtra
Este prefixo deve ser pronunciado com o “ê” fechado. Extrajudicial, extracurricular, horas extras.
Fecho
fecho
Sempre com o “ê” fechado: ele fecha, elas fecham, ...
Fontes de consulta: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa (Luiz Antonio Sacconi).
(10/6/2014)
ESTRANGEIRISMOS BRAZUCAS
É muito frequente a incorporação de vocábulos de um idioma no léxico de outro idioma. Um vocábulo importado recebe o nome de estrangeirismo.
Alguns estrangeirismos mantêm sua forma original: coffee break, delivery, off-line, on-line, shopping center. No entanto, como os idiomas estão em constante transformação, estrangeirismos também sofrem mudanças e passam a ser grafados dentro das regras do idioma a que foram incorporados. Aqui no Brasil, esse fenômeno linguístico recebe o nome de aportuguesamento. É comum a coexistência da palavra original e da nova palavra, sendo preferível a utilização desta. Ao utilizar-se a forma original, esta deve ser grafada em itálico.
Seguem alguns exemplos de vocábulos que foram incorporados ao nosso idioma e, posteriormente, foram aportuguesados.
Abajur - do francês abat-jour.
Champanhe - do francês champagne.
Clipe - do inglês clip.
O plural de clipe é clipes. Assim, deve-se dizer "Por favor, empreste-me um clipe."; "Necessito de vários clipes."
Não se deve dizer "Empreste-me um clips."
Eslaide - do inglês slide.
Estresse - do inglês stress.
Futebol - do inglês football.
Leiaute - do inglês lay out.
Musse - do francês mousse.
É substantivo feminino. Assim, deve-se dizer "A musse de damascos estava deliciosa."
Videoteipe - do inglês video tape.
Xampu - do inglês shampoo.
Fontes de consulta: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa (Luiz Antonio Sacconi).
(11/6/2014)
COM RESERVAS e RESERVADAMENTE
COM RESERVAS = com cuidado, com restrições.
“Tratou do assunto COM RESERVAS.” (=não abriu o jogo, não disse tudo que sabia);
RESERVADAMENTE = sigilosamente, confidencialmente.
“Tratou do assunto RESERVADAMENTE” (=a sós, confidencialmente).
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(12/6/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 9
Santo do pau oco
No século XVII, as esculturas de santos que vinham de Portugal eram feitas de madeira e muitas delas, ocas por dentro, acabavam escondendo dinheiro falso que era trazido para o Brasil.
Durante o ciclo do ouro, contrabandistas enganavam a fiscalização recheando seus santos com ouro em pó.
Também se utilizaram deste recurso os donos de minas e os grandes senhores de terras, para esconder suas fortunas e assim escapar dos pesados impostos cobrados pelo rei de Portugal. As maiores, geralmente, eram mandadas para parentes de outras províncias e até para Portugal como se fossem simples presentes, levando grandes somas escondidas em seus interiores.
Este procedimento deu origem à expressão "santo do pau oco".
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(13/6/2014)
PARECE, MAS NíO É!
Calção = Peça de vestuário.
É azul a cor do calção do uniforme principal da seleção brasileira de futebol.
Caução = Garantia. O que serve de penhor a um empréstimo.
A exigência de caução é prática bastante comum.
Obs.: caução é substantivo feminino (a caução).
Descriminar = Absolver de crime, inocentar, excluir a criminalidade ou antijuridicidade (de um fato).
Há países que decidiram descriminar o uso da maconha, pois consideram ser ação importante para o combate ao tráfico de drogas.
Discriminar = Distinguir, diferençar, especificar.
Não é fácil discriminar cédulas falsas de verdadeiras.
Os motivos da autuação estão claramente discriminados.
Espiar = Observar secretamente, olhar.
Enquanto espiava os arruaceiros, pensava numa forma de avisar as autoridades.
Espiar = Amarrar com espia*.
Prendeu fortemente a embarcação com a espia.
Espia*: Designação comum a cabos normalmente utilizados para prender embarcações.
Expiar = Cumprir pena por algo cometido, padecer.
Enquanto expiava no presídio, teve muito tempo para refletir sobre os crimes que praticara.
Incerto = Não certo, duvidoso, indeterminado.
É incerta a localização dos fugitivos.
Inserto = Inserido, publicado entre outras coisas.
Foram insertas nos autos provas sobre as irregularidades praticadas pelo sujeito passivo.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(16/6/2014)
POR e PÔR
Já se disse que quase todos os acentos diferenciais foram suprimidos pelo Novo Acordo Ortográfico. É bom esclarecer, então, quais foram os que permaneceram - apenas dois, o do verbo "pôr" e o da forma "pôde" (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do modo indicativo). O acento de "pôr" faz que a forma verbal se distinga da preposição "por".
Na letra da canção "Leve", de Chico Buarque, temos a preposição "por": "Não me leve a mal/ Me leve apenas para andar por aí/ Na lagoa, no cemitério/ Na areia, no mormaço". Do mesmo Chico, agora na letra de "Bye-bye, Brasil", está o verbo "pôr": "Eu vou dar um pulo em Manaus/ Aqui tá quarenta e dois graus/ O sol nunca mais vai se pôr/ Eu tenho saudades da nossa canção/ Saudades de roça e sertão/ Bom mesmo é ter um caminhão".
É importante lembrar que o substantivo composto "pôr do sol" continua grafado com acento, dado que o verbo "pôr" é um de seus elementos constitutivos. O mesmo ocorrerá com a forma "soto-pôr", único derivado do verbo "pôr" em que o prefixo fica separado por hífen, motivo pelo qual o acento deve ser empregado. Nos demais, não ocorre acento gráfico: repor, propor, depor, compor, sobrepor etc.
PODE e PÔDE
Já a forma "pôde" mantém-se como único caso de acento diferencial de timbre (observe que, no presente do indicativo, dizemos "pode", com /o/ aberto e, no pretérito perfeito do indicativo, pronunciamos "pôde", com /o/ fechado). O motivo da manutenção do acento gráfico de "pôde", entretanto, não é a preservação da sua pronúncia fechada. Essa grafia serve para marcar o tempo passado.
A utilidade desse acento fez que não fosse suprimido na reforma ortográfica de 1971 e que sobrevivesse também a esta. Assim: "Ele não pode fazer isso" (presente) é diferente de "Ele não pôde fazer isso" (passado).
Fonte UOL Educação – Pesquisa Escolar
(educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u868.jhtm)
(17/6/2014)
MESMO = um só;
IGUAL = outro idêntico.
“Estamos com o MESMO problema do ano passado.” (É um problema só. Significa que o problema do ano passado não foi resolvido).
“Estamos com um problema IGUAL ao do ano passado.” (É outro problema, com as mesmas características do problema do ano passado).
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(18/6/2014)
O particípio do verbo trazer é TRAZIDO. O certo, portanto, é dizer ele tinha trazido ou ele havia trazido.
A forma trago só existe como primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer e do verbo tragar: “Eu trago os meus documentos sempre comigo” e “Às vezes eu fumo um cigarrinho, mas não trago.”
Isso significa que “tinha trago” e “havia trago” são formas inaceitáveis na língua padrão.
Fato semelhante ocorre com o verbo chegar. O certo é: ele tinha CHEGADO ou ele havia CHEGADO. As formas “ele tinha chego” e “ele havia chego” são inaceitáveis. A forma “chego”, como particípio, não existe.
A forma chego só existe na primeira pessoa do singular do presente do indicativo: “Eu sempre chego na hora determinada para o início do trabalho, isto é compromisso”.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(23/6/2014)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); mais abaixo, comentários e exemplos.
Gratuito
gratúito
Cuidado! Com frequência, ouvimos e pronunciamos gratuíto (í = sílaba tônica). Nos incluamos fora dessa!
Grelha
grélha
Sim, ali onde assamos aquele churrasquinho é 'grélha'. Tudo bem, tudo bem, o importante é a carne no ponto certo.
Hetero
hêtêro
Sempre com os dois “ê” fechados: heterônimo, heterossexual, heterodoxo.
Fonte de consulta:
Dicionário de Pronúncia Correta (Luiz Antonio Sacconi).
(24/6/2014)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); mais abaixo, comentários e exemplos.
Ibero
ibéro
É comum ouvir-se a pronúncia íbero, como se fosse palavra proparoxítona. Nada disso. Se fosse proparoxítona, a palavra teria acento agudo no "í", mas não tem.
Incesto
incésto
Inexorável
inezorável
Fonte de consulta:
Dicionário de Pronúncia Correta (Luiz Antonio Sacconi).
(25/6/2014)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); mais abaixo, comentários e exemplos.
Ínterim
interim
Cuidado! Com frequência, ouvimos e pronunciamos interím (rím = sílaba tônica). Nos incluamos fora dessa!
Intoxicação
intoksicação
Não é correto dizer intochicação ou intossicação. Sai de mim, fala estranha!
Irascível
iracível
Essa palavra vem de ira. Não devemos dizer irracível.
Fonte de consulta:
Dicionário de Pronúncia Correta (Luiz Antonio Sacconi).
(26/6/2014)
É comum ouvir pessoas dizerem que soam muito, fenômeno que só pode ser concretizado por quem, como a cobra cascavel, carrega consigo algum objeto que soa.
Na verdade, querem referir-se ao verbo suar.
Suar (com u) significa deitar suor pelos poros da pele, molhar com suor, transpirar.
Exs.: É preciso suar muito para vencer! Não seria nada ético vencer com o suor alheio!
E tem aqueles que teimam em dizer: ele soa demais: Errado, errado, errado!
Lembre-se... soar é de som.
Soar (com o) quer dizer emitir ou produzir sons, ecoar, ressoar.
Ex.: Os sinos vão soar em poucos minutos.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(27/6/2014)
Grafa-se “de baixo”, separado, nos seguintes casos:
a) quando “baixo” é adjetivo ou faz parte de uma locução adjetiva:
“Disse várias palavras de baixo calão”; “Estava sem a roupa de baixo”;
b) em correlações com “cima” ou “alto”: “Olhou a moça de baixo a cima”; “Observou o quadro de baixo a alto”; “A cortina rasgou-se de baixo a cima”;
c) ou quando pode ser substituído por “de cima”: “Saiu de baixo (de cima) da árvore”.
Nos demais casos, escreve-se “debaixo”, junto:
“O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “Debaixo de um sol forte, centenas de pessoas disputaram um espaço na fila”; “O Sport joga com o regulamento debaixo do braço”.
Como reforço, perceba que em “de baixo” está presente, normalmente, a ideia de “lugar de onde” (Saiu de baixo da mesa = saiu de onde) enquanto em “debaixo” a ideia é de “lugar onde” (O menino está debaixo da mesa = o menino está onde).
Observe também que “debaixo”, na maioria das vezes, é seguido da preposição “de".
“O menino está debaixo da mesa”; “Vivem debaixo do mesmo teto”; “ e que o mesmo não ocorre com “de baixo” (“Disse várias palavras de baixo calão”; “Olhou a moça de baixo a cima”; “Sai de baixo, que lá vem pedra!”).
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(1º/7/2014)
Usa-se o infinitivo impessoal:
a) quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado.
Por exemplo:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
b) quando tiver o valor de imperativo.
Por exemplo:
Soldados, marchar! ( = marchem!)
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(2/7/2014)
Verbos que se conjugam com Z ou com S.
Seguem duas regras para saber como são conjugados.
Se os verbos já têm Z no radical, são conjugados com Z.
Verbo fazer: fiz, fizesse, fizeste.
Verbo trazer: trazes, traz, trazia, traziam.
Verbo dizer: dizia, dizeis,dizem, diz.
Se o radical do verbo NíO tiver Z, os tempos são conjugados com S.
Verbo querer: quisesse,quis,quisera.
Verbo pôr: pusesse, pus, pusemos.
Verbo supor: supus, supusesse, supuser.
Compor: compus, compuseste, compuser.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(3/7/2014)
Os verbos derivados de palavras cuja última sílaba apresenta S serão grafados com S.
Exemplos:
análise, analisar;
pesquisa, pesquisar;
aviso, avisar;
liso, alisar;
paralisia, paralisar;
friso, frisar;
divisa, divisar;
improviso, improvisar.
Os verbos derivados de palavras cuja última sílaba NíO apresenta S serão grafados com Z.
Exemplos:
agonia, agonizar;
alfabeto, alfabetizar;
canal, canalizar;
drama, dramatizar;
legal, legalizar;
sinal, sinalizar;
ameno, amenizar;
fiscal, fiscalizar;
estilo, estilizar.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(4/7/2014)
- Os substantivos derivados de adjetivos terminam em ez ou eza.
puro (adjetivo) – pureza (substantivo);
franco – franqueza;
mole – moleza;
magro – magreza;
certo – certeza;
bravo – braveza;
avaro – avareza;
delicado – delicadeza;
árido (adjetivo) – aridez (substantivo);
altivo – altivez;
escasso – escassez;
estúpido – estupidez;
flácido – flacidez;
intrépido – intrepidez.
- As nacionalidades terminam em ês ou esa.
português – portuguesa;
chinês – chinesa;
francês – francesa;
polonês – polonesa;
norueguês – norueguesa.
- Títulos de nobreza terminam com esa.
marquesa;
princesa;
baronesa;
duquesa.
- Palavras do gênero masculino terminadas em ês formam o feminino com esa.
freguês – frequesa;
montanhês – montanhesa;
camponês – camponesa.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(7/7/2014)
É bem provável que já tenhamos ouvido e talvez já tenhamos usado “ledo engano” com o sentido de “grande engano”, de “você está muito enganado”.
Em consulta a dicionários, observa-se, no entanto, que o significado da palavra ledo é muito diferente. Ledo é adjetivo e significa risonho, contente, alegre.
Pronuncia-se lêdo. Também se pronunciam com o "ê" fechado lêda, lêdas, lêdos.
Exemplo:
Enquanto jogavam bola no campinho, as crianças estavam mais ledas do que nunca. Pura alegria!
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
Após ler a dica sobre a palavra ledo, o colega Sandro Couto, da 3.ª DRR - Ponta Grossa, indicou duas fontes onde constam informações sobre o uso da expressão ledo engano. Ambas asseguram que a expressão é correta.
Seguem os links: www.significados.com.br/ledo-engano/ ; palavras-preciosas.blogspot.com.br/2010/05/ledo-engano.html
A língua portuguesa é complexa e rica e, não raramente, deparamo-nos com estudiosos, especialistas que possuem entendimentos diferentes. Quantos mais conhecermos, maior será a probabilidade de utilizarmos mais adequadamente nosso idioma.
Sandro, obrigado pela contribuição.
(8/7/2014)
Hoje, 8/7/2014, acontece o jogo entre Brasil e Alemanha, uma das semifinais da Copa do Mundo de Futebol.
Seguramente, já estamos na torcida pela nossa seleção. Que vença o melhor. Que o melhor seja o Brasil!
A dica de hoje indica onde podemos dirimir dúvidas sobre conjugação verbal.
Eu compito existe?
Ele pule o carro ou ele pole o carro (do verbo polir)? As duas formas estão corretas? As duas estão erradas?
É fácil saber. Basta acessar www.conjuga-me.net
Aliás, que tal conjugarmos o verbo vencer em todos os modos, tempos e pessoas?
Bons fluidos para o Brasil!
(9/7/2014)
A expressão correta é “de forma que”. Não se usa a preposição “a” antes do “que” nas expressões “de forma que”, “por forma que”, “de maneira que” e “de modo que”.
Assim, deve-se dizer e escrever:
Vamos tratar dos processos de forma que fique tudo concluído o mais rapidamente possível.
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
(10/7/2014)
ÂNSIA, ANSIEDADE, ANSIOSO grafam-se com S.
DESDE é uma palavra só (não existe DES DE).
MENAS não existe. O correto é MENOS.
SEJE e ESTEJE não existem. O correto é SEJA e ESTEJA.
COM CERTEZA e DE REPENTE se escrevem separadamente.
MAIS é antônimo de MENOS.
MAS é sinônimo de PORÉM.
A GENTE é diferente de AGENTE.
A GENTE significa as pessoas, o povo. Em linguagem coloquial, usa-se com o sentido de nós: "A gente vai pra praia amanhã."
AGENTE é aquele ou aquilo que age, que produz algum efeito: "Os servidores da Sefa são os agentes da administração fazendária."
COMIGO se escreve junto. Não existe COM MIGO.
MIM não conjuga verbo. Assim, usa-se "para EU fazer" e não "para MIM fazer".
NADA A VER identifica que uma coisa não tem relação com a outra, que há grande diferença: "Nossa visão de mundo não tem NADA A VER com a vida que se leva nas grandes cidades."
NADA A HAVER identifica que não há nada a receber: "Já lhe paguei o que devia. Você não tem mais NADA A HAVER (a receber)."
A dica de hoje foi produzida pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
(11/7/2014)
As três formas existem, mas o que determina a utilização de uma ou de outra é o contexto em que estão insertas.
Vejamos as três frases abaixo:
"À falta de modelo atualizado, envio-lhe este, pois é semelhante."
"Há falta de modelo atualizado, envio-lhe este, pois é semelhante."
"A falta de modelo atualizado, envio-lhe este, pois é semelhante."
Qual delas está correta?
Considerando o contexto, observa-se que a forma correta é a primeira, uma vez que a expressão à falta de é utilizada para indicar a ausência de alguma coisa superior ou mais adequada.
A forma à falta de pode ser substituída, por exemplo, por haja vista ou uma vez que.
"Haja vista a ausência de modelo atualizado, envio-lhe este, pois é semelhante"
"Uma vez que não existe modelo atualizado, envio-lhe este, pois é semelhante."
A forma há falta de é usada com o sentido de existir falta de.
Há falta de água em boa parte do Estado de São Paulo. (Existe falta de; está faltando. Nesta frase, informa-se sobre a falta de água em São Paulo)
Há falta de recursos para a implementação de vários projetos sociais.
A forma A falta de cabe em vários contextos.
A falta de água em São Paulo é preocupante. (Nesta frase, qualifica-se a a falta de água em São Paulo: é preocupante)
A falta de recursos próprios levou o governo a solicitar empréstimos a organismos internacionais. (Nesta frase, a falta de recursos é a causa de uma ação do governo).
A dica de hoje foi produzida pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
(14/7/2014)
O Acordo Ortográfico trouxe novidades no uso do hífen. A dica de hoje não esgota o assunto, mas contempla boa parte dos casos.
Trata-se aqui da utilização ou não do hífen nas composições em que os prefixos ou pseudoprefixos terminam em vogal: aero, agro, infra, mini, pseudo, ante, extra etc.
1 - Usa-se hífen quando o segundo elemento inicia com h ou vogal igual àquela com que termina o prefixo ou pseudoprefixo.
Anti-horário, anti-inflamatório, infra-hepático, infra-assinado, micro-ondas, micro-ônibus.
2 - Não se usa hífen, quando o segundo elemento inicia com letra diferente (vogal ou consoante) daquela com que termina o prefixo ou pseudoprefixo.
Extraclasse, agronegócio, pseudoárbitro, autoestima, miniauditório, semicírculo, tricampeão, semifinal, semieixo.
3 - Não se usa hífen, quando o segundo elemento inicia com r ou s. Neste caso, essas consoantes devem ser duplicadas.
Polissílabo, extrarregulamentar, pseudossocial, semissintético, ultrarrápido, antessala.
A utilização do hífen comporta exceções. É oportuno, portanto, consultar bons dicionários ou outras fontes confiáveis.
Uma das exceções é o prefixo co. Usa-se hífen se o segundo elemento inicia com h, não se usa hífen nos demais casos.
Co-herdeiro, coocupante, coeducar, corréu.
Fonte de consulta: Acordo Ortográfico (1990) - Mudanças no Português do Brasil.
Editora Saraiva.
(15/7/2014)
Grafia das composições com o prefixo sub.
1 - Usa-se hífen se o segundo elemento da composição iniciar com h.
Sub-humano, sub-hepático.
2 - Usa-se hífen se o segundo elemento da composição iniciar com b (mesma letra com que termina o primeiro elemento).
Sub-base.
3 - Não se usa hífen nos demais casos.
Subrogar, subregião, subreptício, subsolo, subalugar, subaproveitar, subentender, subordem.
Atenção:
Sub judice é uma expressão latina; é grafada separadamente e em itálico; significa sob apreciação judicial.
Fontes de consulta:
Acordo Ortográfico (1990) - Mudanças no Português do Brasil,
Editora Saraiva.
Novo Dicionário da Língua Portuguesa,
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
(16/7/2014)
Grafia das composições com os prefixos inter, hiper, super.
1 - Usa-se hífen se o segundo elemento da composição iniciar com h.
Inter-hemisférico, hiper-humano, super-homem.
2 - Usa-se hífen se o segundo elemento da composição iniciar com r (mesma letra com que termina o primeiro elemento).
Inter-relacionamento, hiper-requintado, super-revista.
3 - Não se usa hífen nos demais casos.
Intersocial, interação, hipertrofia, hiperacidez, supermulher, superaquecer.
Fontes de consulta:
Acordo Ortográfico (1990) - Mudanças no Português do Brasil, Editora Saraiva.
Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
17/7/2014.
Ambas as formas estão corretas do ponto de vista linguístico.
Contudo, quando queremos nos referir rigorosamente ao dia anterior a ontem, será preferível optar pelo advérbio de tempo, anteontem.
Isto porque a expressão "antes de ontem" pode não transmitir com precisão a ideia de "dia anterior a ontem".
Muitos dias aconteceram antes de ontem.
Observe-se o exemplo:
“Até antes de ontem, eu julgava não saber fazer um ofício”. (=só ontem passei a saber fazer isso)
Concluindo, embora ambas as expressões possam ser usadas com o mesmo sentido, a forma "anteontem" traduz com mais rigor a ideia do dia anterior ao de ontem.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(18/7/2014)
DESABRIGADO = quem fica sem casa para morar.
DESALOJADO = quem teve de sair de casa.
“Os fortes temporais deixaram muitos desabrigados (as casas foram destruídas)”;
“Os fortes temporais deixaram muitos desalojados (as casas não foram destruídas, mas os moradores tiveram de sair delas)”.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(21/7/2014)
Devemos usar ESTOU EXTORQUINDO, porque o verbo EXTORQUIR é defectivo.
Sendo defectivo, não tem a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e nada no presente do subjuntivo.
Na verdade, jamais devemos extorquir. Talvez seja esse o verdadeiro motivo de ser o verbo defectivo, para dificultar o seu emprego.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(22/7/2014)
Segundo nossos dicionários, LENDÁRIO e LEGENDÁRIO podem ser usados como sinônimos. Observe as diferenças e semelhanças:
a) LENDÁRIO é derivado de LENDA (narrativa em que fatos históricos são deformados pela imaginação popular ou pela invenção poética);
b) LEGENDÁRIO é relativo à LEGENDA (inscrição, dístico, letreiro, vida dos santos, lenda).
Prefiro: “O LENDÁRIO fulano de tal…”.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(23/7/2014)
REVERTER = voltar ao que era antes.
INVERTER = mudar para o oposto.
MODIFICAR = simplesmente mudar, alterar.
“O paciente entra em coma. Os médicos tentam REVERTER o quadro.”
“O Detran deve INVERTER a mão desta rua.”
“É preciso MODIFICAR as regras do jogo.”
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(24/7/2014)
É verdade que tanto podemos grafar viagem com "g" e viajem com "j"?
Sim, é verdade, porém há o momento adequado para o uso de uma e de outra.
Vamos lá!
VIAGEM com "g" é substantivo.
a) Fizemos excelente viagem durante as férias.
b) As viagens que Maria faz permitem o convívio dela com pessoas de vários países.
VIAJEM com "j" refere-se à terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo VIAJAR.
Uma vez que o verbo viajar é grafado com "j", grafam-se com "j" todos os modos, tempos e pessoas desse verbo.
a) Espero que vocês viajem brevemente e divirtam-se muito.
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(25/7/2014)
Emergir = sair de onde estava mergulhado, vir à tona, manifestar-se, mostrar-se.
Usaram-se modernas técnicas para emergir o navio que estava submerso.
Ao emergir, o sol traz alegria e bem-estar.
Imergir = mergulhar, afundar, desaparecer, sumir, absorver-se.
Após abater uma presa, o grande tigre imergiu na floresta.
Muito dedicado, o servidor imergia em leituras técnicas sobre vários assuntos, a fim de realizar seu trabalho com a maior perfeição possível.
Na Chapada Diamantina, mulheres lavam roupas nos rios. Após imergirem-nas na água corrente, esfregam-nas e batem-nas sobre as pedras. Depois de limpas,
estendem-nas sobre as pedras, formando um mosaico colorido e encantador.
Geminado = duplicado, que constitui um par.
A construção é sustentada por colunas geminadas.
Na Curitiba de muitos anos atrás, eram comuns as casas geminadas.
Germinado = que germinou, que foi gerado, que nasceu.
Várias pessoas são adeptas do consumo de alimentos germinados.
Apesar dos castigos que lhes eram impostos, germinava entre os escravos um indelével desejo de liberdade.
Descrição = ato de descrever, exposição circunstanciada.
A partir da descrição efetuada pela testemunha, foi possível elaborar o retrato falado do punguista.
Descrição, dissertação e narração são tipos de redação.
Discrição = qualidade ou caráter de discreto, reserva, modéstia, recato.
A discrição com que tratava os assuntos polêmicos fez daquele gerente uma pessoa muito respeitada e admirada.
Muito elegante, vestia-se com discrição e bom gosto.
Fonte de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
(28/7/2014)
Não raramente, há dúvidas a respeito de qual usar: porque, por que, por quê, porquê.
A dica de hoje pretende auxiliar a correta utilização.
Importante: as palavras que estão entre parênteses não fazem parte das frases.
Vamos lá!
1 - Porque
Aparece em respostas, explicações e tem valor aproximado de pois, uma vez que.
Leio as dicas de português porque são de fácil assimilação.
Leio as dicas de português pois / uma vez que são de fácil assimilação.
É necessário constante aprimoramento, até porque o mundo evolui continuamente.
É necessário constante aprimoramento, pois o mundo evolui continuamente.
2 - Por que
a) Usa-se quando está subentendida a palavra razão.
É difícil saber por que (razão) agiu assim.
b) Usa-se nas interrogações. Também está subentendida a palavra razão.
Por que (razão) você fugiu?
c) Usa-se quando equivale a por qual, por quais. pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais, razão pela qual.
Não sei dizer por que (por qual) direção ela seguiu.
Não sei dizer por que (por quais) países eles viajaram.
Eis o motivo por que (pelo qual) desistimos da viagem.
A vitória por que (pela qual) luto significa muito para minha família.
Contribuíram para nosso bem-estar os caminhos por que (pelos quais) passamos.
As situações por que (pelas quais) passamos justificam nossa decisão.
O pai viajou; daí por que (a razão pela qual) o filho não foi à escola.
3 - Por quê
a) Usa-se quando está no fim da frase e está subentendida a palavra razão.
A criança começou a chorar, mas não sei por quê (razão).
b) Usa-se quando está no fim de frases interrogativas. Também está subentendida a palavra razão.
Eles desistiram da viagem por quê (razão)?
Eles desistiram da viagem. Por quê (razão)?
4 - Porquê
Usa-se quando equivale a motivo. Neste caso é um substantivo, é antecedido de um determinante e pode ser pluralizado.
Até que enfim descobrimos o porquê (motivo) da lentidão do sistema.
Há muitos porquês (motivos) para a demissão daquele funcionário.
O servidor solicitou remoção de setor, mas não revelou o porquê (motivo).
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Luiz Antonio Sacconi.
(29/7/2014)
Cessão = Ato de ceder.
Realizou a cessão de livros históricos para a Biblioteca Pública.
Seção = Parte de um todo, segmento.
Muitas empresas são divididas em seções.
A seção de esportes está presente na maioria dos jornais.
Sessão = Espaço de tempo que dura uma reunião, um trabalho.
Espaço de tempo em que funciona um congresso.
Horário em que são realizados espetáculos teatrais, em que são exibidos filmes.
As sessões do corpo docente daquela faculdade são realizadas aos sábados pela manhã.
O filme a que desejamos assistir passará na sessão das 20 horas.
Concerto = Composição musical. Apresentação musical.
Concertos para a Juventude foi um programa musical de sucesso na década de 1970.
Conserto = O ato de consertar.
Enviei o carro para conserto.
Para facilitar a apreensão de cada uma das grafias e seus respectivos significados, é oportuno fazer uso da mnemotécnica. Quando efetuam-se associações, facilita-se a retenção de informações na memória. Quanto mais estranha, bizarra, engraçada a associação, maior a facilidade de retenção.
A associação criada por um pode não ser adequada para outro. Por isso, é bom que cada um crie a sua.
Seguem algumas possibilidades.
Cessão que começa com “c” e tem “ss” no meio vem do verbo ceder, que começa com “c”. Uma pessoa, que tem “ss”, deve ceder.
Seção com “ç”, que é um “c” cortado, é um pedaço do todo. Cada pedaço tem um chefe que vai na frente, o “S”. Ainda bem que há um “S” só, pois se houvesse “SS”, haveria dois chefes. Vixe!
Sessão com “s” no começo e “ss” no meio é muito bom, como é bom cinema e teatro.
Concerto tem “c” no meio e música tem “c” no meio.
Conserto tem “s”. Sapateiro conserta sapatos.
Fonte de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
(30/7/2014)
O certo é “Se eu DISSER”.
O futuro do subjuntivo do verbo DIZER é conjugado assim:
Se eu DISSER
Se tu DISSERES
Se ele DISSER
Se nós DISSERMOS
Se vós DISSERDES
Se eles DISSEREM
O correto é “Se eu PROPUSER”.
O futuro do subjuntivo do verbo PROPOR é conjugado assim:
Se eu PROPUSER
Se tu PROPUSERES
Se ele PROPUSER
Se nós PROPUSERMOS
Se vós PROPUSERDES
Se eles PROPUSEREM
Nos verbos regulares, não há diferença entre o infinitivo e o futuro do subjuntivo:
“Ao ENTRAR na sala, o professor foi aplaudido.” (infinitivo)
“O professor exigiu compromisso ao ENTRAR na sala.” (infinitivo)
“Quando o professor ENTRAR na sala, será aplaudido.” (futuro do subjuntivo)
Nos verbos irregulares, há diferença entre o infinitivo e o futuro do subjuntivo:
“Ao SABER a verdade, começou a chorar.” (infinitivo)
“Se SOUBER a verdade, começará a chorar.” (futuro do subjuntivo)
“Ele veio até aqui para DIZER a verdade.” (infinitivo)
“Quando ele DISSER a verdade, ninguém acreditará.” (futuro do subjuntivo)
Portanto, deve-se dizer:
Se os contribuintes propuserem ... (proporem é incorreto)
Se os servidores disserem... (dizerem é incorreto)
Se o CCRF mantiver... (manter é incorreto)
Se o auditor fiscal dispuser... (dispor é incorreto)
A dica de hoje foi produzida pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
(31/7/2014)
COMERCIALIZAR = comprar, vender, alugar, emprestar.
VENDER = é uma das atividades da comercialização de um produto.
“É uma empresa que COMERCIALIZA software em todo o país.”
“O veículo está sendo VENDIDO por R$50.000,00.”
fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER. A Esat efetuou adaptações.
(1º/8/2014)
1 - TAXADO vem de taxa (tributo).
“A venda destes produtos foi TAXADA pelo governo.”
2 - TACHADO significa “acusado, considerado, qualificado, rotulado”:
“Ele foi TACHADO de ladrão.”
fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER.
(4/8/2014)
Devemos dizer calçar as luvas. Esta escolha verbal está relacionada com o fato de usarmos o verbo calçar quando queremos dizer que “vestimos” os membros inferiores. Como as mãos também são membros, embora superiores, por analogia, empregamos o mesmo verbo.
Assim, dizemos:
- Calçar os sapatos
- Calçar as meias
- Calçar as luvas
fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER.
(5/8/2014)
O texto de hoje é mais um convite à reflexão do que uma dica propriamente dita. Foi extraído das páginas 149 e 150 da parte III do livro Escrever Melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Boa leitura a todos.
"Ciladas da língua
"O português é uma língua muito difícil.
Tanto que calça é uma coisa que se bota,
e bota é uma coisa que se calça."
Barão de Itararé"
"As línguas têm mimos. Para os muçulmanos, o árabe é a língua de Deus. Entre 6,8 mil idiomas, o Senhor escolheu o deles para ditar a mensagem divina. O recado encontra-se
no Corão, joia da literatura mundial. Só se pode lê-lo no original. As versões em inglês, alemão, russo ou português não são o livro do Todo-Poderoso. São interpretações da obra.
Quem quiser ouvir a palavra do Criador só tem uma saída - aprender o árabe.
Para os nascidos na terra de Goethe, o alemão rima com precisão. O inimigo da ambiguidade não tem alternativa. É estudar alemão, ou estudar alemão. Por isso, nove entre dez
filósofos escrevem no idioma que tem declinações e montões de palavras coladas umas nas outras.
Os franceses não ficam atrás. Consideram-se donos da clareza. Montaigne, há 400 anos, disse que o estilo tem três virtudes - clareza, clareza e clareza. Parisienses & cia. afirmam que o estilo francês tem quatro - clareza, clareza, clareza e... clareza. O privilégio tem explicações. Chama-se escola de qualidade. A meninada aprende que só tem salvação se se debruçar sobre dicionários, gramáticas, manuais de redação e muita - muita - leitura.
E o português? O idioma de Camões, Machado de Assis e Fernando Pessoa cultiva vários mimos. Um deles: língua linda, mas muito difícil. Verdade? As línguas de cultura apresentam
dificuldades. O chinês, por exemplo, desafia os chinesinhos a interpretar 68 mil ideogramas. Eles, graças a muito estudo, chegam lá. O árabe fala uma língua e escreve outra. Sai-se bem com ambas. O segredo? Seriedade e dedicação. O português nosso de todos os dias não foge à regra. Exige empenho para revelar os mistérios. Quanto mais se aprende, mais se sobe na escala
do conhecimento. E mais liberdade se ganha.
A língua é um sistema de possibilidades. Dominá-lo significa ampliar o leque de escolhas. A criança se vira muito bem com a palavra casa. À medida, porém, que descobre as nuanças de lar, residência, domicílio, morada, moradia, habitação, pousada & cia., comunicar-se-á com mais precisão e consciência. Voará mais alto. E ultrapassará obstáculos. Embora pequenos, tropeços em crases, preposições, concordâncias e outras manhas da língua causam estragos. Evitá-los é possível. O texto agradece. O leitor também."
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(6/8/2014)
De acordo com as duas fontes de consulta mencionadas abaixo, o verbo sobressair não é pronominal,
ou seja, não deve ser grafado assim: se sobressaiu, sobressaíram-se, não me sobressaio.
É importante observar, no entanto, que alguns dos seus sinônimos são pronominais: destacar-se, distinguir-se, notabilizar-se.
Em uma das fontes consultadas consta assim: "Um dicionário recém-publicado, no entanto, entre tantos outros equívocos,
registra este verbo como pronominal. Nunca foi, apesar de aparecer assim neste ou naquele escritor mal-avisado."
Exemplos:
Além de inteligente, aquela professora sobressai pela beleza e simpatia.
Há atletas que sobressaem pela dedicação e determinação.
Os alunos sobressaíram pela seriedade com que realizaram a pesquisa.
Apesar de veterano, o jogador sobressai aos demais.
ou
Apesar de veterano, o jogador sobressai entre os demais.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Luis Antonio Sacconi.
Escrever Melhor - guia para passar textos a limpo.
Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(7/8/2014)
O certo é “de segunda a sexta-feira”.
Justificativa: Não ocorre a crase porque não há artigo definido. Nesta frase, nós nos referimos a qualquer segunda-feira (usamos apenas a preposição “de”) e a qualquer sexta-feira (só existe a preposição “a”).
Se nos referíssemos a uma determinada segunda-feira e a uma determinada sexta-feira, haveria artigo definido e, consequentemente, ocorreria a crase.
Exemplo: “O curso vai da próxima segunda à sexta-feira”. Observe que a segunda-feira está determinada.
A dica é a seguinte: “de…a" (sem crase); “da…à" (crase).
Observe outros exemplos:
“A reunião vai das 2h às 4h.”
“A reunião vai durar de duas a quatro horas.”
“Leia de cinco a dez páginas por dia.”
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(8/8/2014)
Esta é uma palavra que, por aparecer escrita de variadas formas, suscita a dúvida.
A forma correta é bem-vindo, isto quando queremos dar as boas vindas a alguém.
Exemplos:
Os participantes do XII Seminário Paranaense de Educação Fiscal serão muito bem-vindos.
É muito bem-vinda a oferta de cursos de capacitação na área de gestão de pessoas.
Importante: Benvindo e Benvinda são nomes próprios.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte:
SEFAZ-ESSUBSAD/GEDEF/SUDER
(11/8/2014)
Ora = Por enquanto, por agora.
Por ora, não há novas medidas fiscais a tomar.
Hora = Período de 60 minutos, momento, tempo.
Em certas vias, a velocidade máxima permitida é de 40 km por hora.
É sempre hora (tempo, momento) de praticar a solidariedade.
Mas = Porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Recebeu péssimas influências, mas se manteve no caminho do bem.
Mais = É o contrário de menos.
“Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.”
Quanto mais lê, mais cresce sua capacidade de interpretação.
Mau = É adjetivo. O feminino é má. O plural é maus.
O mau humor deve ser evitado.
O mau servidor. A má servidora. Os maus servidores.
Mau opõe-se a bom.
Mau funcionário. Bom funcionário.
Lobos maus. Lobos bons.
Mal = Pode ser substantivo e pode ser advérbio.
Substantivo
O mal não deve prevalecer.
O estresse é um mal da atualidade.
Observa-se que é um substantivo, pois pode variar.
Os males não devem prevalecer.
O estresse e a depressão são males da atualidade.
Advérbio
Extremamente preocupada, Maria dormiu muito mal.
Haja vista a péssima administração, aquela empresa anda mal das pernas.
Observa-se que é um advérbio, pois é invariável.
Extremamente preocupados, o pai e a mãe dormiram muito mal.
Haja vista a péssima administração, várias empresas andam mal das pernas.
Mal opõe-se a bem.
As redes sociais são mal utilizadas.
As redes sociais devem ser bem utilizadas.
O candidato saiu-se mal na prova.
O candidato saiu-se bem na prova.
Fonte de consulta:
Escrever Melhor - guia para passar os textos a limpo.
Dad Squarise e Arlete Salvador.
(12/8/2014)
Em espanhol, o nome da letra “z” (que tem o som “ss”) é zeta ou zeda. Cedilla, em espanhol, é um pequeno “z”.
No português arcaico, chegou-se a usar a letra “z” entre o “c” e a vogal seguinte para que o “c” fosse lido com o som “ts” em vez do som “k” – cacza (caça), moczo (moço) -, mas a prática não pegou.
Passou-se então a pôr um pequeno “z” embaixo da letra “c”. Esse pequeno “z” acabou virando um ganchinho ou uma vírgula.
Conforme se observa no título, esse sinal gráfico é substantivo feminino: a cedilha. No entanto, a letra "ç" é substantivo masculino: o cê-cedilha (no plural, cês-cedilhas).
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
(13/8/2014)
Usamos hífen para os nomes compostos de animais e vegetais.
Exemplo: Na casa de inverno da Mônica, há uma casinha de joão-de-barro.
Assim, devemos grafar: bem-te-vi-do-bico-chato, couve-de-bruxelas, couve-flor.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(14/8/2014)
O certo é: Roupas ROSA.
Um substantivo, no papel de adjetivo, torna-se invariável, ou seja, não se flexiona em gênero e número.
ROSA é o nome (substantivo) de uma flor. Se nós usarmos como cor (adjetivo), torna-se invariável:
Blusão (masculino) ROSA (feminino);
Camisas (plural) ROSA (singular).
Observe que a palavra ROSA, quando usada como cor (=no papel de adjetivo), é sempre ROSA (=sem masculino nem plural).
Vejamos outros exemplos:
Saias LARANJA, casacos VINHO, blusas CREME, sapatos AREIA, calças CINZA.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(15/8/2014)
Prolixo e lacônico são vícios de linguagem opostos. Ambos se referem à extensão do falar.
O prolixo fala em excesso. Ao invés de ir diretamente ao ponto, usa palavras demais. Enfeita, enrola, torna-se enfadonho.
Quando, ao final, desenvolveu o seu pensamento, nem sabemos mais do que falou.
No sentido diametralmente oposto, temos o lacônico. Este resume o seu pensamento em poucas palavras. É excessivamente breve, conciso. Ao terminar sua narrativa, faltam elementos para entender o que ele quis expressar.
A prolixidade e o laconismo são vícios de linguagem que podem ser encontrados na fala e na escrita.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(18/8/2014)
Quando se deseja indicar localização, lugar de residência, de trabalho, local de domicílio, usa-se a preposição em.
A Esat está situada na Rua Deputado Rivadávia Vargas, 261, Curitiba - PR.
O contribuinte está domiciliado em Paranaguá.
O Valaski e a Erli moram em São José dos Pinhais.
O Agemir reside no bairro do Boqueirão, em Curitiba.
Aluga-se imóvel sito na Rua Fagundes Varela.
Por ser incorreto, não se deve utilizar "à".
A academia está situada à Rua dos Pessegueiros. (incorreto)
O imóvel em questão, sito à Avenida Manoel Ribas, está à venda. (incorreto)
Apesar de o adjetivo sito ainda ser utilizado, é recomendável que não o seja. Deve-se optar por situado. Este link traz informações a respeito.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(19/8/2014)
Antes do novo acordo ortográfico, a tendência era seguir as seguintes regras:
1) “Quando o ‘não‘ funciona como autêntico prefixo, equivalente a ‘in-’, liga-se ao substantivo mediante hífen. Portanto: o não-conformismo, o não-comparecimento, a não-intervenção, o não-pagamento, a não-quitação, a não-flexão, a não-tributação.
2) Quando, porém, o ‘não‘ antecede adjetivo não há hífen. Portanto: não descartável, não durável, não flexionado, não resolvido, não tributável…”
Assim sendo, o correto era NíO-CONFORMIDADE com hífen, pois conformidade é substantivo.
Essa polêmica toda acabou. O novo acordo ortográfico decretou o fim do hífen com o elemento “não”, seja advérbio de negação, seja no papel de prefixo.
Devemos escrever sem hífen: organização não governamental, tratado de não agressão, operação não tributável, não pagamento, não conformidade.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(20/8/2014)
Rigorosamente, “FOMOS ao jogo eu e o meu filho”.
O sujeito (eu e o meu filho) é composto e corresponde a “nós” (1.ª pessoa do plural).
Entretanto, quando o sujeito composto aparece posposto (depois do verbo), é aceitável que se faça o que se chama concordância atrativa (o verbo concorda com o núcleo do sujeito mais próximo).
Isso significa que “FUI ao jogo eu e o meu filho” também é aceitável, pois FUI (verbo) concorda com EU (núcleo do sujeito mais próximo).
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(21/8/2014)
Para alguns autores, o certo é “melhor distribuída”; outros afirmam que o certo é “mais bem distribuída”; e há ainda os que dizem que é um caso facultativo.
Quando, à frente do comparativo de superioridade de bem e de mal houver particípio de verbo -- geralmente terminado em -ado ou em -ido, não se deve usar as formas sintéticas melhor e pior, e sim as formas analíticas mais bem, menos bem, mais mal e menos mal.
Por exemplo:
Ex.: Neymar era o jogador mais bem pago do Brasil.
Há funcionários mais mal remunerados que outros.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(22/8/2014)
Segundo o poeta Ferreira Gullar, a crase não foi feita para humilhar ninguém. Verdade, humilhar não humilha, mas dá uma enorme dor de cabeça.
Quanto ao uso do acento grave indicativo da crase, não há discussão. É um caso de crase impossível, por uma razão muito simples: domicílio é um substantivo masculino.
É importante lembrar que, antes de substantivos masculinos, é impossível haver crase, porque, se houvesse artigo definido, seria o artigo “o”. Não esqueça que para ocorrer a crase, precisamos da preposição “a” + artigo definido feminino “a”. Assim sendo, não perca tempo: a serviço, a pé, a álcool, a jato, a tiros, a 100 metros, a prazo…
A controvérsia que existe quanto à famosa expressão “entrega a domicílio” não é a crase. O que se discute é a preposição. Se toda entrega se faz “em” algum lugar, por que devemos fazer a entrega “a domicílio”?
Se fazemos qualquer entrega “em casa, no escritório, no quarto do hotel”, devemos também fazer a entrega “em domicílio”.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(25/8/2014)
Certamente já nos deparamos com a expressão PLEONASMO em algum momento de nossa vida.
Mas que bicho é esse?
Pleonasmo, que significa repetição, redundância, é uma figura de linguagem utilizada para realçar, reforçar determinada ideia. Nesse caso, chama-se
pleonasmo estilístico.
Vi, com meus próprios olhos, e mesmo assim não acreditei. Esse é um exemplo. O pleonasmo, nesse caso, confere mais vigor à expressão, ajuda-nos
a perceber a incredulidade do autor diante de determinada situação.
Há, no entanto, um tipo de pleonasmo que fere o padrão culto da língua: o pleonasmo vicioso, considerado, como o próprio nome diz, um vício de linguagem.
Alguns são extremamente visíveis e dificilmente os usamos: entrar para dentro, sair para fora, subir para cima, descer para baixo.
O que nos deve causar preocupação são aqueles que passam despercebidos e tornam menos elegante nosso discurso, falado ou escrito. Sutis, necessitam de toda
nossa atenção para que sejam constatados e evitados.
Vamos a alguns exemplos.
1 – A boneca de pano era o elo de ligação entre a menina e seu mundo imaginário. (Elo já confere a ideia de ligação. Usemos, portanto, apenas elo).
2 – O contribuinte anexou junto o comprovante de pagamento. (Só se for mágico – e dos bons – para anexar separado! Usemos apenas anexou).
3 – O teto salarial máximo foi estabelecido em reunião da qual participaram representantes dos sindicatos. (Teto já dá a ideia de posição mais alta. Usemos, portanto, apenas teto).
4 – Foram criados novos cargos em comissão. (Se “criássemos” algo velho, não criaríamos, plagiaríamos. Digamos, portanto, apenas Foram criados cargos em comissão).
5 – O servidor encarou de frente todos os problemas. (Dá para encarar de costas? Usemos, portanto, apenas encarou).
6 – O erário público deve ser bem administrado. (De acordo com dicionários, erário significa tesouro público. Usemos, portanto, apenas erário).
7 – Há dez anos atrás, nascia minha primeira filha. (Nesse contexto, “há” e “atrás” encerram a ideia de tempo decorrido. Usemos, portanto, apenas um deles: Há dez anos, ... ou Dez anos atrás...).
8 – Aquela revendedora de veículos oferece um plus a mais: ... (Plus é um termo latino que quer dizer “mais”. Usemos, portanto, apenas plus).
9 – O colega repetiu de novo, repetiu novamente, repetiu outra vez ... (Repetir quer dizer fazer novamente, outra vez, de novo. Assim, usemos apenas repetiu).
10 – O novo gerente decidiu manter a mesma equipe de funcionários. (Fala sério! Dá para manter o que não é o mesmo? Usemos apenas manter).
11 - Desejo ter um pomar de frutas em minha casa. (Se não fosse de frutas poderia ser de outra coisa? Pomar de surucucus? Pomar de ervas daninhas?
Usemos apenas pomar).
12 - Em minha opinião pessoal, ... (Se a opinião é minha, só pode ser pessoal. Usemos, portanto, em minha opinião).
13 - Em todos os países do mundo, ... (Alguém conhece algum país que não esteja no mundo? (Digamos, portanto, Em todos os países...).
Fiquemos atentos!
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
Fontes de consulta:
1001 Dúvidas de Português (José de Nicola e Ernani Terra);
Mais Dicas da Dad – português com humor (Dad Squarisi);
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira);
O dia-a-dia* da nossa língua (Pasquale Cipro Neto).
* Após a última reforma ortográfica, a palavra dia a dia passou a ser escrita sem hifens. Na indicação das fontes de consulta, os hifens foram mantidos, pois assim consta no exemplar consultado, publicado antes da reforma.
(26/8/2014)
O termo vocativo tem origem no latim vocare, que significa chamar. De acordo com Domingos Paschoal Cegalla, ..."é termo (nome, título, apelido) usado para
chamar, ou interpelar a pessoa, o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos"...
O vocativo é um termo à parte, não pertence à estrutura da oração e, portanto, não mantém função sintática com outros termos. Na escrita, vem separado por vírgula ou vírgulas.
Nos exemplos abaixo, o vocativo está em negrito para facilitar a identificação.
Meu caro amigo, vamos almoçar juntos hoje?
Não são raros os momento, Lívia, que penso em você.
Vamos alcançar as metas estabelecidas, pessoal. Muito bom!
"Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!" (Camilo Castelo Branco)
"Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!" (Graciliano Ramos)
Cão amigo, você é um grande companheiro!
"Correi, correi, ó lágrimas saudosas!" (Fagundes Varela)
Bom dia, amor, é bom demais acordar ao seu lado!
Careca, passa logo essa bola! Deixa de ser fominha, cara!
Nas correspondências, o vocativo é separado do corpo do texto preferentemente por dois-pontos e não por vírgula. De acordo com Adalberto J. Kaspary, ..."é preferível, até por mais lógico, o uso dos dois-pontos, pontuação que se coaduna perfeitamente com a inicial maiúscula, em nova linha, do texto a seguir." ...
Segue exemplo de vocativo em ofício. O vocativo está em negrito tão-somente para facilitar a identificação.
Senhor Diretor:
Convidamos Vossa Senhoria ....
Fontes de consulta:
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa (Domingos Paschoal Cegalla).
Redação Oficial, normas e modelos (Adalberto J. Kaspary).
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(27/8/2014)
Em português, as palavras oxítonas recebem acento gráfico se terminarem em “o(s)”, “e(s)”, “a(s): compô-la, propô-lo, recebê-lo, vendê-la, ajudá-lo, procurá-la.
As oxítonas terminadas em “i” e “u” não recebem acento gráfico: dividi-lo, adquiri-la, servi-lo.
É importante lembrar que deveremos usar o acento agudo se as vogais “i” e “u” formarem hiato com a vogal anterior: destruí-lo, construí-la, distribuí-los, atraí-las, possuí-lo.
Atenção:
Para acentuação dos verbos com ênclise, observa-se somente a primeira palavra, ou seja, desconsidera-se a ênclise (o pronome que está após o hífen). Por esse motivo, acentua-se chamá-la, construí-la, compô-la, vendê-las.
Oxítonas: palavras cuja sílaba tônica é a última (Pa-ra-ná, ca-qui, ca-fé).
Hiato: sequência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes (sa-ú-de, I-ta-ú, cons-tru-ir).
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(28/8/2014)
Hoje, Dicas de Portuga abre espaço para a reflexão.
O texto abaixo foi apresentado aos participantes da 53.ª Reunião do GDFAZ - Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário -, realizada em Palmas - TO, em 21 e 22/8/2014.
Boa leitura a todos.
A HISTÓRIA DAS MOSCAS
Certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente e logo nadou até a borda do copo. Mas, como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, desanimou, parou de se debater e afundou. Sua companheira, apesar de não ser tão forte, era tenaz; por isso continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga, onde ela subiu e conseguiu levantar voo para longe.
Tempos depois, a mosca tenaz, por um descuido, caiu novamente em um copo, desta vez cheio d’água. Imaginando que já conhecia a solução para aquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse. Outra mosca passando por ali e vendo a aflição da mosca tenaz, pousou na beira do copo e gritou: “-Tem um canudo ali, nade até lá e suba”. A mosca tenaz respondeu: “Pode deixar que eu sei como resolver esse problema”. E continuou se debatendo, mais e mais, até que, exausta, afundou na água.
Moral da história: soluções do passado, em contextos diferentes, podem se transformar em problemas.
Quantas vezes, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças ao nosso redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão? Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir…
Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.
Fonte:
aprendemoscompartilhandoexp.blogspot.com.br/2012/05/historia-das-moscas.html
Data e horário da consulta: 28/8/2014, 11h30.
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(29/8/2014)
Quando há a pluralização, a vogal tônica de algumas palavras sofre mudança de timbre e passa do timbre fechado (ô) para o timbre aberto (ó).
Esse fenômeno linguístico denomina-se plural metafônico.
Seguem alguns exemplos. A palavra entre parênteses representa a pronúncia da vogal tônica. O acento é apenas para indicar o timbre aberto, ou seja não faz parte da palavra.
caroço - caroços (caróços)
corno - cornos (córnos)
forno - fornos (fórnos)
jogo - jogos (jógos)
miolo - miolos (miólos)
novo - novos (nóvos)
porco - porcos (pórcos)
socorro - socorros (socórros)
tijolo - tijolos (tijólos)
O link abaixo traz mais informações sobre plural metafônico, bem com permite acesso a um vídeo bem-humorado sobre esse e outros assuntos do nosso rico e complexo idioma.
PLURAL METAFÔNICO
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(1º/9/2014)
O pronome “lhe”, como complemento verbal, substitui os objetos indiretos:
“Eu não obedeço ao meu pai.”
“Eu não lhe obedeço.”
Quem obedece, obedece “a” alguém. Obedecer é um verbo transitivo indireto, por isso “eu não lhe obedeço”.
"Eu devo dizer a verdade para minha mãe."
“Eu devo dizer-lhe a verdade.”
“Eu entreguei os documentos para meu chefe.”
“Eu lhe entreguei os documentos.”
Quem decide se o objeto é direto (sem preposição) ou indireto (com preposição) é o verbo. Em caso de dúvida, vale consulta ao dicionário. Lá será encontrada a regência do verbo (se pede preposição ou não).
A forma “eu lhe amo” deve ser evitada na língua padrão, porque o verbo amar é transitivo direto. Quem ama, ama alguém. Assim, deve-se dizer "eu o amo", "eu a amo".
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(2/9/2014)
Todos nós aprendemos na escola que não ocorre crase antes de pronomes de tratamento. O certo é: “Referia-se a Vossa Excelência”.
Por quê?
Porque não há artigo definido “a” antes dos pronomes de tratamento femininos que podem ser usados para substituir tanto mulheres quanto homens: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa Alteza, você…
Caso o pronome de tratamento seja feminino e sirva só para substituir mulheres, pode ocorrer a crase:
“Referia-se à senhora (=ao senhor);
à doutora (=ao doutor);
à Ilustríssima… (=ao Ilustríssimo…);
à Meritíssima… (=ao Meritíssimo…);
à senhorita, à madame …
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(3/9/2014)
Não existe ênclise (=pronome átono depois do verbo) quando o verbo está no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito.
Isso significa que as formas “manteria-se, tornarei-me, sentará-se, realizaria-se” são inaceitáveis.
Quando o verbo está no futuro do indicativo, podemos usar o pronome em mesóclise (=pronome átono intercalado no verbo): manter-se-ia, tornar-me-ei, sentar-se-á, realizar-se-ia.
Se a ênclise (=manteria-se) está errada e a mesóclise (=manter-se-ia) está correta, mas fica inadequada num texto mais coloquial, que fazer?
Basta pôr o sujeito antes do verbo.
Assim, poderemos usar o pronome em próclise (=pronome átono antes do verbo): “A pressão se manteria…”, “Eu me tornarei…”, “Ele se sentará…”, “A reunião se realizaria…”.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Dica do dia!
(4/9/2014)
A primeira forma é a correta: nada de mais.
Nada de mais, nada de menos. Não se escreve nada "demenos", nada "demais"
É preciso ficar com o "de": nada de interessante, nada de importante, nada de blablablá.
O "de" não é de "demais". Demais é um advérbio que significa demasiadamente, em excesso, além da conta.
Mais uma: Há a locução "por demais", que significa demasiadamente, excessivamente.
Vale lembrar da frase exclamativa: Isso é demais! Nesse caso, grafa-se "demais". Não temos aqui o "nada de". Temos aqui o "isso é". Isso é demais, é incrível, é complicado, é, às vezes, difícil de explicar.
Esta dica foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetudas adaptações pelas Esat.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(5/9/2014)
O uso dos verbos sempre merece atenção especial.
Hoje segue a primeira observação importante.
O abandono do modo subjuntivo.
É frequente ouvirmos:
“Acredito que ele vai ao desfile.”
“Eu acho que ele está de férias.”
Como são duas suposições, deveríamos usar o modo subjuntivo:
“Acredito que ele vá ao desfile.”
“Eu acho que ele esteja de férias.”
Pior que não usar o modo subjuntivo é usá-lo erradamente: “…que esteje de férias”, “…que ele seje convidado”.
Não esqueça que “coisas” do tipo esteje, teje, seje simplesmente não existem.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(9/9/2014)
A troca do futuro do pretérito pelo pretérito imperfeito do indicativo.
É Comum ouvirmos:
“Se não chovesse, eu ia ao sambódromo.”
“Se fosse permitido, eu fazia o trabalho.”
É importante lembrar que há uma correspondência entre o pretérito imperfeito do subjuntivo (=chovesse, fosse) com o futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria).
Devemos dizer:
“Se não chovesse, eu iria ao sambódromo.”
“Se fosse permitido, eu faria o trabalho.”
O uso do pretérito imperfeito do indicativo (=ia, fazia, devia), em substituição ao futuro do pretérito do indicativo (=iria, faria, deveria), era frequente no português arcaico, mas já passamos desta época.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(10/9/2014)
A expressão que nem é equivalente a conjunção comparativa como. Não se classifica, portanto, como advérbio de modo.
Poderia ser classificada como uma conjunção subordinativa comparativa.
No entanto, que nem é característica da linguagem coloquial brasileira. Deve, portanto, ser evitada em textos formais.
Nesse caso, melhor será utilizar a conjunção como, que tem o mesmo sentido.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
1 - Beber um copo de sumo de laranja, diariamente. Para aumentar o ferro e repor a vitamina C.
2 - Salpicar canela no café. Mantém baixo o colesterol, e estáveis os níveis de açúcar no sangue.
3 - Trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral. O qual tem quase quatro vezes mais fibra, três vezes mais zinco e quase duas vezes mais ferro do que tem o pão branco.
4 - Mastigar os vegetais por mais tempo. Aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos no corpo. Mastigar liberta sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.
5 - Adotar a regra dos 80%. Servir-se de menos 20% da comida evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida, e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.
6 - O futuro está na laranja. Reduz em 30% o risco de cancro de pulmão.
7 - Fazer refeições coloridas como o arco-íris. Comer uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco, em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.
8 - Comer pizza. Mas escolha as de massa fininha. O Licopene, um antioxidante do tomate, pode inibir e ainda reverter o crescimento de tumores; e, é melhor absorvido pelo corpo quando o tomate está em molhos para massas ou para pizza.
9 - Limpar a sua escova de dentes e trocá-la regularmente. As escovas podem espalhar gripes, resfriados e germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente, pelo menos quatro vezes por semana (aproveite o banho no chuveiro); sobretudo durante e após períodos de doença, devem ser mantidas separadas de outras escovas.
10 - Realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam a sua memória. Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, qualquer habilidade nova. Leia um livro e memorize parágrafos.
11 - Usar fio dental e não mastigar chicletes. Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de artereosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos à sua idade biológica, porque remove as bactérias que atacam os dentes e o corpo.
12 - Rir. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivale a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse, acorda células naturais de defesa e desperta os anticorpos.
13 - Não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, (sempre frescos), devem ser cortados e descascados no momento em que vão ser consumidos. Isto aumenta os níveis de nutrientes contra o cancro.
14 - Ligar para os seus parentes/pais de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com as pessoas de quem gostam, particularmente com a mãe, desenvolvem tensão alta (alta pressão), alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã.
15 - Desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelitas também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.
16 - Ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais domésticos, sofrem mais de estresse e vão mais ao médico, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem-nos sentir otimistas, relaxados, e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até com um peixinho dourado podemos obter um bom resultado.
17 - Colocar tomate ou verdura frescas na sanduíche. Uma porção de tomate por dia, baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo os cientistas da Harvard Medical School.
18 - Reorganizar o frigorífico. As verduras, em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas. A luz artificial do equipamento destrói os flavonóides (que combatem o cancro) que todos os vegetais têm. Por isso, é melhor usar a área reservada às verduras, que é aquela gaveta em baixo.
19 - Comer como um passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo, nas saladas, e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes.
20 - E, por último, uma súmula de pequenas dicas para alongar a vida:
- Comer chocolate. Duas barras por semana dão mais um ano a vida. O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.
- Pensar positivamente. As pessoas otimistas podem viver até mais 12 anos que os pessimistas, as quais, apanham gripes e resfriados mais facilmente.
- Ser sociável. As pessoas com fortes laços sociais, ou redes de amigos, têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias, ou que só têm contato com a família.
- Conhecer-se a si mesmo. Os verdadeiros crentes e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter', têm 35% mais de probabilidade de viver mais tempo.
Fonte: http://arquitetandonanet.blogspot.com.br/2010/08/manual-para-melhorar-qualidade-de-vida.html
Os primeiros socorros são procedimentos básicos de emergência que devem ser aplicados a uma pessoa em situação de risco de vida, procurando manter os sinais vitais bem como impedir o agravamento, até que a vítima receba adequada assistência.
Portanto, a prestação de primeiros socorros não exclui a importante avaliação de um médico, sendo de fundamental necessidade o atendimento clínico o mais breve possível.
Nessa ocasião, o indivíduo que primeiro inicia o auxílio, geralmente aquele que presenciou ou chegou instantes depois do ocorrido, necessita manter a calma para agir sem pânico, procedendo de forma rápida, precisa e com precaução, atento a condições que não coloquem em risco a vítima.
Entre os principais aspectos destacam-se: percepção sobre a dimensão e gravidade do acontecimento, solicitar auxílio de outra pessoa mais próxima e capacitada, comunicar entidades públicas competentes (órgãos de saúde – SAMU / 192, Corpo de Bombeiro / 193 e, se for o caso, a Polícia / 190), transmitir tranquilidade e confiança aos envolvidos em estado consciente, improviso e agilidade empregados aos conhecimentos básicos de primeiros socorros.
Procedimentos conforme o agravo:
Transporte de vítimas:
- Visualmente (sem tocar a vítima), observar qualquer ocorrência de fratura;
- Se a vítima estiver lúcida, respondendo com clareza a perguntas diretas, averiguar aspectos relativos à sensibilidade;
- Se suspeitar ou constatar fraturas (principalmente vertebral), manter a vítima imóvel no local do acidente, não provocando o deslocamento da mesma;
- Sendo necessária a remoção, arrastar a pessoa acidentada com auxílio de um cobertor ou tábua, mantendo a cabeça da vítima erguida.
Parada Cardiorrespiratória:
- Observar ausência de movimentos do tórax, respiração e pulsação, arroxeamento da face e unhas, baixa temperatura corporal, inconsciência e imobilidade;
- Não é recomendado reanimar a vítima, fornecendo a ela substâncias para comer, beber ou cheirar;
- A pessoa ferida deve ser colocada com cuidado de costas para o chão, com devida atenção, evitando qualquer lesão na medula ou comprometimento já existente;
- Deve ser verificada (visualmente) obstrução das vias respiratórias: nasal e bucal, retirando, se possível, qualquer objeto que impeça a respiração da vítima;
- Com as mãos posicionadas sobre a região inferior do osso vertical externo, no centro do peito deve ser iniciada a massagem cardíaca, efetuando pressões no tórax em intervalos curtos;
- No mesmo instante da massagem, outra pessoa deve realizar respiração boca a boca, estendendo levemente a cabeça da pessoa para traz, mantendo o queixo erguido, evitando assim a dobra do pescoço;
- Com o indicador e o polegar, devem ser fechadas as narinas da vítima;
- Em seguida, deve-se abrir a boca da vítima, posicionando os lábios do socorrista contra os lábios da vítima, enchendo os pulmões de ar e soprando até inflar os pulmões do acidentado, distendendo o tórax.
- O processo associado de respiração boca a boca e massagem deve ser repetido continuamente até que o coração volte a pulsar, obedecendo a frequência de um sopro para cada cinco pressões.
Observação: caso esteja sozinho, são aconselhados dois sopros para cada dez pressões torácicas.
Queimaduras
- Isolar a vítima do agente causador do acidente (fogo ou substâncias químicas lesivas, por exemplo, um ácido);
- Lavar a área queimada com água corrente limpa;
- Se houver tecido da vestimenta aderido ao ferimento, este pode ser retirado de forma a não aumentar a lesão, no instante em que se estiver lavando o local;
- Não colocar água fria, gelo ou sabão sobre o ferimento;
- Proteja o local com pano e tecido limpo, mantendo a região mais elevada em relação ao resto do corpo para evitar inchaço;
- Procure um centro de queimadura mais próximo de sua residência.
Corte
- Lave o local com água limpa e pressione levemente o ferimento com pano até cessar o sangramento;
- Não utilize soluções ou medicamentos caseiros, evitando processo alérgico ou infecções;
- Se houver necessidade de sutura (ponto), caso o corte seja profundo, deve-se procurar uma unidade hospitalar;
- É importante não deixar um ferimento grave exposto ao ar livre, sujeito a contaminação e infecção.
Fraturas
- Se a fratura for exposta, cubra o ferimento com gaze ou pano limpo. Em hipótese alguma tente realinhar o membro ou retornar o osso, isso pode agravar a situação;
- Imobilize a região lesada com tábua, papelão ou madeira, envolvendo uma faixa;
- Em caso de sangramento incessante (hemorragia), realize uma leve compressão com pano limpo.
Créditos: Krukemberghe Fonseca, Graduado em Biologia. Fonte: http://www.brasilescola.com/saude/primeiros-socorros.htm
1 - Chegou o domingo e você logo pensa: "Ai, amanhã é a segundona e preciso acordar para ir para a batalha". Se você tem esse sentimento, comece a rever onde está a origem do problema: em você ou na empresa. Acredite que essa situação não fará bem nem a você e nem a quem está ao seu lado na organização. Procure por uma nova oportunidade e deixe de sofrer como se as oportunidades não pudessem surgir para você. Aprenda a ser um profissional saudável.
2 - "O que está acontecendo comigo. Trabalho, trabalho e não consigo produzir como antes". Se você chegou a esse nível é bom ficar atento para os motivos que o estão fazendo ter uma redução na sua produtividade, principalmente se o volume de atribuições não teve um aumento substancial isso sinaliza que o problema pode estar centrado em você.
3 - Se as atividades que são rotineiras começam a pesar na sua mente como chumbo, algo demonstra que seu cérebro não está mais conseguindo raciocinar como antes. Sua rotina tornou-se pesada demais e até as simples ações começam a ganhar peso dia a dia. Quando você se percebe, suas responsabilidades estão acumuladas e as cobranças dos superiores começam a surgir por todos os lados.
4 - Quando um problema chegava até você, sua ação era resolver a questão rapidamente, mas agora você pouco se importa com o que pode ocorrer e simplesmente encontra uma alternativa paliativa para o problema e pensa: "Depois, encontro uma solução melhor". Isso pode transforma-se em uma bola de neve e problemas sérios podem surgir em pouco tempo e você não terá tempo hábil para encontrar uma solução.
5 - As horas não passam e você olha para o relógio a todo o momento, na esperança de que o tempo "voe". Afinal, ficar na empresa já não lhe é mais agradável e o ambiente parece deixá-lo sufocado. Se o clima vivenciado pela empresa mostra-se satisfatório para seus pares, o que está acontecendo para fazer você se sentir dessa maneira? Pare e reflita.
6 - Os colegas de trabalho tiram a sua paciência por qualquer motivo. Basta que alguém olhe para você e logo você pergunta: "O que foi que aconteceu? Mais problemas?". Na verdade, seu par apenas fitou o olhar para avisar que você deixou cair um documento no chão. Tudo o irrita com facilidade, até mesmo se as pessoas estão felizes, você perde o humor.
7 - O isolamento tem sido sua única companhia. Obviamente que há momentos em que o profissional precise e deve centrar-se completamente no seu trabalho. Contudo, manter-se afastado de todos os colegas de trabalhos não é uma ação saudável e isso trazer reflexos negativos tanto para o lado profissional quanto pessoal. Afinal, por natureza o ser humano é sociável e precisa interagir com outras pessoas. Só assim ele conseguirá realizar sonhos, demonstrar emoções e ser ele mesmo.
8 - Meu líder ajuda a todos da equipe e eu sou o único esquecido. Será que essa é a realidade ou você está buscando uma "desculpa" para justificar o péssimo momento que você vivencia? O seu estado de espírito em relação à empresa, ao trabalho, somado ao nível de estresse vivenciado no dia a dia não está afetando até mesmo a sua relação com sua liderança? Será que este não é o momento de conversar e pedir um feedback?
9 - "Agora não tenho mais espaço na empresa". Você tem certeza de que seu isolamento não o levou a criar barreiras em relação às oportunidades que estão ao seu alcance e que devido ao esgotamento físico ou mental, tudo se torna imperceptível à sua volta? Há quanto tempo você evita tirar as tão sonhadas férias e ficar longe das atividades laborais para recarregar as energias? Esse pode ser o momento propício para fazê-lo entrar em harmonia com seu trabalho.
10 - E sua saúde? Como está? Se seu organismo apresenta sinais claros de que não está bem como, por exemplo, dor de estômago, enxaquecas constantes, é melhor procurar a orientação de um especialista. Isso pode ser um reflexo de que a ansiedade de conviver em um ambiente de trabalho nocivo já está afetando à sua saúde. Pontue a questão que mais o incomoda no ambiente de trabalho e tente resolver profissionalmente.
Créditos: Patrícia Bispo Fonte: http://www.rh.com.br/Portal/Qualidade_de_Vida/Dicas/9080/voce-esta-a-beira-de-um-colapso-no-trabalho.html#
(11/9/2014)
A dúvida é: “Se eu SATISFIZER ou SATISFAZER minha vontade…”
O verbo SATISFAZER é derivado do verbo FAZER. O tempo verbal, na frase, é o futuro do subjuntivo.
O verbo FAZER ficaria “se eu FIZER a sua vontade”. O certo, portanto, é “se eu SATISFIZER minha vontade”.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Dica do dia!
(12/9/2014)
O link a seguir nos remete a texto e vídeo com o título SÓ DE SACANAGEM .
É deveras oportuno ler o texto, assistir ao vídeo e refletir sobre o conteúdo.
Dica do dia!
(15/9/2014)
No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante. Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade .Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Diz-se capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz a estudante, e não "estudanta"; se diz a adolescente, e não "adolescenta"; se diz a paciente, e não "pacienta".
Em 1956, o senador Mozart Lago conseguiu aprovar a Lei Federal 2.749 com designação na forma feminina para designar cargos ocupados por mulheres. Assim, se o feminino do cargo existir em nosso idioma, ele deve ser empregado para indicar mulher no exercício da função. Temos então “oficial” e “oficiala”, “juiz” e “juíza”, “médico” e “médica” e tantos outros. Certamente, há cargos sem o feminino: cabo, chefe etc. O problema com o termo “presidente” ou “presidenta” é a falta de consenso entre gramáticos sobre se existe ou não o termo “presidenta”.
A equipe do Lexikon, que atualiza o dicionário Aulete, avalia que os substantivos e adjetivos de dois gêneros terminados em –ente não apresentam flexão de gênero terminado em –a. Por isso, não dizemos “gerenta”, “pacienta” ou “clienta”. Por coerência, não existe também “presidenta”. Diversos linguistas, no entanto, interpretam de forma diferente e aceitam o termo “presidenta” por já estar presente em nosso idioma desde o dicionário de Cândido de Figueiredo (1899). O dicionário Houaiss também já incluiu o termo. Para complementar, o próprio Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) já aceita o termo como oficial.
O termo, embora contra a vontade de alguns gramáticos, já faz parte de nosso idioma e pode ser empregado. Você deve saber que se pode empregar “presidente” para os dois gêneros. Caso queira, use também “presidenta”. É questão de escolha.
Fonte: Marcelo Paiva, Instituto Educere Ltda.
(16/9/2014)
As duas formas estão corretas, mas têm significados diferentes, daí o cuidado na hora de aplicá-las.
Em se tratando da festa em si, o correto é "amigo-secreto" (com hífen). No entanto, cada um dos participantes é o "amigo secreto" (sem hífen).
Vejamos as seguintes frases (com os empregos corretos dos referidos termos):
Amanhã acontecerá a festa do amigo-secreto.
O José é meu amigo secreto.
Já sei quem é minha amiga secreta, o que só aumentou minha ansiedade pelo tão sonhado dia do amigo-secreto.
Atenção:
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa registra somente "amigo-secreto", mas não traz seu significado, o que não é suficiente para se deduzir que não existe a forma "amigo secreto".
O Aurélio, por sua vez, não consigna "amigo-secreto", mas "amigo-oculto" (que tem o mesmo significado).
Discutindo o verbete amigo, o referido dicionário traz "amigo oculto" (sem hífen), e aponta seu significado como sendo cada um dos participantes da festa do amigo-oculto.
Logo, fica evidente a diferença entre "amigo-secreto" e "amigo secreto".
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER / http://portuguesdidatico.blogspot.com.br/2013/11/amigo-secreto-ou-amigo-secreto.html
Dica do dia!
(17/9/2014)
Certo Errado
Advogado Adevogado
Acostamento Encostamento
Apóstrofo (') Apóstrofe
Asterisco (*) Asterísitico
Chantagem Jantagem
Empecilho Impecílio
Disenteria Desinteria
Mendigo Mendingo
Próprio Própio
Problema Poblema
Bicarbonato Bicabornato
Idiota Indiota
Mortadela Mortandela
Iogurte Iorgute
Cadarço Cardaço
Sobrancelha Sombrancelha
Salsicha Salxicha
Energúmeno Ilergúmeno
Caranguejo Carangueijo
Margarina Malgarina
Manteiga Mantega
Esta dica foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.(18/9/2014)
Por causa que não existe! Sempre usamos por causa de.
Aprendamos com o exemplo: Cheguei mais tarde por causa de problemas no trânsito.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(19/9/2014)
É comum, no mês de dezembro, lermos e ouvirmos a seguinte frase: "Feliz Natal e um próspero ano novo".
Não seria "Feliz Natal e um próspero ano-novo"?
Ou quem sabe "Feliz Natal e um próspero Ano-Novo"?
E finalmente, por que não "Feliz Natal e um próspero Ano Novo"?
As dúvidas, portanto, giram em torno do emprego do hífen e das iniciais maiúsculas em "Ano" e "Novo".
O § 2º, alínea "e", do texto oficial do Acordo Ortográfico diz que deverão ser escritos com iniciais maiúsculas os vocábulos que designam nomes de festas e festividades.
Eis o porquê de sempre escrevermos "Natal", com a inicial maiúscula. Quanto a outra festa em questão, podemos afirmar, por analogia, que as maiúsculas também são de rigor, caso se trate da festividade de passagem de ano.
E quanto ao hífen? Há duas situações: se o vocábulo designa o ano inteiro, de 12 meses, devemos escrevê-lo sem hífen e com as iniciais minúsculas. Se, por sua vez, diz respeito ao chamado "Réveillon", melhor escrevê-lo com hífen e com as iniciais maiúsculas:
Feliz Natal e um próspero ano novo. (= Feliz Natal e um próspero 2014).
Feliz Natal e um excelente Ano-Novo. (= Feliz Natal e um excelente Réveillon).
Assim, devemos ficar atentos ao que realmente queremos dizer. Note que é possível a construção:
"Desejo a todos um Ano-Novo festivo e um próspero ano novo".
A imprensa, por sua vez, aparentemente tem ignorado o hífen, oscilando apenas em relação às iniciais, independentemente do significado.
Reafirmamos nossa postura, a saber: Ano-Novo (= festividades de passagem de ano) e ano novo (= ano inteiro, período de 12 meses).
Frisamos, mais uma vez, que a alínea "e" do parágrafo 2.º do Acordo nos autoriza o uso das iniciais maiúsculas quando o vocábulo se refere às festividades de passagem de ano, embora a grafia oficialmente posta traz as iniciais minúsculas.
Caso você ainda tenha dúvida na hora de se deparar com tais situações, pode usar um atalho e escrever:
"Feliz Natal e boas festas", referências ao Natal em si e às festas da passagem de ano.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(22/9/2014)
Apesar da maioria da população ser contra, a partir deste ano os impostos serão maiores.
Não existe regra que impeça juntar a preposição de com os artigos. É mais frequente a contração das preposições de, em e por com os artigos o, a, os, as: do, da, dos, das, no, na, nos, nas, pelo, pela, pelos, pelas do que a combinação dos elementos separadamente.
Veja alguns exemplos:
- Acredito nas suas palavras (nas = em + as);
- Apesar da crise, cresceremos nos próximos anos (da = de + a);
- A luz solar passa através das janelas (das = de + as).
Em nenhum dos exemplos citados, a preposição e o artigo poderiam ficar separados.
A contração da preposição com o artigo passa a ser equivocada se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito de um verbo. Se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito, o artigo deverá ficar isolado.
Por exemplo:
Apesar de a crise ainda existir, cresceremos nos próximos anos.
(Perceba que o substantivo crise funciona como sujeito do verbo existir, já que Que é que existe?: Resposta: a crise. A preposição de e o artigo a devem, portanto, ficar separados - de a - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Apesar da crise ainda existir... )
Está na hora de os alunos descansarem. (o substantivo alunos funciona como sujeito do verbo descansar, já que Quem é que descansará?: Resposta: os alunos. A preposição de e o artigo os devem, portanto, ficar separados: - de os - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Está na hora dos alunos descansarem... .
O mesmo acontecerá com os pronomes ele(s), ela(s), este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo.
Por exemplo:
Apesar de isso ainda existir, cresceremos nos próximos anos. (Que é que existe? Resposta: isso)
Está na hora de eles descansarem. (Quem é que descansará? Resposta: eles).
No momento de aquelas leis serem respeitadas, todos se omitem.
(Que é que será respeitado? Resposta: aquelas leis)
Mais um detalhe: a locução a partir de... não recebe o acento indicador de crase, já que este acento só deve ser usado diante de palavras femininas. O adequado, portanto, é sempre a partir de.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(23/9/2014)
Segundo os nossos dicionários e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, publicado pela Academia Brasileira de Letras, o ato de capotar é capotagem, mas a forma CAPOTAMENTO já aparece registrada em alguns dicionários.
É bom lembrar que, para formar substantivos derivados de verbos, podemos usar os sufixos “-ção” (anulação, colocação), “-mento” (julgamento, deslocamento) ou “-agem” (contagem, aprendizagem). E há palavras que admitem duas formas variantes: aparição e aparecimento, monitoração e monitoramento, lavação e lavagem…
Assim sendo, podemos aceitar CAPOTAGEM e CAPOTAMENTO.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(24/9/2014)
Segundo os novos dicionários, ESTADA e ESTADIA, agora, são sinônimos.
Antigamente, ESTADIA era o período em que um navio ficava no porto para carga e descarga e ESTADA nos demais casos. Devíamos dizer a ESTADA de um hóspede no hotel, por exemplo.
Agora não se faz mais a diferença, É aceitável falar em ESTADIA de hóspedes em hotéis, de automóveis e de ônibus em garagens, de aviões em hangares, …
Quando se trata de pessoas, há preferência pela forma ESTADA.
Esta dica foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuados ajustes pela Esat.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Dica do dia!
(25/9/2014)
Com o prefixo AUTO, só há hífen quando a palavra seguinte começa por “h” ou por “vogal igual”: auto-hipnose, auto-observação. Nos demais casos, sempre escrevemos “tudo junto”, ou seja, sem hífen: autoanalise, autocontrole, automedicação, autoatendimento, autorretrato, autossustentável, autoescola, autoestrada…
As palavras compostas com o adjetivo ALTO (alto-relevo, altos-fornos, altas-horas, alta-sociedade) e com o advérbio ALTO (alto-falante) devem ser escritas sempre com hífen.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(26/9/2014)
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), abreviaturas oficiais não fazem plural: 10kg, 20km, 8h…
Se escrevermos por extenso, o plural é normal: quilogramas, quilômetros, metros, horas…
Siglas fazem plural com a desinência “s”, sem apóstrofo: PMs, CPIs, IPVAs, Ufirs, Detrans…
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(29/9/2014)
Em bom português, devemos escrever com acento circunflexo: SÊNIOR. O acento gráfico se justifica pela regras das paroxítonas terminadas em “r”: revólver, repórter, mártir, éter, hambúrguer, contêiner, júnior…
Sênior e júnior, no plural, perdem o acento gráfico devido à mudança de posição da sílaba tônica (a palavra entre parênteses indica a pronúncia): seniores (seniôres) e juniores (juniôres).
As demais palavras mantêm o acento gráfico porque se tornam proparoxítonas quando estão no plural: repórteres, mártires, hambúrgueres, contêineres…
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(30/9/2014)
Algumas palavras, quando pluralizadas, sofrem alteração na sílaba tônica.
Na língua portuguesa, existem palavras oxítonas (a sílaba tônica é a última), paroxítonas (a sílaba tônica é a penúltima) e proparoxítonas (a sílaba tônica é a antepenúltima).
Paraná e Iguaçu- oxítonas.
Pergunta e gaúcha - paroxítonas.
Bárbara e sinfônica - proparoxítonas.
Seguem três exemplos de vocábulos proparoxítonos que recebem uma sílaba quando estão no plural. Nesses casos, como há inclusão de uma sílaba, deve haver, necessariamente, a mudança da sílaba tônica, pois em nosso idioma não existem palavras cuja sílaba tônica esteja antes da antepenúltima.
Espécimen - Especímenes.
Júpiter - Jupíteres.
Lúcifer - Lucíferes.
Fonte de consulta:
Moderna Gramática Portuguesa,Evanildo Bechara.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa,
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
(1.º/10/2014)
Você sabia que o Brasil é a única ex-colônia portuguesa que não fala com sotaque português? E que isso se deve à influência da língua tupi? Observe alguns substantivos de origem tupi presentes em nosso idioma e seus respectivos significados:
Andaraí: água do morcego
Anhangabaú: buraco do diabo
Aracaju: tempo de caju
Carioca: casa de branco
Curitiba: muito pinhão, pinheiral
Goiás: gente da mesma raça
Ipanema: água suja
Jacarepaguá: lago do jacaré
Mogi-Mirim: riacho das cobras
Pará: mar
Paraguai: rio do papagaio
Paraíba: rio ruivo ou encachoeirado
Paraná: rio afluente
Pirapora: peixe que salta
Pindorama: país das palmeiras
Sergipe: rio dos siris
Tijuca: barro mole
Note que esses nomes toponímicos descrevem e definem lugares, cidades, praças, ruas, indivíduos e inclusive produtos, estando continuamente presentes no dia a dia do brasileiro. Trata-se de apenas algumas das inúmeras palavras do idioma tupi que fazem parte do nosso vocabulário há muitos anos; porém, seus significados são desconhecidos pela maioria da população.
Sabe-se que os padres jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega dedicaram-se aos estudos e codificação da língua tupi-guarani, seus usos, costumes, história e origem antropológica. De fato, embora muitos brasileiros desconheçam os significados dos vocábulos de origem tupi existentes na língua portuguesa, é inegável que essa nação teve grande influência na construção de nossa identidade cultural e linguística.
Adaptado de: www.brazil-brasil.com
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(2/10/2014)
Apesar de parecidas, as palavras independe, independente e independentemente estão em classes gramaticais diferentes e possuem significados distintos.
Independe = verbo
Corresponde à terceira pessoa do singular do verbo independer.
a) O início do segundo módulo independe da conclusão do módulo anterior.
Independente = adjetivo (que possui ou age com autonomia, que está livre de dependência ou sujeição)
É uma palavra variável, ou seja, pode ser flexionada.
a) Ela age de forma independente.
b) Meus filhos são independentes.
Independentemente = advérbio (de modo independente)
É uma palavra invariável, ou seja, não é flexionada.
a) Independentemente da opinião dos demais, manteve-se firme na posição assumida.
b) Todos são beneficiados com as ações de educação fiscal, independentemente da classe social a que pertencem.
Para saber mais:
www.recantodasletras.com.br/gramatica/2316105
educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u26.jhtm
www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0209200404.htm
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(3/10/2014)
A dica de hoje abre espaço para a descontração e a reflexão.
“Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e caneta e escreveu assim:
'Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres.'
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) A irmã fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) O sobrinho chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Moral da história:
"A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Somos nós que fazemos sua pontuação.
E isso faz toda a diferença.”
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Esse texto é uma contribuição do colega Nahim Adas Neto, da Coordenação de Orçamento e Programação da Sefa.
Obrigado, Nahim.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(6/10/2014)
Você sabe qual é o antônimo de desodorante? Se você parar pra pensar, não é muito difícil adivinhar. A palavra odorante não aparece com muita frequência nas nossas conversas. Aliás, as palavras desta lista quase nunca são ditas no sentido positivo – apenas o seu antônimo é famoso. Mesmo quando queremos usá-las no sentido positivo, geralmente optamos por utilizar a dupla negativa – tipo “o acabamento não é impecável” ou “a água não é insípida”. Conheça agora os antônimos anônimos.
1. Algésico
Significado: adjetivo 1. relativo a algesia. adjetivo e substantivo masculino 2. que dá sensibilidade à dor
Antônimo: Analgésico
2. Biótico
Significado: adjetivo 1. relativo a biota 2. relativo ou pertencente à vida ou aos seres vivos 3. criado, provocado ou induzido pela ação de organismos vivos.
Antônimo: Antibiótico.
3. Dizível
Significado: adjetivo de dois gêneros – que pode e/ou deve ser dito.
Antônimo: Indizível.
4. Fraldar
Significado: verbo transitivo direto 1. colocar fraldas em verbo pronominal 2. vestir fraldão (‘escarcela’).
Antônimo: Desfraldar.
5. Odorante
Significado: adjetivo de dois gêneros – que exala um odor, geralmente agradável; recendente.
Antônimo: Desodorante.
6. Pecável
Significado: adjetivo de dois gêneros – que é capaz de pecar.
Antônimo: Impecável.
7. Virginalizar
Significado: verbo transitivo direto e pronominal – tornar(-se) virginal.
Antônimo: Desvirginar.
8. Sápido
Significado: adjetivo – que tem sabor; gostoso.
Antônimo: Insípido.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDERDica do dia!
(7/10/2014)
O texto da semana passada rendeu. Não foram poucos os leitores que escreveram para pedir que eu continue a série ou que eu fale de casos em que se emprega a vírgula (o último texto privilegiou casos em que não se emprega a vírgula).
Pois bem. Na verdade, na semana passada, cheguei à Redação com o firme propósito de escrever sobre a pontuação presente (e a ausente) num título da Folha, fato que me levaria a falar de casos em que se emprega a vírgula. Quando dei por mim, o espaço já estava acabando, e eu ainda estava nos comentários sobre alguns fundamentos da pontuação. O título que eu gostaria de ter comentado era este: "Dilma critica tarifaço e Aécio, inflação".
Permita-me perguntar-lhe, caro leitor: você entendeu esse título de bate-pronto? Ou precisou relê-lo? Ouso afirmar que deve ter sido necessário relê-lo, já que, num primeiro momento, é quase impossível não achar que a crítica de Dilma tem alvo duplo: o tarifaço e Aécio. Quando se faz essa leitura, vê-se que a palavra "inflação" fica perdida, e aí é preciso recomeçar até "descobrir" o verdadeiro sentido da frase.
O fato é que no título jornalístico citado o "e" não liga termos que exercem a mesma função, como em "Dilma e Marina lideram as pesquisas", em que "Dilma" e "Marina" exercem função igual, a de núcleo do sujeito composto. No título citado, o "e" liga duas orações: a primeira é "Dilma critica tarifaço"; a segunda é "e Aécio (critica) inflação".
No título publicado, a vírgula que ocorre depois de "Aécio" é chamada por alguns de "vírgula vicária", já que ela é empregada para evitar a repetição de um termo já utilizado ("Aécio, inflação" equivale a "Aécio critica inflação").
E como fica a passagem inicial do título, aquela que nos faz achar que Dilma critica o tarifaço e Aécio? Pois bem. Aí também caberia uma vírgula, que separaria orações que são ligadas por "e" e têm sujeitos diferentes. Teríamos isto: "Dilma critica tarifaço, e Aécio, inflação".
Melhorou? Melhorou, sim, já que a vírgula antes do "e" funciona como uma espécie de freio na "vontade" de achar que "tarifaço" e "Aécio" são complementos da forma verbal "critica". Não são.
Convém dizer que, quando não há o risco da (falsa) impressão de que o termo que vem depois do "e" é mais um complemento do primeiro verbo, a vírgula antes do "e" não é de rigor: "Di María dá show em amistoso e Argentina goleia Alemanha". Poderia ser posta uma vírgula (enfática) entre as duas orações? Poderia, já que elas são ligadas por "e" e têm sujeitos distintos, mas sem ela não se compromete a clareza da mensagem.
O que se vê em "Dilma critica tarifaço, e Aécio, inflação" ocorre nos textos formais, no padrão culto da língua, em que predomina a pontuação fundamentada na intenção de construir frases claras. Além dessa pontuação, seria possível também (e talvez melhor, mais palatável) eliminar o "e" e adotar outra solução: "Dilma critica tarifaço; Aécio, inflação".
Entrou em cena um dos seres "misteriosos" da pontuação, o ponto e vírgula, que, como o próprio nome diz, é algo que fica entre a vírgula e o ponto. Um dos papéis do ponto e vírgula é justamente o de separar partes autônomas de um período composto, formado, como no caso visto, por orações que não são ligadas por uma conjunção.
Bem, como se viu, o "e" e a vírgula não são inimigos. É isso.
A dica de hoje é contribuição do Auditor Fiscal Almir Silva, da 1.ª DRR - Curitiba. Trata-se de texto de Pasquale Cipro Neto, extraído da Folha de São Paulo de 4/9/2014.
(8/10/2014)
Quando a palavra casa vier acompanhada de qualificador, é obrigatório o uso do artigo. Portanto, nesta frase de dica de português, tem-se como correta a grafia:
Domingo passado estive na casa de um amigo.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(9/10/2014)
Nenhuma das formas está correta.
Quando se quer adjetivar o substantivo preço, não se deve utilizar os adjetivos caro e barato.
Estão incorretas, portanto, as seguintes construções:
1 - O preço da gasolina está muito caro.
2 - O preço do sal é muito barato.
É correto dizer:
1 - O preço da gasolina está muito alto.
2 - O preço do sal é muito baixo.
Os adjetivos caro e barato podem ser utilizados, por exemplo, nas seguintes construções:
1 - A gasolina é um combustível caro.
2 - O sal é um tempero barato.
Para saber mais: educacao.uol.com.br/dicas-portugues/preco-alto-ou-baixo.jhtm
(10/10/2014)
Existe uma convenção internacional, da qual o Brasil é signatário, que estipula o seguinte: o símbolo de horas é "h", o de minuto é "min".
Nada de "hs", nada de "7:00", nada de "7,00". Horas e minutos se juntam: "O jogo começa às 21h30min", "A reunião começou às 7h".
AINDA SOBRE COMO ESCREVER AS HORAS
Leitores perguntam se há diferença entre a duração de algo e a indicação de hora certa. Não.
Escreva "O jogo começou às 9h30min".
Tudo junto? Sim, sem espaço entre os números e os símbolos.
Para a duração de algo, o processo é o mesmo. Se precisar abreviar, escreva:
"O filme durou 2h30min"; "A aula durou 55min"."
Vale dizer que o símbolo de segundo é "s", bem como que não se usa ponto na grafia dos símbolos.
Fim de semana chegando, descanso merecido, tempo para reflexão.
A frase abaixo está exposta em restaurante de Jericoacoara, praia do Ceará:
"Não temos wi-fi.
Conversem entre vocês."
A dica de hoje foi retirada do livro O dia-a-dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto.
Observação: atualmente, escreve-se dia a dia sem hífen. Foi mantido o hífen no nome da obra, pois esta foi publicada antes do último acordo ortográfico entrar em vigor.
Dica do dia!
(13/10/2014)
Opiniões não se colocam. Elas são expostas ou dadas. Há também quem gosta de, ao final de um discurso, fazer uma colocação em vez de fazer uma exposição, que é muito mais coerente e elegante. Nesta seção de dica de português, o correto seria escrever:
Gostaria de expor minha opinião ou Gostaria de dar minha opinião.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER, com colaboração do Auditor Fiscal Lino Flávio Rolim de Moura (12ª DRR - Foz do Iguaçu).
(14/10/2014)
O verbo desculpar é transitivo direto e indireto, isto é, ele possui dois objetos: um direto e outro indireto. A ordem em que esses objetos figuram na oração é indiferente. Pode vir primeiro o objeto direto, depois o indireto, ou vice-versa. Trocando em miúdos, quem desculpa, desculpa alguém por alguma coisa. O objeto direto normalmente é uma pessoa e o indireto é alguma coisa. Seria muito estranho, neste caso, procurar o transtorno para desculpá-lo por alguma coisa que tenha feito de errado. Será que foi o transtorno quem escreveu essa frase? Nesta frase de dica de português, o correto seria escrever:
Desculpem-nos pelo transtorno!
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adptações.
(15/10/2014)
Esta dica nos lembra uma famosa música dos anos setenta — Eu nasci há dez mil anos atrás. Há excesso nessa frase! Quando ocorre excesso desse tipo, dizemos que existe redundância, isto é, repetição viciosa, que só empobrece a linguagem de quem a usa.
O verbo haver, por si só, já representa "tempo transcorrido", a palavra atrás é redundante. Deve-se, portanto, escolher — ou se escreve há, do verbo haver, ou atrás.
Então, nesta seção de dica de português, depois da correção, a frase inicial fica assim:
Eu nasci há trinta e cinco anos,
ou
Eu nasci trinta e cinco anos atrás.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(16/10/2014)
Na presente dica, mais uma popularização errônea de uma palavra. Peixe não tem espinhos. Isso é próprio de certas plantas e, quando muito, do porco-espinho. Peixe tem espinhas. Assim, depois da correção, tem-se a seguinte frase:
Ao comer, tenha cuidado com as espinhas de peixe.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(17/10/2014)
Aonde somente se emprega com verbos e expressões que indicam movimento:
E agora! Vamos aonde?
Determinaram sua ida aonde?
Já, para designar um local, usa-se onde:
Trabalho onde poucos teriam coragem de trabalhar.
O tópico atual de dica de português apresenta a frase inicial devidamente corrigida:
Ninguém sabe onde eu moro!
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(20/10/2014)
Entre se relaciona com e, e não com a:
O espetáculo começará entre vinte e vinte e uma horas.
Se na frase não constar a palavra entre, tudo bem! Nesse caso, usa-se a preposição a:
A altura da fogueira oscilava de trinta a quarenta metros.
A nossa frase de dica de português ficará, deste modo, corretamente escrita:
O preço do quilo da laranja varia entre um e cinco reais.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(21/10/2014)
A história mais aceitável para explicar a origem da expressão é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados.
Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada.
Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte do bicho. Após alguns meses o garoto morreu.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(22/10/2014)
As construções corretas são as seguintes:
Marcha a ré; vale a pena; ante o; quanto à.
Assim, não se diz: "Ante ao exposto" (muito frequente em sentenças judiciais), e sim "Ante o exposto".
"Ante" e "a" são preposições distintas e não se admite o emprego de uma imediatamente posposta à outra.
Em "ante a", não se pode falar em locução prepositiva, pois esta é formada, em geral, por um advérbio (ou locução adverbial) seguido da preposição a, de ou com.
As únicas exceções são de per si, para com e até a (esta em situações para se evitar ambiguidade).
Em "quanto à/ao", temos uma locução prepositiva + o emprego do(s) artigo(s) a/o:
"Quanto à solenidade, a esta não irei". (= Quanto a + a)
"Quanto ao evento, a este não irei". (= Quanto a + o)
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Dica do dia!
(23/10/2014)
"Se valer o que se escreve nos milhares de cheques emitidos diariamente no país, é "hum". Se valer o que está em todos os dicionários da língua portuguesa é "um". A confusão decorre exatamente do preenchimento dos cheques. Dizem os mais precavidos que, se não colocar o "h" antes de "um", corre-se o risco de que algum esperto puxe a perninha do "u" e acabe surgindo a forma "cem".
E quem preenche o cheque à máquina? Será que também corre o risco de que um espertinho puxe a perna do "u"? Na máquina? De que jeito?
Em português, o numeral é "um", e não "hum", e fim de papo. "Hum" é interjeição. Não se assuste. Interjeição é palavra ou expressão que se usa para expressar uma reação (dor, alegria etc.), como "Caramba!", "Ai!", "Cuidado!" etc."
Fonte*: O dia-a-dia da nossa língua. Autor: Pascoale Cipro Neto.
Obs.* Após a última reforma ortográfica, a palavra dia a dia passou a ser escrita sem hifens. Na indicação das fontes de consulta, os hifens foram mantidos, pois assim consta no exemplar consultado, publicado antes da reforma.
(24/10/2014)
Para dirimir a dúvida, a dica de hoje aproveita, mais uma vez, os ensinamentos do Professor Pascoale Cipro Neto.
"Agora, segure-se na cadeira. No fundo, estamos discutindo sobre o nada. Sabe por quê? Porque o extenso de R$ 1.000,00 não é nem
"um mil reais", nem "hum mil reais". É "mil reais".
Atenção, bancários: nada de devolver cheques "por erro no preenchimento", quando alguém escreve "mil reais" ou "mil e duzentos reais".
Certa vez, preenchi um cheque sem o bendito "um" (muito menos o horroroso "hum").
...
A funcionária da loja não queira aceitar o cheque. Tentei explicar. Nada! A moça não queria conversa. Perguntei-lhe se ela dizia "mil latas de óleo" ou "um mil latas de óleo". "Mil latas", disse ela. "Pronto!", disse eu. "Mil latas", "mil cruzados" (ou cruzeiros, não me lembro). Foi inútil. A moça disse que "lata de óleo é uma coisa, dinheiro é outra".
...
A história continua e, ao final, a moça aceitou o cheque.
Fonte: O dia-a-dia da nossa língua. Pascoale Cipro Neto.
Para ilustrar a dica de hoje, segue link indicado pelo Auditor Fiscal Dalton Fernandes Moreira, ARE de Ivaiporã, 8.ª DRR - Londrina.
www.mundoeducacao.com/gramatica/mil-ou-um-mil.htm
Hoje é sexta-feira. Para terminar bem a semana, segue frase bem-humorada, vista em um caminhão.
"Evite olho gordo. Use colírio diet."
(27/10/2014)
Os termos ALGURES, ALHURES e NENHURES são advérbios de lugar.
Algures significa "em algum lugar".
Alhures significa "em outro lugar".
Nenhures significa "em nenhum lugar".
.
Exemplos:
Procurei seu livro e não o encontrei nenhures.
Procurei seu livro e não o encontrei em nenhum lugar.
Alhures encontrará você a paz que procura.
Em outro lugar encontrará você a paz que procura.
Li algures que "o homem é o lobo do homem".
Li em algum lugar que "o homem é o lobo do homem".
Fontes:
www.gramaticaequestoesvernaculas.blogspot.com.br
www.professorvallim.blogspot.com.br
(28/10/2014)
Há verbos que possuem dois particípios: aceitado e aceito; prendido e preso; salvado e salvo etc.
O verbo chegar, no entanto, possui apenas um particípio: chegado.
Assim, deve-se dizer "Maria havia chegado no horário."
Segue explicação do Professor Pasquale Ciprto Neto:
"A forma "chego" não é aceita como particípio culto. O que há, no caso, é a influência do processo de redução, de economia, e até de comparação.
Se "salvar" admite "salvo", se aceitar admite "aceito", se "expulsar" admite "expulso", por que "chegar" não admite "chego"?
É a velha história. Em língua - na língua culta -, existe uma coisa chamada tradição. E a forma "chego", como particípio, não tem essa tradição."
Fonte: O dia-a-dia da nossa língua. Pascoale Cipro Neto.
(29/10/2014)
A expressão, mais uma vez, nasceu da história: Quando a família real chegou ao Brasil, eles experimentaram muitas das iguarias locais, e dentre elas, a cocada preta, que era feita com coco queimado.
Tal cocada tornou-se um dos quitutes preferidos na corte e era bastante disputado, de forma que o rei tinha o direito de se servir primeiro, daí a expressão jocosa "rei da cocada preta".
Quando as quituteiras o viam, já diziam que ele tinha preferência pela cocada preta, ou que elas eram dele.
A expressão denota um indivíduo convencido e pretensioso.
Fonte:
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(30/10/2014)
Segundo o novo acordo ortográfico certo é CREEM.
Os verbos CRER, DAR, LER e VER (=grupo CRÊ-DÊ-LÊ-VÊ) são os únicos que fazem o hiato “-EEM” na 3ª pessoa do plural:
Ele crê - eles CREEM
Que ele dê - eles DEEM
Ele lê - eles LEEM
Ele vê - eles VEEM
Os verbos derivados do grupo CRÊ-DÊ-LÊ-VÊ seguem esta regra: eles descreem, releem, preveem…
Antes da reforma ortográfica, havia um acento circunflexo no primeiro “e”: crêem, lêem, relêem, prevêem… Esse acento gráfico foi abolido. A forma oficial agora é: creem, leem, releem, preveem…
Cuidado com o pretérito perfeito do indicativo do verbo CRER: eu CRI, tu CRESTE, ele CREU, nós CREMOS, vós CRESTES, eles CRERAM.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Dica do dia!
(3/11/2014)
Tchau é uma interjeição de despedida e significa “até logo” ou “até à vista”. O gesto feito com a mão em sinal de despedida também é designado por "tchau".
O termo tem origem no idioma italiano, mais especificamente no dialeto veneziano (uma variante do italiano falada na região de Veneza, Itália).
A sonoridade da palavra italiana “ciao” (cuja pronúncia é semelhante a “tchau”) começou a ser usada pelos brasileiros por influência dos imigrantes italianos, povo que possui uma grande comunidade no Brasil.
Na Itália, a origem da palavra “ciao” é curiosa. “Ciao” é a forma reduzida da frase “Io sono suo schiavo”, que significa literalmente em Português “Eu sou seu escravo”. Uma tradução mais corrente seria: “Eu estou às suas ordens” ou, ainda, “Eu estou servilmente às suas ordens”.
No dialeto que se falava em Veneza na Idade Média, a palavra “schiavo” (escravo, servo) soava como “chavo”. Era uma forma de reverência e cavalheirismo cumprimentar ou se despedir com a frase “Io sono suo schiavo”.
A expressão alcançou outras regiões da Itália e, com o tempo e com o uso, simplificou e ganhou a pronúncia do atual termo “ciao”. Na Itália a saudação informal “ciao” é usada como forma de cumprimento ao chegar e também como expressão de despedida.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(4/11/2014)
É possível expressar adjetivos no grau superlativo absoluto sintético. Seguem alguns exemplos. Há adjetivos que admitem mais de um superlativo.
agudo - acutíssimo, agudíssimo
bom - boníssimo
célebre - celebérrimo, celebríssimo
dócil - docílimo, docilíssimo
eficaz - eficacíssimo
fiel - fidelíssimo
geral - generalíssimo
horrível - horribilíssimo
íntegro - integérrimo, integríssimo
jovem - juveníssimo
livre - libérrimo, livríssimo
magro - macérrimo, magríssimo, magérrimo (Consta no Aurélio: "É anormal o superl. magérrimo, apesar de muito usado")
nobre - nobilíssimo, nobríssimo
pobre - paupérrimo, pobríssimo
rico - riquíssimo
salubre - salubérrimo, salubríssimo
tenaz - tenacíssimo
vão - vaníssimo
Fonte: Esat - Escola de Administração Tributária.
(5/11/2014)
Os vocábulos proparoxítonos são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima.
Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas.
Ácaro, cátedra, déspota, efêmera, paralelepípedo, pêssego, relâmpago.
Fonte: Esat - Escola de Administração Tributária.
(6/11/2014)
A última versão do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, obra produzida pela Academia Brasileira de Letras, voz oficial em matéria ortográfica do país, afirma que em ambas as palavras há a presença do hífen.
Consultando a versão inglesa da enciclopédia virtual Wikipédia, vemos que na Inglaterra é aceitável tanto on-line como online, diferentemente de e-mail, palavra grafada com hífen tanto no Brasil como naquele país.
É cada vez mais frequente no Brasil o uso sem o hífen, principalmente em online (on-line), o que não autoriza, ainda, essa grafia.
O mesmo fenômeno aparece, às vezes, em palavras como blogue e saite, uma clara tentativa de aportuguesamento dos estrangeirismos blog e site. Essas grafias ainda não estão consolidadas. Vale lembrar, no entanto, que dicionários já registram eslaide e leiaute, aportuguesamento das palavras slide elayout. Ou seja, é possível que, daqui a algum tempo, passem a registrar blogue e saite.
Visto que os anglicismos do título ainda não foram aportuguesados, melhor é, portanto, grafá-los com hífen. Uma vez que são estrangeirismos, é obrigatório o destaque, seja pelo uso de itálico, seja pelo uso de aspas. É preferível o uso de itálico. Conclui-se, então, que a grafia adequada é e-mail e on-line.
Observação: a dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(7/11/2014)
Cemitério é uma das origens da expressão.
Quando alguma coisa termina mal, dizemos que "foi para a cucuia".
Existem duas versões diferentes para explicar a origem desta expressão. A mais aceita refere-se ao antigo cemitério da Cacuia, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
O local foi inaugurado em janeiro de 1904 e, desde então, "ir para a Cacuia" tornou-se sinônimo de "bater as botas".
Aos poucos, no entanto, a expressão foi se generalizando e passou-se a utilizá-Ia também para se referir a outras situações com finais nada felizes.
A outra explicação para o ditado vem do tupi. Na língua indígena, kui significa cair, ir para a decadência. A duplicação de kui teria resultado em kukui, que, por sua vez, deu em cucuia.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(10/11/2014)
MANDATO significa “representação, delegação, poderes que os cidadãos conferem aos vereadores, aos deputados, aos senadores, aos prefeitos, aos governadores, aos presidentes, aos líderes sindicais e outros”.
Exemplos:
"Querem cassar o mandato de três deputados federais”.
“Se não formos bem representados, pode-se cassar o mandato de quem elegemos”.
MANDADO é “o ato de mandar; ordem ou despacho escrito por autoridade judicial ou administrativa”. Portanto, uma ordem judicial é um mandado: “mandado de prisão, mandado de segurança, mandado de busca e apreensão…”
Exemplo: O Oficial de Justiça chegou com um mandado de busca e apreensão dos bens da empresa.
É fácil mentalizar, basta lembrar do verbo mandar para fazer a diferença. A autoridade manda = mandado.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(11/11/2014)
Cosido = Costurado
A camisa foi cosida com muito cuidado.
Cozido = Que se cozeu, cozinhado
Para ficar tenro, o aipim dever ser cozido por bastante tempo.
Ouve = Do verbo ouvir
Aquele professor é muito paciente e ouve com atenção o que seus alunos lhe dizem.
Houve = Do verbo haver
Houve um tempo em que tínhamos mais tempo para conversar, ouvir, contemplar.
Rescaldo = Cinzas com brasas. Em sentido figurado: parte final de um acontecimento, saldo, resultado.
Ontem o dia foi de muita festa. Como rescaldo, uma ressaca danada!
Respaldo = O encosto das cadeiras. Apoio, geralmente de caráter político ou moral.
A decisão que tomo hoje tem como respaldo uma vida inteira de trabalho honesto e dedicado.
Fonte de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Dica do dia!
(12/11/2014)
Algumas oxítonas são acentuadas, outras não. Vejamos algumas palavras que são acentuadas.
1 - São acentuadas as oxítonas terminadas em a, as, e, es, o, os, em, ens.
Paraná, ananás, ipê, vocês, metrô, avós, também, reféns.
Importante: formas verbais unidas por hífen a pronomes são consideradas palavras distintas para efeito de acentuação gráfica.
Amá-lo, perdê-la, compô-lo.
2 - São acentuados os monossílabos tônicos.
Chá, ás (carta do baralho, pessoa exímia) , dê (do verbo dar), ré, nó, pôs.
Fontes de consulta:
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa.
Autor: Domingos Paschoal Cegalla.
www.migalhas.com.br
data e horário da consulta: 12/11/2014, 11h15.
www.portugues.com.br
data e horário da consulta: 12/11/2014. 11h30.
(13/11/2014)
3 - São acentuados os vocábulos oxítonos terminados nos ditongos abertos éi, éis, éu, éus, ói, óis.
Anéis, fiéis, papéis, céu, chapéus, véu, corrói, heróis, sóis.
4 – Acentua-se a forma verbal pôr, a fim de distingui-la da preposição por.
Queira pôr os livros na prateleira. (Pôr = verbo)
Que bom vê-la por aqui! (Por = preposição)
Fonte:
Acordo Ortográfico (1990) – Mudanças no Português do Brasil.
Editora Saraiva e Atual Editora.
(14/11/2014)
5 - Por que a palavra Iguaçu não é acentuada e a palavra baú é acentuada se ambas são oxítonas terminadas com a mesma vogal?
De fato, não são acentuadas as palavras oxítonas terminadas em u, seguido ou não de s.
Por este motivo, não levam acento: bambu, pitu, ragu, sagu, urubus etc.
No entanto, se o u final estiver sozinho na sílaba ou seguido de s, deve ser acentuado.
Assim, são acentuados: Jaú (Ja-ú), mundaú (mun-da-ú), Crateús (Cra-te-ús) etc.
6 - Por que a palavra saci não é acentuada e a palavra saí é acentuada se ambas são oxítonas terminadas com a mesma vogal?
A explicação é a mesma das oxítonas terminadas em u.
Não são acentuadas: abacaxi, adquiri-los, Anhembi, barris, cumpri-las, Parati, etc.
São acentuadas: daí (da-í), Piauí (Pi-au-í), Piraí (Pi-ra-í) etc.
7 - Por que a palavra juiz não é acentuada e a palavra juízes é acentuada?
Observemos que o i de juiz está na última sílaba, mas não está seguido de s, mas sim de z. Por este motivo não é acentuado.
Em juízes, o i deixou de fazer parte da última sílaba e passou a formar sozinho uma sílaba: ju-í-zes. Por este motivo é acentuado.
8 - Por que a palavra escrivã, que é oxítona, não é acentuada?
Primeiramente, é necessário esclarecer que o til (~) não é acento tônico, mas sinal diacrítico que indica nasalização da vogal à qual se sobrepõe. Como é necessário indicar a nasalização pela colocação do til, não se coloca acento indicando tonicidade.
9 - Por que a palavra balão, que é oxítona, não é acentuada?
A explicação assemelha-se àquela sobre a palavra escrivã. Em balão (ba-lão), a base da última sílaba é a vogal a, que recebe o til para indicar a nasalização. A letra o é a semivogal da sílaba (as semivogais não são acentuadas). Como a vogal a está com o til, não recebe o acento de tonicidade.
Fontes:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portugesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Fone: (41) 3218-2425.
(17/11/2014)
O elemento OCTO ou OCTA significa OITO.
Quem é campeão oito vezes pode ser OCTOCAMPEíO ou OCTACAMPEíO. As duas formas são corretas, embora nenhuma delas esteja registrada no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras.
Há palavras que se utilizam da forma OCTO: octogonal (oito ângulos), OCTÓPODE (oito pés = polvo); outras preferem a forma OCTA: OCTAEDRO (=oito lados). Há palavras que apresentam as duas formas registradas: octógono e octágono.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(18/11/2014)
As duas formas estão corretas. Há momento certo para usar uma e outra.
Os pronomes oblíquos átonos O(S) e A(S) substituem objetos diretos:
"Encontrei o aluno" = "Encontrei-o";
"Comprei os livros" = "Comprei-os".
O pronome oblíquo LHE(S) substitui objetos indiretos:
"Obedeço ao pai" = "Obedeço-lhe";
"Disse aos amigos" = "Disse-lhes".
O verbo entregar é transitivo direto e indireto: quem entrega sempre entrega alguma coisa (objeto direto) a alguém (objeto indireto).
Em "Eu entreguei o livro ao professor", o livro é o objeto direto (pode ser substituído pelo pronome o) e ao professor é o objeto indireto (pode ser substituído pelo pronome lhe).
Se substituirmos "o livro", fica "entreguei-o"; se substituirmos "ao professor", fica "entreguei-lhe".
Vamos contextualizar.
- Onde está o livro Flor do Deserto?
- Entreguei-o ao professor.
- Você entregou o livro O Menino do Dedo Verde para sua mãe?
- Sim, entreguei-lhe.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. foram efetuadas adaptações pela Esat.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(19/11/2014)
Primeiramente, devemos inocentar o gerúndio: ele é lícito, necessário e útil.
Os verbos, vale lembrar, possuem três formas nominais: infinitivo (amar), gerúndio (amando) e particípio (amado).
Apenas para nos situarmos, podemos dizer que o gerúndio tem como uma de suas características descrever fato que ocorre no momento em que falamos: Estou redigindo (neste momento). Você está lendo (neste momento).
Atualmente, na linguagem oral principalmente, o gerúndio, ao ser combinado com outras formas verbais, passou a apresentar também a ideia de futuro, substituindo (com perda, muita perda) formas verbais que originalmente possuem essa função.
Não se sabe ao certo o que deu origem a esse modismo (que poderíamos chamar de “chatismo”). Dizem que traduções literais do inglês poderiam ter influenciado. Há estudiosos, no entanto, que afirmam não ser possível essa hipótese, pois, para haver a influência, todos deveríamos dominar os dois idiomas. Há quem diga que alguém com suposta erudição teria usado essa forma de expressão, que, haja vista haver sido considerada sofisticada, chic (tss, tss), passou a ser copiada.
Independentemente da possível origem, o fenômeno linguístico está aí.
Como foi dito, o gerundismo é a combinação do gerúndio com outras formas verbais, normalmente dando a ideia de futuro (digo normalmente, pois há exemplos de uso para identificar fato presente e fato pretérito). Assim, temos:
a) Senhora, vou estar passando a ligação. (tomara que o telefone dê um baita choque)
É melhor dizer Senhora, passarei a ligação.
b) Agora vou estar pedindo que a senhora experimente o vestido. (só se der 100% de desconto)
Digamos assim:Agora peço-lhe que experimente o vestido.
c) Para concluir o acordo, é necessário que o senhor esteja assinando bem aqui. (é melhor não fazer negócio com essa turma)
É preferível dizer: Para concluir o acordo, é necessário que o senhor assine bem aqui.
Observa-se que são usados dois ou três verbos combinados para representar o que um sozinho é capaz de fazer. Para que complicar?
Bem, mas a campeã dentre aquelas que ouvi vem a seguir. Pérola raríssima, ocorreu naquele domingão sossegado, comida farta, hora de jogar conversa fora. O diálogo é meramente ilustrativo, mas o gerundismo é real.
- Você lembra de fulana?- Ô se lembro. Quanta saudade!
- E você, sabe do sicrano?
- Não, nunca mais vi.
- Pois é, parece que ele andou morrendo.
Andou morrendo? Dá para imaginar alguém que andou morrendo? Como é que se anda morrendo?
Vixe nossa!
O tom é lúdico, mas o papo é sério. Estamos enfeando nosso idioma. Fujamos do gerundismo (vai de retro, coisa ruim!), sejamos mais simples, menos complicados, mais elegantes.
Fontes de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto);
Mais Dicas da Dad – português com humor (Dad Squarisi).
(20/11/2014)
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(21/11/2014)
A dica de hoje abre espaço para a reflexão.
Seguem pensamento atribuído a Martin Luther King e fragmento de poema atribuído a Eduardo Alves da Costa.
"O que me preocupa não é o grito dos maus.
É o silêncio dos bons." (Martin Luther King)
No caminho com Maiakóvski
"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
(Eduardo Alves da Costa)
Fonte: Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(24/11/2014)
A utilização do "que" é inevitável. No entanto, utilizá-lo em demasia prejudica o texto.
À utilização exagerada dá-se o nome de "queísmo".
Em alguns momentos, é bastante fácil evitá-lo.
Seguem alguns exemplos.
É necessário que você faça exercícios para ter boa condição física.
É necessário fazer exercícios para ter boa condição física.
A repórter citada, que redigiu a matéria sobre o uso de substâncias proibidas em competições esportivas, apresentou sólida argumentação.
A repórter, autora da matéria sobre o uso de substâncias proibidas em competições esportivas, apresentou sólida argumentação.
A Receita Estadual do Paraná é composta por pessoas que são comprometidas.
A Receita Estadual do Paraná é composta por pessoas comprometidas.
Esta é uma posição que não pode ser aceita.
Esta é uma posição inaceitável.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(25/11/2014)
Era assim que se falava de uma pessoa desocupada.
Atualmente, a expressão "da pá virada" pode ser usada com vários significados bem diferentes. Ela serve, por exemplo, para qualificar uma criança travessa e inquieta. Também se fala assim de pessoas de má índole e que são criadoras de casos. Além disso, a frase ainda pode servir para elogiar indivíduos corajosos e competentes.
Em sua origem, porém, essa frase tinha um único significado. Uma pá de pedreiro virada, voltada para o solo, é um instrumento inútil, sem nenhuma serventia.
Assim, a construção verbal era utilizada para designar indivíduos vadios, sem ocupação, que não trabalhavam e, da mesma maneira que uma pá virada, não serviam para nada. De acordo com o historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), a expressão é brasileira, e provavelmente surgiu no século XIX.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(26/11/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
"Abracadabra" apareceu pela primeira vez em um poema do século II d.C., entre os primeiros cristãos. Uma das explicações para a sua origem diz que "abracadabra" é uma combinação das palavras "ab" e "ben" e "ruach acadosch" ("pai, filho e espírito santo", em hebreu).
Outra hipótese é que se trata da adaptação do nome de um líder espiritual da época, "Abrasax".
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(27/11/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
Explicações para a frase "Salvo pelo gongo" estão relacionadas a sinos.
Existem diversas versões para explicar a origem dessa expressão usada quando alguém consegue se livrar, no último instante, de um perigo ou uma situação constrangedora. A mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia, o distúrbio que impede o doente de se movimentar. Para evitar essas tragédias, as famílias na Europa passaram a amarrar uma cordinha no pulso do defunto, prendendo-a a um sino que ficava do lado de fora do túmulo. Se não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo.
Já o pesquisador Marcelo Duarte afirma, no livro Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa, que a frase surgiu em Londres, no século 17. Um guarda do palácio de Windsor acusado de dormir no posto alegou que estava tão acordado que tinha ouvido o sino da igreja tocar 13 vezes naquela noite.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(28/11/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
A mãe de Aquiles, Tétis, com o objetivo de tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares, que não foram submersos.
Na Guerra de Tróia, Páris feriu Aquiles justamente no calcanhar, a parte vulnerável do seu corpo.
Portanto, o ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo, por metáfora, é o calcanhar de Aquiles.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(1º/12/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
No século XIV, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também tiravam dentes, cortavam calos, etc.
Por não serem profissionais, seus serviços mal feitos eventualmente geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”.
Este termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(2/12/2014)
A dica de hoje aproveita os ensinamentos do Professor Pasquale Cipro Neto.
Muita gente acha que essas duas palavras são equivalentes. Apesar de parecidas, têm significado diferente. O elemento comum é o prefixo "bi-", que significa "dois". "Bimensal" é o que ocorre duas vezes por mês. Equivale a quinzenal. Uma revista "bimensal", por exemplo, sai duas vezes por mês. Já "bimestral" é o que ocorre uma vez por bimestre, ou seja, uma vez a cada dois meses.
Fonte de consulta: O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto)
(3/12/2014)
Lembram-se das Sereias Tupiniquins? Elas passearam pela Dica de Portuga n.º 4, de 4/4/2014.
Pois é, suas primas, as Balzaquianas Brasileiras, morreram de ciúme, rasgaram-se de inveja, descabelaram-se e, aos gritos e mais gritos, exigiram fazer parte das dicas. Seu pedido é uma ordem. Obedecemos.
Primeiramente, vale esclarecer que, de acordo com o Aurélio, o termo balzaquiana pode referir-se a mulheres com 30 anos, pouco mais ou pouco menos. É uma referência à obra A Mulher de Trinta Anos, do escritor francês Honoré de Balzac. Tudo Normal. Tudo certo.
A verdade é que, na língua do povo, por vezes ferina, esse termo adquiriu significado depreciativo: quer dizer velho, ultrapassado, fora de moda.
Ao aproveitar esse sentido, é que surgiu o título.
Por quê?
Porque ainda hoje, tão modernos que somos, portadores de todas as tecnologias disponíveis (celular que joga búzios e prevê o futuro;
MP3, 5, 10, 387 que reproduz músicas em línguas extintas) ainda usamos algumas expressões do tempo em que o Mar Morto não estava nem doente (essa também é muito antiga!). São os famigerados chavões.
Normalmente esses chavões ocupam a correspondência oficial. Ao usá-los, temos a falsa impressão de que tornamos nosso texto mais sério, respeitável, elegante.
Não é bem assim. Aliás, não é nada disso.
Para enriquecer a dica de hoje, aproveitamos os dizeres de Adalberto J. Kaspary, em sua obra Redação Oficial – Normas e Modelos.
“A introdução e o fecho são as partes do ofício que mais profundas marcas conservam da tradição de nosso estilo administrativo. Palavras, expressões e frases desnecessárias, redundantes, contraditórias, desconexas ou arcaicas...
E quem ainda lê tais fechos?
…
Por que não atualizar certas fórmulas e modos de dizer de nossa redação oficial, embora sempre com a necessária moderação e sobriedade, …?”
Modernamente, prevalece a ideia da simplificação, da objetividade, da clareza. Neste contexto, algumas formas de escrita não têm vez. Não devemos, no entanto, confundir objetividade com rispidez e deselegância." (grifei)
Vamos à prática.
Inadequado: Vimos, por intermédio do presente, levar ao conhecimento de Vossa Senhoria... (Que desperdício de palavras!)
Adequado: Comunicamos a Vossa Senhoria...
Inadequado: Sem mais para o momento / Limitados ao exposto / Sendo o que tínhamos a informar, subscrevemo-nos com protestos de apreço, elevada estima e distinta consideração. (Será que alguém sabe ao certo o que tudo isso significa?)
Adequado: Atenciosamente / Atenciosas saudações. Respeitosamente / Respeitosas saudações.
Inadequado: Tenho a honra / a satisfação de comunicar que Vossa Senhoria deve a quantia de ... (dá para imaginar a alegria do destinatário ao ler as palavras honra ou satisfação? Muito cuidado com termos usados impropriamente.)
Adequado: Comunico / Informo que Vossa Senhoria deve a quantia de ...
Conclusão: Simplificar é fundamental.
Fonte de consulta:
Redação Oficial, Normas e Modelos (Adalberto J. Kaspary).
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
(4/12/2014)
A dica de hoje refere-se ao novo Manual de Comunicação Oficial do Estado do Paraná:
www.portaldoservidor.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=4200&tit=Governo-do-Parana-lanca-novo-Manual-de-Comunicacao-Escrita-Oficial-do-Estado
É possível que, em algumas máquinas, o arquivo abra com percentual de zoom muito alto. Se houver dificuldade para a leitura, deverá haver redução do zoom.
Trata-se de indicação do Auditor Fiscal Marcel Giovani Kroetz, da Esat - Escola de Administração Tributária.
(5/12/2014)
Um leitor perguntou qual das formas é correta. Disse que no minidicionário de Celso Luft estão registradas as duas grafias, mas que
no minidicionário de Aurélio Buarque não se encontra "parêntesis". É sempre arriscado consultar minidicionários, já que a limitação
de espaço não permite a seus autores que operem milagres. Certos cortes são inevitáveis. "Parêntese" é singular; "parênteses" é plural.
"Parêntesis", forma igualmente correta, é singular e plural: "o parêntesis", "os parêntesis".
Grande abraço a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
Fonte de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto).
(8/12/2014)
Reboliço é “que tem forma de rebolo, que rebola”;
Rebuliço é “bagunça, grande barulho, agitação, desordem, confusão”;
Bucal é “relativo à boca” – “Ele está com problemas bucais (=na boca)”;
Bocal é “abertura de vaso, candeeiro, frasco, castiçal…” – “Pôs a lâmpada no bocal”.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(9/12/2014)
Box é palavra inglesa. Refere-se ao esporte em que dois pugilistas se enfrentam no ringue. Também significa caixa, dentre outros significados.
Boxe corresponde ao aportuguesamento de box. Assim, na língua portuguesa do Brasil, o esporte denomina-se boxe.
A surpresa para muitos é que o local para banho de chuveiro também é denominado boxe.
O plural de boxe é boxes.
Boxer é palavra inglesa e identifica determinada raça canina.
Bóxer é o aportuguesamento de boxer.
O plural de bóxer é bóxeres.
Fontes de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto).
Novo dicionário aurélio da língua portguesa (AuréLio Buarque de Holanda Ferreira).
Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba, (41) 3218-2425.
(10/12/2014)
Ascendência e descendência são palavras que possuem significados diferentes; não raramente, no entanto, usa-se descendência em vez de ascendência.
Descendentes são aqueles que vêm depois.
Ascendentes são aqueles que vêm antes.
Assim, os netos de japoneses, por exemplo, são descendentes de japoneses. Se esses netos quiserem explicar qual a sua origem, eles devem dizer
"nossa ascendência é japonesa" ou "somos descendentes de japoneses".
Porém, na tentativa de prestar informações sobre a sua origem, algumas pessoas dizem "Minha descendência é alemã, italiana, ucraniana, ...". Essa afirmação é inadequada, pois, como foi dito, descendência refere-se aos que vêm depois.
Deve-se dizer, portanto, "Minha ascendência é alemã, italiana, ucraniana,..."
Para perguntar sobre a origem, a lógica é a mesma: "Qual é a sua ascendência?" e não "Qual é a sua descendência?".
Mnemônico:
Ascendência começa com "a" de antes.
Descendência começa com "d" de depois.
Fonte do consulta: O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto).
(11/12/2014)
A dica de hoje aproveita os ensinamentos do Professor Pasquale Cipro Neto.
... "Enquadram-se na lista de impropriedades as expressões cujo sentido é trocado. Dia desses, ouvi eminente jurista dizer que "esse procedimento não faz jus à posição dele".
"Jus" é palavra latina. Significa "direito". "Fazer jus a algo" é ter direito, fazer-se merecedor.
Certamente, o jurista queria dizer que o tal procedimento não condiz com a posição da pessoa em questão. Trocou "fazer jus" por "condizer"."
Portanto, a frase atribuída ao jurista deveria ser: "esse procedimento não condiz com a posição dele."
Fonte do consulta: O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto).
(12/12/2014)
A dica de hoje aproveita os ensinamentos do Professor Pasquale Cipro Neto.
"Muita gente diz que alguém vive 'às custas do pai'. Gramáticos e dicionaristas, no entanto, afirmam que 'custa', no plural, tem sentido jurídico específico. São as 'despesas feitas com um processo criminal ou cível'. 'Foi obrigado a pagar as custas do processo'.
Com outro sentido, a palavra fica no singular: 'Ainda vive à custa do pai', 'Conseguiu tudo à custa de muito sacrifício'."
Conclusão:
Para fazer referência a despesas processuais, usa-se "as custas" (no plural e sem crase).
A expressão "à custa de" (no singular e com crase) indica dependência financeira; com sacrifício, dano, ou prejuízo de.
Fonte do consulta:
O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto).
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
(15/12/2014)
A dica de hoje aproveita os ensinamentos de Dad Squarisi.
A consulta é do Leonir Morês, do Guará. Ele quer saber: "Na indicação de percentagem, é preciso repetir o sinalzinho % em todos os números? Ou basta usá-lo no último?"
Por questão de clareza, o sinal aparece em todos os números: A inflação dos últimos quatro anos ficou entre 70% e 72%. Os servidores terão aumento variável: de 4% a 28%.
O mesmo vale para outras abreviaturas: No fim de semana, rodou de 20km a 40km. Trabalha das 8h às 16h. Compre de 3kg a 5kg de carne.
Fonte de consulta:
Dicas da Dad - português com humor (Dad Squarise)
(16/12/2014)
Muitas vezes as unidades de medida são expressas por símbolos e não por extenso. Usa-se, por exemplo, "kg" para identificar quilograma e "m" para identificar metro. A lista a seguir traz algumas unidades e os símbolos correspondentes.
UNIDADE DE MEDIDA | SÍMBOLO |
milímetro | mm |
centímetro | cm |
metro | m |
quilômetro | km |
litro | l |
grama | g |
quilograma | kg |
tonelada | t |
segundo | s |
minuto | min |
hora | h |
hertz | Hz |
newton | N |
watt | W |
Os símbolos das unidades de medida são grafados com letras minúsculas, exceto os que homenageiam cientistas, que devem ser grafados com a inicial maiúscula: 120W (120 watts), 450Hz (450 hertz) . No entanto, se a grafia da unidade de medida vier por extenso, a maioria das fontes consultadas indica grafia com todas as letras minúsculas: 150 watts; 75 newtons. Se estiver no início da frase, a inicial da unidade de medida será maiúscula: "Watt é a unidade de medida que indica potência."
É importante saber que os símbolos não recebem ponto (.), bem como que não recebem "s" para indicação de plural. Assim, devemos escrever: "Ela ministrará aulas das 8h às 12h"; "Precisamos de 5kg de farinha de trigo"; "A entrada fica a 500m daqui".
Relativamente à existência ou não de espaço entre o número e o símbolo, há divergência entre as fontes consultadas. Há registro da grafia 5m e da grafia 5 m; 12kg e 12 kg. A tendência é não colocar espaço.
Apesar de haver divergência de entendimento sobre alguns aspectos da grafia de unidades de medida e os respectivos símbolos, pode-se afirmar que:
a) não se usa ponto (.) na grafia dos símbolos das unidades de medida: m, h, min, W;
b) não se usa "s" para indicar plural dos símbolos, mas a palavra por extenso é pluralizada: 320m (320 metros), 2h (2 horas), 60t (60 toneladas);
c) não se coloca espaço entre o número e o símbolo da unidade de medida: 12kg, 2h20min, 37mm;
d) os símbolos são grafados com letras minúsculas, exceto se homenageiam algum cientista: km, l, s, Hz, N, W;
e) a grafia por extenso das unidades de medida é sempre em letra minúscula, mesmo quando houver homenagem a algum cientista: litros, minutos, metro, quilômetros, hertz, watt, newton.
Com alguma frequência, observam-se grafias incorretas dos símbolos das unidades de medida. É necessário evitar. Seguem alguns exemplos:
"O terreno tem 52 mts de comprimento." (Incorreto. Confira bem os dados no Registro de Imóveis, pois poderá comprar gato por lebre.)
"A aula terá início às 8hrs / 8hs." (Incorreto. Quem vai se arriscar a estudar nessa escola? Provavelmente será fechada por falta de alunos.)
"Compramos 5kg. de pinhão." (Incorreto. Deve ser pinhão colhido há muito tempo e que estava congelado. Não vai ficar bom. Devolva tudo.)
"Clube 171: 7kms depois da encruzilhada." (Incorreto. Dá para imaginar o tipo de clube? Provavelmente a informação estava numa pRaca enferrujada.)
"Restaurante por quilo: 100 grs por R$10,00." (Incorreto. Apesar do preço altíssimo, a comida não deve prestar. Fuja de lá!)
Para saber mais: Inmetro
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Redação Oficial - normas e modelos (Adalberto J. Kaspary).
Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba (41 - 3218-2425).
(17/12/2014)
'Um leitor - bem-humorado - perguntou: "Acabou, ou nem mesmo começou esta história? (Ou será estória?)". A "história" não acabou. O dicionário de Aurélio Buarque registra "estória", mas, secamente, diz que não se recomenda o uso dessa forma. Aurélio recomenda "história" para qualquer dos sentidos (ciência histórica, narrativa de ficção etc.). Caldas Aulete registra como brasileirismo. No "Vocabulário Ortográfico", da Academia Brasileira de Letras, vê-se: "estória s.f.: história". E aí? Pelo jeito, com "história" não se corre nenhum risco. Com "estória", confusão à vista.'
Conclusão: deve-se usar história.
Fonte de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua (Pasquale Cipro Neto)
(18/12/2014)
O certo é RETIVERAM.
O verbo RETER, como todos os derivados do verbo TER (=ABSTER, ATER, CONTER, MANTER, OBTER, DETER…), deve seguir o modelo do verbo primitivo:
Ele teve – ele RETEVE (=absteve, manteve…)
Eles tiveram – eles RETIVERAM (=mantiveram, detiveram…)
Se ele tivesse – ele RETIVESSE (=contivesse, mantivesse…)
Quando eu tiver – eu RETIVER (=obtiver, detiver…)
Foi manchete de um bom jornal: “Policiais não deteram os criminosos”. Deve ser por isso que eles fogem! O certo é “Policiais não detiveram os criminosos”.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(19/12/2014)
As duas formas são registradas pelos dicionários.
Extático, com x, é o adjetivo relacionado ao substantivo êxtase. É o que está em êxtase, maravilhado, encantado, enlevado. Também é o que foi causado por êxtase ou que envolve êxtase.
Exemplo do Houaiss: "forte emoção extática".
Estático, com s, é o que está parado, imóvel, sem movimento; ou sem atividade, paralisado.
Exemplos do Houaiss: "ficou estático, em estado contemplativo, a meditar".
Extático e estático são homônimos, isto é, a pronúncia é idêntica, mas o significado não.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(22/12/2014)
Hoje temos três em uma:
1 - a primeira é dica nova. Fala da expressão EM MíO;
2 - a segunda corrige o título da dica 177, de 12/12/2014;
3 - a terceira atualiza a dica 29, de 14/5/2014.
1 - EM MíO ou EM MíOS?
De acordo com Dad Squarise, "A gente entrega a correspondência em mão. Em mãos? Nem pensar."
Fonte: Dicas da Dad - português com humor (Dad Squarisi)
2 - À CUSTA DE ou ÀS CUSTAS DE?
(dica 177, de 12/12/2014)
Quando do envio desta dica, houve equívoco na digitação do título. Foi grafado "À CUSTA DE ou ÀS CUSTA DE?", ou seja, faltou o "S" em "ÀS CUSTAS DE". No texto que está no portal da Esat, a correção já foi efetuada.
3 - SIGLAS
(dica 29, de 14/5/2014)
A dica em questão trouxe informações sobre SIGLAS, assunto gerador de controvérsias. Um dos tópicos da dica tratou da grafia das siglas em textos. Na oportunidade, foi expresso o resultado dos estudos que haviam sido realizados. Uma vez que os idiomas sofrem constantes alterações, faz-se necessário efetuar ajustes nas explicações apresentadas naquele momento. Constava assim: "Quando a usamos no texto, a sigla deve vir grafada em primeiro lugar e depois sua designação por extenso entre travessões."
Ao consultar revistas e jornais de grande circulação, observa-se que a tendência é grafar primeiramente a designação por extenso e, posteriormente, a sigla entre parênteses. Esta forma de apresentação deixa o texto mais claro.
Segue fragmento da dica 29, já com as alterações.
"No texto
No texto, a designação deve vir grafada em primeiro lugar e depois a sigla correspondente entre parênteses. Vejamos alguns exemplos.
Vale salientar que a Reeducação Postural Global (RPG) é extremamente salutar.
O Imposto Predial Territorial e Urbano (IPTU), tributo municipal, é calculado com base no valor venal dos imóveis.
Um dos tributos municipais é o Imposto sobre Serviços (ISS).
Num texto, após já termos grafado a designação e a sigla correspondente, se houver a repetição, poderemos usar apenas a sigla.
'O Brasil é um dos participantes do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul).
...
O Mercosul foi criado...'
Se, por intermédio de determinado texto, dirigimo-nos a um público afeto ao uso de certas siglas, não se faz necessário grafar ao lado delas sua designação por extenso. Se, no entanto, nossa mensagem for direcionada a um público que desconhece (ou talvez desconheça) as siglas usadas no texto, deve-se, quando da primeira grafia de cada sigla, colocar sua designação por extenso. Havendo repetições, poderá ser grafada, como já foi dito, apenas a sigla."
Por questões técnicas, estão visíveis no portal da Esat apenas as dicas enviadas a partir de 31/7/2014, ou seja, as de 1.º/4/2014 a 30/7/2014 não estão visíveis. Assim que o problema for superado e todas as dicas voltarem a aparecer, a que trata de SIGLAS será publicada com as atualizações apresentadas hoje.
(23/12/2014)
Esta é a última dica antes do Natal, sinal de que o fim do ano está próximo.
O texto de hoje nos permite importante reflexões, pois, seguramente, já experimentamos as sensações das duas posições expressas nele: as de quem espera o perdão; as de quem pode perdoar.
Antes da dica, segue fragmento do texto do cartão de Natal enviado pela Coordenadora-Geral do Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ), Maria Juraci Alves Câmara, da Sefaz/PI.
"Lembremo-nos de que ao nosso lado sempre haverá pessoas que, como nós, esperam ser amadas, respeitadas, ouvidas, valorizadas.
Ao agirmos assim, tornaremos nossa vida e a daqueles que nos rodeiam mais plena, mais agradável, mais feliz."
A equipe da Escola de Administração Tributária (Esat) deseja a todos o melhor da vida.
Grande abraço.
O PERDíO
O perdão incondicional no mundo atual é muito raro. Além de não perdoar com facilidade as ofensas de parentes e amigos, encontramos impedimentos enormes para a sua prática no que se refere aos inimigos.
O orgulho é de tal ordem que basta um familiar cometer um deslize qualquer para ficarmos furiosos.
Em vez de desculpar a fragilidade moral do infeliz e procurar lhe dar apoio para suavizar as punhaladas do remorso, ficamos a atirar pedras. Pedras do desprezo, da indiferença, sem medir as consequências de tal atitude.
Conta o escritor John Lageman um fato contemporâneo. Ocorreu com um ex-presidiário, que sofreu na alma a incompreensão e o abandono dos seus familiares, durante todo o tempo em que esteve recluso numa penitenciária.
Os seus parentes o isolaram totalmente. Nenhum deles lhe escreveu sequer uma linha. Nunca foram visitá-lo na prisão durante a sua permanência lá.
Tudo aconteceu a partir do momento em que o ex-presidiário, depois de conseguir a liberdade condicional, por bom comportamento, tomou o trem de retorno ao lar.
Por uma coincidência que somente a Providência Divina explica, um amigo do diretor da penitenciária se sentou ao seu lado.
Por ser uma pessoa sensível, identificou a inquietação e a ansiedade na fisionomia sofrida do companheiro de viagem e, com gentileza, lhe falou:
O amigo parece muito angustiado! Não gostaria de conversar um pouco? Talvez pudesse diminuir o desconforto.
O ex-detento deu um profundo suspiro e, constrangido, falou:
Realmente, estou muito tenso. Estou voltando ao lar. Escrevi para minha família e pedi que colocasse uma fita branca na macieira existente nas imediações da estação, caso tivesse me perdoado o ato vergonhoso.
Se não me quisessem de volta, não deveriam fazer nada. Então eu permanecerei no trem e rumarei para lugar incerto.
O novo amigo verificou como sofria aquele homem. Ele sofreu uma dupla penalidade: a da sociedade que o segregou e a da família que o abandonou.
Condoeu-se e se ofereceu para vigiar pela janela o aparecimento da árvore. A macieira que selaria o destino daquele homem.
Dez minutos depois, colocou a mão no braço do ex-condenado e falou quase num sussurro:
Lá está ela!
E mais baixo ainda, disse:
Não existe uma fita branca na macieira!
Fez uma pausa, que parecia uma eternidade e falou novamente:
... A macieira está toda coberta de fitas brancas.
A terapia do perdão dissipou, naquele exato momento, toda a amargura que havia envenenado por tanto tempo uma vida humana.
O pobre homem reabilitado deixou que as lágrimas escorressem pelas faces, como a lavar todas as marcas da angústia que até então o atormentara.
Fonte:
CD Momento Espírita, volume 2, faixa 2.
Obs.: o áudio do texto pode ser encontrado na internet.
(29/12/2014)
(30/12/2014)
(2/1/2015)
(5/1/2015)
(7/1/2015)
Aproveitando o assunto da dica de hoje, é oportuno alembrar:
Significado de Alembrar
v.t.d e v.int. Pouco usado. Do mesmo significado de lembrar ou recordar: nunca me alembro do seu nome; seu sorriso me faz alembrar.
Forma preferível: lembrar.
(Etm. a + lembrar)
Sinônimo de Alembrar
Sinônimo de alembrar: lembrar
Definição de Alembrar
Classe gramatical: verbo bitransitivo, verbo pronominal, verbo transitivo direto e verbo transitivo direto e indireto
Tipo do verbo alembrar: regular
Separação das sílabas: a-lem-brar
Fonte: http://www.dicio.com.br/alembrar/
Adaptação efetuada pela Esat.
(8/1/2015)
(9/1/2015)
(12/1/2015)
(13/1/2015)
(14/1/2015)
(15/1/2015)
(16/1/2015)
(19/1/2015)
(20/1/2015)
(21/1/2015)
(22/1/2015)
(23/1/2015)
(26/1/2015)
(27/1/2015)
(28/1/2015)
(29/1/2015)
(30/1/2015)
(2/2/2015)
(3/2/2015)
(4/2/2015)
(5/2/2015)
(6/2/2015)
(9/2/2015)
(10/2/2015)
(11/2/2015)
(12/2/2015)
(13/2/2015)
(18/2/2015)
(19/2/2015)
Palavra tão pequena e causadora de dúvidas.
No Aurélio, há dois registros para dó: no primeiro, consta que significa compaixão, lástima, luto; no outro, nota musical.
Apesar de tanta diferença de significado, a classe gramatical e o gênero são iguais: substantivo masculino.
Assim, devemos dizer:
"Sentimos muito dó dos que perdem suas casas e bens nas enchentes."
"O dó é a primeira nota musical."
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(20/2/2015)
Seguramente, todos nós já demos e recebemos amplexos, encômios e ósculos, bem como já ofertamos óbolos.
- Sério mesmo?
- Sim, sério mesmo.
- Tô fora!!
- Tá não! Sabe por quê? Porque esses substantivos são "figurinhas carimbadas" em nosso dia a dia. Vejamos seus sinônimos.
Amplexo: abraço.
Encômio: elogio.
Óbolo: esmola, donativo.
Ósculo: beijo.
Sexta-feira, fim de semana que chega, horário de verão que termina...
Então, aproveite muito e distribua amplexos, encômios, óbolos e ósculos. E não precisa economizar!
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(24/2/2015)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
De onde vem a expressão "novinho em folha"?
De acordo com Flávio Vespasiano Di Giorgi, professor de Linguística da PUC, a expressão "novinho em folha" surgiu em alusão a livros recém impressos, que estariam com as folhas limpinhas, sem dobras, riscos ou diferenças na coloração. Eram livros, portanto, "novinhos em folha".
Sefaz-ES/Subsad/Gedef/Suder
(24/2/2015)
São numerosos os substantivos de gênero incerto e flutuante. Por vezes, a definição do gênero depende do contexto.
Seguem alguns exemplos.
A/O agravante: dependendo do contexto, é considerado substantivo feminino, ou masculino ou de dois gêneros.
O alicate: ferramenta própria para segurar, prender ou cortar certos objetos.
O anátema: expulsão do seio da Igreja, excomunhão.
A/O benesse: emolumento paroquial. Lucro gratuito.
As cãs: cabelos brancos.
A chaminé: tubo que comunica a fornalha com o exterior.
A/O personagem: pessoa notável, importante. Cada um dos papeis que figuram numa peça teatral, filme, novela.
O/A sabiá: ave muito comum no Brasil, onívora e com belo canto.
O Somatório: soma dos termos de uma sequência qualquer.
Para saber mais clique AQUI
Fonte de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
(25/2/2015)
Só usamos DE MAIS quando se opõe a “de menos” na expressão “não tem nada de mais”.
Nos outros casos, quando pode significar “muito, bastante” ou “o restante”, devemos usar DEMAIS: “Comeu demais”; “Os demais devem retornar amanhã”.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(26/2/2015)
SUTIS DIFERENÇAS
A dica de hoje aproveita os ensinamentos de Luiz Antonio Sacconi.
Macambúzio, melancólico e sorumbático.
"Convém não confundir. Macambúzio é o triste carrancudo, emburrado. Melancólico é o triste calmo, silencioso, muito medidativo, porém, algo depressivo. Geralmente apresenta desinteresse pela vida e pode praticar o suicídio, dependendo do grau de melancolia que o acomete. Sorumbático é o triste e sombrio. Fica geralmente macambúzia a criança mimada a quem se nega alguma coisa desejada. Adulto macambúzio é caso clínico..."
Maçante e chato.
"Convém não confundir. Maçante é o indivíduo que aborrece, que importuna, mas sem ser insistente. Chato é o indivíduo que aporrinha sem dar trégua, parecendo sentir enorme prazer em aborrecer, ainda que tudo faça inconscientemente, como se fosse a pessoa mais agradável do mundo. Poucos chatos têm plena consciência da sua real condição. O termo é eminentemente popular e teve origem no nome do conhecido inseto que acomete a região pubiana, a que o bichinho se apega radicalmente."
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(27/2/2015)
(2/3/2015)
(3/3/2015)
Pois é, quem diria, hein? A forma original do conhecidíssimo agilizar é agilitar.
De acordo com Luiz Antonio Sacconi, a forma rigorosamente portuguesa é agilitar; a forma agilizar foi criada pelo povo, "que se deixou levar pelo maior número de verbos formados com -izar do que com -itar, em nossa língua. Agilitar, no entanto, deveria ser tão corrente e popular como debilitar (débil + -itar), facilitar (fácil + -itar), habilitar (hábil + -itar), etc."
O dicionário Aurélio trata agilizar como neologismo.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(4/3/2015)
Genitor / Genitora = Pai / Mãe.
A genitora será responsável pela guarda dos filhos.
Progenitor / Progenitora = Avô / Avó.
Meus progenitores nasceram na Itália.
Graça = Dom gratuito, proveniente de ente ou pessoa poderosa. Dito para provocar riso.
Quando têm fé, muitos alcançam a graça que pedem.
Minha amiga está sempre disposta a fazer graça.
Graças = Confianças, intimidades, liberdades.
"Ela não gosta de graças consigo."
Hipoteca = Garantia feita com bens imóveis.
Para financiar o carro de luxo, ofertou sua casa como hipoteca.
Penhor = Garantia feita com bens móveis.
Poderá usar o carro como penhor.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(5/3/2015)
Não raramente, há dúvidas sobre a conjugação do verbo intervir: interviu ou interveio? intervier ou intervir? intervi ou intervim? E por aí vai.
A forma mais fácil de acertar é conjugar corretamente o verbo vir, do qual intervir deriva.
Temos, portanto:
Eu venho aqui diariamente.
Eu intervenho sempre que necessário.
Ela veio aqui em casa semana passada.
O Banco Central interveio, a fim de evitar que o valor do dólar disparasse.
Eu vim ontem.
Eu intervim na discussão, a fim de evitar mal maior.
Os policiais vieram rapidamente.
Os policiais intervieram no conflito gerado pelos baderneiros.
Se você vier à festa, ficaremos muito felizes.
Se você intervier, seguramente o resultado será positivo para todos.
Se vocês vierem à festa, ficaremos muito felizes.
Se vocês intervierem, seguramente o resultado será positivo para todos.
Fonte de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua.
Autor: Pasquale Cipro Neto.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(6/3/2015)
Apreçar = perguntar o preço de, ajustar o preço de, colocar preço em, ter apreço a.
Depois de apreçar as mercadorias, inseriu as informações no sistema.
Apressar = dar pressa a, acelerar.
É necessário apressar o andamento do processo.
Acento = sinal diacrítico utilizado para indicar a vogal tônica.
O acento é obrigatório nas palavras proparoxítonas: pêssego, mármore.
Assento = Objeto ou lugar em que se senta.
O assento da poltrona é de couro.
Aprender = tomar conhecimento de, reter na memória.
Aprender é fundamental para o desenvolvimento humano.
Apreender = Apropriar-se judicialmente de, segurar, prender, assimilar mentalmente.
As autoridades apreenderam muitas armas na casa do traficante.
Muito concentrado, o aluno apreende rapidamente tudo o que lhe ensinam.
Cavaleiro = aquele que anda a cavalo.
Em muitas cidades, ainda há cavaleiros.
Cavalheiro = homem de sentimento e ações nobres, cortês.
Aquele servidor é muito educado no trato com as pessoas, um cavalheiro.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
O dia-a-dia da nossa língua.
Autor: Pasquale Cipro Neto.
Pensamento:
Ao buscarmos dificuldades nas oportunidades, contribuímos para a criação de problemas.
Ao buscarmos oportunidades nas dificuldades, contribuímos para a criação de soluções.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(9/3/2015)
Apesar da maioria da população ser contra, a partir deste ano os impostos serão maiores. (construção incorreta)
Não existe regra que impeça juntar a preposição de com os artigos. É mais frequente a contração das preposições de, em e por com os artigos o, a, os, as: do, da, dos, das, no, na, nos, nas, pelo, pela, pelos, pelas do que a combinação dos elementos separadamente.
Veja alguns exemplos:
- Acredito nas suas palavras;
- Apesar da crise, cresceremos nos próximos anos;
- A luz solar passa através das janelas.
Em nenhum dos exemplos citados, a preposição e o artigo poderiam ficar separados.
A contração da preposição com o artigo passa a ser equivocada se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito de um verbo. Se o elemento posterior à preposição funcionar como sujeito, o artigo deverá ficar isolado.
Por exemplo:
Apesar de a crise ainda existir, cresceremos nos próximos anos. (construção correta)
(Perceba que o substantivo crise funciona como sujeito do verbo existir, já que Que é que existe?: Resposta: a crise. A preposição de e o artigo a devem, portanto, ficar separados - de a - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Apesar da crise ainda existir... )
Está na hora de os alunos descansarem. (o substantivo alunos funciona como sujeito do verbo descansar, já que Quem é que descansará?: Resposta: os alunos. A preposição de e o artigo os devem, portanto, ficar separados: - de os - e não juntos. Seria inadequado, portanto, escrever Está na hora dos alunos descansarem... .
O mesmo acontecerá com os pronomes ele(s), ela(s), este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso, aquele(s), aquela(s), aquilo.
Por exemplo:
-Apesar de isso ainda existir, cresceremos nos próximos anos. (Que é que existe? Resposta: isso)
-Está na hora de eles descansarem. (Quem é que descansará? Resposta: eles).
No momento de aquelas leis serem respeitadas, todos se omitem.
(Que é que será respeitado? Resposta: aquelas leis)
Mais um detalhe: a locução a partir de... não recebe o acento indicador de crase, já que este acento só deve ser usado diante de palavras femininas. O adequado, portanto, é sempre a partir de.
Claro está que apresentamos tudo isso segundo as normas cultas de nossa língua. No dia a dia não nos preocupamos com as regras gramaticais e nos comunicamos com a contração sempre. Não queremos dizer que os que assim o fazem estejam errados. Apenas registramos a norma culta, a forma adequada, para os interessados em escrever e falar melhor a nossa língua.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(10/3/2015)
"Quando fica muito frio, a temperatura cai a zero grau Celsius. Mas muita gente quer que o frio fique ainda maior, sem sair do zero, falando em 'zero graus'."
Conclusão: o correto é zero grau.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária.
(16/3/2015)
Opiniões não se colocam, se expõem ou se dão. Há também quem gosta de, ao final de um discurso, fazer uma colocação em vez de fazer uma exposição, que é muito mais coerente e elegante. O correto é escrever:
Gostaria de expor minha opinião Ou Gostaria de dar minha opinião.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(11/3/2015)
" Por que a palavra zebra passou a significar acontecimento inesperado, geralmente em competição esportiva? A zebra, como todos sabemos,
não figura entre os vinte e quatro bichos do jogo do bicho. Certo dia apareceu um treinador de futebol no Rio de Janeiro, muito galhofeiro, que
garantia a todos os repórteres daquele ano de 1964: Este ano vai dar zebra: vocês vão ver o meu time, a Portuguesa, campeã carioca de futebol.
Os repórteres gostaram da brincadeira, porque só podia mesmo ser brincadeira. Adotaram a palavra como sinônima de acontecimento inesperado
e se encarregaram de divulgá-la Brasil afora. Pegou."
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(13/3/2015)
Água é substantivo feminino. A ele, correspondem os adjetivos aquático (que vive na água) e hídrico (de água, da água ou baseado na água).
Exemplos:
animais da água = animais aquáticos.
planta da água = planta aquática.
dieta baseada na água = dieta hídrica.
recursos da água = recursos hídricos.
Água mineral
A pessoa que só consome água mineral se diz aguista. (a sílaba gui de aguista é pronunciada como a sílaba gui de linguiça)
Água salobra
Água que contém alguma salinidade. Não se deve dizer água saloba.
Fonte de consulta:
Para elaboração da dica de hoje, foram efetuadas adaptações nos textos do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Por falar em água, é sempre oportuno lembrar que o consumo desse precioso líquido deve ser feito com muita responsabilidade. No site da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), há importantes dicas a respeito. Para ter acesso, clique em CONSUMO RESPONSÁVEL
Pensamento da semana:
"A vida tem a cor que a gente pinta."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(17/3/2015)
Por que acentuamos jacaré, mas não acentuamos jacarezinho?
Por que acentuamos café, mas não acentuamos cafezinho?
Acentuam-se as palavras jacaré e café, pois ambas são oxítonas terminadas em "e".
Quando se forma o diminutivo dessas palavras, observa-se que ocorre o deslocamento da sílaba tônica da última para a penúltima. Com isso, passam a ser vocábulos paroxítonos: jacarezinho e cafezinho. De acordo com as regras gramaticais, ambos não são acentuados.
Quando formamos o diminutivo, devemos ter o cuidado de não manter o acento existente na palavra original: jacarézinho (errado), cafézinho (errado).
Outros exemplos:
árvore - arvorezinha.
lâmpada - lampadazinha.
número - numerozinho.
príncipe - principezinho.
protótipo - prototipozinho.
álbum - albunzinho.
caráter - caraterzinho.
homem - homenzinho.
banco - banquinho.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(18/32015)
Explicações para a frase estão relacionadas a sinos
Existem diversas versões para explicar a origem dessa expressão usada quando alguém consegue se livrar, no último instante, de um perigo ou uma situação constrangedora. A mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia, o distúrbio que impede o doente de se movimentar. Para evitar essas tragédias, as famílias na Europa passaram a amarrar uma cordinha no pulso do defunto, prendendo-a a um sino que ficava do lado de fora do túmulo. Se não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo.
Já o pesquisador Marcelo Duarte afirma, no livro Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa, que a frase surgiu em Londres, no século 17. Um guarda do palácio de Windsor acusado de dormir no posto alegou que estava tão acordado que tinha ouvido o sino da igreja tocar 13 vezes naquela noite.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(19/3/2015)
"Convém não confundir.
Ablação é extração: a ablação de um dente, a ablação da próstata.
Ablução é lavagem, principalmente do corpo ou de parte dele: a ablução do corpo com sabonete líquido; a ablução do rosto pela manhã; a ablução das mãos antes das refeições.
Oblação é oferenda feita a Deus ou aos santos: as religiões e suas oblações."
Fonte de consulta:
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Houve transcrição do conteúdo, mas adaptação na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
(20/3/2015)
"É a redução de palavras até o limite permitido pela compreensão. Eis as principais:
Araça (Araçatuba);
auto (automóvel);
Belô (Belo Horizonte);
Caraguá (Caraguatatuba);
cine (cinema);
extra (extraordinário);
Floripa (Florianópolis);
foto (fotografia);
Itapê (Itapetininga);
Itaquá (Itaquaquecetuba);
metrô (metropolitano);
Minas (Minas Gerais);
moto (motocicleta);
ônibus (auto-ônibus);
Pinda (Pindamonhangaba);
pneu (pneumático);
pólio (poliomielite);
pornô (pornografia);
postal (cartão-postal);
quilo (quilograma);
rádio (radiograma);
Sampa (São Paulo);
É também ato ou efeito de abreviar, abreviatura: a abreviação de um serviço, a abreviação de uma viagem. Abreviamento é forma desusada."
Fonte de consulta:
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Houve transcrição do conteúdo, mas adaptação na forma de apresentação.
Frase da semana:
"Amar se aprende amando."
(título de obra de Carlos Drummond de Andrade).
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária.
(23/3/2015)
(24/3/2015)
Você está saboreando um belo pastel de queijo.
Comprei muitos pastéis.
Olha o tamanho desse pastelzinho!
Haverá pasteizinhos no coquetel.
A dúvida ocorre quando se utiliza pastel como adjetivo na indicação de cor.
De acordo com o gramático Luiz Antonio Sacconi, "Esta palavra, quando usada como adjetivo, na indicação de cor, não varia: tons pastel, tecidos pastel, lenços pastel."...
Conclui-se, portanto, que, se o substantivo estiver no feminino, no plural, no diminutivo ou no aumentativo, o adjetivo pastel continua invariável: camisa pastel, calças pastel, bolinhas pastel, chapelão pastel.
Mas o que é a cor pastel?
De acordo com o Aurélio, "Diz-se das cores tênues e suaves que lembram os tons do pastel" ...
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldade e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
Exemplos:
"Voltar para casa a desoras."
"Telefonar a alguém a desoras."
"Sair de casa a desoras."
Também significa fora de propósito, inoportunamente.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldade e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
Se a folha for a primeira, empregam-se somente estas duas formas: na folha 1, à folha 1.
Embora também possa ser abreviada com f., a palavra folha aparece geralmente com a abreviatura fl., cujo plural é fls.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldade e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Pensamento:
"Não encontre um defeito, encontre uma solução."
(atribuído a Henry Ford)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(30/3/2015)
Expressão teve origem em outra, mais antiga.
Colocar o preto no branco é registrar, por escrito, uma promessa ou acordo para que depois não se corra o risco de ficar o dito pelo não dito.
De acordo com o folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascudo, essa expressão teria surgido no Brasil do século 19 como substituta para outra, bem mais antiga, datada da segunda metade do século 9: cum cornu et cum alvende. Cornu significava tinteiro e alvende era o alvará, o decreto.
Assim, a frase em latim faz referência a um decreto ou documento escrito e assinado.
Na versão posterior e abrasileirada da expressão, preto significaria a tinta e branco, o papel.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(30/3/2015)
Nada pode estar sujeito a um objeto, que, neste caso, é o guincho, mas sim a uma ação, que seria a de guinchamento. Em outras hipóteses, os que transgridem a lei penal estão sujeitos a prisão, mas não a preso; se a transgressão for grave, podem até estar sujeitos a banimento, mas não a banido; como também, uma latinha de cerveja, no freezer, está sujeita a congelamento, mas não a gelo.
Nesta seção de dica de português, a frase inicial, corretamente grafada, ficaria assim:
Não estacione! Sujeito a guinchamento.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(31/3/2015)
"É a construção gramatical. Sempre que houver uma construção semelhante, ou seja, verbo transitivo direto + pronome se + substantivo no plural, o verbo deve estar obrigatoriamente no plural."
Os professores ensinam a fazer a seguinte substituição:
alugam-se apartamentos = apartamentos são alugados;
aceitam-se sugestões = sugestões são aceitas;
vendem-se casas = casas são vendidas;
aviam-se receitas = receitas são aviadas.
Conclusão: sempre que a oração na voz ativa (Ofertam-se vagas) puder ser construída na voz passiva sem alteração do sentido (Vagas são ofertadas), o verbo ficará no plural.
Vejamos orações na voz ativa que não podem ser construídas na voz passiva sem alteração do sentido.
Precisa-se de trabalhadores (Não podemos dizer "Trabalhadores são precisados" ou "De trabalhadores são precisados");
Trata-se de questões particulares (Não podemos dizer "Questões particulares são tratadas" ou "De questões particulares são tratadas");
Conclusão: Nessas construções, quando o verbo for transitivo indireto (com preposição), ele não variará.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(2/4/2015)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada. Poderá haver mais de um acento: o de indicação da sílaba tônica - estará sublinhada - e o de indicação de pronúncia aberta ou fechada); mais abaixo, comentários, exemplos.
Ibero
ibéro
Entra na composição de várias palavras referentes aos iberos (ibéros), povo que, durante muito tempo, dominou a Península Ibérica.
Ileso
ilêso
São e salvo, incólume. Alguns dicionários recomendam ilésu.
Impio
impio
Cruel, desumano malvado, perverso. Não confundir com ímpio.
Ímpio
ímpio
Sem fé, herege, incrédulo,ateu.
Fonte de consulta:
Dicionário de Pronúncia Correta.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Pensamento:
"O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre em tudo o que diz."
(atribuído a Platão)
Grande abraço e boa Páscoa a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(6/4/2014)
"Você é um pronome de tratamento pessoal. Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento de deferência "vossa mercê", que se transformou sucessivamente em "vossemecê", "vosmecê", "vancê" e você. "Vossa mercê" (mercê significa graça, concessão) era um tratamento dado a pessoas às quais não era possível se dirigir pelo pronome tu."
Se ficarmos atentos, observaremos que a palavra você continua sendo modificada. Seguramente, já ouvimos alguém dizer ou vimos escrito: ancê,
ocê, cê. É possível que daqui a alguns anos a grafia você caia em desuso, da mesma forma como um dia aconteceu com vossemecê, vosmecê, vancê.
Mas não é sobre a etimologia da palavra você que trata a dica de hoje; é sobre a utilização de você como indicador de algo genérico, coletivo. Veremos que, apesar de inadequado, fazemos isso diariamente. Vamos lá.
Usamos você quando nos dirigimos à pessoa com quem falamos, o que é correto:
"Você pode me ajudar a resolver este problema?"
"Quando você está perto de mim, minha vida é mais feliz!"
No entanto, você tem sido utilizado para indicação de algo genérico, coletivo, notadamente na linguagem oral.
Jogador de futebol em entrevista:
"Quando você bate na bola com o lado de fora do pé..."
(Poxa, eu nem jogo futebol.)
Mulher em resposta a pergunta de repórter do sexo masculino:
"Quando você está grávida..."
(Eu grávido?!)
Locutor durante transmissão televisiva de um Grande Prêmio de Fórmula 1:
"Quando você deixa o carro morrer na largada, deve ir para o fim da fila."
(Caramba, nunca cheguei perto de um carro desses!)
Com certeza, em nenhum dos casos os que utilizaram a palavra você estavam se referindo ao seu interlocutor (entrevistador, repórter e telespectadores). Portanto, não foi bem utilizada. Na linguagem coloquial, do dia a dia, não há problemas, mas na linguagem formal, culta, esse cacoete deve ser evitado. E isto é muito fácil, vejamos:
"Quando se bate na bola com o lado de fora do pé..."
"Quando a mulher está grávida..."; "Durante a gravidez, as mulheres..."
"Quando o piloto deixa o carro morrer na largada, deve ir para o fim da fila.", "Quando se deixa o carro morrer na largada, deve ir para o fim da fila."
Fontes de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua.
Autor: Pasquale Cipro Neto.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Wikipédia.
Data da consulta: 6/4/2015.
Horário da consulta: 13h35.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(7/4/2015)
Incontestável e Inconteste
"Convém não confundir.
Incontestável é que não se pode contestar, questionar ou negar; é o mesmo que irrefutável: provas incontestáveis, argumentos incontestáveis.
Inconteste é que não foi testemunhado e, também, discrepante, contrário: acidente inconteste, depoimentos incontestes."
Incontinente e Incontinênti
"Convém não confundir.
Incontinente é adjetivo e significa que não é capaz de conter seus desejos ou paixões: Estou impaciente para encontrá-la e demonstrar-lhe meu amor incontinente. Também significa que padece de incontinência de bexiga e dos intestinos.
Incontinênti é advérbio latino que significa imediatamente, sem demora, no mesmo instante, prontamente: Elas se levantaram incontinênti e partiram. Ordens superiores têm de ser cumpridas incontinênti. Há dicionários que não registram este latinismo, agasalhando apenas o aportuguesamento incontinente."
Como incontinênti é um termo latino, deve ser grafado em itálico.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Fone: (41) 3218-2425.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Dica do dia.
(8/4/2015)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada. Poderá haver mais de um acento: o de indicação da sílaba tônica, que estará sublinhada, e o de indicação de pronúncia aberta ou fechada); mais abaixo, comentários, exemplos.
Exação
êzação
Correção, exatidão.
Exangue
êzângue
Que não tem sangue, esvaído em sangue, que perdeu muito sangue. Em sentido figurado: exausto, enfraquecido, sem forças.
Experto
espérto, de acordo com o serviço Telegramática, da Prefeitura Municipal de Curitiba.
ekspérto, de acordo com o Dicionário de Pronúncia Correta.
Significa perito, que tem experiência, que adquiriu grande habilidade ou conhecimento graças à prática. É aportuguesamento do inglês expert (ekspert).
Incesto
incésto
União ilícita entre parentes.
Indefesso
indefésso
Incansável, laborioso.
Fontes de consulta:
Dicionário de Pronúncia Correta.
Autor: Luiz antonio Sacconi.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Fone (41) 3218-2425.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(9/4/2015)
Origem da expressão está ligada ao arco-íris
Usada para designar histórias inacreditáveis, fora do comum, absurdas ou muito antigas e em desuso, a expressão tem origem nas páginas do Antigo Testamento.
O termo se refere ao arco-íris que surgiu no céu após o grande dilúvio contado pela Bíblia. O arco de sete cores simbolizava a aliança entre Deus e os homens, representados por Noé.
Mas, crítica a um acontecimento fantasioso ou distante da realidade, a alcunha foi criada também com base em ilustrações medievais que mostravam velhas senhoras (possivelmente bruxas) ao lado de arco-íris.
O termo “velha” surge, então, como uma tradução das forças adversárias da normalidade, que aparecem ligadas à bruxaria e aos malefícios à fecundidade vegetal e animal.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(10/4/2015)
Só brasileiros "engolem" o anfíbio.
A expressão engolir sapo, usada quando somos obrigados a tolerar coisas desagradáveis sem podermos responder, é regionalismo típico do Brasil. Mas por que engolir sapo e não cobra, borboleta ou jacaré?
De acordo com Luís da Câmara Cascudo, em Dicionário do Folclore Brasileiro, o sapo é indispensável nas bruxarias. Acreditava-se ainda que existia uma pedra na cabeça dos anfíbios eficaz nos sortilégios. Ou seja, além de gosmento, os bichos eram associados às forças ocultas.
Há também um episódio bíblico que conta que Deus castigou um faraó egípcio enviando um enxame de rãs, que invadiram casas e fornos.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Pensamento:
"As pessoas positivas encontram soluções para os problemas.
As pessoas negativas encontram problemas para as soluções."
(autor desconhecido)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
No idioma francês, o grupo "gn" é pronunciado como o grupo "nh" na língua portuguesa.
No Brasil, essa bebida recebeu duas grafias: champanhe (mais próxima à grafia francesa) e champanha.
Independentemente da grafia, trata-se de substantivo masculino. Assim, devemos dizer: "o champanhe estava delicioso", "os champanhes estavam deliciosos", "foi servido um champanha muito bom", "foram servidos champanhas muito bons".
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
O dia-a-dia da nossa língua.
Autor: Pasquale Cipro Neto.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(14/4/2015)
O verbo fazer, na indicação de tempo, é impessoal.
Nesta dica, a frase inicial, depois de corrigida, fica assim:
Ontem, fez três anos que nos conhecemos.
Outros exemplos:
Fazem dez anos que resido aqui. (incorreto)
Faz dez anos que resido aqui. (correto)
Amanhã farão cinco dias que estamos nas montanhas. (incorreto)
Amanhã fará cinco dias que estamos nas montanhas. (correto)
Esta dica foi produzida pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(15/4/2015)
Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem.
Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada. Ele chegou de mãos abanando ao aniversário. Significa que não trouxe presente ao pobre aniversariante, que terá de se satisfazer apenas com a presença do amigo.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(16/4/2015)
Gesto vulgar reflete desabafo ou ofensa.
O ato de erguer o punho direito cerrado com força, apontando o cotovelo de um jeito meio brusco, tem sido cada vez mais preterido em favor dos pesados palavrões usados no dia a dia. Acredita-se que a expressão "dar uma banana" não só surgiu depois, como foi inspirada no gesto ofensivo e vulgar.
O acréscimo da fruta (com conotação fálica), no entanto, aconteceu apenas em território brasileiro. Em Portugal, sua terra natal, o gesto é acompanhado de diferentes expressões: "fazer as armas de santo Antônio", "manguito" ou "dar manguito". No país europeu, a referência às armas da Ordem Terceira de São Francisco, em que figuravam dois braços cruzados, tem a mesma intenção de xingamento.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(17/4/2015)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(20/4/2015)
Bom dia!
A dica de hoje aproveita os ensinamentos publicados na página 'Dicas Diárias de Português' (dicasdiariasdeportugues.com.br :
(Dica do dia 20/4/2015)
(1) A bóia está furada.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(2) A lingüiça de frango é muito saborosa.
Regra: Não se usa mais o trema.
(3) A vizinha não devolveu minha fôrma de bolo.
É uma pegadinha. É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Porém, em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
(4) As abelhas utilizam a colméia para estocar o mel.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(5) Atos heróicos devem ser valorizados.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(6) Aumenta o número de casos suspeitos de dengue no Piauí.
Regra: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
(7) Bocaiúva é um município brasileiro situado no interior do estado de Minas Gerais.
Regra: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
(8) Comi uma pêra.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(9) Dêem muito amos aos filhos.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(10) Ele apóia a namorada nos estudos.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(11) Ele é paranóico. Cuidado!
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(12) Ele foi ao pólo Norte.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(13) Dôo muito carinho aos meus sobrinhos.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(14) Ele não pôde vir.
Regra: Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
(15) Ele pára o carro.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(16) Eles crêem na recuperação do pai.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(17) Eles têm dois carros.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(18) Enjôo em viagens longas.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(19) Essa camisa não agüenta outra costura.
Regra: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
(20) Esse gato tem pêlos brancos.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(21) Eu não vou à estréia. Eu tive uma idéia melhor.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(22) Eu os abençôo.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(23) Guaíra é um município brasileiro da região Sul, localizado no estado do Paraná.
Regra: Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
(24) Joguei os papéis velhos fora.
Regra: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
(25) Luís Antônio Corrêa da Costa, mais conhecido como Müller, é um futebolista brasileiro.
Regra: O trema permanece nas palavras estrangeiras e em suas derivadas: Müller, mülleriano.
(26) Meus pais são meus heróis.
Regra: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
(27) Meus pais vêem defeito em tudo que eu faço.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(28) Meus primos vêm de Sorocaba.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(29) O jovem não gosta de jogar pólo.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(30) Operação Alcatéia investiga desvio de R$ 1 bilhão em Niterói, no RJ.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(31) Os alunos bagunceiros intervêm em todas as aulas.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir, etc.).
(32) Os alunos lêem em silêncio.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(33) Os asteróides fazem parte dos corpos menores do sistema solar.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(34) Os novos cursos convêm aos estudantes.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(35) Os vôos para o Acre foram cancelados.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(36) Pais exemplares sempre mantêm a palavra.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(37) Pedi para ele pôr o lixo para fora.
Regra: Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
(38) Perdôo com facilidade.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(39) Políticos detêm o poder.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(40) Sempre magôo alguém.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(41) Traição dói.
Regra: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
(42) Tuiuiú é a ave símbolo do Pantanal mato-grossense.
Regra: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
(43) Um Baiúca é um botequim simples que vende bebidas alcóolicas; uma bodega.
Regra: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Foram feitas adaptações pela Esat.
Grande abraço.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.Bom dia!
A dica de hoje aproveita os ensinamentos publicados na página 'Dicas Diárias de Português' (dicasdiariasdeportugues.com.br :
(Dica do dia 20/4/2015)
(1) A bóia está furada.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(2) A lingüiça de frango é muito saborosa.
Regra: Não se usa mais o trema.
(3) A vizinha não devolveu minha fôrma de bolo.
É uma pegadinha. É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Porém, em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?
(4) As abelhas utilizam a colméia para estocar o mel.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(5) Atos heróicos devem ser valorizados.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(6) Aumenta o número de casos suspeitos de dengue no Piauí.
Regra: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
(7) Bocaiúva é um município brasileiro situado no interior do estado de Minas Gerais.
Regra: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
(8) Comi uma pêra.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(9) Dêem muito amos aos filhos.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(10) Ele apóia a namorada nos estudos.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(11) Ele é paranóico. Cuidado!
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(12) Ele foi ao pólo Norte.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(13) Dôo muito carinho aos meus sobrinhos.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(14) Ele não pôde vir.
Regra: Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
(15) Ele pára o carro.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(16) Eles crêem na recuperação do pai.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(17) Eles têm dois carros.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(18) Enjôo em viagens longas.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(19) Essa camisa não agüenta outra costura.
Regra: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
(20) Esse gato tem pêlos brancos.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(21) Eu não vou à estréia. Eu tive uma idéia melhor.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(22) Eu os abençôo.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(23) Guaíra é um município brasileiro da região Sul, localizado no estado do Paraná.
Regra: Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
(24) Joguei os papéis velhos fora.
Regra: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
(25) Luís Antônio Corrêa da Costa, mais conhecido como Müller, é um futebolista brasileiro.
Regra: O trema permanece nas palavras estrangeiras e em suas derivadas: Müller, mülleriano.
(26) Meus pais são meus heróis.
Regra: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
(27) Meus pais vêem defeito em tudo que eu faço.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(28) Meus primos vêm de Sorocaba.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(29) O jovem não gosta de jogar pólo.
Regra: não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera.
(30) Operação Alcatéia investiga desvio de R$ 1 bilhão em Niterói, no RJ.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(31) Os alunos bagunceiros intervêm em todas as aulas.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir, etc.).
(32) Os alunos lêem em silêncio.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(33) Os asteróides fazem parte dos corpos menores do sistema solar.
Regra: não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
(34) Os novos cursos convêm aos estudantes.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(35) Os vôos para o Acre foram cancelados.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(36) Pais exemplares sempre mantêm a palavra.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(37) Pedi para ele pôr o lixo para fora.
Regra: Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
(38) Perdôo com facilidade.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(39) Políticos detêm o poder.
Regra: Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
(40) Sempre magôo alguém.
Regra: não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
(41) Traição dói.
Regra: Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
(42) Tuiuiú é a ave símbolo do Pantanal mato-grossense.
Regra: Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
(43) Um Baiúca é um botequim simples que vende bebidas alcóolicas; uma bodega.
Regra: Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Foram feitas adaptações pela Esat.
Grande abraço.
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
(22/4/2015)
A dica 254 - Engolir Sapos (expressões curiosas da Língua Portuguesa) gerou espanto e dúvida. Motivo: consta no texto a expressão enxame de rãs.
- Enxame de rãs? Enxame não é coletivo apenas de abelhas? Estaria correto o uso?
De acordo com o Aurélio, além de identificar o conjunto de abelhas de uma colmeia, enxame também identifica grande quantidade de gente, de animais, de coisas. O mesmo dicionário ainda traz enxame de cometas e enxame de meteoros.
Como se vê, o nosso portuga é surpreendente.
Fonte de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(24/4/2015)
Isso todo mundo aprende ainda pequeno, quando está sendo alfabetizado, mas pouca gente sabe o motivo.
As razões históricas da ortografia portuguesa que determinam que se escreva a letra "M" antes das letras "P" ou "B" estão intimamente relacionadas com a fonética. A consoante "M" é bilabial assim como as consoantes "P" e "B". Por isso, devemos usar somente "M" antes dessas duas consoantes, porque somente as três são bilabiais.
A consoante "N", por sua vez, também é nasal como "M", mas a sua articulação é feita na zona alveolar e, por isso, a consoante "N" está mais próxima dos pontos de articulação das consoantes "T", "D", "S", "Z", etc.
O que a ortografia da língua portuguesa tenta, então, é respeitar as regras fonológicas que regem a própria língua, porque essas regras primam pelo menor esforço dos falantes no proferimento dos sons.
É possível perceber na prática. Experimentemos pronunciar algumas palavras escritas com "N", substituindo o "N" por "M" e vice-versa. Haverá alguma dificuldade para pronunciar.
Manta - Mamta; Experimente - Experimemte; Anta - Amta.
Tempo - tenpo; Cantava - Camtava; Amplo - Anplo.
Esta dica foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
Racionar alimento, água, luz elétrica ou gasolina significa limitar a distribuição e o consumo de alimento, de água, de luz elétrica ou de gasolina.
Racionalizar vem de racional (=relativo à razão) + izar (=tornar). É tornar racional. É usar segundo a razão.
Racionalizar o consumo de fotocópias significa tornar mais eficientes os processos de consumo, ou seja, ensinar meios para que as cópias sejam consumidas de modo racional (=usando a razão, com consciência), sem desperdícios, sem abusos, com sabedoria.
Esta dica foi produzida pela Sefaz-ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(28/4/2015)
Auto é um prefixo de origem grega (autós) que significa “a si próprio, a si mesmo”.
Exemplo claro disto é “automóvel”, veículo que se move por seu próprios meios.
Outros exemplos:
Autofagia: alimenta-se de si mesmo.
Autodidata: pessoa que aprende sozinha, sem auxílio de professor.
Autocontrole: ter controle de si mesmo.
Autobiografia: escrever sobre sua própria vida. Neste caso, ninguém faz a autobiografia do outro, mas sim uma biografia.
Autoexecutável: que pode ser executado por si próprio.
Além de "a si próprio", "a si mesmo" o termo auto possui outros significados (automóvel, ato público, solenidade, composição para teatro etc).
Esta dica foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(29/4/2015)
COR, em Latim, quer dizer “coração”. Em certos pontos de Portugal ainda é usada com esse significado.
Assim, “saber de cor” é como saber sem precisar usar a cabeça; o conhecimento sai sem esforço. Saber de coração.
É interessante saber que, em Inglês, existe a expressão TO KNOW BY HEART, exatamente com as mesmas palavras e o mesmo sentido.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(30/4/2015)
A grafia dos substantivos terminados em "ice" é com cê.
Então, pessoal: substantivos como doidice, criancice, babaquice, sandice, tolice, chatice, etc., são grafados com c.
Com "ss", vamos grafar os verbos no imperfeito do subjuntivo, como saísse, fizesse, comesse, trocasse, pusesse...
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(4/5/2015)
Conforme Gramática Normativa, o correto é Colherzinha.
Regra Fácil: Quando o substantivo terminar em "R", a tendência é que se faça o diminutivo com o acréscimo de "zinho" ou "zinha".
Outros exemplos:
Colar - Colarzinho.
Radar - Radarzinho.
Mulher - Mulherzinha.
Jair - Jairzinho.
Calor - Calorzinho.
Artur - Arturzinho.
Esta dica foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFA-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(5/4/2015)
Agir com dolo significa agir com a intenção de atingir um fim exclusivamente criminoso para causar dano a outras pessoas. Desta forma, quem age de forma dolosa não comete o crime por motivo de legítima defesa ou necessidade, por ter sido provocado por outrem. Um crime com dolo é cometido por alguém que o comete voluntariamente.
Assim, é possível afirmar que dolo não é simplesmente a prática de um crime, mas é a prática desse crime com o objetivo consciente de praticar o crime, sem que a pessoa praticante tenha sido influenciada ou motivada por terceiros.
Dolo é também sinônimo de fraude, engano ou traição. Na análise jurídica, o indivíduo com intenção de burlar a lei, enganando o próximo em proveito próprio, está cometendo dolo. Por exemplo, na elaboração de um contrato ou concretização de um negócio.
De acordo com o Dicionário de Pronúncia Correta, de Luiz Antonio Sacconi, a pronúncia é "dólo", ou seja, com o primeiro "ó" aberto.
Esta dica foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(6/5/2015)
"Ovos que adquirem a forma de estrela, assim que são lançados à frigideira (a gema é o núcleo; a clara, a irradiação). Muitos usam ovos "estalados", em razão dos estalos que o óleo quente dá na frigideira, assim que a ela são lançados. Na verdade, a cozinheira (quando é boa) estrela ovos, e não "estala" ovos."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldade e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(7/4/2015)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada. Poderá haver mais de um acento: o de indicação da sílaba tônica, que estará sublinhada, e o de indicação de pronúncia aberta ou fechada); mais abaixo, comentários, exemplos.
Inexorável
inêzôrável
Que não se move a rogos, implacável, austero, rígido.
Inteirar
intêirar (sempre com o ditongo "ei" bem pronunciado)
Tornar inteiro, perfazer, preencher, informar bem, fazer-se ciente.
Intoxicação
intôksicação
Envenenamento.
Irascível
Iracível (palavra derivada de "ira". Não se deve dizer irracível)
Que se irrita com facilidade.
Írrito
írrito (não confundir com "irrito", do verbo "irritar".)
Que não teve efeito, inútil, vão, nulo, juridicamente ineficaz.
Fontes de consulta:
Dicionário de Pronúncia Correta.
Autor: Luiz antonio Sacconi.
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
(8/4/2015)
Esse vocábulo, ao contrário do que muitos pensam, contém a ideia de meio, que só pode ser um.
Trata-se de valor definido como uma grandeza equidistante dos extremos de outras grandezas.
É comum dizer e escrever, por exemplo:
Temperatura média entre 20 e 40 graus.
Preço médio de 50 a 100 reais.
Pela lógica, apenas uma grandeza pode ser média: “Preço médio 50 reais” / "Temperatura média 20 graus”.
Caso figure mais de uma grandeza, recomendam-se o uso das seguintes e legítimas construções:
“Temperatura de 21 a 30 graus”
”Preço entre 40 e 50 reais”.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
(11/5/2015)
O plural de palavras terminadas com ditongo "au" é "aus".
A confusão acontece porque colocamos "i" no plural das palavras com "al" no final, como acontece, por exemplo, em "local: locais".
Assim, se degrau termina em -au, devemos empregar: degraus.
Observemos como é fácil, pois basta acrescentar o "s".
calhau - calhaus
catatau - catataus
vau - vaus
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(12/5/2015)
VIM é a 1.ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo VIR.
Exemplo: Ontem eu não vim aqui.
VIR é Infinitivo.
Exemplo: Ele deve vir só amanhã.
Obs.: Para não usar “Eu não vou vir” ou “Ele só vai vir amanhã”, deve-se usar “Eu não virei” e “Ele só virá amanhã”.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(13/5/2015)
Traz é conjugação do verbo “trazer”. Tem vários significados: conduzir, transportar, causar, ocasionar, oferecer.
Exemplos:
Ela traz boas notícias.
Ele traz o filho de carro.
Sua embriaguez traz grandes prejuízos à família.
Trás tem o mesmo significado de atrás, detrás.
Exemplos:
Ela olhou para trás e viu que estava sendo seguida.
O leopardo aproximou-se por trás e surpreendeu sua vítima.
Esta dica foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(14/5/2015)
O dicionário de regência verbal do Luft registra a forma "tratar sobre" com o mesmo sentido de "tratar de" e comenta: "A regência primária é tratar de; a preposição sobre aparece por causa dos traços 'referência, assunto', 'base': cf. falar, discorrer, debater... sobre...".
Falar sobre, discorrer sobre e debater sobre influenciaram a regência do verbo tratar, criando um tratar sobre (que faz sentido e entendemos bem).
Esse fenômeno já foi identificado pelos gramáticos e registrado em dicionários — aparece no Houaiss e em outras obras de consulta. Assim, podemos considerar uma regência aceitável pela norma culta.
Além da preposição "sobre", pode-se usar "de", "com" e "por", dependendo do sentido atribuído ao verbo em questão.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(15/5/2015)
Se você volta de, quando você vai, não há crase.
Exemplo: Vou a Linhares
Não há crase porque você volta de Linhares.
Se você volta da, quando você vai, há crase.
Exemplo: Vou à Itália.
Há crase porque você volta da Itália.
Em outras palavras: Se você vai a e volta da, crase há. Se vai a e volta de, crase para quê?
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(18/5/2015)
Convém não confundir. Indivíduo é um exemplar de uma espécie qualquer. Pessoa é um ser humano.
Indivíduo é um homem, uma mulher, um cão, um gato, um boi, um leão, um peixe, etc.
Pessoa é sempre e tão-somente um ser humano.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(19/5/2015)
"O adjetivo desta expressão não varia, quando o substantivo que lhe segue vem desacompanhado de artigo ou de outro determinante:
É proibido entrada.
É proibido saída sem se identificar.
É proibido permanência de veículos neste local.
Se, porém, houver a determinação do substantivo, o adjetivo variará:
É proibida a entrada.
É proibida a saída sem se identificar.
É proibida a permanência de veículos neste local."
Fonte de consulta:
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Para saber mais, poderão ser acessados os links abaixo.
www.brasilescola.com/gramatica/proibido-ou-proibida.htm
noticias.r7.com/blogs/portugues-de-brasileiro/proibido-ou-proibida-entenda-a-regra-20140616/
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/5/2015)
'Você diz "dois dúzias de ovos?"
Claro que não. O numeral ("duas") concorda com a palavra "dúzias", feminina, e não com "ovos".
Por isso você diz "duas dúzias de ovos".
Aplique exatamente o mesmo processo no que diz respeito a "milhão", palavra ultramasculina: "um milhão de pessoas", "dois milhões de pessoas".
Não diga "as duas milhões de pessoas".'
A dica de hoje foi transcrita da obra O dia-a-dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto. Foram efetuadas adaptações na forma de apresentação.
Pensamento
"Sei que não dá para mudar o começo, mas, se a gente
quiser, dá para mudar o final!"
Versos extraídos do poema Só de Sacanagem, atribuído a Elisa Lucinda.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
(21/5/2015)
"Pronuncia-se catetér. (...)
Os nomes terminados em -er são oxítonos.
Confira: colher, masseter, mister, mulher, talher, ureter, etc.
Seus plurais são sempre paroxítonos: colheres, masseteres, misteres, mulheres, talheres, ureteres, etc."
Mister (mistér): não confundir com Mister (míster).
A dica de hoje foi transcrita da obra Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi. Foram efetuadas adaptações pela Esat: exclusão de alguns trechos e alteração na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Exemplos:
colchões antiácaro,
equipamentos antialarme,
cremes dentais anticárie (ou antiplaca, ou antitártaro),
xampus anticaspa,
produtos antifumo,
dispositivos antifurto,
manifestações antiguerra.
A dica de hoje foi extraída da obra Dicionário de dúvidas, curiosidades e dificuldades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi. Foram efetuadas adaptações pela Esat na forma de apresentação.
Pensamento atribuído a Thomas Jefferson:
"Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que,
quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/5/2015)
"São neologismos.
Aborrescência significa idade em que o adolescente causa, por sua própria natureza, os maiores transtornos aos pais. Quantos adolescentes não há, hoje, na fase da aborrescência!
Aborrescente é adjetivo e substantivo comum-de-dois: ter um filho aborrescente; os aborrescentes sofrem, de maneira geral, de problemas psicológicos.
Como se trata de criação vocabular tomada das primeiras sílabas de aborrecer e das últimas de adolescência ou de adolescente, escreve-se
com sc."
A dica de hoje foi transcrita da obra Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi. A Esat efetuou alterações na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(26/5/2015)
O verbo paralisar tem origem na palavra grega parálysis ou na palavra francesa paralyser. Deve ser escrito com "s" e não com "z".
O substantivo paralisação é uma palavra formada a partir de derivação sufixal, ou seja, é acrescentado um sufixo a uma palavra já existente.
Neste caso, o sufixo nominal "ção" é acrescentado ao verbo paralisar e forma o substantivo paralisação.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(27/5/2015)
A palavra quarentena tem como um dos significados "período de 40 dias". Outro significado: "Espaço de tempo (originariamente 40 dias) durante o qual os passageiros procedentes de países onde há doenças contagiosas graves são obrigados a permanecer a bordo do navio em que viajam, sem contato físico com o pessoal de terra, ou em lazareto." Mais um significado: "Isolamento imposto a portadores ou supostos portadores de doenças contagiosas."
"A expressão de quarentena significa isolado, em separado, e não há necessidade de que o período de isolamento seja de quarenta dias." Assim, não há incoerência em dizer: ficou de quarentena durante três meses.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
(28/5/2015)
"Nome de mês é vira-lata. Escreve-se com a inicial minúscula (janeiro, fevereiro, março, abril).
Exceção? Só as datas comemorativas ou os nomes próprios.
Aí o mocinho ganha pedigree: o Sete de Setembro, Praça Quinze de Novembro, Avenida Três de Outubro."
A dica de hoje foi transcrita da obra Mais Dicas da Dad - português com humor, cuja autora é Dad Squarisi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/5/2015)
"Convém não confundir.
Abaixo-assinado é o documento; faz no plural abaixo-assinados.
Abaixo assinado é cada um dos indivíduos que assinam esse documento.
Exemplos:
Arrolaram-me como abaixo assinado de um abaixo-assinado com o qual não concordo.
Os membros desta comissão, abaixo assinados, exigem o cumprimento de todas as normas do estatuto.
Luísa, abaixo assinada, foi quem redigiu este abaixo-assinado."
A dica de hoje foi transcrita da obra Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Saconi. A Esat efetuou alterações na forma de apresentação.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/6/2015)
O verbo querer não leva z em nenhuma de suas formas: quis, quiseram, quisessem...
O verbo pôr, além de manter o acento no novo acordo, ainda segue a mesma regra do verbo querer: nunca leva z em qualquer de suas conjugações: pus, puséssemos, pusemos.
"Se quisermos, poderemos pôr sempre um sorriso em nosso rosto."
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(2/6/2015)
"...O pronome pode ser utilizado adequadamente em várias situações.
Como pronome adjetivo:
O juiz teve a mesma opinião.
Elas mesmas discutiram o assunto.
Como advérbio:
Este julgamento é mesmo necessário.
Minha casa fica lá mesmo.
Inadequado é o uso de “mesmo” como pronome pessoal, substituindo um substantivo já expresso:
Para analisar com calma o parecer, solicitou que o mesmo lhe fosse entregue (inadequado).
Para analisar com calma o texto, solicitou que o relatório lhe fosse entregue (adequado).
O desembargador recebeu o processo e analisará o mesmo rapidamente (inadequado).
O desembargador recebeu o processo e o analisará rapidamente (adequado).
O relatório já chegou e o mesmo apresenta erros de conteúdo (inadequado).
O relatório já chegou e apresenta erros de conteúdo (adequado).
Receba de volta seu título e verifique se o mesmo está rubricado pelo diretor. (inadequado).
Receba de volta seu título e verifique se está rubricado pelo diretor. (adequado)."
A dica de hoje foi transcrita da obra Português Jurídico, cujo autor é Marcelo Paiva. A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/6/2015)
Ante e perante são preposições e significam diante de, em presença de. Por serem preposições, não cabe outra preposição depois delas.
Perante a juíza, ele não teve coragem de sustentar seus falsos argumentos.
Obs.: "a" é artigo.
Perante à juíza... (inadequado)
O homem se calou ante os argumentos apresentados.
O homem se calou ante aos... (inadequado)
Ante as provas apresentadas, aceitou a demissão sem questionar.
Obs.: "as" é artigo plural.
Ante às provas... (inadequado)
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Português Jurídico.
Autor: Marcelo Paiva.
Pensamento atribuído a Paulo Freire:
"Nem a arrogância é sinal de competência, nem a competência é a causa da arrogância. Não nego a competência, por outro lado, de certos arrogantes,
mas lamento neles a ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor. Gente mais gente."
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/6/2015)
Empecer é um verbo e, dentre outras coisas, significa causar dano a, dificultar, estorvar.
Do verbo empecer deriva o substantivo empeço. Deste termo, por sua vez, deriva a palavra empecilho (empeço + ilho), que significa aquilo que empece ou estorva, obstáculo.
Está aí o motivo pelo qual grafa-se empecilho e não impecilho.
Pronúncia.
Empecer, empece, empeço e empecilho são palavras pronunciadas com o "ê" fechado (empêcer, empêce, empêço, empêcilho).
Obs.: os acentos circunflexos colocados nas palavras entre parênteses não fazem parte delas; servem para indicar que a pronúncia é fechada. A sílaba tônica está sublinhada.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(9/6/2015)
No plano do sentido, fim de semana é uma expressão consagrada para indicar o período de tempo que se inicia na noite da sexta-feira e se encerra na noite de domingo ou manhã de segunda-feira.
Por outro lado, final tem apenas um sentido próprio de última parte de algo, ideia essa presente em diversas expressões: final de dia, final de século. E, por não ser uma expressão consagrada como tal, nem formar um circunlóquio específico, o final de semana só pode ser entendido até a última hora do sábado, já que domingo é o primeiro dia da nova semana.
Resolvida a questão do sentido das expressões, oportuno é acrescentar, quanto a eventuais dúvidas acerca do hífen, que final de semana, por não constituir expressão consagrada com significado próprio, não traz em si motivo para emprego do hífen. Escreve-se, portanto, final de semana.
Quanto a fim de semana, embora até se possa enquadrá-la no conceito de "palavra composta por justaposição, cujos elementos constituem uma nova unidade morfológica e de sentido", caso em que se justificaria o emprego de hífen, o certo é que o próprio Acordo Ortográfico excepciona expressamente a possibilidade de seu uso. Escreve-se, por conseguinte, fim de semana.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
Acostumar é fazer (alguém ou algo) contrair hábito: acostumar os filhos a ler; acostumar o corpo a dormir cedo.
Costumar é ter por hábito, usar ou ser costumeiro, habitual: costumo dormir tarde; costumo me levantar cedo; costumo almoçar ao meio-dia; costuma nevar por aqui nesta época.
Note:
acostumar pede sempre complemento verbal + a + infinitivo;
costumar pede sempre um infinitivo." ...
A dica de hoje foi extraída da obra Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Foram efetuadas adaptações na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(11/6/2015)
Nunca diga ou escreva "seje" e "esteje".
Essas formas não existem. As grafias corretas são "seja" e "esteja".
Exemplos:
Seja feliz, meu amigo!
Espero que você esteja certa.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(12/6/2015)
A dica de hoje abre espaço para a arte e para a reflexão. Além da letra, segue link que permite acesso a bela interpretação de Maria Bethânia para a música Tocando em Frente, composta por Almir Sater e Renato Teixeira.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Tocando em Frente
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei
Ou nada sei
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
E no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs
É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz
INTERPRETAÇíO
(15/6/2015)
Tresler significa ler três vezes? Não!
Tresler é enlouquecer de tanto ler. Também significa dizer ou praticar tolices, enganar-se, errar.
Conjuga-se como o verbo ler.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, curiosidades e dificuldades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Pensamento atribuído a Mario Sergio Cortella:
"Um poder que se serve, em vez de servir, é um poder que não serve."
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/6/2015)
Na linguagem dos brasileiros, está cada vez mais frequente o uso do verbo ir como auxiliar do futuro: em vez de eu falarei, a maioria diz eu vou falar; em vez de ele jogará, prefere-se ele vai jogar; em vez de nós proporemos, ouve-se nós vamos propor.
Até aqui, tudo bem. Em determinadas situações, realmente é preferível o uso do verbo ir como auxiliar.
Na linguagem falada, por exemplo, a forma ele vai querer é muito melhor que o horroroso ele quererá.
Entretanto, o uso excessivo do verbo ir empobrece o estilo e com alguns verbos fica, no mínimo, estranho.
O problema maior ocorre quando o verbo ir acompanha o próprio verbo ir ou o verbo vir. É a história do “eu vou ir” e do ridículo “eu vou vir”.
A forma eu vou ir parece redundante. Eu irei fica melhor. E a forma eu vou vir parece absurda. É melhor falar eu virei.
Agora, inexplicável é o tal do “eu vou vim”. É importante lembrar que a forma “eu vou vim” é inaceitável. Está totalmente errada. A forma “eu vou vim” simplesmente não existe.
Então, para ficar bem claro, eu vou repetir: dizer eu vou sair, ele vai viajar, nós vamos estudar…tudo bem. Agora, em vez de eu vou ir, diga eu irei; em vez de eu vou vir, diga eu virei; e nunca mais diga “eu vou vim”.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(17/6/2015)
Após a letra N, não se dobram as letras R e S.
Exemplos: enredo, enrolar, ensolarado, ensacar.
Apesar de não serem dobradas, são pronunciadas como se fossem.
Exemplos: insofismável (inssofismável), enraizar (enrraizar).
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(18/6/2015)
A onomástica é um substantivo feminino e significa, dentre outras coisas, "Estudo e investigação da etimologia, transformações, morfologia, etc dos nomes próprios de pessoas e lugares."
Quando se avalia com maior cuidado os nomes utilizados na literatura e na teledramaturgia por exemplo, observa-se que muitos personagens não recebem determinado nome por acaso, pois o nome escolhido possui um significado e permite a construção do personagem.
Seguramente, muitos ainda se lembram do personagem viúva Porcina, vivido pela atriz Regina Duarte na novela Roque Santeiro. Será que a escolha do nome do personagem foi por acaso?
A busca da associação entre o nome e o perfil do personagem é, no mínimo, um exercício curioso e pode gerar surpresas. Que tal exercitar?
Os dois links abaixo nos remetem à onomástica:
O PRIMEIRO refere-se ao livro Dicionário Etimológico de Nomes e Sobrenomes, cujo autor é Rosário Farâni Mansur Guérios, e foi indicado pelo Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba;
O OUTRO refere-se ao site Dicionário de Nomes Próprios, que contém ferramenta de busca.
Curiosidade: alguns acreditam que o nome escolhido para um bebê terá influência sobre a vida dele, justamente porque o nome traz consigo certos significados. Mas este já é outro assunto e, com certeza, dá "muito pano pra manga".
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Serviço Telegramática da Prefeitura Municipal de Curitiba,
41 - 3218-2425.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/6/2015)
"Esta palavra adquiriu valor negativo, a exemplo de sequer:
- Você foi lá?
- Absolutamente. ( = De jeito nenhum.)
Pode aparecer reforçada por outra negativa:
- Você foi lá?
- Não, absolutamente. (= Não, de jeito nenhum.)
Ou então:
- Você foi lá?
- Absolutamente não.
- Obrigaram você a confessar?
- Não me obrigaram a confessar absolutamente."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
Pensamento atribuído a Martin Luther King:
"A covardia coloca a questão: "É seguro?"
O comodismo coloca a questão: "É popular?"
A etiqueta coloca a questão: "É elegante?"
Mas a consciência coloca a questão: "É correto?"
E chega uma altura em que temos de tomar uma posição que não é segura, não é elegante,
não é popular, mas o temos de fazer porque a nossa consciência nos diz que é essa a atitude correta."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/6/2015)
Obnubilar é derivado do latim obnubilare (cobrir com uma nuvem) e significa obscurecer, escurecer.
Exemplos:
"Os preconceitos obnubilam a visão objetiva dos fatos."
"Durante as tempestades que enfrentamos na vida, é necessário manter equilíbrio entre lógica e emoção, a fim de que nosso juízo e nosso critério não sejam obnubilados e consigamos enxergar os fatos como realmente são. O raciocínio sereno nos permite encontrar soluções mais facilmente."
"Notícias, boatos e comentários tendenciosos podem obnubilar a verdade dos fatos. É preciso estar alerta."
CONJUGAÇíO
Fonte de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/6/2015)
Etimologia
A palavra vem do grego "étumos" (real, verdadeiro) + "logos" (estudo, descrição, relato) e significa, hoje, o estudo científico da origem e da história de palavras. Conhecer a evolução do significado de uma palavra, desde sua origem, significa descobrir seu verdadeiro sentido e conhecê-la de forma mais completa. O estudo etimológico de palavras, além do aspecto curioso, demonstra as origens comuns e as semelhanças encontradas no plano de vocabulário entre as línguas europeias.
Ética
A origem da palavra ética vem do grego "ethos", que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram o "ethos" grego, para o latim "mos" (ou no plural "mores"), que quer dizer costume, de onde vem a palavra moral. Tanto "ethos" (caráter) como "mos" (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é "adquirido ou conquistado por hábito" (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, dizem respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.
Saudade
Palavra típica da nossa língua, refere-se a quem fica solitário, sem a pessoa que ama. Vem de "soedade", que já foi "soledade", e que, por sua vez, provém do latim "solitate".
Fonte de consulta:
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data da consulta: 23/6/2015.
Horário da consulta: 10h50.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(24/6/2015)
“O gerúndio é um recurso oral muito presente em nosso idioma. No entanto, o exagero compromete o texto. A linguagem jurídica no Brasil faz muito uso de gerúndio de forma inadequada (no capítulo sobre vocabulário, abordaremos em detalhes o assunto). Você consegue substituir o gerúndio em quase todas as situações. Observe o exemplo a seguir:
Funcionários contratados pela empresa poderão cursar universidade no segundo semestre, podendo, se forem estudiosos, concluir o curso em quatro anos, fazendo em seguida um curso de pós-graduação.
Observe como fica melhor:
A empresa contratou funcionários que poderão cursar universidade no segundo semestre do ano. Se forem estudiosos, concluirão o curso em quatro anos e, em seguida, farão uma pós-graduação.
Embora o gerúndio seja correto em diversas situações, procure evitar seu uso em textos formais. A tendência é o uso incorreto. O publicitário Ricardo Freire escreveu um manifesto “antigerundista”.
Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando, estar imprimindo e estar fazendo diversas cópias, para estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunicação moderna, o gerundismo.”
Texto extraído do livro Português Jurídico, cujo autor é Marcelo Paiva. Foram efetuadas adaptações na forma de apresentação.
É possível substituir
O servidor é bastante dedicado, podendo contribuir bastante para o desenvolvimento do setor em que atuará.
O servidor é bastante dedicado e poderá contribuir bastante para o desenvolvimento do setor em que atuará.
O leão urrou fortemente, fazendo com que todos ficassem apavorados.
O leão urrou fortemente e fez com que todos ficassem apavorados.
O leão urrou fortemente e todos ficaram apavorados.
Agindo corretamente, não temos com que nos preocupar.
Ao agir corretamente, não temos com que nos preocupar.
Foram apresentadas muitas provas nos autos, deixando evidente a ilicitude praticada pelo sujeito passivo.
Foram apresentadas muitas provas nos autos, o que deixou evidente a ilicitude praticada pelo sujeito passivo.
Ficou evidente a ilicitude praticada pelo sujeito passivo, haja vista as muitas provas apresentadas nos autos.
Haja vista as muitas provas apresentadas nos autos, ficou evidente a ilicitude praticada pelo sujeito passivo.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/6/2015)
Além do pronome de tratamento "você", temos, nessa situação, mais dois pronomes:
EU – pronome pessoal reto;
MIM – pronome pessoal oblíquo.
No caso, a preposição ENTRE exige o uso do pronome oblíquo.
Logo, o correto é dizer sempre: Entre MIM e você ou Entre você e MIM.
Exemplos:
É possível dividir o trabalho entre você e mim.
É possível dividir o trabalho entre mim e você.
Não há problemas entre mim e ela.
Não há problemas entre ela e mim.
A dica de hoje foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER.
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ).
(26/6/2015)
Aquele cidadão foi levado ao ergástulo público por ter usado de forma burlosa diversas cártulas chéquicas supostamente assinadas pelo consorte supérstite.
— Que chic, hein?! Mas o que é que essa sopinha de letras quer dizer, mesmo?!
É provável que a maioria necessite recorrer a dicionários para decifrar o significado dos termos sublinhados e compreender o texto.
A utilização de termos rebuscados ou excessivamente técnicos pode gerar importante interferência para a boa compreensão dos textos, bem como pode sugerir que o redator espera impressionar pelas palavras, já que não consegue impressionar pelo conteúdo. Vejamos o que disse o juiz André Nicolitt a esse respeito (fragmento de texto extraído do site anders23.jusbrasil.com.br):
"A linguagem rebuscada e inacessível viola os princípios constitucionais do acesso à Justiça e da publicidade. É um exercício de poder, uma violência simbólica para mostrar erudição e autoridade. Numa cultura jurídica menos autoritária, teremos uma linguagem mais acessível. O uso de termos incompreensíveis ao cidadão comum não é uma prática apenas de magistrados, pois muitos advogados também fazem isso. Sem bons argumentos, tentam impressionar com jargões e frases de efeito. Mas tudo não passa de uma cortina de fumaça: muito barulho por nada — afirmou o juiz."
Não há proibição de uso de termos rebuscados, até porque há contextos em que são inevitáveis. Deve-se considerar, porém, que sua utilização deve servir para enriquecer e tornar claro o texto de que fazem parte, nunca para "enfeitá-lo", para mostrar suposta erudição do redator.
Voltaremos a tratar do assunto em outras dicas.
— E aí, já decifrou o que quer dizer a frase inicial desta dica? Ainda não? Então vamos lá!
Aquele cidadão foi levado ao ergástulo público por ter usado de forma burlosa diversas cártulas chéquicas supostamente assinadas pelo consorte supérstite.
Aquele cidadão foi levado para a cadeia por ter usado de forma fraudulenta diversos cheques supostamente assinados pelo viúvo.
Agora ficou mais fácil, não ficou?!
A íntegra do texto parcialmente transcrito está AQUI.
Fonte de consulta:
Site anders23.jusbrasil.com.br
Data da consulta: 26/6/2015.
Hora da consulta: 14h40.
Pensamento atribuído a Leon Tolstoi.
"Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para fogueira."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/6/2015)
Quando uma criança nasce, deve-se dizer "A mãe deu à luz um lindo bebê."
Dar à luz significa dar ao mundo, apresentar ao mundo.
Exemplos:
Pela segunda vez, a mulher deu à luz gêmeos.
Daqui a dois meses, darei à luz o Leonardo, meu segundo filho.
Dúvida:
Por que se usa dar à luz (com crase)?
Nos exemplos mencionados, o verbo "dar" é transitivo direto e indireto, ou seja, necessita de dois complementos verbais: um objeto direto (sem preposição) e um objeto indireto (com preposição).
Para facilitar a memorização, usa-se com frequência a seguinte frase: "quem dá dá algo a alguém" (algo = objeto direto; a alguém = objeto indireto).
Como luz é palavra feminina e admite o artigo "a" (a luz), esse artigo funde-se com a preposição "a" do verbo "dar" (a alguém), formando a crase (à). Aproveitemos os mesmos exemplos para explicar a crase.
Pela segunda vez, a mulher deu à luz gêmeos.
A mulher deu o quê? gêmeos.
Deu a quem? à luz (à = "a", preposição que vem depois de "deu", + "a", artigo que vem antes de luz).
Daqui a dois meses, darei à luz o Leonardo, meu segundo filho.
Darei o quê? o Leonardo.
Darei a quem? à luz (à = "a", preposição que vem depois de "darei", + "a", artigo que vem antes de luz).
Grande abraço e excelente semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/6/2015)
"A maior palavra da língua portuguesa possui 46 letras e ganhou registro definitivo em 2001, quando apareceu no dicionário Houaiss. Estamos falando de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Antes, o título pertencia ao advérbio "anticonstitucionalissimamente", que tem 29 letras e descreve algo que é feito contra a constituição. O vice era "oftalmotorrinolaringologista", com 28 letras, que se refere ao especialista nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.
O Houaiss é o campeão de palavras na língua portuguesa, mas não traz, por exemplo, palavras da química que têm dezenas de sílabas, usadas para definir compostos. Uma delas é "tetrabromometacresolsulfonoftaleína", que tem 35 letras e indica um corante usado em reações. "Palavras como essa são muito específicas e só aparecem em glossários de terminologia química", diz o filólogo Mauro Villar, do Instituto Antônio Houaiss.
Entenda cada parte desse vocábulo de 46 letras
Pnmeumoultramicroscópico
Pneumo - Pulmão
Ultra - Fora de
Microscópico - Muito pequeno
Silicovulcanoconiótico
Sílico - Vem de silício, um elemento químico presente no magma vulcânico
Vulcano - Vindo de um vulcão
Coniótico - Vem de coniose, doença causada por inalação de pós em suspensão no ar
Tudo isso junto...
Pessoa que sofre de uma doença pulmonar, a pneumoconiose, causada pela aspiração de cinzas vulcânicas!
Fonte: Mundo Estranho"
A dica de hoje foi extraída do site www.soportugues.com.br
Data da consulta: 29/6/2015.
Horário da consulta: 17h45.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/7/2015)
Os verbos mediar e intermediar conjugam-se como o verbo incendiar.
Portanto:
Eu incendeio
Eu intermedeio
Eu medeio
Ela/você incendeia
Ela/você intermedeia
Ela/você medeia
Nós incendiamos
Nós intermediamos
Nós mediamos
Que eu incendeie
Que ela/você intermedeie
Que nós intermediemos
Além dos verbos incendiar, intermediar e mediar, conjugam-se da mesma forma os verbos ansiar, odiar e remediar.
Os professores sugerem o mnemônico MARIO, a fim de que lembremos quais os verbos são conjugados da forma indicada: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar.
- Tudo bem, MARIO é legal. Mas por que o verbo intermediar não faz parte do mnemônico?
- Por que intermediar deriva de mediar e, por conseguinte, é conjugado igual ao "pai".
Para saber mais:
CLIQUE AQUI
CLIQUE AQUI 1
CLIQUE AQUI 2
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/7/2015)
As palavras terminadas em “ão”, de acordo com a sua origem, podem fazer plural em “ãos”, “ões” ou “ães”.
Vejamos alguns exemplos: cidadão/cidadãos, irmão/irmãos, cristão/cristãos, bênção/bênçãos; peão/peões, limão/limões, mamão/mamões; pão/pães, capitão/capitães, escrivão/escrivães…
Existem palavras que admitem duas formas no plural. A palavra corrimão é derivada de mão, cujo plural é mãos.
Assim sendo, o plural original de corrimão é corrimãos. Hoje em dia, entretanto, o uso consagrou a forma corrimões, que já é perfeitamente aceitável. Inaceitável seria a forma “corrimães”. Nem ficaria bem ficar “correndo mães” por aí…
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(3/7/2015)
Trabalho
A palavra "trabalho" tem sua origem no vocábulo latino tripaliu: denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu). Desse modo, originalmente, "trabalhar" significa ser torturado no tripaliu. Quem eram os torturados? Os escravos e os pobres que não podiam pagar os impostos. Assim, quem "trabalhava", naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses. A partir daí, essa ideia de trabalhar como ser torturado passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si, mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas realizadas pelos trabalhadores em geral: camponeses, artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal sentido foi de uso comum na Antiguidade e, com esse significado, atravessou quase toda a Idade Média. Só no século XIV começou a ter o sentido genérico que hoje lhe atribuímos, qual seja, o de "aplicação das forças e faculdades (talentos, habilidades) humanas para alcançar um determinado fim". Com a especialização das atividades humanas, imposta pela evolução cultural (especialmente a Revolução Industrial) da humanidade, a palavra trabalho tem hoje uma série de diferentes significados, de tal modo que o Dicionário Aurélio dedica ao verbete vinte acepções básicas e diversas expressões idiomáticas.
Amor
Do latim, amor.
Em português a palavra em latim amor não mudou a grafia, mantendo-se exatamente igual.
Alguns autores afirmam que a possível origem para a palavra latina amor é uma base Indo-Europeia (AM) que ajuda a formar várias palavras em latim, normalmente palavras ligadas a crianças ou cuidado com crianças. É o caso da palavra amita, que quer dizer "tia" e da palavra mater, que quer dizer "mãe".
Outros estudiosos referem que a na raiz do verbo que designa amor em latim está impressa a ideia de plantar, semear. A união íntima entre um homem uma mulher simbolizaria isso.
Oxalá
Do árabe in sha allah ou inshallah - "se Deus quiser" ou "e queira Deus!".
Fonte de consulta:
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data da consulta: 3/7/2015
Horário da consulta: 7h40
Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Pensamento atribuído a Martin Luther King:
"O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons."
Outra versão:
"O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética.
O que me preocupa é o silêncio dos bons."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/7/2015)
Na dica 305, foram efetuadas algumas considerações sobre o uso de termos rebuscados em textos.
De acordo com Marcelo Paiva, do Instituto Educere:
"A linguagem jurídica é linguagem técnica. Termos técnicos inibem falhas de compreensão.
Não se pode, no entanto, em nome da linguagem técnica, justificar o uso de rebuscamento e comprometer o bom texto.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e os manuais de Redação Oficial dos tribunais superiores fazem a seguinte recomendação sobre o uso de alguns termos."
EVITAR PREFERIR
abroquear fundamentar
apelo extremo recurso extraordinário
areópago tribunal
a teor conforme
Fonte de consulta:
Curso de Português Jurídico,
Instituto Educere Ltda.
Grande abraço a todos.
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(7/7/2015)
Seguem mais alguns termos rebuscados que devem ser evitados.
EVITAR PREFERIR
com espeque com base
com fincas com base
com supedâneo com base
estribado com base
espalma indica
empilha traz, coleciona
em sendo assim assim
Fonte de consulta:
Curso de Português Jurídico,
Instituto Educere Ltda.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
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EVITAR PREFERIR
indigitado réu
hostilizada recorrida
inobstante não obstante
peça incoativa petição inicial
petição de introito petição inicial
peça increpatória denúncia
proeminal delatória denúncia
trancatório denegado
vergastado recorrido
Fonte de consulta:
Curso de Português Jurídico,
Instituto Educere Ltda.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(9/7/2015)
Coração
A palavra latina cor (ou cordis), que significa coração, deu origem a várias palavras da nossa língua. Veja alguns exemplos: concordar é palavra formada do latim con + cordis, isto é, com coração. Quando duas pessoas concordam é porque seus corações estão juntos ou unidos. Discordar, por outro lado, é o oposto. Vem do latim dis (separar) + cordis. Quem discorda, portanto, afasta-se do coração do outro. Recordar, por sua vez, quer dizer "trazer de novo ao coração". A expressão "saber de cor" também vem diretamente do latim: saber de coração, isto é, de memória. E, por último, vamos destacar a palavra coragem, que também deriva de cor. Para os antigos romanos, o coração era a sede da coragem.
Cidadania
A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade. O sentido primeiro do termo cidadania foi utilizado na Roma antiga para significar a situação política de uma pessoa e os direitos que ela possuía e/ou podia exercer. Nesse aspecto cidadania, conforme Dalmo Dalari, "(...) expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo."
Abacaxi
A palavra abacaxi vem do tupi iba-cati (fruto que cheira muito) e, na linguagem indígena, era chamado de ananás (fruta excelente).
Pepino
Do grego péponos, genitivo de pépon, melão maduro, derivado do verbo pésso, faço amadurecer, pelo latim peponis, genitivo de pepon, espécie de melão. Pepon foi tomado erroneamente como aumentativo do latim, de onde surgiu o curioso substantivo para designar o pepino propriamente dito, fruto menor da cucurbitácea, isto é, do qual se pode fazer uma cabaça, como a abóbora, a melancia e outros frutos. Ao lado do abacaxi - "descascar o abacaxi" expressa dificuldade -, o pepino indica sério problema. A expressão deve-se à crença sertaneja de que o pepino é de digestão difícil.
Fonte de consulta:
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data da consulta: 9/7/2015
Horário da consulta: 7h40
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Dica do dia.
(10/7/2015)
Seguramente, desde sempre ouvimos a frase acima, tão simples, intensa e verdadeira. Ela apresenta clara diferença entre a imagem (o fazer) e a palavra (o dizer), bem como coloca a primeira em posição de evidência em relação à outra.
É o poder da imagem!
A linguagem imagética - baseada em imagens - desperta nossos sentidos e é poderosíssimo instrumento de persuasão.
Durante a 55.ª Reunião do GDFAZ, realizada na Esat em 13, 14 e 15/5/2015, foi apresentado vídeo em que está presente de forma muito evidente a linguagem imagética. Ele emocionou e permitiu reflexões.
Com a dica de hoje, compartilhamos o vídeo mencionado e convidamos a todos a refletir sobre as mensagens nele contidas.
VÍDEO PARA APRECIAR E REFLETIR
Obs.: O vídeo original está disponível no YouTube. A versão que ora se apresenta é editada.
As pessoas não são comunicadas. Os fatos é que são comunicados às pessoas. Veja exemplos:
Forma errada -> Os funcionários foram comunicados do corte.
Forma correta -> O corte foi comunicado aos funcionários.
Forma errada -> Os pais foram comunicados da greve.
Forma correta: A greve foi comunicada aos pais.
Então, não se esqueça: ALGO sempre será COMUNICADO a ALGUÉM.
Fonte: dicasdiariasdeportugues.com.br/
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Aprenda quando usar cada termo com a explicação abaixo:
- “Dar” é verbo no infinitivo, uma forma verbal sem qualquer conjugação.
Usamos “dar”:
(1) Como verbo principal em locuções verbais [locuções verbais são dois verbos ou mais representando uma única ação verbal – em que o primeiro é auxiliar; o segundo, principal].
Exemplo:
Quero dar um presente a você.
Regra: A expressão “quero dar” representa uma única ação; é, portanto, uma locução verbal. “Quero” é verbo auxiliar. “Dar” é o verbo principal.
(2) Para apresentar uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado.
Exemplo:
Dar valor às pessoas é sábio.
Regra: “Dar” não se refere a nenhum sujeito. Por isso, está na forma infinitiva.
(3) Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior.
Exemplo:
Ela tem medo de dar o seu amor e não ser correspondida.
Regra: “Dar” complementa o substantivo “medo”.
Importante:
Em qualquer um dos exemplos acima, se você empregar “dá” em vez de “dar”, cometerá erro.
- “Dá” é o verbo “dar” na 3ª pessoa (ele/ela) do singular no presente do modo indicativo (modo que indica a certeza do fato).
Para poder empregar “dá”, é preciso que, na frase, haja um sujeito.
Exemplos:
A moça dá dicas de maquiagem em seu site.
Regra: “dá” está flexionado de acordo com o sujeito (“moça” = ela).
Ela dá suas roupas usadas constantemente.
Regra: “dá” está flexionado de acordo com o sujeito (ela).
Ele dá dinheiro aos pobres.
Regra: “dá” está flexionado de acordo com o sujeito (ele).
O rapaz dá gorjetas aos garçons.
Regra: “dá” está flexionado de acordo com o sujeito (“rapaz” = ele).
Fonte: dicasdiariasdeportugues.com.br/
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Incipiente
É aquilo que está no começo; é o mesmo que inicial, principiante:
O cantor está fazendo um sucesso extraordinário apesar de sua incipiente carreira.
Macete:
iníCIo -> InCIpiente
Insipiente
É o que não tem saber; que é tolo; que não tem prudência:
Foi enganado, pois age como um insipiente.
Dizia palavras insipientes.
O motorista foi insipiente na direção
Macete:
Sem Saber – inSipiente
Fonte: dicasdiariasdeportugues.com.br
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
LHE
É um pronome pessoal do caso oblíquo. Na sentença, exerce ou função de complemento verbal (objeto indireto) ou função de complemento nominal ou função de adjunto adnominal. Em outros casos, sua aplicação é indevida.
Substituindo o objeto indireto:
Não devo explicações a ele.
Não lhe devo explicações.
Observe a transitividade de dever: alguém deve alguma coisa a alguém. É verbo transitivo indireto. Lhe substitui o complemento verbal; exerce função de objeto indireto.
Deu uma nova bicicleta para o filho.
Deu-lhe uma nova bicicleta.
Observe a transitividade de dar: alguém dá alguma cosa a(para) alguém. É verbo transitivo indireto. Lhe substitui o complemento verbal; exerce função de objeto indireto.
Nesses casos, lhe está sendo empregado corretamente. Repare, agora, nesta frase:
Minha filha ainda não voltou da casa da amiga. Vou buscar-lhe.
Emprego incorreto. Alguém busca alguma coisa. Buscar é verbo transitivo direto. Seu complemento é objeto direto. Lhe, portanto, não deve ser empregado.
Substituindo o adjunto adnominal:
1. Achou o rosto do rapaz muito feito.
Achou-lhe o rosto muito feio.
2. A mãe cortou os cabelos da filha.
A mãe cortou-lhe os cabelos.
Substituindo o complemento nominal:
Não achei graça nenhuma nessa jovem.
Não lhe achei graça nenhuma.
TE
É pronome pessoal da segunda pessoal do singular (tu) do caso oblíquo e exerce função de objeto direto. Lembrando que o pronome reto tu – assim como outros pronomes de caso reto – não pode ser usado como complemento. Esta é a função de te. Note:
Tu irás à festa? Quero abraçar-te!
(quero abraçar tu).
Observe a transitividade do verbo abraçar: abraçamos alguém, e não a alguém. É verbo transitivo direto. Seu complemento, obviamente, tem de ser um elemento que funcione como objeto direto.
Mais informações
O pronome pessoal da segunda pessoal do singular (tu) do caso oblíquo que exerce função de objeto indireto é ti. Acompanhe:
Fiques calma. Enviarei para ti a carta.
Observe a regência do verbo enviar: enviamos alguma coisa a alguém. É verbo transitivo indireto. Exige a preposição a ou para. Ti substitui o complemento verbal; exerce função de objeto indireto.
Fonte: dicasdiariasdeportugues.com.br
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
ESCLARECIMENTO
Caros colegas, bom dia.
Ao ler a dica 319, o Auditor Fiscal Leonel Dias dos Santos, da 1.ª DRR, apresentou questionamento sobre a transitividade do verbo DEVER, pois observou que o texto traz a informação de que se trata de verbo transitivo indireto, apesar de ser verbo transitivo direto e indireto. O questionamento é válido, pois a redação nos induz a pensar que o verbo é apenas transitivo indireto.
Segue parte da resposta enviada para ele, com adaptações.
"Seu raciocínio está correto. Tanto o verbo dever quanto o verbo dar são transitivos diretos e indiretos. Da forma como foi redigida, a dica dá a impressão de que ambos os verbos são apenas transitivos indiretos.
Ao se refletir sobre o que o autor da dica escreveu, fica-se com a impressão de que, por tratar dos pronomes te e lhe, que exercem a função de objeto indireto, ele apresentou tão-somente explicações sobre a transitividade indireta. De fato, os verbos dever e dar são transitivos indiretos, mas não possuem apenas essa transitividade, pois são também transitivos diretos.
Conclusão: a afirmação de que ambos os verbos são transitivos indiretos não está incorreta, porém nos induz a pensar que são apenas transitivos indiretos, o que não é verdadeiro. Ratifica-se que os verbos dever e dar são transitivos diretos e indiretos.
Leonel, obrigado pelo questionamento, pois possibilitou este esclarecimento.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
A dica de hoje aproveita os ensinamentos publicados na página 'Dicas Diárias de Português' :
(Dica do dia 6/5/2015)
Quando se usa “teu”
(1) “teu” é pronome possessivo e se refere à segunda pessoa do singular, “tu”. O feminino e o plural são: tua, tuas, teus.
(2) é usado para indicar que algo ou alguém pertence ou diz respeito à pessoa com quem se fala (tu, no caso).
Exemplo:
Tu devias ajudar o teu amigo.
[O amigo pertence à pessoa com quem o locutor fala, que está na segunda pessoa do singular (tu)]
Resumidamente: sempre que você usar “tu”, o possessivo será “teu” ou uma variante (tua, tuas, teus).
Quando se usa “seu”
(1) “seu” é pronome possessivo e se refere à terceira pessoa do singular (ele/ela). O feminino e o plural são: sua, suas, seus.
(2) é usado para indicar que algo ou alguém pertence ou diz respeito à pessoa de que se fala (ele/ela, no caso).
Exemplo:
A garçonete me deu seu telefone.
[O telefone pertence à pessoa da qual o locutor fala, que está na terceira pessoa do singular (ela)]
(3) refere-se também a algo que pertence à segunda pessoa indireta, que é o pronome “você”.
Exemplo:
Você lavou seu carro ontem?
[O carro pertence à pessoa com quem o locutor fala, que está na segunda pessoa indireta (você)].
Considerações importantes:
(1) o uso do pronome “seu” para referir-se à terceira pessoa do singular (ele/ela) pode gerar ambiguidade.
Exemplo:
Ele lavou seu carro ontem.
[De quem é o carro? Da pessoa com quem se fala ou da pessoa de que se fala?]
(2) Para resolver o problema, indica-se empregar o pronome possessivo “dele” (ou suas variantes: dela, delas, deles):
Exemplo:
Ele lavou o carro dele.
Outro exemplo:
Pedro devolveu a Ana o seu retrato.
[De quem é o retrato? De Pedro ou de Ana? Se for de Pedro, para acabarmos com a ambiguidade, usaremos “dele”. Se for de Ana, usaremos “dela”]
Grande Abraço,
Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
A dica de hoje aproveita os ensinamentos publicados na página 'Dicas Diárias de Português' :
(Dica do dia 15/5/2015)
Sujeito não pode ser separado do predicado
Observe esta frase:
Os projetos de inovação e, principalmente, de caridade, serão nossas prioridades.
A última vírgula dessa oração não existe. Segundo a sintaxe (conjunto de regras que determinam a ordem e as relações das palavras na frase) não pode haver vírgula entre o sujeito e o predicado da oração.
Façamos a análise sintática da frase:
Qual o sujeito?
Os projetos de inovação e de caridade.
Qual o predicado?
serão nossas prioridades.
Dessa forma fica mais fácil perceber que não pode haver vírgula entre esses dois elementos.
Segue a frase corrigida:
Os projetos de inovação e, principalmente, de caridade serão nossas prioridades.
Intercalações, como a que foi feita no exemplo dado (… de inovação e, principalmente, de caridade…) podem causar esse engano. Portanto, fique atento!
Grande Abraço,
Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
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(Dica do dia 21/7/2015)
PRECISíO VOCABULAR
Um dos itens mais observados na dissertação é a precisão vocabular. Esse componente textual se refere a uma escrita clara, coerente e precisa. Nesse âmbito, palavras eruditas não têm vez. Empregá-las é um jeito fracassado de tentar impressionar o leitor/examinador. Elas geram um texto pedante, cheio de ideias emaranhadas.
O alarido dos mais jovens findou o arroubo dos convidados.
Como diria Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgino Mufumbo: Cuma?
Veja que, com palavras mais simples, a compreensão é atingida logo na primeira leitura:
A algazarra dos mais jovens pôs fim (ou acabou com) o entusiasmo dos convidados.
Ao contrário do que muitos pensam, a simplicidade é o segredo para uma boa dissertação. Não se trata de usar palavras próprias dos diálogos informais, mas de selecionar as expressões que ajudarão a sustentar seu ponto de vista, de forma direta e clara.
Palavras vazias não cabem também quando o intuito é alcançar a precisão vocabular e, com ela, um texto atraente e objetivo. Refiro-me a construções baseadas em conceitos muito gerais, que não representam fatos concretos.
Praticar esporte é muito interessante para as crianças.
É importante ler todos os dias.
Interessante? Importante? Qualquer coisa pode ter essas duas características. Não dá para extrair uma ideia concreta nessas afirmações. Diferentemente o que pode ser constatado em:
O esporte colabora para o bom desenvolvimento físico, motor e social das crianças.
A leitura é uma das melhores estratégias para aprimorar a habilidade comunicativa.
Opa! Agora sim: ideias concretas e relevantes!
O bom redator não faz meras afirmações. Ele traz fatos pertinentes que convencem o leitor de determinado aspecto. E, para argumentar bem, o escritor precisa ter uma boa bagagem cultural, que só é adquirida com leituras constantes e diversificadas e com a observação de experiências vividas.
Grande Abraço,
Escola de Administração Tributária (Esat).
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(Dica do dia 16/7/2015)
SEJA CONCISO
Quando o autor usa mais palavras e frases do que o necessário, dizemos que ele foi prolixo. A prolixidade compromete muito a escrita, pois fica confusa e entediante. De modo oposto, quando o escritor omite informações importantes, dizemos que ele foi hermético. A hermeticidade deixa o conteúdo vago e impreciso e impede o leitor de chegar a uma conclusão.
Ser breve e, ao mesmo tempo, claro, ou seja, escrever o necessário em poucas palavras é ser conciso.
Na prática
Observe este trecho:
A realidade brasileira, no que tange a realização de trotes universitários, infelizmente esta na contra mão de todo processo evolutivo humano, deixando grandes marcas psicológicas, físicas e caracterizando-se crime.
Possui os seguintes problemas:
Não tem objetividade:
A realidade brasileira, no que tange a realização de trotes universitários, infelizmente esta na contra mão de todo processo evolutivo humano…
Bastava dizer:
Os trotes estão na contra mão de todo o processo evolutivo humano.
Ainda assim, este trecho é vago:
“… estão na contra mão de todo o processo evolutivo humano”.
Em que consiste o processo evolutivo humano? Como isso se aplica precisamente aos trotes?
Falta precisão:
“deixando grandes marcas psicológicas, físicas…”.
Como e em quem os trotes deixam marcas?
Encerra com outra informação vaga:
“… caracterizando-se crime”.
A expressão “… caracterizando-se crime” não tem onde se apoiar; é um elemento adicionado ao período em que não podemos ver claramente qual sua relação com o restante do texto.
Considerações gerais:
Nada do que foi dito em todo esse fragmento estava objetivo, preciso e claro. Ademais, faltou apresentar situações concretas, fatos, exemplos, que deixem claras as abstrações.
Note, agora, esta abordagem:
Trote violento é um retrocesso social, pois não respeita os direitos humanos. Os castigos cada vez mais humilhantes e selvagens impostos aos calouros são prova de como esse evento é antidemocrático e precisa ser contido.
Temos uma afirmação e uma justificativa:
“Trote violento é um retrocesso social, pois não respeita os direitos humanos”.
Temos mais uma informação que apoia a ideia central desse parágrafo (trote violento é um retrocesso):
“Os castigos cada vez mais humilhantes e selvagens impostos aos calouros são prova de como esse evento é antidemocrático e precisa ser contido”.
A finalização pode ser usada como um gancho para inserir uma nova ideia:
“…e precisa ser contido.
Cabe às faculdades controlar os trotes violentos e incentivar atividades culturais e sociais entre veteranos e calouros…”.
Grande Abraço,
Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
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(Dica do dia 21/5/2015)
HÁ OU A?
Usamos “há” para indicar passado, tempo decorrido:
Há dez anos eu não vejo meus avós.
Empregamos “a” para indicar tempo futuro:
Daqui a um mês, será Dia dos Namorados.
Empregamos “a” também para indicar “distância”:
Estou a três quilômetros do trabalho.
Grande Abraço,
Escola de Administração Tributária (Esat).
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(Dica do dia 8/5/2015)
OS NOMES DAS CORES E SUA FLEXíO
Existem nomes de cores que originalmente as nomeiam, por exemplo: vermelho, amarelo, verde… Esses vocábulos funcionam como substantivos:
O azul é minha cor predileta.
(“azul” aqui funciona como substantivo)
E como adjetivos:
A criança tinha lindos olhos verdes.
(“verdes” aqui é adjetivo – está qualificando “olhos”).
Nesses casos, precisamos obedecer às regras de flexão de número normalmente:
azul ➣ é
olhos ➣ verdes
No entanto algumas cores tomam seus nomes emprestados a outros seres, de flores, frutas, objetos, por exemplo. Desse modo, de substantivos (laranja, limão, vinho…), esses termos passam a adjetivos (“camiseta laranja”, “gravata limão”, “vestido vinho”). Em alguns casos, são precedidos da expressão “cor de”: “cor de laranja”, “cor de vinho”, “cor-de-rosa”.
Os nomes procedentes de substantivos permanecem invariáveis.
Exemplos:
“camisetas (cor de) laranja”,
“gravatas (cor de) limão”,
“vestidos (cor de) vinho”,
“blusas violeta”,
“camisas rosa”,
“ternos cinza”,
“cortinas gelo”.
A invariabilidade também se verifica nos casos em que um substantivo indica a tonalidade da cor (formando adjetivos compostos invariáveis):
“olhos azul-turquesa”,
“camisas verde-bandeira”,
“sandálias amarelo-ouro”.
(28/7/2015)
De acordo com o gramático Luiz Antonio Sacconi, latrocida é o que mata o ladrão, e não o ladrão que mata sua vítima.
José Maria da Costa, autor do livro Manual de Redação Jurídica, tem a mesma opinião.
Para chegar à conclusão mencionada, ambos se utilizam de igual raciocínio: o radical cida significa aquele que mata. O radical que antecede o radical cida identifica quem ou o que é morto.
Exemplos:
suicida = que mata a si próprio;
inseticida = que mata insetos;
raticida = que mata ratos.
Portanto, latrocida é quem mata o ladrão.
José Maria Costa informa, ainda, que a palavra latrocida não consta no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp).
"4) De modo específico para o vocábulo objeto da consulta (latrocida), uma primeira observação a ser feita é que, para que uma palavra possa ser tida como existente em nosso idioma, será preciso que conste no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, órgão esse que tem delegação legal para listar os vocábulos oficialmente existentes em nosso idioma. E, na hipótese vertente, uma consulta ao VOLP evidencia que ali não se registra tal palavra."
De fato, em consulta efetuada à versão on-line do Volp, o termo não foi localizado.
Há controvérsia.
De acordo com o Dicionário on-line Aulete Digital, latrocida significa aquele que pratica latrocínio. Nos diálogos, nas notícias dos jornais e afins, observa-se que o termo latrocida é utilizado como aquele que rouba e mata a vítima. Aparentemente, esse significado está mais presente na comunicação cotidiana.
Para saber mais clique neste link.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Site www.aulete.com.br (Dicionário on-line Aulete Digital).
Data da consulta: 28/7/2015.
Horário: 9h30
Site www.migalhas.com.br (Gramaticalhas).
Data da consulta: 28/7/2015.
Horário: 9h40
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/7/2015)
Frase vem de livro do filósofo Aristóteles.
Geralmente, as expressões idiomáticas têm origem popular. Não é este o caso.
A primeira menção conhecida ao ditado está no livro Ética a Nicômano, de Aristóteles (384-322 a.C.).
Na obra, o filósofo grego escreve que "uma andorinha só não faz primavera", no sentido de que um indivíduo não deve ser julgado por um ato isolado.
O processo comunicativo está em constante evolução e, há bastante tempo, a frase "Uma andorinha só não faz verão." adquiriu o sentido de que uma pessoa sozinha pouco pode fazer para mudar as coisas, ou seja, a frase sugere que o ideal é a união de esforços, a construção coletiva.
A escolha da andorinha não é casual. Na busca por calor, essas aves sempre voam juntas, em grupos de até 200 mil animais.
As maiores aglomerações de andorinhas são vistas nas Américas.
Em outubro, quando começa a esfriar no norte, elas percorrem 8 mil quilômetros até a América do Sul, de onde voltam em abril.
Esta dica foi elaborada pela Sefaz-ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(30/7/2015)
Os termos cerração, neblina, nevoeiro são usados, frequentemente, com o mesmo significado. Aproxima-se deles o termo sereno.Seguem significados constantes em dois dicionários.
Dicionário Aurélio.
Cerração: nevoeiro espesso.
Neblina: névoa densa e rasteira, nevoeiro.
Nevoeiro: nebulosidade que se forma nas camadas inferiores da atmosfera, próximo ao solo, constituída de grande número de gotículas de água em suspensão no ar, do que resulta ficar muito reduzida a visibilidade.
Sereno: tênue vapor atmosférico noturno; relento.
Dicionário Sacconi
Cerração: nevoeiro muito denso que impede a visão a grande distância.
Neblina: névoa densa, rasteira, carregada de umidade, nevoeiro.
Nevoeiro: neblina.
Sereno: umidade fina, abundante e pouco penetrante que cai à noite; relento.
Tecnicamente, há distinção bem definida entre nevoeiro e neblina.
Nevoeiro: ocorre quando a visibilidade horizontal é inferior a um quilômetro.
Neblina: ocorre quando a visibilidade horizontal é superior a um quilômetro, mas não ultrapassa três quilômetros.
Observa-se, portanto, que nevoeiro é algo mais intenso que neblina.
É possível que essa distinção seja especialmente importante nas atividades de transporte aéreo, aquaviário e rodoviário, dentre outras.
Para saber mais, clique nos links abaixo.
meteoropole.com.br/2012/06/nevoeiro-neblina-cerracao/
www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-968-7840-h,00.html
Fontes de consulta:
Grande dicionário Sacconi.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Site meteoropole.com.br/2012/06/nevoeiro-neblina-cerracao/
Data da consulta: 30/7/2015.
Horário da consulta: 9 horas.
Site www.klickeducacao.com.br/bcoresp/bcoresp_mostra/0,6674,POR-968-7840-h,00.html
Data da consulta: 30/7/2015.
Horário da consulta: 9h15.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(31/7/2015)
ORIGEM DAS PALAVRAS
Alegria
Do latim alacritas ou alacer, que significa “animado”, “vivaz”, “contente” ou “ânimo leve”.
Na realidade, supostamente existem duas prováveis origens etimológicas para este termo, sendo que ambas são consideradas sinônimos atualmente.
A partir do latim felicitas, que teria se originado a partir do termo felix, que significa “feliz”, que por sua vez surgiu do grego phyo, que quer dizer “produzir”.
Felicitas seria a raiz etimológica da palavra “felicidade”, que é considerada um sinônimo de “alegria” na língua portuguesa.
A palavra phyo também tinha a conotação de “fecundo” ou “algo que é produtivo”, o que acabou por ser relacionado com o comportamento típico de um indivíduo quando está alegre.
Acredita-se que até o século VI o termo alacris seria uma versão feminina para a palavra alacer (alegre).
No entanto, com o passar dos anos o termo alacer estabeleceu-se como único para ambos os sexos, masculino ou feminino.
Bigode
De acordo com o historiador austríaco Egon Friedell (1878-1938), a palavra "bigoth" tem a mesma raiz que a palavra "visigoth", termo usado para designar o povo visigodo. É um fenômeno comum na pronúncia latina vulgar a transformação do som inicial de "v" no som de "b". Quem já estudou espanhol ou ouviu o português pronunciado em Portugal já percebeu o fenômeno: vinho se pronuncia como "bino" ou "binho", independentemente de como se escreve. Pois bem, a trajetória etimológica provável foi "visigoth" -> "bigoth" -> "bigode". Tal teoria é suportada pelo fato de que em línguas latinas medievais se usa o termo "bigoth" para se referir aos visigodos.
Dicionário
Do latim dictionarium ou dictionarius, dicionário, repertório de dictio, que se pronuncia "dícsio", pois esse "t" tem som de "s" em latim. É por isso que em português se escreve dicionário, com "c", de som equivalente ao do "s". O dictionarium da antiga Roma não era de verbetes, como os de hoje, mas, sim, de expressões, frases, daquilo que era dito e como era dito. O primeiro dicionário de que se tem registro é chinês, feito por Hou Chin, em 150 a.C. No alvorecer do século XVI surgiu o primeiro dictionarium de várias línguas, cuja língua-base era o latim, obra do humanista italiano Ambrogio Calepino (1440-1510).
Forró
O forró, baile animado em que se dança ao som de ritmos nordestinos, é a redução do vocábulo "forrobodó", que Câmara Cascudo define no seu Dicionário do Folclore Brasileiro como uma festa popular, com música movimentada. O processo é o mesmo que produziu formas como "japa" (japonês), "refri" (refrigerante) ou "pornô" (pornográfico). Contudo, há uma versão popular de que o nome teria vindo da leitura estropiada da expressão inglesa "for all", com que os engenheiros ferroviários ingleses da Great Western (ou os oficiais da base aérea americana de Natal, noutra versão) avisavam os operários de que a festa era aberta para todos. Linguisticamente, a hipótese é tola; além disso, o forrobodó já existia no Brasil Colonial, muito antes da presença de ingleses ou americanos por aqui.
Pensamento encontrado na vitrine de uma loja de Curitiba:
"Dê um play na vida, um pause nos momentos bons, um stop nos momentos ruins e um repeat nas alegrias da vida."
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 31/7/2015, às 14h30.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/8/2015)
Por vezes, há alguma confusão na ortografia da palavra “ascensão”, com "s" na última sílaba.
É importante saber que a palavra “ascenção” (com cê-cedilha) não existe na língua portuguesa.
Ascensão deriva do verbo ascender e segue a seguinte regra: os substantivos derivados de verbos com terminação “-nder” ou “-ndir” devem ser grafados com “s”.
Outros exemplos: compreender – compreensão; expandir – expansão.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES.
A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/ SUBSAD/GEDEF/SUDER.
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ).
(4/8/2015)
Por vezes, usa-se cargo e função com o mesmo significado. Vejamos o que diz o gramático Luiz Antonio Sacconi a respeito.
"Convém não confundir.
Cargo é a posição que traz título honroso, vantagens, benesses, etc., mas também acarreta o peso de importantes deveres. A presidência da República é, sem dúvida, um cargo, que poucos ocupam com a competência desejada.
Função é a obrigação decorrente de cargo. Ser presidente da República é uma função que somente deveria ser exercida por quem realmente estivesse preparado para fazê-lo. Um candidato a deputado aspira ao cargo para exercer a função em nome de seus representantes, que o elegem." ...
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/8/2015)
A segunda forma é a correta (Quando eu VIR o fulano), pois o verbo "ver" no futuro do subjuntivo é "vir".
Desse modo, é preciso ter cuidado também para não dizer coisas como: "Se ela me ver" ou "Quando ela me ver". O correto é "Se ela me vir"; "Quando ela me vir".
Mais exemplos:
Se você vir minha irmã, diga-lhe que necessito falar com ela.
Por favor, entregue este presente ao João quando o vir.
Se eu vir sua mãe, transmitirei seu recado para ela.
Quando minha esposa me vir, ficará surpresa.
Quando tu vires a situação em que se encontram os moradores de rua, ficarás condoído.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(6/7/2015)
O sufixo fobia indica medo mórbido, aversão extrema, horror instintivo a alguma coisa. Vejamos algumas palavras que contêm esse sufixo.
Agorafobia: medo mórbido e angustiante de lugares públicos e grandes espaços descobertos.
Algofobia: terror mórbido de sensação dolorosa.
Batofobia: medo mórbido de abismos ou lugares muito profundos.
Elurofobia: medo mórbido ou horror a gatos. Galeofobia.
Ergofobia: horror a trabalho.
Filofobia: aversão, ojeriza ou repulsa por fazer amigos.
Lalofobia: relutância mórbida a falar, devida ao medo de cometer erros. Logofobia.
Merintofobia: medo mórbido de ser amarrado.
Ombrofobia: medo ou pavor provocado por chuvas fortes ou temporais.
Pirofobia: medo mórbido ao fogo.
Fontes de consulta:
Grande Dicionário Sacconi,
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa,
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Pensamento atribuído a Albert Schwweitzer:
"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação,
seja animal, seja vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante."
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(7/8/2015)
"O uso do pronome cujo, semelhantemente a tantos outros assuntos ligados à gramática, encontra-se submetido a regras específicas. Há de se convir que em se tratando da oralidade ele não é um pronome assim tão recorrente; mas quanto à escrita o seu uso é notório. Daí a importância de você estar ciente das suas particularidades, de modo a exercer sua competência linguística de forma efetiva.
Partindo desse princípio e tendo a consciência de que se trata de um pronome relativo variável, analisaremos tais particularidades, estando elas demarcadas por alguns aspectos, entre os quais:
* Tal termo somente é utilizado no sentido de posse, fazendo referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. Observe:
O garoto cujo pai esteve aqui...
A enunciação diz respeito ao pai do garoto, expresso antes.
* Não se usa artigo definido entre o pronome ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente. Voltemos ao exemplo anterior:
O garoto cujo (o) pai esteve aqui (situação inadequada)
O garoto cujo pai esteve aqui... (forma conveniente)
* O pronome deve aparecer antecedido de preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigir. Vejamos:
Aquela é a família de cuja casa todos gostam.
Analisando a regência do verbo gostar, constata-se que ele se classifica como transitivo indireto, requerendo, pois, o uso da preposição.
Esta é a professora em cuja experiência todos acreditam.
Acreditamos em alguma coisa, logo, todos acreditam na experiência da professora.
Eis a amiga com cujas atitudes não concordamos.
Ao concordarmos, concordamos com algo, ou seja, não concordamos com as atitudes da amiga.
Tratando-se, sobretudo, dos casos relacionados à regência, alguns “soam” de forma estranha. Contudo, é preciso passar por cima desse aspecto, optando pelo seu correto uso, sempre que assim se fizer necessário."
A dica de hoje foi extraída do site www.portugues.com.br/gramatica/uso-pronome-cujo.html
Data da consulta: 6/8/2015.
Horário da consulta: 19h25.
PARA SABER MAIS, CLIQUE AQUI.
Pensamento atribuído a Albert Pine:
"O que fazemos por nós mesmos morre conosco.
O que fazemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(10/8/2015)
Gambá é um substantivo de dois gêneros, ou seja, tanto pode ser usado como masculino quanto como feminino. O macho é o gambá; a fêmea, a gambá.
Não existe macete para saber o feminino dos nomes de animais. Somente um bom dicionário nos indica o gênero dos substantivos.
Alguns substantivos têm um nome para cada gênero. Por exemplo:
a abelha - o zangão; o cavalo - a égua; o cão - a cadela.
Outros têm o mesmo radical, mas não a mesma desinência nominal de gênero:
o cachorro - a cachorra; o sapo - a sapa.
E outros ainda têm o mesmo nome, são os epicenos. Desses, alguns têm o gênero marcado pelas palavras "macho" e "fêmea":
a cobra macho - a cobra fêmea; o jacaré macho - o jacaré fêmea; a rã macho - a rã fêmea.
E alguns têm o gênero marcado pela anteposição do artigo "o" ou "a":
o sabiá - a sabiá; o gambá - a gambá.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO
(11/8/2015)
As duas formas são registradas pelos dicionários.
Extático, com "x", é o adjetivo relacionado ao substantivo êxtase. É o que está em êxtase, maravilhado, encantado, enlevado. Também é o que foi causado por êxtase ou que envolve êxtase.
Exemplo do Houaiss: "forte emoção extática".
Estático, com "s", é o que está parado, imóvel, sem movimento; ou sem atividade, paralisado.
Exemplos do Houaiss: "ficou estático, em estado contemplativo, a meditar".
Extático e estático são homônimos: a pronúncia é idêntica, mas o significado não.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO
(12/8/2015)
"Convém não confundir.
Adágio é frase popular, curta e anônima, na qual se dá um conselho fundado na experiência; é o mesmo que ditado, provérbio e rifão.
Ex.:
Nem tudo o que reluz é ouro.
Quem tudo quer tudo perde.
Aforismo é frase breve, muitas vezes sem verbo, que encerra uma verdade geral ou uma observação sutil.
Ex.:
Cada macaco no seu galho.
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Cada cabeça, cada sentença.
Máxima é mensagem breve e sábia de autor quase sempre conhecido; é o mesmo que pensamento.
Ex.:
"De três coisas precisam os homens: prudência no ânimo, silêncio na língua e vergonha na cara." (Sócrates)"
A dica de hoje foi transcrita da obra Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações na forma.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/8/2015)
Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para a saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinante.
Por Exemplo:
Esta água é boa para a saúde.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(14/8/2015)
ADVERSÁRIO E INIMIGO
"Convém não confundir.
Adversário é o que está em disputa contra outra pessoa, é o oponente; podem ser até muito inimigos, ou irmãos fraternais, como o caso das irmãs norte-americanas, campeãs de tênis.
Pronuncia-se àdversário, embora muitos digam "adiversário",
Inimigo é aquele que odeia a outro, procurando sempre lhe fazer mal, destruí-lo, se possível, como acontece principalmente nas guerras."
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
A dica de hoje bem que poderia ser distribuída, por exemplo, em estádios de futebol, a motoristas de trânsito, em locais de trabalho, ...
As irmãs norte-americanas a que o autor se refere são Serena Williams e Venus Williams, conhecidas como as irmãs Williams.
Belo exemplo.
Zé do Pedal é, aparentemente, uma pessoa comum como qualquer um de nós. No entanto, quando o conhecemos um pouco mais, percebe-se que é um ser humano que faz a diferença. Viajou muito pelo mundo de bicicleta, sempre com significativas bandeiras: câncer, fome das crianças na Etiópia, fome das crianças no Nordeste, água no planeta, cegueira evitável.
Atualmente sua bandeira é: Cruzada pela Acessibilidade. Como forma de reforçar a necessidade de o mundo prestar mais atenção a pessoas com dificuldades motoras, partiu de Uiramutã, em Roraima, com destino ao Chuí, no Rio Grande do Sul.
Ele faz o caminho a pé e empurra uma cadeira de rodas.
Nesta semana passou por Curitiba. Ao conceder entrevista a uma rede de TV, explicou um pouco sobre a sua trajetória e brindou a todos com a seguinte frase:
"O mundo que eu quero depende de mim."
Obrigado, Zé do Pedal. Se existe "o cara", esse cara é você.
Vida longa, leve e feliz para você, admirável ser humano.
MATÉRIA COMPLETA - COM SOM.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17.8.2015)
Para os que estão se aventurando a conhecer ou rever conceitos da nossa gramática, conjunção é palavra invariável que liga dois termos ou duas orações. As conjunções podem ser coordenativas ou subordinativas. A classificação depende da relação que elas estabelecem.
As coordenativas ligam elementos que, ao serem isolados um do outro, não perdem o sentido. As subordinativas, por sua vez, ligam elementos que não podem ser separados, pois a separação acarreta perda de sentido. É sobre as conjunções coordenativas adversativas que desejo falar.
A vírgula e as conjunções adversativas
As adversativas expressam sentido de adversidade, de contrariedade ou de oposição entre um argumento e outro. Algumas delas são: mas, porém, todavia, contudo, entretanto e no entanto. Quando as orações forem introduzidas por conjunções adversativas, obrigatoriamente elas deverão ser antecedidas por vírgula. Isto é, a vírgula deve surgir antes da conjunção. Como nos exemplos abaixo:
A aeronave é bonita, entretanto é obsoleta.
Gostaria de jogar basquete, mas sou baixinha.
O pai brigou com a filha, contudo pagou-lhe a mesada.
Percebia-lhe os defeitos, no entanto simpatizava com ele.
Podem sair, porém voltem às cinco.
Trabalho muito, todavia amo o que faço.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/a-virgula-e-as-conjuncoes-adversativas/
(18/8/2015)
"Sem o acento grave no a, quando a distância for indeterminada ou desconhecida:
Os guardas observaram a manifestação popular a distância.
Ponha-se a distância!
Quero ver essa gente a distância.
Mesmo quando existem adjetivos, não se usa acento:
Ponha-se a grande distância!
Quero ver essa gente a boa distância.
Acompanhei o espetáculo a razoável distância.
Quando a distância for determinada ou conhecida, o acento no a será de rigor:
Os guardas observaram a manifestação popular à distância de cem metros."...
Outro exemplo de uso da expressão sem acento é educação a distância.
Observações:
1 - o "a" utilizado nos exemplos trata-se de preposição.
2 - a palavra distância pode ser precedida do "a" artigo.
Neste caso, o "a" artigo varia de acordo com a palavra distância, que é um substantivo:
A distância entre Curitiba - PR e Boa Vista - RR é muito grande.
As distâncias que separam algumas cidades brasileiras são imensas.
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações na forma e inseriu outras informações.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/8/2015)
ALTO é o contrário de BAIXO. Pode ser adjetivo ou advérbio.
Exemplos:
"Ele é um homem alto.” (x homem baixo – adjetivo);
“O som estava muito alto.” (x som baixo – adjetivo);
“O diretor sempre falava alto.” (x falava baixo – advérbio);
AUTO é prefixo de origem grega e significa “a si próprio, a si mesmo”. Tem uma ideia reflexiva. O automóvel foi assim chamado porque “movia a si próprio” ( = dispensava a tração animal).
Autocontrole é ter o controle de si mesmo. Autodidata é o que aprende sozinho, ensina para si mesmo.
Portanto, é impossível “você fazer a autobiografia do seu melhor amigo”. E é redundante “você fazer a autobiografia de si mesmo”. Ou você faz a sua autobiografia ou você faz a biografia do seu melhor amigo.
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GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(20/8/2015)
É constante a confusão que ocorre no uso dos dois sinais gráficos. Embora em quase todos os casos só se use o hífen (-), é conveniente conhecer os casos de uso de cada um desses sinais.
O Hífen ( - ) é um sinal usado para ligar os elementos de palavras compostas, para unir pronomes átonos a verbos e para, no fim da linha (translineação), separar uma palavra em duas partes.
Exemplos: couve-flor, beija-flor, chamaram-me, vê-lo-ei.
O Travessão ( — ) é o sinal de pontuação empregado na escrita para separar frases, substituir parênteses e evitar a repetição de termo já mencionado. Serve também para destacar palavras ou expressões, ou para desempenhar a função de parênteses. Além, é claro, de iniciar frases em diálogos. Observa-se que é maior que o hífen.
Exemplos:
Não trataremos mais desse assunto — e isso ficou bem claro na reunião de gestores.
Os servidores — exceto José das Couves — participaram da excelente palestra ministrada pelo Deuber.
Para saber mais:
HÍFEN
TRAVESSíO
A dica de hoje foi elabora pela Sefaz/ES.
A Esat efetuou adaptações.
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(21/8/2015)
Capicua: "Grupo de algarismos que, lidos da esquerda para a direita, ou vice-versa, dão o mesmo número."
Exemplos: 111, 787, 1001.
Há quem associe a existência de capicuas a boa sorte.
Existem capicuas raras e outras raríssimas.
As datas que formam capicuas são raras. Há treze anos, tivemos uma: 20 02 2002. Naquele dia, quarta-feira, a leitura da esquerda para a direita e da direita para a esquerda resultava na mesma data. Na oportunidade, uma rede de TV fez referência ao fato.
No mesmo dia, aconteceu uma capicua raríssima: associação entre data e horário.
Vejamos: 20h02min de 20.02.2002. Quando usamos apenas os algarismos, fica assim: 20 02 20 02 2002.
Em ambos os casos, é bem verdade, "força-se" um pouquinho, pois, para seguir rigorosamente o que ensinam as gramáticas, as unidades não devem ser precedidas de zero quando se grafam datas e horas.
Exemplos:
20h02min (inadequado);
20h2min (adequado);
20.02.2002 (inadequado)
20.2.2002 (adequado).
No entanto, como a prática em inúmeras vezes distancia-se das normas gramaticais, podemos considerar os exemplos como "consagrados pelo uso". Aí fica tudo certo!
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Site www.supercuca.blogspot.com.br
Data da consulta: 21/8/2015.
Horário: 7h40.
Para saber mais, navegue pela internet. Há muitas curiosidades sobre o assunto.
Pensamento atribuído a Sêneca:
"Raros são aqueles que decidem após madura reflexão;
os outros andam ao sabor das ondas e, longe de se conduzirem, deixam-se levar pelos primeiros."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
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(24/8/2015)
“Estou à disposição”.
Para provar que há crase (preposição “a” + artigo definido feminino “a”), basta substituir a palavra feminina (=disposição) por uma masculina (=dispor): “Estou ao dispor” (ao corresponde a à).
É interessante lembrar que o uso do acento indicativo da crase é facultativo antes dos pronomes possessivos femininos: “Estou à sua disposição ou a sua disposição” (= ao seu dispor ou a seu dispor). Se, no entanto, a ausência do acento causar ambiguidade, ele deverá ser utilizado; com isto haverá contribuição para a clareza, característica imprescindível na redação.
A dica do hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
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(25/8/2015)
Para qualquer significado de RUBRICA, a grafia correta da palavra é sem acento tônico no u. Rubrica é uma palavra paroxítona e por isso a pronúncia correta é "rubríca" e não "rúbrica". Portanto, escrever e dizer rúbrica é um erro.
Rubrica significa assinatura abreviada de alguém ou pequena anotação. A palavra provém do latim rubrica, que se refere a "rubro, vermelho".
Nos manuscritos antigos e códices, rubrica designava a letra ou a linha inicial de um capítulo escrita em vermelho. Os títulos dos livros de Direito Civil são designados como rubrica. Antigamente os títulos desses livros eram escritos em vermelho.
O termo rubrica também designa um pequeno comentário escrito que tem a função de orientação de algo que está sendo executado ou de um lembrete para uso posterior. As rubricas são usadas nos roteiros de cinema ou teatro para indicar gestos ou movimentos dos atores, em pautas musicais ou em textos litúrgicos, para orientar as celebrações. Rubrica também corresponde a uma anotação em vermelho, nos livros religiosos, para orientação litúrgica.
Na indústria, rubrica é uma argila avermelhada utilizada como corante ou como polimento. Esse material é também usado em pinturas ou gravuras de aspecto tosco. Antigamente os carpinteiros usavam o almagre para marcarem a madeira antes de serrarem. De igual forma, em tempos antigos, essa argila avermelhada também era usada em feridas para estancar o sangue.
Em tipografia, rubrica designa a alteração feita na chapa tipográfica para ser aproveitada posteriormente em outro trabalho.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
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(26/8/2015)
As palavras “perca” e “perda” são parônimas, ou seja, a grafia e a pronúncia são semelhantes, porém possuem sentidos diferentes. Por este motivo, há alguma confusão quanto ao seu emprego.
Devemos, portanto, nos atentar ao significado de ambas:
Perca é uma forma verbal, flexão do verbo “perder”. Aparece na primeira e terceira pessoas do SINGULAR do presente do subjuntivo (modo que representa suposição, hipótese, conjectura) e na terceira pessoa do singular do imperativo.
a) Não perca essa promoção! (3.ª pessoa do singular do imperativo);
b) Você não quer que eu perca o avião, não é ?(1.ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
c) Não quero que ele perca essa chance! (3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
Perda é um substantivo usado quando se tratar de uma situação em que se perdeu alguma coisa ou alguém.
a) No acidente, houve perda total.
b) A saída dele foi uma grande perda.
c) Conviver com você foi uma perda de tempo.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
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(27/8/2015)
Damos o nome de locução verbal à sequência de dois ou mais verbos usada para referir a um mesmo sujeito.
Veja:
Terras indígenas podem sofrer impacto da exploração de petróleo.
➥ podem sofrer é uma locução verbal e se refere a um único sujeito: terras indígenas.
Perceba que:
(1) apenas o primeiro verbo faz a concordância com o sujeito, ou seja, é flexionado, conjugado: podem. Verbos que sofrem flexão nas locuções são chamados de auxiliares. Os auxiliares exprimem uma ideia acessória, além do modo, tempo, pessoa e número do sujeito.
(2) o segundo verbo da sequência não sofre flexão. Permanece no infinitivo, forma nominal do verbo que exprime apenas o estado ou a ação sem designar tempo, modo, número ou pessoa. Verbos que permanecem inalterados são chamados de principais. Os principais expressam a verdadeira ação verbal.
Essa estrutura será sempre assim, independentemente do verbo que estiver sendo auxiliar ou principal.
Observe , agora, estes exemplos:
Bares e restaurantes em funcionamento sem a apresentação de alvará devem ser interditados.
Políticos denunciados devem ser afastados.
Praias estão impróprias para banho devem ser evitadas.
Devem ser foi devidamente empregado nessas construções, pois se trata de uma locução verbal. E, como vimos, o verbo auxiliar concorda com o sujeito em modo, tempo, pessoa e número; e o principal permanece inalterado, isto é, não sofre flexão.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/devem-ser-ou-devem-serem/
(28/8/2015)
As expressões “ao encontro de” e “de encontro a”
Veja como devem ser utilizadas as expressões ao encontro de e de encontro a:
“Ao encontro de” é o mesmo que:
– “estar de acordo com”:
Suas ideias vão ao encontro das minhas.
[=estão de acordo com as minhas]
– “em direção a”:
Iremos ao encontro dele.
[=em direção a ele]
– “favorável a”:
As mudanças vão ao encontro dos objetivos da empresa.
[=são favoráveis à empresa]
– “para junto de”:
As crianças foram ao encontro dos pais.
[=foram para junto dos pais]
“De encontro a” é o mesmo que:
– “contra”:
Nadaram de encontro à correnteza.
[= contra a correnteza]
– “em oposição a”:
Houve manifestos manifesto de encontro às medidas anunciadas.
[=em oposição às medidas anunciadas]
– “chocar-se com”:
O carro foi de encontro ao muro.
[= chocou-se com o muro].
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/as-expressoes-ao-encontro-de-e-de-encontro-a/
(31/8/2015)
No sentido de em razão de, por causa de, devido sempre será acompanhado da preposição a. Essa relação entre um verbo e um termo que o complementa, estabelecida através de uma preposição, é chamada de regência verbal.
Se após essa expressão surgir um substantivo feminino, ocorrerá a crase. Haja vista que a crase é a junção de duas vogais idênticas. Veja estes exemplos:
A cheia que afeta o Lago Guaíba devido à forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul começa a diminuir.
Duas cidades entraram em situação de emergência devido à estiagem.
A funcionária foi demitida devido às falhas constantes no atendimento.
Note que, para saber fazer o uso da crase, é preciso saber verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo (pronome também). Ou seja, é necessário dominar a regência, tanto a verbal quanto a nominal.
Ao redigir, fique ligado nesse vocábulo que, de tão usual, ninguém lhe dá a atenção necessária!
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/a-crase-e-a-palavra-devido/
Foram feitas adaptações pela Esat.
(1°/9/2015)
A correta grafia de horas
As formais mais comuns de grafar as horas que podem e devem ser seguidas em cartazes, convites, convocações, jornais, sentenças e coisas do gênero são as seguintes:
(1) Hora redonda:
1 hora – 2 horas – 3 – 4 horas – 5 horas…
A reunião será às 8 horas. Ou
1h – 2h – 3h – 4h – 5h – 6h – 7h – 8h…
A reunião será às 8h.
Observe: sem espaço ente o número e o h, sem s e sem ponto!
(2) hora quebrada:
1h20min – 2h30min – 4h40min – 5h50min – 7h15min
O início da palestra está marcado para 19h30min. Ou
1h20 – 2h30– 4h40 – 5h50 – 7h15
O início da palestra está marcado para 19h30.
A grafia por extenso se reserva para convites formais, como o de casamento:
A cerimônia será realizada às vinte horas do dia vinte de novembro de dois mil e quinze.
Porém é totalmente aceitável nos dias de hoje optar pelas formas mais comuns.
A grafia com dois pontos, por fim, é usada em áreas especificas, como em anotações de voo, competições e programações com horário em sequência:
08:00h – 10:00h – 17:00h…
Não use esta última grafia em textos formais. Esta é usada em áreas especificas, somente.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/a-correta-grafia-de-horas/
(2/9/2015)
Observe esta frase:
A torta é fácil de se fazer.
Há um erro nela: o “se” (índice de indeterminação do sujeito) é dispensável.
Esta é a regra: se o “se” vier junto ao infinitivo não pronominal, elimine-o!
Segue a frase corrigida:
A torta é fácil de fazer.
Outro exemplo:
Há várias maneiras de combater as formigas em casa. (E não “de se combater“)
fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/se-mais-infinitivo/
(3/9/2015)
Conceitualmente, ponto-final, ponto de exclamação e ponto de interrogação são os sinais que devem ser seguidos por maiúsculas. Dois-pontos, bem como ponto-e-vírgula, é um sinal de pontuação interna e só será seguido obrigatoriamente de maiúscula quando:
1. Houver citação:
Segundo Shakespeare: “O que agrada de ser adulado é digno do bajulador”.
2. Houver substantivo próprio:
Convidei para noivado quatro amigas: Adriana, Fernanda, Renata e Isabela.
• Se a enumeração for subdividida, e as alíneas forem pequenas, a inicial permanece minúscula:
Os alimentos se dividem em três grupos:
1) energéticos;
2) construtores;
3) reguladores.
• Contudo, se as alíneas constituírem verdadeiros períodos, o recomendado é usar maiúscula:
Os alimentos se dividem em três grupos:
1) Os energéticos, que conferem mais disposição ao organismo, ideais para quem pratica algum esporte, são basicamente as gorduras e os açúcares.
2) Os construtores, responsáveis pela “construção” do nosso organismo. Ou seja, que estão sempre trabalhando para renovar e fortalecer o nosso corpo.
3) Os reguladores, que regulam atuam sobre o sistema imunológico, regulam a digestão, a circulação sanguínea e proporcionam o bom funcionamento dos intestinos, pois são ricos em fibras.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/
(4/9/2015)
Isso mesmo: a sequência “como” mais “por exemplo”, usada para dar exemplo a respeito do que já foi citado, tem um quê pleonástico. Ou seja, é redundante. Isso porque “como” e “por exemplo” desempenham a mesma função: a de anunciar o exemplo. Veja:
Há várias formas de ajudar o próximo, como doar cobertores. (Adequado)
Há várias formas de ajudar o próximo, por exemplo, doar cobertores. (Adequado)
Há várias formas de ajudar o próximo como, por exemplo, doar cobertores. (Redundante)
Em textos formais, em que a abordagem deve ser objetiva, pleonasmos devem ser evitados.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/a-sequencia-como-mais-por-exemplo-consiste-em-um-pleonasmo/
(9/9/2015)
“Etc.”é abreviatura de “et cetera”, expressão latina que significa “e outras/demais coisas”, “e assim por diante”.
Como já apresenta o elemento “e” em sua forma original, o “etc.” não deve ser usado com tal conectivo (e).
Não se deve empregar “etc…”, ou seja, “etc” com reticências. Professor Cláudio Moreno explica: “… um excesso injustificável, uma vez que ambos são recursos utilizados para o mesmo fim: sinalizar a nosso leitor que a enumeração que estamos apresentando não é exaustiva, apenas exemplificativa”.
Em virtude do conectivo “e” implícito, há gramáticos que consideram o uso da vírgula antes de “etc.” um erro.
Por outro lado, há gramáticos que veem a pontuação como elemento necessário. Para estes, o “etc.” tornou-se um elemento enumerativo. Por essa razão, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, VOLP, apresenta o “etc.” precedido de pontuação.
Exemplo:
Para estudar, procure um lugar agradável que não tenha qualquer tipo de distração, como computador, celular, televisão, etc.”.
Por fim: não use “etc.” quando fizer referência a pessoas. Lembre-se do seu sentindo: “demais coisas”.
Em final de frase, o ponto não deve ser duplicado. Ou seja, permanece apenas o ponto que acompanha “etc”.
Fonte: dicasdiariasdeportugues.com.br/como-usar-etc/
Foram efetuadas adaptações pela Esat.
(10/9/2015)
Novo livro de Leandro Narloch e Duda Teixeira desconstrói mitos da América Latina e combate visão 'esquerdista' sobre os fatos. A dupla tenta desmistificar os principais heróis da esquerda latino-americana, como o revolucionário mexicano Pancho Villa, o presidente socialista chileno Salvador Allende e o guerrilheiro argentino Che Guevara.
Desmistificar e desmitificar: as palavras são formalmente parecidas, mas têm significados diferentes.
“Desmistificar” significa “destituir o caráter místico ou misterioso de algo”. Citado como exemplo desse uso no dicionário “Aulete”, temos o seguinte trecho, extraído de obra de João Ubaldo Ribeiro: "...no que desmistificomais um pouco a suposta possessão dos escritores pelas musas” (in: “Diário do Farol”).
Como “mistificar” também significa “enganar”, “desmistificar” pode assumir o sentido de “desmascarar” (“desmistificar um charlatão”, por exemplo).
“Desmitificar”, por sua vez, vem de “mito” e significa “destituir algo ou alguém de seu caráter de mito, de seus aspectos lendários”. Nesse sentido, diz-se que alguém “desmitificou um personagem histórico”, por exemplo.
O verbo admite ainda, como extensão desse sentido, o significado de “banalizar” (“desmitificar a figura do educador” é o exemplo proposto no dicionário “Houaiss”).
No fragmento em questão, fica claro que a ideia seria “desmitificar”, não “desmistificar”. No texto introdutório, o redator explica que os autores do livro desconstroem mitos da América Latina. Desconstruir mitos é desmitificar.
Veja, abaixo, o fragmento corrigido:
Novo livro de Leandro Narloch e Duda Teixeira desconstrói mitos da América Latina e combate visão 'esquerdista' sobre os fatos.
A dupla tenta desmitificar os principais heróis da esquerda latino-americana, como o revolucionário mexicano Pancho Villa, o presidente socialista chileno Salvador Allende e o guerrilheiro argentino Che Guevara.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/desmistificar-e-desmitificar.jhtm / Thaís Nicoleti
(11/9/2015)
A par significa:
1 – Lado a lado, junto um do outro; par a par:
Durante toda maratona, as velocistas corriam a par.
2 – Ao mesmo tempo:
Fazia seu trabalho escolar e, a par, escutava música.
3 – Bem informado:
Estou a par da briga de vocês.
Ao par:
Muito utilizada em assuntos econômicos , essa expressão indica equivalência de valor entre duas moedas:
O real já não está ao par do dólar.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/a-par-ou-ao-par-quando-empregar-cada-expressao/
(14/9/2015)
Bom dia
Usamos sem hífen como saudação, não importando a circunstância (escrevendo uma carta, um bilhete, um e-mail, etc.).
Exemplos:
Bom dia, amigos!
Bom dia, querida professora! Seguem anexas minhas resenhas.
Bom-dia
Usamos quando a expressão tem função substantiva. É sempre acompanhada de um determinante (artigo, pronome, numeral e adjetivo).
Exemplos:
Deu-me um bom-dia sem graça.
[a expressão está sendo acompanhada do artigo indefinido um].
Nesse caso, tem até plural: bons-dias.
Já estava cansada daqueles bons-dias cheios de segundas intenções.
Fonte de consulta:
Site: dicasdiariasdeportugues.com.br
Data e horário da consulta: 14/9/2015, às 17h35.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(15/9/2015)
"Convém não confundir.
Abstêmio é o que não ingere álcool.
Abstinente é quem evita voluntariamente não só álcool, mas qualquer outra coisa que possa causar algum prazer.
Quem não toma nem mesmo cerveja é abstêmio; os católicos são abstinentes de carne na Sexta-Feira Santa, e os padres são, em princípio, abstinentes sexuais."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/9/2015)
Alface
Do árabe al-khaç, al-khass, que nomeava uma erva que supostamente continha propriedades medicinais.
A palavra árabe que deu origem ao alface na língua portuguesa veio substituir o termo latino para a mesma leguminosa – lactuca.
Adolescente
A palavra "adolescente" vem do particípio presente do verbo em latim adolescere, que significa "crescer". Já o particípio passado adultus deu origem à palavra "adulto". Em português, as palavras seriam equivalentes a "crescente"e "crescido", respectivamente. Apesar de consideramos a fase da adolescência uma "invenção sociológica" relativamente recente, a palavra adolescente é cerca de cem anos mais antiga do que a palavra adulto.
Cesariana
O nome desta cirurgia, infelizmente tão frequente no Brasil, é associado ao grande imperador romano Júlio César, que teria nascido desta maneira. Sabe-se, no entanto, que a Medicina antiga só utilizava este recurso quando não havia mais esperança de salvar a mãe, mas Aurélia, a mãe de César, viveu o bastante para vê-lo adulto. Outra hipótese é a de que o nome venha do decreto imperial (ou "cesáreo") que determinava que o corpo de uma mulher grávida morta não podia ser enterrado até que o bebê fosse dela separado.
Crucial
A origem desta palavra, que tem o mesmo significado e a mesma ortografia em inglês e português, é a palavra crux do latim (crucis no genitivo). O uso desta palavra com o sentido de decisivo, crítico é uma metáfora criada em 1620 pelo escritor e filósofo inglês Francis Bacon. A metáfora refere-se não à cruz, símbolo do cristianismo, mas ao cruzamento, à encruzilhada formada por duas estradas que se cruzam e onde viajantes, não familiarizados com o caminho, teriam que tomar uma decisão "crucial", que afetaria drasticamente seu destino.
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e horário da consulta: 16/9/2015, às 10h10min
A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
Conta-se:
Ludwig van Beethoven é considerado um dos grandes gênios da música.
Conta-se que, certa vez, foi visitar um dos seus irmãos, Franz, que era muito rico.
Ao abrir a porta, o mordomo da casa teria entregue um cartão para Beethoven com os seguintes dizeres:
"Franz van Beethoven, proprietário de terras."
Ao ler aquilo, Beethoven teria escrito no verso do cartão:
"Ludwig van Beethoven, proprietário de um cérebro."
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
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(17/9/2015)
"Convém não confundir.
Gentílico é o nome que se refere a raças e povos: latino, germânico, vândalo, israelita, semita, visigodos, etc.
Pátrio é o nome que se refere a lugar: israelense, romano, alemão, turco, brasileiro, etc."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Para acessar todas as dicas, clique em efaz.fazenda.intranet.pr.gov.br/modules/faq/
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
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(17/9/2015)
Você lembra o que é particípio? São formas como "falado", "beijado", "bebido", "esquecido". Há verbos que têm dois particípios. Na hora de escolherem entre um e outro, as pessoas comumente ficam em dúvida.
Dois exemplos: o verbo "salvar" tem dois particípios, "salvo" e "salvado". O verbo "entregar" também: "entregado" e "entregue".
Vejamos , então, as duas formas de particípio: longo – que termina em “-ado” ou “-ido” (regular) e curto (irregular).
O particípio longo, como salvado e entregado, é usado quando o verbo auxiliar é "ter" ou "haver".
Exemplos: O servidor havia entregado o processo.
O Bombeiro foi homenageado por ter salvado a criança.
Os particípios curtos, irregulares, como "salvo" e "entregue", são usados quando o verbo auxiliar é "ser" ou "estar".
Exemplos: O processo foi entregue.
A criança foi salva.
Essa regra vale apenas para verbos que têm dois particípios. Nos verbos com um único particípio, não há escolha. O verbo "fazer", por exemplo, tem um só particípio.
Não se diz "Eu tinha fazido a comida", e sim "eu tinha feito a comida".
Cuidado com o verbo "chegar": apesar de muitos dizerem erroneamente: "Eu tinha chego", na língua culta o particípio desse verbo é "chegado".
Em situações formais, diga e escreva sempre "Eu tinha chegado".
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(21/9/2015)
Segundo o conceituado dicionário Caldas Aulete, óptica é a parte da física que trata da luz e fenômenos da visão. Pode ser também o estabelecimento que vende ou fabrica instrumentos ópticos, e especialmente óculos e lunetas. O dicionário Aurélio acrescenta a origem: do grego optiké. O opticista é o especialista em óptica.
A verdade, porém, é que, hoje em dia, praticamente todas as ópticas são chamadas de óticas. Será que está errado?
Não. Os nossos dicionários registram a forma ótica como variante de óptica.
A dúvida se deve ao sentido original de ótico: relativo ao ouvido. Vem do grego otikós. Daí a otite, que é a inflamação do ouvido; a otalgia, que é a popular dor de ouvido. O otologista é o médico especializado em doenças do ouvido. Otorrino é abreviação de otorrinolaringologista, que é o especialista em ouvido, nariz e laringe.
Por fim, de onde vem o termo oftalmo? Vem do grego ophthalmo, que significa “olho”. A oftalmologia é o ramo da medicina que estuda os olhos em todos seus aspectos. É sinônimo de oculística. Assim sendo, um oftalmologista ou oftalmólogo é sinônimo de oculista.
Resumindo: a palavra óptica só pode ser usada para os fenômenos da visão e ótica pode ser sinônimo de óptica ou relativo ao ouvido.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(22/9/2015)
"É assim que se grafa tal palavra, que teria surgido em virtude de uma caça que fizeram dois amigos, no fundo, no fundo, não lá muito amigos.
Ao adentrarem a floresta, um começou a falar com o outro, com visível má intenção:
- Se mecê topasse agora com uma baita de uma onça, o que fazia, cumpade?
- Eu pegava a espingarda e mandava chumbo nela!
- E se o tiro faiasse, cumpade?
- Se o tiro faiasse, eu saía correno!
- E se ela também saísse correno atrais, cumpade?
- Bem, se ela saísse correno atrais, eu trepava na primeira árvores que encontrasse .
- E se ela trepasse tamém, cumpade?
- Bem, aí, eu pulava daquela arve pra otra.
- E se ela pulasse tamém, cumpade?
Percebendo que a intenção do "amigo" era obrigar a onça a devorá-lo, pergunta, finalmente, o acuado caçador:
- Péra aí, culega: afinar, mecê é meu amigo ou é amigo da onça?
Diz-se que foi assim que teria surgido a palavra amigo-da-onça (naturalmente, com hífen), espécime que se encontra em todos os lugares, para todos os gostos. Principalmente muito perto de nós..."
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário.
Dica do dia
(23/9/2015)
É de conhecimento da maioria – ou pelo menos deveria ser – que a conjunção “mas” é obrigatoriamente precedida de vírgula quando equivale a “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia”.
Exemplos:
Gostaria de jogar basquete, mas sou baixinha.
Eram poucos os casos na enfermaria, mas eram todos graves.
A vírgula , no entanto, poderá ser dispensada quando “mas” fizer parte de uma locução que soma ideias:
Ela era não só bonita mas também inteligente.
Não só traiu mas também mentiu.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/sempre-se-usa-virgula-antes-do-mas/
(24/9/2015)
“Sofrível” não tem nada a ver (observe: “nada a ver” – com “a” e tudo separado) com “algo ruim” ou
com “algo que faz sofrer”.
“Sofrível” significa que algo é tolerável, suportável:
A dor do parto é sofrível.
[Ou seja, é tolerável, suportável]
O termo dá ideia também de que algo não é muito bom, mas é aceitável:
O filme era sofrível. Consegui assistir a ele até o fim.
Importante: “assistir” não admite o pronome oblíquo “lhe” como complemento, mesmo sendo
indireto. Por isso a construção “a ele”.
Pode ser empregado também no sentido de “insignificante”:
Tirei uma nota sofrível em matemática.
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/sofrivel-e-ruim-nao-confunda-esses-termos/
(2/10/2015)
Provavelmente o termo inglês ampersand não seja muito conhecido, mas seguramente é bastante conhecido o sinal gráfico que recebe esse nome: &.
Pois é, o sinal & está muito presente na língua portuguesa e equivale à conjunção "e". No Brasil, é conhecido como e comercial.
Vejamos o que diz Luiz Antonio Sacconi a respeito:
"Nome inglês do sinal & equivalente de e: Casa Grande & Senzala, Casseta & Planeta. Pronuncia-se émpersènd."
Ao clicar no link a seguir, você terá acesso a informações contidas na enciclopédia livre Wikipédia: AMPERSAND
De acordo com o serviço telegramática, da Prefeitura de Curitiba, o livro A casa da mãe Joana traz diversas informações a respeito do sinal &. Uma delas é que a grafia original do & era Et e a transformação teria acontecido pela forma não sempre legível da grafia, pois o "E" e o "t" por vezes eram escritos como se fossem uma coisa só.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Enciclopédia livre Wikipédia.
Serviço telegramática da Prefeitura de Curitiba.
Fone: (41) 3218-2425.
Pensamento atribuído a Gibran Khalil Gibran:
"A simplicidade é o último degrau da sabedoria."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat). Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/10/2015)
Há uma diferença considerável entre as locuções à medida que e na medida em que. Basta atentarmos para o fato de que à medida que se aplica quando nos referimos à ideia de proporção, ao passo que na medida em que à ideia de causa ou condição.
Vamos analisar as três frases abaixo:
1 - À medida que se estuda, mais se amplia o conhecimento.
2 - O corte no orçamento é injusto, na medida em que afeta principalmente a classe trabalhadora.
3 - O último portão só deverá ser aberto na medida em que efetivamente ajudar a aumentar o fluxo dos visitantes.
A primeira das frases nos remete ao sentido de proporção; a segunda, de causalidade; a terceira, de condição.
O método prático para se saber qual locução usar é o seguinte: substitua as referidas locuções por à proporção que, desde que (ou pois ou porque) e se. Vamos fazer as substituições na ordem apresentada:
1 - À proporção que se estuda, mais se amplia o conhecimento.
2 - O corte no orçamento é injusto, pois afeta principalmente a classe trabalhadora.
3 - O último portão só deverá ser aberto se efetivamente ajudar a aumentar o fluxo dos visitantes.
Sempre que puder usar à proporção que, use à medida que (e não na medida em que). Por sua vez, sempre que puder empregar se ou pois ou porque, use na medida em que (e nunca na medida que nem à medida que). Não existe a locução na medida que.
Ficou demonstrado, portanto, que as substituições não alteraram o sentido das frases originais, de modo que as locuções foram devidamente aplicadas.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(6/10/2015)
A palavra só pode se adjetivo ou advérbio. Essa distinção nos permite saber quando se pode usar o plural e quando o termo fica invariável.
Com o sentido de sozinho, “só” é adjetivo, portanto, concorda com o nome a que se refere:
“ele está só”,
“eles estão sós”,
“isso, por si só, explica”,
“essas coisas, por si sós, explicam”).
Quando o sentido for o mesmo de apenas ou somente, estaremos diante do advérbio “só” – termo invariável.
Assim:
“Eles só sairão amanhã cedo”,
“Elas só queriam entender a questão”.
Feita essa distinção, passemos a outro problema. O advérbio “só” tem valor restritivo, o que torna relevante a posição em que se encontra na frase.
Observemos as seguintes construções:
1. Eles só trarão os documentos amanhã (mas não os assinarão).
2. Eles trarão só os documentos amanhã (não as fotos).
3. Eles trarão os documentos só amanhã (não hoje).
A posição do “só” (considerado um “advérbio impróprio” ou uma “palavra denotativa de exclusão”) evidencia o termo que é modificado por ele.
Em (1), incide sobre o verbo (só trarão, não farão outra ação).
Em (2), incide sobre o substantivo (só os documentos, não outro objeto).
Em (3), incide sobre o advérbio (só amanhã, não outro dia).
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(7/10/2015)
"Convém não confundir.
Antecessor é o que precede imediatamente.
Predecessor é o que foi antes do antecessor e todos os outros para trás.
O Papa pode, assim, rezar por intenção do seu antecessor e, depois, por intenção de seus predecessores.
Lula teve como antecessor, na Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso; seus predecessores foram Sarney, Itamar, Figueiredo, Collor, etc."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou ajustes na forma de apresentação.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(8/10/2015)
Alergia
Do grego allos e ergon, que significa “atividade de um corpo estranho”.
A palavra alergia é relativamente nova. Foi criada em 1906 pelo pediatra e cientista austríaco Clemens von Pirquet (1874 – 1929), que ficou historicamente conhecido pelos seus estudos na área de imunologia e bacteriologia.
Pirquet utilizou duas palavras de origem grega para criar o temo que nomearia o conceito de alergia: allos, que significa “estranho” ou “alheio”; e ergon, que quer dizer “reação” ou “trabalho”.
Assim, alergia seria a reação do corpo à presença de um organismo estranho ou alheio.
Para a medicina, o conceito de alergia se aproxima bastante do seu significado etimológico, pois consiste em uma reação (de forma exagerada) do organismo à ação de alguma substância, medicamento, vírus, etc.
O termo alergia teria entrado para a língua portuguesa através da versão alemã allergie.
Alforria
Do árabe al-hurriya, que significa “a condição de homem livre”.
Na língua portuguesa, a palavra alforria teria surgido a partir do termo árabe al-hurriya, que era utilizado no sentido de explicar a “liberdade que é inerente a todos”.
No Brasil, durante o final do século XIX, o sistema escravocrata chegava ao fim pela concessão das Cartas de Alforria – documentos que atestavam a condição de homem livre aos (até então) escravos.
Muitas palavras presentes na língua portuguesa derivam de termos árabes, sendo a maioria delas começadas com o prefixo “al”, que na língua árabe é interpretado como um artigo (“o” ou “a”, por exemplo).
Açúcar
Do sânscrito sakkar ou sarkara, que significa “grãos de areia”, “grãos doces” ou “areia grossa”.
A palavra açúcar surgiu na língua portuguesa através do latim succarum. No entanto, este termo seria proveniente do árabe sukkar / al-sukkar, que por sua vez deriva do persa shakar.
A raiz etimológica de açúcar estaria na realidade no idioma sânscrito – língua clássica falada na Índia – Sarkara, que se referia aos “grãos de areia” ou a “pedra moída”, semelhante ao aspecto do açúcar quando preparado.
Os indianos teriam sido os primeiros a cultivarem a cana-de-açúcar, aproximadamente 6 mil anos a.C, para fins medicinais ou como um tempero.
Antigamente, o açúcar era considerado uma iguaria bastante exótica. O mais comum era adoçar os alimentos ou bebidas com mel.
Na língua portuguesa, o termo “açúcar” se escrevia sem o acento agudo até meados do século XIV.
Aniversário
Do latim anniversarius, que quer dizer “o que volta anualmente”.
A palavra aniversário se originou a partir deste termo latino, formado a partir da junção de annus, que significa “ano”, e versus ou vertere, que é traduzido por “voltar”, “regressar”.
Assim sendo, anniversarius tinha o significado de “aquilo que volta todos os anos”.
Alguns etimologistas defendem que a verdadeira origem do termo estaria no latim anno conversus, que também significaria “o que volta todo ano”.
Inicialmente, as comemorações dos aniversários eram reservadas para as pessoas das classes de elite ou aos deuses.
Na Grécia Antiga, por exemplo, tinha-se o costume de homenagear anualmente a deusa da caça Artemis, com um bolo de mel e velas.
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e horário da consulta: 8/10/2015, 7h30.
A Esat efetuou ajustes nos textos.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(13/10/2015)
Quite é um adjetivo e, por conseguinte, concorda com o nome a que se refere. Varia em número (singular e plural), mas não varia em gênero (masculino e feminino).
De acordo com o Aurélio, significa "Que saldou suas contas; livre de dívida; desobrigado; quitado; desembaraçado."
Exemplos:
Maria está quite com João, pois acabou de pagar a ele o que devia.
João e Maria estão quites com os seus credores.
Estou quite com o serviço militar.
Estamos quites com a professora.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(14/10/2015)
"Palavra formada por analogia com bacharelando (de bacharelar-se), doutorando (de doutorar-se), formando (de formar-se) e graduando (de graduar-se).
Como não existe o verbo "odontolar-se", não há como aceitar esta palavra que, no entanto, vai se firmando, assim como agronomando e farmacolando.
A propósito, a forma vestibulando já está consagrada. O uso generalizado causa o fato linguístico."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(15/10/2015)
A palavra crase tem origem no grego krásis, que significa fusão, junção.
A crase está presente na evolução de algumas palavras da língua portuguesa. Seguem dois exemplos: leer evoluiu para ler; door evoluiu para dor.
A crase mais estudada por nós é aquela em que a preposição "a" se funde com o artigo "a" ou com o "a" inicial das palavras aquela(s), aquele(s), aquilo. Nestes casos, a fusão dos dois "as" é representada por "à".
Vou à praia. ( Vou a a praia)
Referimo-nos àquilo que você afirmou. (Referimo-nos a aquilo que você afirmou)
Digamos àqueles gestores que seus projetos foram premiados. (Digamos a aqueles gestores que seus projetos foram premiados)
Observa-se que a crase (a + a) é representada por "à" ("a" com acento grave). Costumeiramente, chamamos o acento grave de crase: Coloque a crase no "a"; Este "a" leva crase; Aquele "a" é craseado.
Isto já está consagrado. Vale dizer, no entanto, que o acento grave não é a crase, mas é o sinal que, na linguagem escrita, indica a existência da crase.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/10/2015)
A dica de hoje aproveita dois textos do livro Dicas da Dad - português com humor. Ambos foram adaptados.
Texto 1
Etc. tem ponto no final, não tem? Sim, tem.
E se o ponto do etc. coincidir com o ponto do fim da frase? Sem problema. Fique com um só.
Seguem exemplos:
Comprei laranja, maçã, pêssego, abacaxi etc.
A vírgula antes do etc. é facultativa, ou seja, a frase poderia se escrita assim:
Comprei laranja, maçã, pêssego, abacaxi, etc.
Texto 2
Numa enumeração, a ausência do "e" significa etc.
Sério mesmo?
Sério.
Perceba a diferença:
Gosto de cinema, teatro e literatura. (só aprecio as três diversões)
Gosto de cinema, teatro, literatura. (além das citadas, aprecio outras diversões)
A segunda frase pode ser escrita assim:
Gosto de cinema, teatro, literatura, etc. (além das citadas, aprecio outras diversões)
Dois pensamentos relativos à arte de escrever.
Pensamento atribuído a William Strunk Jr.
"A prosa vigorosa é concisa. A frase não deve ter palavras desnecessárias,
nem o parágrafo frases desnecessárias."
Pensamento atribuído a Fábio Lucas.
"Na escrita, tal como no parto, dá-se a vida a um corpo externo, de duração
mais duradoura que a do corpo gerador."
Fonte: Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ). Adaptações efetuadas pela Esat.
(19/10/2015)
Os pronomes de tratamento designam a forma respeitosa de dirigir-se às autoridades civis, militares e eclesiásticas. Utilizar um pronome de tratamento apropriado significa tratar com deferência e distinção um superior hierárquico.
Alguns exemplos:
Vossa Excelência – tratamento utilizado em comunicações às autoridades de Estado (civis, judiciárias ou militares). O vocativo aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor seguido do cargo que representa.
Vossa Eminência – utilizado em comunicações aos cardeais, sendo o vocativo correspondente: Eminentíssimo Senhor Cardeal.
Vossa Magnificência - empregado em comunicações aos reitores de universidades. O vocativo é Magnífico Reitor.
Foi abolido o termo “Digníssimo” (DD) por se tratar de um pronome que apenas reforça a dignidade de alguém que ocupa um cargo público, não sendo necessária a sua repetição.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(20/10/2015)
"Convém não confundir.
Vultoso é enorme, elevado, de grande vulto: vultosa quantia, vultosa recompensa, vultoso empréstimo, vultosas despesas.
Vultuoso é inchado: lábios vultuosos, face vultuosa."
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(21/10/2015)
Os verbos acima não possuem “i” no seu infinitivo, assim como em “raptar”, "captar", "interceptar", repugnar", "pugnar", "estagnar", "consignar", "dignar" etc.
Deve-se ler “resigna”, "impugna” e “designa” como se lê “digna” ou “maligna”.
Deve-se ler “impregna” e “impregnam” com força no “e” da sílaba “preg”.
Exemplos: "Essas coisas se imprÉgnam na roupa".
Assim, na primeira pessoa, deve-se pronunciar:
Eu de-sig-no
Eu im-preg-no
Eu im-pug-no
Nem pensar em colocar o famoso U e transformar nas horrorosas palavras: impreguina, desiguina e impuguina. Risque isso do seu vocabulário.
Lembre-se da regrinha básica: Quando uma consoante não tem apoio de vogal, deve ficar com a sílaba anterior. E isso não deve ser só na escrita, mas na pronúncia também!
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(22/10/2015)
Segundo o novo acordo ortográfico, a forma correta é CREEM.
Os verbos CRER, DAR, LER e VER (=grupo CRÊ-DÊ-LÊ-VÊ) fazem o hiato “-EEM” na terceira pessoa do plural:
Ele crê - eles CREEM
Que ele dê - Que eles DEEM
Ele lê - eles LEEM
Ele vê - eles VEEM
Os verbos derivados do grupo CRÊ-DÊ-LÊ-VÊ seguem a mesma regra: eles descreem, releem, preveem…
Antes da reforma ortográfica, havia acento circunflexo no primeiro “e”: crêem, dêem, lêem, relêem, prevêem… Esse acento gráfico foi abolido. A forma oficial agora é: creem, deem, leem, releem, preveem…
Cuidado com o pretérito perfeito do indicativo do verbo CRER: eu CRI, tu CRESTE, ele CREU, nós CREMOS, vós CRESTES, eles CRERAM.
A conjugação completa do verbo CRER está em CONJUGA-ME
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou alterações.
Fonte: SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO
(23/10/2015)
Ululante é algo que ulula, que grita, que berra.
Ulular vem do latim ululatus, que é o uivo, o som emitido por cães, um ganido prolongado para ameaçar alguém, ou chamar atenção.
Ululante popularizou-se pelo escritor Nelson Rodrigues, que escreveu um livro chamado Óbvio ululante, no ano de 1950.
A expressão "óbvio ululante” significa uma coisa tão clara e óbvia, que está “na cara” e as pessoas não enxergam.
Algo óbvio é algo evidente. Óbvio ululante é mais ainda, é algo que está “gritando” para ser percebido.
A dica de hoje foi apresentada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou alterações.
Pensamento atribuído a Chico Xavier.
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
Exame vestibular é, à luz da etimologia, exame que se presta à porta de uma faculdade, para se saber se pode entrar ou não.
Com o uso frequente e o passar do tempo, omitiu-se o substantivo exame, e o adjetivo vestibular se substantivou, fato linguístico bastante comum."...
Exemplo:
O vestibular é um momento decisivo na vida dos estudantes.
No universo jurídico, usa-se a expressão peça vestibular, que significa petição inicial.
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Foram efetuados complementos e adaptações pela Esat.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(26/10/2015)
Há certas palavras que, quando ouvidas ou lidas, causam alguma estranheza, parecem estar incorretas.
Seguem quatro exemplos:
Carimbagem: Substantivo feminino. Ato ou efeito de carimbar.
Apesar de tanta tecnologia colocada à disposição, a carimbagem de documentos ainda está presente em vários locais de trabalho.
Dação: Substantivo feminino. Ato de dar, restituição. Entrega de uma coisa em pagamento de outra que se devia.
Aquele imóvel foi ofertado em dação de pagamento para quitação das dívidas existentes.
Debalde: Advérbio. Inutilmente, em vão.
Viajamos debalde, pois não encontramos aquilo de que necessitávamos.
Desfazimento: Substantivo masculino. Ato de desfazer.
O cliente solicitou o desfazimento do negócio, haja vista que o bem adquirido apresentou grafe defeito.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(28/10/2015)
Não há segredo na pluralização de palavras terminadas em "r":
o mar - os mares
seu saber - seus saberes
a dor - as dores
bela mulher - belas mulheres
este mártir - estes mártires
Como se observa, basta acrescentar "es" no final.
Mas, e o plural da palavra qualquer?
Pois é, este é um caso particular, pois se trata de palavra composta (qual + quer) e seu plural é quaisquer.
Por quê?
Porque para a pluralização leva-se em consideração o processo de formação dessa palavra composta: o plural de qual é quais; quer é verbo e não tem plural.
Assim, "Não leia livros quaisquer", "Não ande com pessoas quaisquer".
Fonte de consulta:
O dia-a-dia da nossa língua.
Autor: Pasquale Cipro Neto.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(29 e 30/10/2015)
A dica de ontem, 29/10, deixou de ser enviada. Hoje haverá duas.
Eis a primeira (dica 387).
"Convém não confundir.
Translúcido é que deixa passar a luz, mas não permite perfeita visão do que está do outro lado; é o mesmo que jateado e fosco: vidro translúcido.
Transparente é o corpo além do qual os objetos aparecem e podem ser vistos nitidamente, é o corpo que tem a propriedade de transmitir os raios de luz através de sua substância (em oposição a opaco): plástico transparente."
Esta dica foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Eis a segunda (dica 388).
Alguém já ouviu falar em amor avuncular ou conselho avuncular?
É provável que não, pois o adjetivo avuncular não é muito conhecido.
Agora, em amor materno e conselho paterno todo mundo já ouvir falar, não é mesmo?
Pois é, avuncular tem a ver com o irmão (a irmã) do seu pai ou da sua mãe em relação ao você, ou seja, tem a ver com tio e tia.
Como assim?
Vamos lá: da mesma forma que materno e paterno sãos adjetivos correspondentes aos substantivos mãe e pai respectivamente, avuncular é o adjetivo correspondente aos substantivos tio e tia.
Portanto, amor de tio e de tia é dito amor avuncular.
Pensamento atribuído a Auguto Cury
"Ser ator ou atriz principal no teatro da vida não significa não falhar ou não chorar, mas ter habilidade para refazer caminhos, coragem para reconhecer erros,
humildade para enxergar nossas limitações e força para deixar de ser aprisionado pelos pensamentos pessimistas e emoções doentias."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(4/11/2015)
Apesar de semelhantes na grafia, não devemos confundir terráqueo e terrário.
Terráqueo é quem ou o que habita o planeta Terra ou deste é proveniente. Em algumas acepções tem o mesmo significado de terrestre.
Terrário é a instalação, especialmente nos jardins zoológicos, provida de terra, saibro, rochas, plantas etc., para criação ou exposição de aracnídeos, moluscos, répteis, roedores. Os terrários buscam imitar o hábitat desses animais.
Grande abraço a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/11/2015)
Depende do verbo.
ARREIA é do verbo ARREAR (= pôr os arreios).
Exemplo: “Ele arreia o cavalo”.
ARRIA é do verbo ARRIAR (= abaixar, fazer descer)
Exemplo: “Ele arria as calças.”
Os verbos terminados em “– ear” são irregulares (= fazem o ditongo “ei” quando a sílaba tônica cai sobre a vogal “e”): eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam, que eu arreie.
Os verbos terminados em “– iar” são regulares (= não fazem o ditongo “ei”): eu arrio, tu arrias, ele arria, eles arriam, que eu arrie.
Os verbos do grupo do MARIO – iniciais m – a – r – i – o (mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e o verbo intermediar, que é derivado) são as exceções, pois são irregulares (= fazem o ditongo “ei”):
eu medeio, anseio, remedeio, incendeio, odeio e intermedeio.
Assim, tratando do verbo ARRIAR, usa-se arria (ele arria) e, tratando do verbo ARREAR, usa-se arreia (ele arreia).
A dica de hoje foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO
(6/11/2015)
Absurdo
A palavra absurdo, cognata em muitas línguas, é um termo que veio da música. O seu original em latim significava "fora do tom ou de harmonia". Foram os romanos os responsáveis por começar a usar a palavra com o sentido figurativo que conhecemos hoje.
Desastre
Do latim dis + aster, astrum, que significa “mau”, “contrário”, “inadequado” + “astro”.
Mas suas raízes etimológicas são anteriores e apontam para a Antiguidade greco-latina.
A palavra desastre, cognata em várias línguas (disaster em inglês, desastre em espanhol e disastro em italiano), surgiu da combinação do prefixo latino dis (oposto, contrário) com a palavra aster, astrum.
Logo, a palavra representaria uma desgraça ocasionada por uma influência negativa ou danosa dos astros.
Com a transição do latim para o idioma português, a relação que a palavra tinha com os astros se perdeu, ficando apenas a ideia de “um acontecimento calamitoso que provoca grande prejuízo ou dano”.
Uma curiosidade marca o primeiro desastre automobilístico no Brasil, envolvendo dois escritores: o poeta Olavo Bilac (1865 - 1918) pediu emprestado o automóvel do célebre orador abolicionista José do Patrocínio (1854 - 1905) e o destruiu numa batida.
Solução
A palavra solução vem da palavra latina solutio, que carrega o sentido de decompor, dissolver, derreter e dissipar. O problema tem de sofrer todo um trabalho de análise e divisão para ser compreendido e, por fim, resolvido.
Palavra
Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.
Na língua portuguesa, a palavra “palavra” se originou a partir do latim vulgar paraula, que por sua vez tem origem do latim clássico parabola, que quer dizer “fala” ou “discurso”.
No entanto, a raiz etimológica do latim parabola está no termo grego parabole, que pode ser traduzido como “comparação”. Este termo é composto a partir da junção de para, que quer dizer “ao lado”, e ballein, que significa “atirar” ou “jogar”.
Assim, parabole tinha o sentido de comparação entre duas ou mais coisas dispostas uma ao lado da outra.
As histórias contadas por Jesus Cristo ficaram conhecidas como parábolas. Normalmente eram histórias de cunho moral, que serviam de comparação com determinada situação da vida real.
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 6/11/2015, às 7h40.
Foram efetuadas adaptações no texto relativo ao termo palavra.
Pensamento atribuído a Carlos Drummond de Andrade:
"O cofre do banco contém apenas dinheiro; frustra-se quem pensa que lá encontrará riqueza."
Grande abraço e bom fim de semana.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(9/11/2015)
Qual é a pronúncia correta: titaník ou titânik?
Vejamos o que diz o gramático Luiz Antonio Sacconi.
"Transatlântico inglês que afundou na viagem inaugural. Não pronuncie à francesa: titaníqui,"...
..."mas a verdadeira pronúncia desta palavra inglesa é taiténik. O que mais me amofina é o fato de todos pronunciarem direitinho Nike, Sprite, Hilux,"...
Nunca é demais repetir: palavras estrangeiras devem ser lidas de acordo com a sua língua de origem."...
A pronúncia correta, portanto, não é titaník nem titânik, mas taiténik.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de pronúncia correta e do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa. Luiz Antonio Sacconi é o autor dessas obras.
Pensamento para iniciar a semana:
As palavras são importantes, mas a melhor maneira de ensinar Ética é pelas atitudes, pelas ações, pelos exemplos.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(10/11/2015)
"Convém não confundir.
Fosforescente é o que desprende luz por ter absorvido radiação emitida de outra fonte. Certas algas marinhas são fosforescentes.
Fluorescente é o que é dotado de fluorescência, propriedade de uma substância de se tornar luminosa quando exposta a raios ultravioleta ou a raios X: lâmpada fluorescente."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de Dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(11/11/2015)
"Convém não confundir.
Solilóquio é a fala de uma pessoa a si mesma, para não ser ouvida por ninguém. As crianças, quando brincam sozinhas, fazem longos solilóquios, penetram num mundo desconhecido dos adultos: é a pureza d'alma.
Monólogo é a mesma fala, porém para ser ouvida por alguém. Trata-se de uma forma dramática para extravasar pensamentos e emoções. Há inúmeras peças teatrais que apresentam monólogos. Famoso é o Monólogo das mãos."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(12/11/2015)
"Passou o Natal. O réveillon se foi. Agora é vez de sombra e água fresca. Xô, escola! Xô, trabalho! Xô, seriedade! As férias pedem passagem. Com elas, uma exigência. A palavra tem uma mania. Só se usa no plural. Artigo, adjetivos, pronomes e verbos a ela relacionados vão atrás. Concordam com a boa-vida:
Minhas férias escolares estão mais curtas a cada ano.
Vão longe as férias que passei no Recife.
Felizes férias, Maria!"
"Outros invejaram a excentricidade do substantivo férias. Batem pé e exigem o plural. É caso de anais, antolhos, arredores, cãs, condolências, exéquias, fezes, núpcias, óculos, olheiras, pêsames, víveres.
Os naipes do baralho também foram picados pelo pecadinho. Só se usam como o essezinho final: dama de copas, rei de espadas, dois de ouros, nove de paus."
A dica de hoje foi extraída do livro Mais Dicas da Dad - português com humor, cuja autora é Dad Squarisi.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/11/2015)
A grafia correta é superstição, com um "s" entre o "r" e o "t".
De acordo com o Aurélio, superstição é:
"Sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes. Crendice."
"Crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos."
Uma superstição é acreditar que sexta-feira 13 é um dia de azar. Para ilustrar a dica de hoje, segue texto sobre o assunto.
SEXTA-FEIRA 13
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Site: www.brasilescola.com
Data e hora da consulta: 13/11/2015, às 8h
Para descontrair:
Quando questionados sobre o fato de acreditarmos ou não em superstições, muitos assim respondemos: "Acreditar eu não acredito, mas é melhor não abusar." (mais ensaboado e em cima do muro é impossível!)
Porque hoje é sexta-feira 13, porque o fim de semana está próximo, porque o bom humor deve estar sempre presente, segue frase encontrada na carroceria de uma caminhão:
"Evite olho gordo, use colírio diet."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/11/2015)
Liberdade: Do Latim LIBERTAS, “condição do que é livre”, de LIBER, “livre, sem amo”. E esta vem do indo-europeu LEUDHEROS, “pertencente ao povo”, de LEUDHO-, “povo”.
Igualdade: Do latim AEQUALITAS, “igualdade”, de AEQUALIS, “idêntico, uniforme”, de AEQUUS, “parelho, justo”.
Fraternidade: Do latim FRATERNITAS, “irmandade”, de FRATER, “irmão”.
O mundo quer, necessita de, precisa encontrar, deseja viver em:
paix
francês
paz
português
peace
inglês
paz
espanhol
평화
coreano
frieden
alemão
pace
italiano
和平
chinês (simplificado)
和平
chinês (tradicional)
խաղաղություն
armênio
sülh
arzeibajano
friður
islandês
शान्ति
nepalês
ειρήνη
grego
мир
búlgaro
平和
japonês
fred
dinamarquês
tentrem
javanês
vrede
holandês
barış
turco
IMAGINE
(vídeo com som)
Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje
Imagine não existir países
Não é difícil de fazer
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só
Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade do Homem
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo
Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só
Fontes de consulta:
Sites: www.diconarioetimologico.com.br, origemdapalavra.com.br, translate.google.com.br, letras.mus.br.
Data e hora da consulta: 16/11/2015, entre 7h45 e 8h30
Grande abraço e muita PAZ a todos.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17/11/2015)
A segunda forma é a correta.
Milionário é aquele que possui milhões.
Apesar de a palavra "milhão" ser escrita com "lh", milionário não é derivado de milhão, mas sim da palavra francesa millionnaire.
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(18/11/2015)
Quando o sujeito for o pronome relativo “que”, o verbo deve concordar com o antecedente:
“Fui eu que fiz”;
“Foste tu que fizeste”;
“Foi ele que fez”;
“Fomos nós que fizemos”;
“Fostes vós que fizestes”;
“Foram eles que fizeram”;
“Este é o empregado que fez o trabalho”;
“Estes são os empregados que fizeram o trabalho”.
Com o pronome “quem”, normalmente a concordância é feita na 3.ª pessoa do singular:
“Fui eu quem fez o trabalho”, ou seja, “Quem fez o trabalho fui eu”.
"Foram eles quem fez o trabalho", ou seja, "Quem fez o trabalho foram eles."
Vale ressaltar, no entanto, que alguns autores aceitam duas opções:
“Fui eu quem fiz o trabalho” (concordância com o antecedente "eu") ou
“Fui eu quem fez o trabalho” (verbo concorda com o pronome "quem", ou seja, fica na 3.ª pessoa do singular).
"Fomos nós quem convidou para a festa" ou
"Fomos nós quem convidamos para a festa".
"Foram os vizinhos quem organizou a reunião" ou
"Foram os vizinhos quem organizaram a reunião"
No Brasil, a preferência é:
verbo concorda com o antecedente quando este está no plural (= Fomos nós quem fizemos o trabalho);
verbo fica na 3.ª pessoa do singular quando o antecedente está no singular (= Fui eu quem fez o trabalho).
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES.
A Esat efetuou adaptações.
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(19/11/2015)
"Significa refúgio, proteção, guarida. Toma-se geralmente à má parte. Ou seja, o termo se aplica a vagabundos de toda a sorte: bandidos, ladrões, sequestradores, etc. Forma-se da terceira pessoa do presente do subjuntivo do verbo valer (valha) + o substantivo couto (= lugar onde um criminoso se abriga, para não poder ser alcançado pelo braço da justiça).
Nos primórdios do cristianismo, a bandidagem tinha o hábito de cometer seus crimes e, depois, buscarem proteção nas igrejas contra a polícia, que era proibida de de entrar para efetuar as prisões. Tais abrigos ilícitos passaram a ser conhecidos pelo nome valhacoutos. Hoje, no entanto, as igrejas já não se prestam a esse tipo de proteção, longe de ser divina.
Podemos dizer, em sentido figurado, que a imunidade parlamentar não pode fazer do congresso um valhacouto para bandidos, conforme afirmou, certa vez, com muita propriedade, respeitável e conhecido articulista de um dos nossos mais importantes jornais."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/11/2015)
"Percentagem ou porcentagem? Tanto faz. A palavra agrada a gregos e troianos. Você prefere percentagem? Use-a. Acha porcentagem mais charmosa? Bom proveito.
Mas atenção para o adjetivo. Só existe percentual, filhote da percentagem. Porcentagem é estéril, não tem derivados.
E a concordância? Como fica o verbo em construções como 10% da população, 1% dos palestrantes, 20% da turma? Singular ou plural?
Na língua, como na vida, ninguém apronta uma só vez nem com uma só pessoa. A percentagem fez concessão no nome. Faz também na concordância.
O verbo pode concordar com o número ou com o nome:
Dez por cento da população votou (concorda com população) ou votaram (com com dez).
Um por cento dos presentes saiu (concorda com um) ou saíram (concorda com presentes).
"Então, conclui você, "na concordância com percentagem vale tudo. Não precisa nem pensar". Alto lá, precipitado. Vale quase tudo.
Outro dia, apareceu esta construção no Correio: "30% das pessoas prefere azul". Certo? A concordância pode-se fazer com o número ou o nome que o acompanha. Ora, o número é 30, plural. O nome, pessoas, plural. Então não há saída: só o plural tem vez.
Veja este outro caso: 1% da população está indecisa. O número é 1, singular. O nome é população, singular. Eis outro caso sem escolha. Singular ou singular.
Há mais. Às vezes o número percentual se cansa de andar sozinho. Convida o artigo ou o pronome para acompanhá-lo. Aí, pronto. Fica fortíssimo. Com ele ninguém pode.
A concordância se fará só com o numeral:
Uns 8% da população ganham acima de 10% dólares.
Os 10% do corpo docente mais qualificado abandonaram a escola.
Este 1% de indecisos definirá o resultados das eleições.
Deu para entender? Se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come."
É isso. O mundo está cheio de pessoas indecisas. A gramática, que é do mundo, não fica atrás. Está cheia de construções indecisas. Mas, de vez em quando, uns e outros se cansam de acender uma vela para Deus e uma para o diabo. Tomam partido. É o caso da concordância com percentagem. Ou percentagem."
A dica de hoje foi extraída do livro Dicas da Dad - português com humor, cuja autora é Dad Squarisi.
Para reflexão dos que convivem com pessoas no mundo corporativo, ou seja, todos nós:
O profissional e o humano são indissociáveis.
Grande abraço e bom fim de semana.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/11/2015)
Forma incorreta Forma correta
Vou no supermercado > Vou ao supermercado
Cheguei no curso às 9h > Cheguei ao curso às 9h
Ela namora com o Pedro. > Ela namora o Pedro.
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(24/11/2015)
Todo = Qualquer
Ele realiza todo trabalho que se solicita (= qualquer trabalho);
Toda mulher merece carinho (= todas as mulheres merecem carinho);
Todo país tem seus problemas (= qualquer país, todos os países)
Todo o = inteiro
Ele realizou todo o trabalho. (= o trabalho inteiro)
Haverá vacinação em todo o país. (= no país inteiro).
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(25/11/2015)
No sentido de em razão de, por causa de, devido sempre será acompanhado da preposição a. Essa relação entre um verbo e um termo que o complementa, estabelecida através de uma preposição, é chamada de regência verbal.
Se após essa expressão surgir um substantivo feminino, ocorrerá a crase. Haja vista que a crase é a junção de duas vogais idênticas.
Veja estes exemplos:
A cheia que afeta o Lago Guaíba devido à forte chuva que atingiu o Rio Grande do Sul começa a diminuir.
Duas cidades entraram em situação de emergência devido à estiagem.
A funcionária foi demitida devido às falhas constantes no atendimento.
Note que, para saber fazer o uso da crase, é preciso saber verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo (pronome também). Ou seja, é necessário dominar a regência, tanto a verbal quanto a nominal.
Ao redigir, fique ligado nesse vocábulo que, de tão usual, ninguém lhe dá a atenção necessária!
Fonte: http://dicasdiariasdeportugues.com.br/a-crase-e-a-palavra-devido/
(26/11/2015)
Fazer é verbo impessoal quando indica tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Ou seja, quando o verbo fazer é empregado nessas concepções, não há um sujeito que concorde com ele. A ação que ele exprime não pode ser atribuída a nenhuma pessoa gramatical. Por essa razão, fazer se flexiona apenas na 3ª pessoa do singular.
Exemplos indicando tempo decorrido:
Ontem, fez seis meses que parei de fumar.
[observe: FEZ, e não FIZERAM]
Faz dez anos que se casaram.
[observe: FAZ, e não FAZEM]
Exemplos indicando fenômeno meteorológico:
No Brasil, faz verões intensos.
[observe: FAZ, e não FAZEM]
Faz belas manhãs naquela ilha.
[FAZ, e não FAZEM]
Fonte: dicasdiariasdeportugues.com.br/quando-o-verbo-fazer-e-impessoal/
(27/11/2015)
Fonte:https://www.facebook.com/DicasDiariasdePortugues/photos/pb.273040079377116.-2207520000.1448624004./1172221612792287/?type=3&theater
Relativamente à presente dica, é importante esclarecer que há uma situação em que se coloca o acento denotativo da crase diante de palavra masculina: quando está implícita diante da palavra masculina a expressão "a moda de".
Exemplos:
Minha tia adora filé à Osvaldo Aranha.
Sapatos à Luiz XV faziam parte do seu vestuário.
Logo na estreia, o jovem jogador fez um gol à Pelé.
(30/11/2015)
Segue a forma correta de grafar algumas palavras de acordo com a norma culta. Não raramente, usa-se grafia diferente, registrada entre parênteses nesta dica.
Aerossol (Aerosol. Esta forma é inadequada.)
Aterrissagem (Aterrizagem. Esta forma está registrada no Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.)
Descarrilar e Descarrilhar. (Ambas as formas estão corretas. Há indicação de preferência pela primeira.)
Terraplenagem (Terraplanagem. Esta forma está registrada no Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.)
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Dicionário de pronúncia correta.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/12/2015)
As palavras “perca” e “perda” são parônimas, isto é, possuem grafia e pronúncia semelhantes. É bem provável que, por este motivo, sua utilização gere dúvidas.
Entendamos o significado de ambas:
Perca é uma forma verbal, ou seja, flexão do verbo “perder”.
Aparece na primeira e terceira pessoas do singular do presente do subjuntivo e, na terceira pessoa do singular do imperativo.
Exemplos:
a) Não perca tempo, trabalhe! (terceira pessoa do singular do imperativo).
b) Não queremos que ela perca essa oportunidade! (terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo)
Perda é um substantivo que significa, dentre outras coisas, se privar de alguém ou de algo.
Exemplos:
a) Esperamos que não haja perda de documentos nesta mudança.
b) A servidora está triste, pois a perda do cargo a abalou muito.
c) Se aquele condômino renunciar ao cargo de síndico, haverá grande perda, pois é íntegro, organizado e sabe posicionar-se com firmeza sem ser agressivo.
CONJUGAÇíO
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
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GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(2/12/2015)
A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras. Quando uma palavra não é pronunciada corretamente, comete-se cacoépia.
DOLO
A Expressão é originária do latim dolus e significa ato criminoso cometido consciente e deliberadamente.
A vogal tônica deve ser aberta em português (dó e não dô).
Alguns gramáticos consagrados confirmam a informação acima, como podemos observar:
Domingos Paschoal Cegalla refere que a pronúncia da vogal tônica do mencionado vocábulo é aberta, "como em solo".
Em idêntico modo de pensar, também entende que seu timbre é aberto o renomado Luiz Antonio Sacconi.
Em perfeita harmonia com os autores já citados, Cândido Jucá (filho) aponta-lhe, como pronúncia correta, o timbre aberto (ó).
Conclusão: deve-se pronunciar "dólo".
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(3/12/2015)
Otelo Reis, em seu Breviário da Conjugação dos Verbos da Língua Portuguesa, indispensável para resolver dúvidas sobre conjugação verbal, observa que os verbos terminados em echar devem ser pronunciados com som fechado: fêcho, fêchas, fêcha, e não fécho, féchas, fécha. (Observe-se que o acento gráfico foi aqui posto por questões didáticas, para fixar o som, embora não exista na grafia).
Essas mesmas observações valem para a pronúncia dos verbos apetrechar, bochechar, desfechar, flechar, etc.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
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(4/12/2015)
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
E a vida
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!
E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor
Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita
Viver
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita
VÍDEO (COM SOM)
"Em tudo há um exemplo." Oração tão curta e com tanto significado. Sim, em tudo há um exemplo. Às vezes exemplo a ser seguido. Às vezes exemplo a ser evitado.
De acordo com um dicionário, "Aprendiz é aquele que aprende ofício ou arte". Em interpretação livre, podemos dizer que aprendiz é aquele que tem o que aprender, que está disposto a aprender, que aprende. As lições, os ensinamentos nos são ofertados a todo momento. Sejamos sempre aprendizes. Aprender é evoluir.
Grande abraço e até breve.
Equipe da Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/1/2016)
Pode parecer que não, mas a grafia está correta, ou seja, com acento agudo no "u": multiúso.
A colocação do acento pode gerar dúvida, pois a palavra uso não possui acento quando grafada sozinha: "Eu uso roupas discretas" (uso = verbo); "É necessário fazer uso correto dos recursos públicos" (uso = substantivo).
Por que, então, multiúso tem acento?
A explicação é a seguinte: "multi" termina com a vogal i; "uso" inicia com a vogal u. Em multiúso, as vogais i e u formam um hiato e isto exige o acento.
Reúso segue a mesma lógica.
Vale lembrar que há hiatos que exigem o acento e outros que não exigem.
Com acento: saúde, saída, faísca, país, reúne.
Sem acento: moinho, perdoa, voo, deem.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/1/2016)
"A festa dos Maciel durou três dias", foi o título da página 11 do Correio do dia 17. Maciel deveria ir para o plural?
A regra diz que os nomes próprios não têm privilégios. Flexionam-se como os comuns: os Andradas, os Silvas, os Castros. Quem não se lembra de Os Maias, de Eça de Queirós?
Mas há casos - a própria gramática reconhece - em que o plural descaracteriza o nome. O sobrenome Val, por exemplo, faria o plural Vales.
Como agir? Se o nome termina em vogal, acrescente s (os Cavalcantis). Se por consoante, não o pluralize (os Maciel, os Bacelar). Também não pluralize os nomes duplos e os estrangeiros: os Cavalcanti Proença, os Thatcher."
A dica de hoje foi extraída do livro Dicas da Dad - português com humor, cuja autora é Dad Squarisi.
A pluralização dos nomes próprios é controversa e não há unanimidade entre os estudiosos. O link abaixo traz mais informações a respeito:
AQUI
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat).
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/1/2016)
"É esta a combinação perfeita, equivalente de se porventura, e não "se caso" (redundância), comum na língua popular.
Se acaso eu não puder ir, irá meu filho.
Se acaso você vir minha filha, dê-lhe o recado!
Se acaso chover, tire a roupa do varal!
Acaso, aqui, equivale a por acaso, porventura."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat).
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(7/1/2016)
As expressões "isto é" e "ou seja" devem ser grafadas entre vírgulas nas orações.
Exemplos:
O cãozinho adoeceu e perdeu três quilos, ou seja, dez por cento de sua massa corporal.
O corpo fala, isto é, os movimentos corporais compõem o processo comunicativo.
Não confundir com:
Isto é muito bonito.
Isto = sujeito
é = verbo
Seja bom ou seja ruim, deveremos...
ou = conjunção
seja = verbo
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat).
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(8/1/2016)
"Figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale quem fala ou escreve, para comunicar à expressão mais força e colorido, intensidade e beleza." (Domingos Paschoal Cegalla)
"São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas." (www.soportugues.com.br)
"As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade (...) ao discurso. As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilísticas do autor. " (...) (pt.slideshare.net)
Hoje trataremos de EUFEMISMO, figura de linguagem classificada como FIGURA DE PENSAMENTO. De acordo com Domingos Paschoal Cegalla, "Figuras de pensamento são processos estilísticos que se realizam na esfera do pensamento, no âmbito da frase. Nelas intervêm fortemente a emoção, o sentimento, a paixão."
O mesmo autor nos ensina que eufemismo "Consiste em suavizar a expressão de uma ideia molesta, substituindo o termo exato por palavras ou circunlocuções menos desagradáveis ou mais polidas."
Exemplos:
Aquele sujeito obteve dinheiro de forma ilícita. (= roubou, furtou)
Meu grande amigo partiu desta para melhor. ( = morreu)
Minha vovó virou uma estrelinha ( = morreu)
Aquele servidor faltou com a verdade. ( = mentiu)
Ser desprovido de beleza não é um problema. Problema é ser desprovido de bom caráter. (= feio)
Frase atribuída a Paulo Freire:
"É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática."
Grande abraço e bom fim de semana.
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(11/1/2016)
Hoje trataremos de IRONIA, figura de linguagem classificada como FIGURA DE PENSAMENTO. De acordo com Domingos Paschoal Cegalla, ironia "É a figura pela qual dizemos o contrário do que pensamos, quase sempre com intenção sarcástica."
Exemplos:
Vejam só que roupa maravilhosa ele está usando! (horrível, imprópria)
Parabéns, vocês fizeram um excelente serviço. (muito ruim)
"Vejam os altos feitos destes senhores: dilapidar os bens do país e fomentar a corrupção!"
"A ironia pode ser percebida por meio do tom de voz de quem a profere, por alguma característica gestual ou pelo contexto em que ela se manifesta."
É necessário bastante cuidado para utilização dessa figura de linguagem, pois é comum que se sinta ofendido aquele que é alvo de ironia. Se for necessário criticar, poderemos utilizar eufemismos, não ironia.
Para saber mais sobre ironia, clique no link abaixo.
AQUI
Fonte de consulta:
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa
Autor: Domingos Paschoal Cegalla.
Grande abraço a todos.
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(12/1/2016)
Roraima
Do ianomâmi roro imã, que de acordo com determinadas fontes significa "montanha trovejante".
Paraná
Do tupi mparanã (literalmente, "rio largo", referência ao mar), por causa da largura do rio Paraná.
Tocantins
Do tupi tukan (tucano) + tin (nariz), donde bico de tucano, em referência à confluência dos rios Araguaia e Tocantins, que tem um formato curvo que lembra o bico da ave; a região também é chamada de "Bico do Papagaio".
Paraíba
Do tupi pará (rio) + ayba (ruim; no sentido de impróprio à navegação) ou então pará + yba[ka] (céu) ("rio do céu", provavelmente metáfora para "céu azul").
Maranhão
A partir da grafia hispânica Marañón, cognato de mparanã (em tupi, "rio largo", ou seja, mar), em referência ao rio Amazonas, tão largo que de uma margem não se avista a outra. Marañón era como os espanhóis se referiam a toda a bacia amazônica no período colonial. Em português também se apelida o rio Amazonas como "rio-mar". Apesar de o atual Maranhão não abranger o Amazonas, o nome recai sobre o estado porque, entre 1621 e 1709, todo o norte do Brasil foi agrupado sob o Estado do Maranhão, com capital em São Luís, a partir de uma iniciativa da administração espanhola sob a União Ibérica.
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 12/1/2016, às 10h25.
Grande abraço a todos.
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(13/1/2016)
Normalmente coloca-se o sufixo "íssimo" para identificar o grau superlativo dos adjetivos: forte / fortíssimo, nova / novíssima, limpo / limpíssimo, correto / corretíssimo.
Observa-se que ocorre a subtração da última vogal da palavra original e o acréscimo do sufixo "íssimo".
Vejamos o que diz Dad Squarisi no livro Dicas da Dad - português com humor sobre os adjetivos terminados em "io".
(...) "Uma das observações do professor deixou o futuro parlamentar encantado. Trata-se do supersuper: o superlativo que dobra o i. Coisa rara. Só cinco ou seis adjetivos têm esse poder. Quais?
Cafu não sabia. Como quem não quer nada, foi à biblioteca. Olha daqui, vasculha dali, descobriu. Heureka? Os que têm dose dupla do i terminam em io no masculino.
A gramática dava seis exemplos:
- sério - seriíssimo
- sumário - sumariíssimo
- frio - friíssimo
- precário - precariíssimo
- macio - maciíssimo
- necessário - necessariíssimo
Atenção, muita atenção. Não se confunda. Os terminados em eio não têm nada com isso. São vira-latas:
- cheio - cheíssimo
- feio - feíssimo" (...)
Grande abraço a todos.
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(14/1/2016)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada. Poderá haver mais de um acento: o de indicação da sílaba tônica, que estará sublinhada, e o de indicação de pronúncia aberta ou fechada); mais abaixo, comentários, exemplos.
Somali
somalí
Relativo à Somália ou natural desse país.
Não devemos pronunciar somáli.
Soquete
soquéte
Meia de cano curto.
Soquete
soquête
Soco dado com pouca força. Peça usada para calcar a pólvora e a bala dentro do canhão. Qualquer ferramenta usada para calcar terra. Receptáculo com rosca interna on de se encaixa a lâmpada.
Subsídio
subssídio
Apoio ou ajuda financeira. Auxílio de qualquer ordem. Vencimentos (salário). Elementos, informações, dados.
Não devemos pronunciar subzídio.
Fonte de consulta:
Tudo sobre Português Prático.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(15/1/2016)
Por vezes, os vocábulos endividado e inadimplente são usados como se fossem sinônimos. Isto não é correto.
Endividado é aquele que possui dívidas. A maioria das pessoas está endividada: financiamento, cartão de crédito, aluguel, faculdade.
Inadimplente é aquele que deixou de cumprir determinada obrigação contratual, que deixou de pagar no prazo estabelecido dívida contraída. Não pagar, por exemplo, uma parcela do financiamento nos torna inadimplentes.
Ou seja, todo inadimplente está endividado, mas nem todo endividado está inadimplente.
Poema atribuído a Willian Davis:
Caráter é o que somos
Reputação é aquilo que os outros pensam que somos.
As circunstâncias entre as quais você vive determinam sua reputação.
A verdade em que você acredita determina seu caráter.
A reputação é o que acham que você é.
O caráter é o que você realmente é...
A reputação é o que você tem quando chega a uma comunidade nova.
O caráter é o que você tem quando vai embora…
A reputação é feita em um momento.
O caráter é construído em uma vida inteira…
A reputação torna você rico ou pobre.
O caráter torna você feliz ou infeliz…
A reputação é o que os homens dizem de você junto à sua sepultura.
O caráter é o que os anjos dizem de você diante de Deus.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(18/1/2016)
FOTOSSÍNTESE
Do grego photosýnthesis, que significa “síntese das luzes”.
Este termo, por sua vez, se originou a partir da junção de duas outras palavras também de origem grega: phos, que significa “luz”; e synthesis, que quer dizer “síntese”.
A fotossíntese é um processo biológico mantido pelas plantas através da clorofila.
As plantas utilizam a energia solar para absorver água e dióxido de carbono da atmosfera, enquanto que, simultaneamente, liberam oxigênio, colaborando para a renovação e purificação constante do ar.
CANETA
Vem do grego káuna e do latim canna, "talo, cana de planta". Sim, antes se cortava um pedaço de planta adequado, molhava-se a ponta dele em tinta e se escrevia por alguns segundos, até a tinta terminar e a pessoa ter que mergulhar de novo a ponta no tinteiro.
RUBRICA
Rubrica é uma palavra de origem latina, numa alusão à tinta vermelha "usada para escrever as iniciais dos nomes dos nobres, ao dar títulos às leis dos livros de direito, na Roma Antiga".
CAPÍTULO
Em latim, capitulum, diminutivo de caput (literalmente, "cabecinha"), já era usado para designar as partes de um texto. No final da Idade Média, o termo era usado principalmente para designar as seções dos livros bíblicos (que até hoje se dividem em capítulos e versículos), mas logo passou a indicar também os títulos principais de tratados e de documentos legais. O verbo capitular, que originariamente se referia ao estabelecimento das cláusulas de um acordo, passou a ser empregado com o sentido predominante de "render-se sob condições": na 2ª Guerra, o poderio nazista obrigou a França a capitular.
NEPOTISMO
O termo nepotismo têm sido usado com tamanha frequência no noticiário político brasileiro que poderia ser confundido com um jargão jornalístico recente. Na verdade, a palavra nepotisme existe na França desde 1653, e foi incorporada no vocabulário português em 1716, segundo o dicionário Houaiss. Nepotismo vem de nepote, que significava sobrinho (ou, mais genericamente, qualquer parente) do Papa, e passou a designar o protecionismo e benesses concedidos a pessoas devido ao seu grau de parentesco com autoridades.
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico. com.br
Data e hora da consulta: 18/1/2016, 10 horas.
Grande abraço a todos.
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(19/1/2016)
Há mais de uma hipótese para a origem da expressão "Cargas d'água", costumeiramente utilizada em orações interrogativas: "Por que cargas d'água ...?"
Vejamos o que diz Mário Prata no livro "Mas será o Benedito? Dicionário de provérbios, expressões e ditos populares".
"cargas d'água
Significativo:
Por que cargas d'água? Ou seja, por que eu? Assim, tão inesperadamente?
Histórico:
Dizem que Tiago, apóstolo de Jesus, era muito preguiçoso e dorminhoco. E só acordava quando alguém jogava na cara dele uma "carga d'água". Ele ficava possesso: "Por que eu? Tomé também ainda dorme."
Os apóstolos espalharam a água, perdão, a expressão por onde andavam. Tiago sempre negou."
Grande abraço a todos.
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(20/1/2016)
A dica de hoje foi extraída do livro O dia-a-dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto.
"CERCA DE 342 PESSOAS
Não é raro encontrarmos na imprensa construções como esta: "Estavam na conferência cerca de 342 pessoas".
Pura bobagem!
A expressão "cerca de" indica idéia de arredondamento, portanto não combina com número tão preciso.
Faz sentido dizer "Cerca de 300 (ou qualquer número redondo) pessoas estavam na conferência".
Quando se sabe o número exato, dispensa-se o "cerca de"."
A mesma lógica deve ser utilizada para outras palavras ou expressões que sugerem imprecisão, arredondamento: aproximadamente, em torno de.
Atenção:
Atualmente, não se usa hífen em dia a dia e não há acento em ideia.
Como se trata de transcrição, foi mantida a grafia que consta no livro, lançado antes da reforma ortográfica.
Grande abraço a todos.
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(21/1/2016)
Alguns substantivos possuem um significado no masculino e outro no feminino. Ou seja, uma pequena alteração na vogal que os antecede faz enorme diferença.
O cabeça - chefe, líder.
A cabeça - parte do corpo.
O coma - estado de inconsciência.
A coma - cabeleira crescida, crina.
O capital - dinheiro.
A capital - cidade.
O voga - remador.
A voga - que está em moda, popularidade.
O estepe - pneu sobressalente.
A estepe - tipo de vegetação ou de paisagem dominado por plantas pequenas, sobretudo gramíneas.
O lente - professor (este termo é obsoleto, ou seja, não é mais usado).
A lente - corpo translúcido, vidro de aumento.
O cura - pároco, vigário.
A cura - ato de curar.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Site www.soportugues.com.br
Data e hora da consulta: 21/1/2016, às 13h20
Grande abraço a todos.
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(22/1/2016)
"A pronúncia original deste feminino de senhor era senhôra, que conhecido político e ex-presidente brasileiro não se cansava de usar, na ânsia de mostrar eruditismo.
No português contemporâneo a única pronúncia aceitável é a que todo mundo conhece: senhóra. Observe que, das palavras terminadas em -or, a única que faz o feminino
com o aberto é justamente senhor. Confira: autor, autora; compositor, compositora; diretor, diretora; inspetor, inspetora; professor, professora; revisor, revisora; tutor, tutora, etc."
A dica de hoje foi extraída do livro Dicionário de dúvidas. dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Observação: A palavra senhora não possui acento. No texto transcrito, aparecem as grafias senhôra e senhóra tão-somente para identificar a pronúncia do "o": fechada e aberta respectivamente.
Pensamento atribuído a Platão:
"O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre em tudo o que diz."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(25/1/2016)
Ápice
Do latim apex, que significa “ponta”.
A palavra ápice chegou à língua portuguesa através do latim apex ou apexicis, termos relativos ao extremo superior de algo, relacionado com a coroa real ou o barrete sacerdotal.
Alguns etimologistas acreditam que o termo latino apex teria derivado de apere, palavra que estaria relacionada com o ato de “prender” ou “fixar”.
Atualmente, o termo ápice denota o ponto máximo de alguma coisa ou, como se diz na linguagem literária, o clímax de algo (o seu auge).
Barroco
Do francês boroque, que significa “irregular”.
Existem diversas hipóteses sobre a real origem do termo “barroco”.
Alguns etimologistas acreditam que a palavra tenha se originado a partir do grego baros, que significa “pesado”, enquanto outros defendem a ideia do surgimento a partir do italiano barocchio, que quer dizer “engano” ou “fraude”.
No entanto, a versão mais aceita sugere que tenha aparecido na língua portuguesa a partir da versão em espanhol berrueca ou do francês baroque, que teriam sido evoluções do latim verruca, que significa “verruga” ou “irregular”.
Na língua portuguesa, barroco é uma pedra irregular granítica ou uma pérola de forma irregular. Esta palavra aparece com esta definição no dicionário da língua portuguesa desde o século XVII.
No século XVIII, a palavra barroco começou a ser associada a tudo o que era irregular, extravagante ou desigual, principalmente em referência às obras artísticas que surgiram após o período do Renascimento.
O estilo artístico do barroco é caracterizado pela exuberância e excesso de ornamentos, o que apresentava um grande contraste ao Renascimento, cujas formas eram simplistas e harmônicas.
Quimera
A palavra vem do grego khímaira, cabra de pouca idade, habitualmente imolada antes de algum combate. Na Mitologia, um monstro com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de dragão, que lançava fogo pelas narinas, mencionado no canto V I, versos 181 e 182 da Ilíada de Homero. Era também nome de montanha da Lícia, na Grécia, onde supostamente se localizava a horrenda criatura. Segundo Lucrécio, "a quimera na frente era um leão; no meio, uma cabra e atrás uma cobra, porque o homem, na juventude, é selvagem como o leão; no meio da vida tem a agudeza de vista como a cabra; e, no fim, enrosca-se como uma cobra". Por extensão, quimera é produto da imaginação, sem fundamento real. É fantasia, sonho, esperança ou projeto absurdo, geralmente irrealizável, utopia. Em nossos dias, o sentido continua o mesmo: a busca de um ideal, motivação que impulsiona o ser humano em sua trajetória existencial. Só que, às vezes, em vez da realização do sonho vem a frustração, que, afinal, faz parte da vida. Ao frustrado só resta sair para outra enquanto se lamenta, para seus botões: "Vã quimera, douda ilusão"...
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico.com.br
data e hora da consulta: 25/1/2016, às 9h30
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(26/1/2016)
"A unidade “milhão” só vai para o plural a partir do segundo milhão, ou seja, a partir de 2 milhões.
Em caso de dúvida, portanto, observe o número que antecede a vírgula e lembre-se que numerais como “milhão”, “bilhão” e “trilhão” devem concordar com esse número.
Exemplos: 1,5 milhão; 1,9 milhão; 2,25 milhões; 5,1 bilhões etc."
Para complementar a dica produzida pela Sefaz/ES, vejamos o que diz Pasquale Cipro Neto no livro O dia-a-dia da nossa língua.
"Os principais órgãos da imprensa deste país têm usado sistematicamente no singular o substantivo que indica algum tipo de medida ou grandeza -litro, milhão, tonelada-, quando o numeral é inferior a dois: 0,9 litro,
1,4 metro, 0,98 tonelada.
O problema é que esse padrão é pouco produtivo. Na prática, ao encontrar "1,5 bilhão", ninguém lê "um vírgula cinco bilhão". O que se lê mesmo é "um bilhão e meio". Quando se encontra "1,7 milhão", é mais
provável que se leia "um milhão e setecentos mil". De qualquer maneira, parecem mais do que sacramentadas e abonadas, na imprensa e nos textos técnicos, as formas "0,8 litro", "1,4 milhão" etc."
Grande a braço a todos.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
ESCOLA DE ADMINISTRAÇíO TRIBUTÁRIA (ESAT)
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(27/1/2016)
Vejamos o que diz Pasquale Cipro Neto no livro O dia-a-dia da nossa língua.
"Também é enjoado o caso da palavra "milhar", dada nos dicionários e gramáticas como masculina: "o milhar", "um milhar".
Certamente por contaminação com a palavra "mil", neutra, isto é, nem masculina, nem feminina ("mil homens", "mil mulheres"), a palavra "milhar" tem sido usada como se usa a palavra "mil":
"os milhares de buracos", "as milhares de vezes".
Sempre levando em conta a gramática normativa e os dicionários como referência, dever-se-ia dizer "os milhares de vezes", "os milhares de mulheres", "os muitos milhares de crianças",
"os milhares de mãos que trabalharam na obra" etc.
É. Não é nada fácil a posição do gramático. Constatar que em muitos casos o uso difere da norma é colocar a mão em vespeiro."
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(28/1/2016)
Vejamos o que diz Pasquale Cipro Neto no livro O dia-a-dia da nossa língua.
"Uma leitora quis saber se há erro na expressão "baixo auto-estima". Há erro.
Palavras formadas por prefixação ("auto-" é um prefixo) mantêm o gênero da palavra à qual se agrega o prefixo.
No caso de "auto-estima", vale o gênero de "estima", palavra feminina: a auto estima, muita auto-estima, pouca auto-estima, baixa auto-estima etc." (...)
Atenção:
Atualmente, não se usa hífen em dia a dia nem em autoestima.
Como se trata de transcrição, foi mantida a grafia que consta no livro, lançado antes da reforma ortográfica.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(29/1/2016)
É a repetição de termos supérfluos, evidentes ou inúteis na frase.
Exemplos:
O produtor rural ganhou inteiramente grátis, um trator 0 km. (e alguém ganha pagando?)
Vamos subir para cima e ver se a reunião já começou. (por acaso, existe a possibilidade de subir para baixo?)
Precisamos antecipar a reunião para antes da data prevista. (Se foi antecipado, não poderia ser para depois, certo?)
Outros pleonasmos comuns e que devem ser cortados radicalmente da linguagem:
Canja de galinha, Conclusão final, Consenso geral, Conviver junto, Criar novos, Voltar para trás, Decapitar a cabeça,
Demente mental, Descer para baixo, Elo de ligação, Encarar de frente, Enfrentar de frente, Entrar dentro (ou para dentro), Erário público,
Labaredas de fogo, Lançar novo (ou Criar novo), Manter o mesmo, Metades iguais, Monopólio exclusivo, Novidade inédita,
Panorama geral, Países do mundo, Pequenos detalhes, Prefeitura Municipal, Protagonista principal, Repetir de novo,
Sair fora (ou para fora), Sorriso nos lábios, Surpresa inesperada, Viúva do falecido.
A dica de hoje foi produzida pela Sefaz/ES. A Esat efetuou alterações.
Segue slogan lançado por uma rede de televisão brasileira na virada de 1991 para 1992 (com adaptações):
"Crie, invente, tente, faça algo diferente."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(1.º/2/2016)
Dias atrás, a dúvida voltou à baila: apartamento tríplex ou apartamento triplex, ou seja, a palavra é paroxítona ou oxítona?
A dica 47, de 9/6/2014, parcialmente transcrita abaixo, trouxe a opinião de Luiz Antonio Sacconi sobre a palavra dúplex:
"Dúplex
dúpleks
O acento agudo no "u" não deixa dúvidas de que está ali a sílaba tônica. A palavra tríplex segue a mesma lógica. Nada de dupléks, tripléks, apesar de as propagandas assim dizerem."
De acordo com o gramático, tríplex segue a mesma lógica, ou seja, é paroxítona e, portanto, recebe acento agudo.
O serviço Telegramática, da Prefeitura de Curitiba (41 - 3218-2425), prestou o seguinte esclarecimento: a forma original era dúplex e tríplex (paroxítonas). A população, no entanto, passou a usar duplex e triplex, ou seja, como oxítonas. Esta pronúncia e esta grafia foram consagradas pelo uso. Por isso, atualmente as duas formas são aceitas e estão registradas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa: dúplex e duplex, tríplex e triplex.
Grande abraço a todos.
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(2/2/2016)
"Ambas as expressões existem: As crianças já estão em (ou de) férias.
Uma curiosidade: está claro que todos temos o direito tanto de sair de férias quanto de entrar em férias. Notou? Trocamos o verbo justamente por seu antônimo, e o significado não mudou."
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(3/2/2016)
"Convém não confundir.
Marinho é
do mar (animais marinhos, vida marinha, algas marinhas, estudos marinhos, biologia marinha, águas marinhas)
ou formado pelo mar, procedente do mar (ondas marinhas, correntes marinhas, brisa marinha, monstro marinho, fosforescência marinha, sal marinho, tempestade marinha).
Marítimo é
que se faz por mar (viagem marítima, comércio marítimo, navegação marítima, correio marítimo),
próximo do mar, litorâneo (povoação marítima, cidade marítima, terminal marítimo),
construído no mar ou adjacente ao mar (plataforma marítima, porto marítimo),
que se aplica ao mar (direito marítimo, léguas marítimas, milha marítima),
que se pratica no mar (pesca marítima, pesquisas marítimas)
e que se situa no ultramar (território marítimo, províncias marítimas)."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, curiosidades e dificuldades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(4/3/2016)
Notícias recentes trouxeram informações sobre a paralisação de aeronautas e aeroviários. Mas qual a diferença entre essas palavras?
Vejamos o que diz o Aurélio.
Aeronauta: Profissional habilitado que exerce atividade a bordo de aeronave civil, mediante contrato de trabalho.
Aeroviário: Profissional habilitado a exercer atividade, em terra, ligado à administração, manutenção, operação e controle de aeronaves, mediante contrato.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
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(5/2/2016)
A dica de hoje traz informações sobre vícios na linguagem oral. Basta clicar no link abaixo.
VÍCIOS DE LINGUAGEM
"Vá tão longe quanto puder ver; ao chegar lá, verá ainda mais longe."
(Autor desconhecido)
Grande abraço e bom feriado a todos.
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(10/2/2016)
CARNAVAL
No latim medieval, o termo era conhecido como carnelevarium, carnilevaria ou carnilevamen.
Esta palavra foi criada a partir da junção dos termos latinos carnis, que significa “carne”, e o verbo levare, que quer dizer “tirar”, “levar” ou “afastar”.
Alguns etimologistas acreditam que o segundo elemento da palavra é formado, na realidade, pela palavra vale, que significa “adeus”, formando o significado de “adeus à carne”.
A explicação para este significado vem do fato da festa do Carnaval ser sempre comemorada no período que antecede a quaresma, quando normalmente se pratica a abstinência no consumo de carnes.
Como diversão popular, o Carnaval assume as peculiaridades dos lugares onde ocorre. Todos os carnavais são reminiscências das festas dionisíacas da Grécia Antiga, das bacanais de Roma e dos bailes de máscara do Renascimento.
SARCÓFAGO
A palavra 'sarcófago' vem do grego sarkophágos, sarx (carne) + phágos (comer), significando literalmente 'comedor de carne'. Este termo era usado no mundo antigo como denominação de um determinado tipo de pedra calcária usada para fabricação de urnas funerárias que tinha a propriedade de causar uma rápida decomposição.
NÁUSEA
A palavra náusea vem de naus, que em grego quer dizer navio. Nausia era, a princípio, a palavra grega que designava enjoo em alto mar. Foi "importada" por outros idiomas (português, espanhol, inglês, francês e italiano) significando qualquer mal-estar estomacal que induza ao vômito.
VAIDADE
Originária dos termos latinos vanitas, vanitatis, cujo significado é, nada mais nada menos, que vacuidade (o que é próprio do vácuo), ou seja: VAZIO ABSOLUTO!
ALFORRIA
Do árabe al-hurriya, que significa “a condição de homem livre”.
Na língua portuguesa, a palavra alforria teria surgido a partir do termo árabe al-hurriya, que era utilizado no sentido de explicar a “liberdade que é inerente a todos”.
No Brasil, durante o final do século XIX, o sistema escravocrata chegava ao fim, através da concessão das Cartas de Alforria – documentos que atestavam a condição de homem livre aos (até então) escravos.
Muitas palavras presentes na língua portuguesa derivam de termos árabes, sendo a maioria delas começadas com o prefixo “al”, que na língua árabe é interpretado como um artigo (“o” ou “a”, por exemplo).
Fonte de consulta:
Site: www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 10/2/2016, às 15h15.
Grande abraço a todos.
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(11/2/2016)
Por vezes, cometemos alguns equívocos no uso de nosso idioma. Ainda que devamos evitá-los, não comprometem grandemente nosso discurso: usar "em vez de" quando deveríamos usar "ao invés de", usar "pequenos detalhes" em vez de "detalhes", usar "este" quando deveríamos usar "esse".
No entanto, há alguns erros que são imperdoáveis, ou seja, não podem ser aceitos e devem ser evitados sempre. Vejamos alguns.
Menas (quando alguém fala assim, chegar a dar calafrios em quem está sob o sol do Saara. Até os camelos pedem cachecol);
Iorgute (por favor, me inclua fora dessa, essa coisa deve estar azeda);
Célebro (quem tem célebro não pensa);
Asterístico (um sinal tão bonitinho, não é? Vamos respeitá-lo);
Poblema (vá de retro, xô, me deixe em paz);
Cardaço (cuidado para não trupicá);
Trabissero (só se for de pena de urubu da Era Mesozóica);
De menor de idade (duvido);
De maior de idade (duvido também);
Houveram pessoas que desmaiaram ao ouvir seu discurso (também... depois dessa. Poupe-nos, tenha piedade, o ano está apenas começando).
Usemos sempre: menos, iogurte, cérebro, asterisco, problema, cadarço, travesseiro, menor de idade, maior de idade, houve (no contexto apresentado, um verbo impessoal).
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(12/2/2016)
"Convém não confundir.
Persuadir é levar alguém a aceitar coisa diversa daquela que inicialmente desejava. Um pai pode persuadir a filha, já apaixonada, de não namorar certo rapaz, por esta ou por aquela razão, assim como o bom político persuade o eleitor do seu adversário a nele votar, pela palavra, pela competência e quase sempre pelas promessas.
Convencer é levar alguém a reconhecer uma verdade mediante provas cabais e terminantes. Foi difícil, mas acabei convencendo o matuto de que o homem realmente foi à Lua.
Um raciocínio exato, rigoroso (p. ex.: 2 + 2 = 4) produz a convicção; uma boa conversa, um bom orador, uma afinada lábia produzem persuasão nas almas sensíveis (ou ingênuas)."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Seguem três frases sobre impunidade.
"O maior estímulo para cometer faltas é a esperança de impunidade."
(atribuída a Cícero)
"A impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral."
(atribuída a Marquês de Maricá)
"A impunidade é a matriz e a geratriz de novos e insensatos acontecimentos e o desmoronamento do que ainda resta de bom na alma humana."
(atribuída a Leon Frejda Szklarowsky)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servideor Fazendário (GDFAZ).
15/2/2016)
"Fazendo parte do sujeito qualquer dessas expressões, pode haver duas concordâncias:
A maioria dos brasileiros votou (ou votaram) nele.
A maior parte dos brasileiros está (ou estão) descontente(s) com ele.
Ou seja: a concordância se faz com maioria ou com parte ou com o nome no plural que se lhe segue."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/2/2016)
"Convém não confundir.
Tampar é fechar usando tampa ou qualquer peça movediça própria: tampar panelas, garrafas, caixas, bueiros, vidros de remédio, etc.
Tapar é fechar, encobrir, vedar, vendar, sem necessidade do uso de tampa: tapamos a boca, o ouvido, os olhos, o nariz, um buraco qualquer, etc.
Sendo assim, ninguém dorme com o nariz "tampado", porque desse jeito, positivamente, nem dá para dormir..."
A dica do hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17/2/2016)
"Tara é o peso de um veículo sem carga ou de uma embalagem sem o conteúdo.
Tarado é pesado com desconto de tara.
Ao compramos, na feira, uma caixa de uvas, tara é a caixa; taradas, as uvas.
Como foi possível terem passado, tara e tarado, a significar fúria sexual e desequilibrado sexual, respectivamente?
Conta-se que um rapaz teria, certa vez, atacado e matado três lindas garotas, para satisfazer seus instintos sexuais. Descoberto o crime, seu autor foi condenado à morte por enforcamento. Chegado o dia da execução, o algoz deparou um problema: o rapaz estava tão magro, tão esquelético, que não iria ter morte instantânea, como é o desejo de todo algoz generoso. Não teve dúvida: amarrou uma barra de ferro ao peito do rapaz, para que não ficasse agonizante por muito tempo. Cumprida a sentença, quiseram - só por mera curiosidade - saber o peso do rapaz. Descontou-se, assim, o peso da barra de ferro (que era a tara) e se obteve o peso do morto (que era o tarado). Daí por diante - é o que dizem - os termos começaram a correr já com o sentido que conhecemos hoje."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de Dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/2/2016)
"Em grande quantidade.
As três expressões existem.
No Oriente Médio existe petróleo a mãos-cheias.
Nas grandes cidades existem bandidos às mãos-cheias.
Mulheres lindas? No Brasil existem a mancheias."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/2/2016)
O substantivo relâmpago tem como definição "Luz intensa e rápida produzida pela descarga elétrica entre duas nuvens, e que, ger., precede o ruído do trovão."
O adjetivo correspondente a este substantivo é fulgural. Portanto, luz de relâmpago corresponde a luz fulgural.
Relâmpago também é um adjetivo e significa rapidíssimo, brevíssimo. Como adjetivo, não varia: promoções relâmpago, promoção relâmpago; gols relâmpago, gol relâmpago; ideias relâmpago, ideia relâmpago.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidade da língua portuguesa
Autor: Luiz Antonio Sacconi
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Frase sobre legado, atribuída a Mário Sérgio Cortella, filósofo.
"Eu não estou preocupado com a morte, mas com a vida, para que ela não seja banal e fútil.
Quando você se for, o que vai deixar?"
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(22/2/2016)
Grafia do ano em datas
Grafa-se sem ponto: Curitiba, 22 de fevereiro de 2016.
Grafia do número predial em endereços
Grafa-se com ponto: Rua da Felicidade, 1.290.
Grafia do CEP
Grafa-se sem ponto e com hífen: 82510-280.
Fonte de consulta:
Serviço Telegramática da Prefeitura de Curitiba, fone (41) 3218-2425.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/2/2016)
É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma e fôrma.
Normalmente a diferenciação se dá pelo contexto em que a palavra está inserida.
Exemplos:
Minha mãe usa uma forma redonda para fazer torta de banana. (o contexto indica que se trata de uma fôrma - ô fechado -, ou seja, um utensílio. Neste caso, é opcional grafar fôrma)
Se tento correr, sinto-me muito cansado, pois estou fora de forma. (o contexto indica que se trata de fórma - ó aberto -, ou seja, refere-se à forma física. Neste caso, não se pode grafar fôrma)
Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Clareza é essencial.
Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
Conclusão: podemos usar forma sempre. A pronúncia do "o" poderá ser aberta (ó) ou fechada (ô), dependendo do contexto. Usaremos fôrma apenas quando nos referirmos ao utensílio e quisermos tornar a frase mais clara.
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou complementos.
Fonte: Reforma Ortográfica ao Seu Alcance – Manual do professor. Ed. Educacional
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(24/2/2016)
Alguns verbos, chamados abundantes, possuem duas formas no particípio:
Uma regular, com terminação em -ado na primeira conjugação e em -ido na segunda e terceira,
e outra irregular, com terminação variável.
A forma regular é normalmente mais longa. A irregular, mais curta. O verbo "fixar", no particípio, apresenta-se como fixado e fixo.
O critério geral de emprego desses particípios é bem simples:
Particípio regular (longo) - É usado na voz ativa, acompanhado dos verbos auxiliares "ter" e "haver”.
Exemplos:
"Você tem participado do Projeto Disseminando Conhecimentos?"
"Nas reuniões do GDFAZ tem-se discutido o ensino a distância na Sefaz-ES, entre outros assuntos".
Importante: Com esses dois verbos, ter e haver, o particípio não se flexiona.
Particípio irregular (curto) - Usa-se na voz passiva, com os verbos auxiliares "ser", "estar", "ficar", "andar" e outros.
Exemplos:
"As salas já estão secas."
"O auditório foi limpopela Michele".
Nesse caso, os particípios variam em gênero e número.
"A sala foi limpa pela Michele".
Obs.: Há verbos que só admitem a forma irregular:
Verbo - Particípio
Abrir Aberto
Cobrir Coberto
Dizer Dito
Escrever Escrito
Fazer Feito
Ver Visto
Vir Vindo
Assim, vale o lembrete: Não existe a forma FAZIDO!
A dica de hoje foi elaborada pela Sefaz/ES. A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço a todos.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(25/2/2016)
A dica 415, de 7/1/2016, trouxe informações sobre as expressões "isto é" e "ou seja": ambas devem estar entre vírgulas nas orações.
A dica de hoje traz ensinamentos sobre as expressões "bem como" e "assim como", mais especificamente sobre a pontuação que recebem nas orações.
Bem como confere a ideia de adição.
O comportamento daquele servidor é inspirador: realiza seu trabalho de forma exemplar, bem como auxilia seus colegas sempre que necessário.
Poderíamos dizer:
O comportamento daquele servidor é inspirador: realiza seu trabalho de forma exemplar e auxilia seu colegas sempre que necessário.
Assim como confere a ideia de comparação.
Maria é muito dedicada à sua mãe, assim como seu irmão Jair, que está sempre presente apesar de morar em outra cidade.
Poderíamos dizer:
Maria é muito dedicada à sua mãe, do mesmo jeito que seu irmão Jair, que está sempre presente apesar de morar em outra cidade.
Nestes contextos, as expressões bem como e assim como são precedidas de vírgula.
Se houver orações intercaladas, as expressões bem como e assim como aparecerão entre vírgulas.
O gestor ofertou apoio ao seu funcionário, bem como, e todos sabem disso, defendeu-o publicamente.
Maria é muito dedicada à sua mãe, assim como, e isto é exemplar, seu irmão Jair, que está sempre presente apesar de morar em outra cidade.
Fonte de consulta:
Serviço Telegramática da Prefeitura de Curitiba,
(41) 3218-2425.
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(26/2/2016)
Pretexto
Ela vem do latim praetextus, particípio passado de praetexere, “cobrir, tapar, disfarçar”, formado por prae-, “à frente, sobre”, mais texere, “tecer”, com a ideia de “colocar um pano sobre, cobrir”. Isto é, tapar a verdadeira intenção de quem age.
Máscara
Esse objeto, que serve para disfarçar o rosto nos inocentes folguedos carnavalescos do tríduo momesco, não tem um étimo perfeitamente definido. Veio do italiano maschera, que se propõe tenha derivado do árabe maskhara, “bufão, palhaço”, do verbo sakhira, “ridicularizar”.
Anônimo
Vem do grego a-, “sem”, mais onoma, “nome”. Uma carta anônima é aquela cujo autor não se identifica.
Depressão
Essa palavra vem do latim deprimere, "apertar para baixo, esmagar", formado por de-, "movimento de cima para baixo", mais premere, "apertar, segurar firme", do indo-europeu prem-, "atacar, golpear".
Usa-se como termo clínico em Psicologia desde 1905.
Fonte de consulta:
Site www.origemdapalavra.com.br
Data e hora da consulta: 26/2/2016, às 11h30
Pensamento atribuído a Zíbia Gasparetto:
"Nossas atitudes escrevem nosso destino. Nós somos responsáveis pela vida que temos. Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não poderemos fazer pelos outros. Quanto mais depressa aprendermos isso, menos sofreremos."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/2/2016)
"Egoísmo é o amor exagerado de si mesmo, com esquecimento do(s) outro(s); é a tendência de se considerar a si próprio o centro de todos os benefícios, em detrimento de outrem.
Egotismo é o amor exagerado ou senso fútil da própria personalidade, do próprio valor, da própria importância, dos próprios direitos pessoais.
O egoísta pode até ter amigos, mas só os aceita se nada sofrer e tudo gozar, sem dar absolutamente coisa nenhuma em troca.
O egotista sempre se sente o mais importante do grupo ou da turma, o mais capaz, o mais versátil, o mais humano, o mais tudo. Sem sê-lo. Faz referência a si mesmo quando fala e escreve.
O egoísta não vacila em prejudicar o outro para se beneficiar; o egotista não chega a tanto, embora não se comprometa na ajuda a ninguém.
Nenhum desse dois conceitos se confunde com o de amor-próprio , que é o respeito por si mesmo e por sua própria dignidade, valor e princípios."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Observação: de acordo com o serviço Telegramática, da Prefeitura de Curitiba (41 - 3218-2425), atualmente a expressão amor próprio não possui hífen. Como se trata de transcrição, foi mantida a grafia original.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Antedatar é pôr data anterior em escrito ou documento, para fazer supor que foi elaborado na data a que se refere: Antedatei o documento para não pagar multa. Em muitos casos, antedatar papéis constitui crime.
Pré-datar é pôr data futura em algum documento: Pré-datei o cheque para o dia 15 de abril. (Entende-se que a pessoa marcou data posterior àquela em que assinou o cheque.)"
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(2/3/2016)
Usamos hipocorísticos diariamente, provavelmente sem saber que o fazemos. Vejamos as explicações:
"Hipocorístico (do grego antigo ὑποκοριστικός, derivado de ὑποκορίζομαι, ou seja, "chamar com voz suave") é uma palavra cuja formação fonética tem o objetivo de suavizar ou atenuar o som da palavra de que se origina. Originalmente consiste na repetição de sílabas de palavras que designam parentesco, como papá, mamã, vovó, titia, mano, etc.
Por extensão, um hipocorístico pode ser também uma palavra derivada de um nome próprio, adotada com propósitos de diferenciação por intimidade, isto é, reservada ao tratamento por parte de familiares, amigos íntimos ou pessoas com quem haja uma relação afetiva. Em geral, mas nem sempre, consistem na forma reduzida do nome por apócope ou aférese, algumas vezes também no grau aumentativo ou diminutivo. Exemplos clássicos são "Zé" ou "Zeca" para o prenome "José" e "Zefa" para o nome "Josefa"."
"Hipocorístico: diz-se de , ou vocábulo familiar carinhoso: Bibi, Didi, Lulu, Vavá. Zezé, Zezinho.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Site Wikipédia: pt.wikipedia.org/wiki/Hipocorístico
Data e hora da consulta: 2/3/2016, 8h
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(3/3/2016)
"Convém não confundir português e Português: português (com a inicial minúscula) é apenas o nome de um idioma, assim como inglês, francês, alemão, japonês, etc. Português (com a inicial maiúscula) é nome de disciplina escolar: Aprendi muito português com aquele professor de Português."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi. Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Grande abraço a todos.
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(4/3/2016)
Vale a pena ratificar as explicações sobre os verbos HAVER e FAZER, pois a conjugação incorreta deles é um dos graves erros que podemos cometer, fato que empobrece grandemente nosso discurso, seja oral ou escrito.
Primeiramente, é oportuno lembrar que os verbos impessoais não possuem sujeito e são conjugados na terceira pessoa do singular.
O verbo HAVER é impessoal quando utilizado com o sentido de EXISTIR e OCORRER, bem como quando for utilizado para expressar TEMPO DECORRIDO.
Havia muitos tucanos na floresta. (adequado)
Haviam muitos tucanos na floresta. (inadequado)
Neste ano, houve muitos casos de corrupção. (adequado)
Neste ano, houveram muitos casos de corrupção. (inadequado)
Haverá muitas coisas a fazer quando estiver completa a equipe de educação a distância. (adequado)
Haverão muitas coisas a fazer quando estiver completa a equipe de educação a distância. (inadequado)
Havia dois dias que meu filho não se alimentava direito. (adequado)
Haviam dois dias que meu filho não se alimentava direito. (inadequado)
O verbo FAZER é impessoal quando indica TEMPO DECORRIDO e CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS.
Mês que vem fará três meses que estou casado. (adequado)
Mês que vem farão três meses que estou casado. (inadequado)
Faz duas horas que estou esperando por você! (adequado)
Fazem duas horas que estou esperando por você! (inadequado)
Durante o verão, fez dias bastante quentes. (adequado)
Durante o verão, fizeram dias bastante quentes. (inadequado)
Em algumas cidades, faz 40 graus à sombra. Quente demais! (adequado)
Em algumas cidades, fazem 40 graus à sombra. Quente demais! (inadequado)
"Amar se aprende amando." (Carlos Drummond de Andrade)
VÍDEO (COM SOM)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(7/3/2016)
"Respeito, por favor (ch x x)
O mundo vem abaixo. Chove sem parar. As águas não têm pena. Destroem bens. Desabrigam famílias. Matam gente. Mas ensinam uma lição. Enchente se escreve com ch. A razão é simples. As palavras têm família. Enchente vem de cheio. O ch respeita a origem.
Muitos acusam a palavra enchente de desleal. Pura maldade. Ou ignorância. Explica-se. O som xis que soa depois do en escreve-se com x. É o caso de enxoval, enxada, enxaguar, enxame, enxuto, enxurrada, enxaqueca.
Mas há uma norma superior. A família fica acima de tudo. Se o clã grafa-se com ch, as duas letrinhas se impõem. É o caso de cheio e enchente, chumaço e enchumaçar, chiqueiro e enchiqueirar, choça e enchoçar.
É isso. Deus no céu e a família na Terra."
A dica de hoje foi extraída do livro Mais Dicas da Dad - português com humor, cujo autora é Dad Squarisi.
Grande abraço a todos.
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(8/3/2016)
"Um leitor perguntou sobre a expressão "a partir de". Ouviu um repórter dizer "a partir do ano passado..." e achou estranho.
"O certo não seria 'desde o ano passado'?, perguntou.
Realmente, o uso de "a partir de" para indicar o passado causa algum desconforto. Parece que a expressão combina mais com o futuro.
Mas, caro leitor, os dicionários dão razão ao repórter. Para "desde", o "Aurélio" dá "a partir de" - entre outros significados.
Caldas Aulete dá "a datar de" e em "partir" dá "a partir de" como equivalente a "a datar de", ou seja, dá "desde" e "a partir de" como equivalentes."
A dica de hoje foi extraída do livro O dia-a-dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto.
Observação: atualmente grafa-se dia a dia sem hífen. Manteve-se o hífen pois é o nome do livro, escrito antes da reforma ortográfica.
Grande abraço a todos.
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(9/3/2016)
O uso de substantivos coletivos é bastante comum. Listemos alguns.
Certos coletivos podem se referir a mais de um tipo de conjunto.
COLETIVO | CONJUNTO DE |
Panapaná | Borboletas |
Fato ou rebanho | Ovelhas |
Plêiade | Poetas |
Réstia | Alhos ou cebolas |
Cabido | Cônegos |
Farândola | Maltrapilhos |
Grosa | Doze dúzias |
Universidade | Faculdades |
Hemeroteca | Jornais e revistas |
Girândola | Foguetes |
Fontes de consulta:
Site www.normaculta.com.br
Data e hora da consulta: 9/3/2016, às 9h
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
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(10/3/2016)
Ao folhearmos dicionários, deparamo-nos com palavras bastante diferentes, estranhas até, não usadas com frequência.
Vejamos algumas:
Escalafobética: Esquisita, extravagante, excêntrica, desajeitada.
Fanerítico: Relativo a fanerito. Cujos elementos são visíveis a olho nu.
Exemplo: "O granito tem uma textura fanerítica."
Panada (de pano + ada): Caminho que um barco percorre sem virar de bordo, com as velas do mesmo lado.
Térebra: máquina de guerra com que os antigos romanos perfuravam muralhas.
Exsudação: Transpiração.
Escanzelado: Magro como um cão faminto.
Sabagante: Indivíduo, pessoa, sujeito.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Site: www.priberam.pt
Data e hora da consulta: 10/3/2016, às 10h
Grande abraço a todos.
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(11/3/2016)
'Outra armadilha da língua.
O parto é "cesáreo", mas a operação é "cesariana".
É claro que o feminino de "cesáreo" é "cesárea": "Aquele médico faz uma cesárea por dia".
E é claro que o masculino de "cesariana" é "cesariano": "Não se aconselha o parto cesariano desnecessário".
Então o parto é cesáreo ou cesariano.
Por falar em parto, é bom lembrar que existe aquele feito a "fórceps", instrumentos cirúrgico. Detalhe: existe a forma variante "fórcipe".
O parto pode se "a fórceps" ou "a fórcipe".'
A dica de hoje foi extraída do livro O dia-a-dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto.
Observação: atualmente, grafa-se dia a dia sem hífen. Manteve-se a grafia original, pois se trata de transcrição do título do livro, redigido antes da reforma ortográfica.
Pensamento atribuído a Sócrates:
"Para conseguir a amizade de uma pessoa digna, é preciso desenvolvermos em nós as qualidades que naquela admiramos."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(14/3/2016)
ALMOFADA
Do árabe al-mokhadda, que significa “o lugar da face”, “travesseiro” ou “coxim”.
A palavra “almofada”, segundo alguns etimologistas, teria se originado a partir do árabe al-mokhadda, sendo o prefixo al utilizado como um artigo definido, como “o” ou “a”.
Aliás, grande parte das palavras começadas com o prefixo "al" na língua portuguesa são de origem árabe.
A expressão al-mo seria relativa à “o lugar”, pois o termo ma / mâ pode ser traduzido para “lugar” ou “posição”.
Por fim, khadda é uma derivação da palavra khaddon, que quer dizer “face” ou “rosto”.
Assim sendo, o significado da expressão completa seria “o lugar da face”, em referência ao modo como o travesseiro é normalmente utilizado, para recostar a cabeça.
ALUNO
Do latim alumnus, que significa literalmente “afilhado”.
A palavra alumnus é o particípio substantivado do verbo latino alere, que quer dizer “alimentar” ou “nutrir”.
A ideia do termo, portanto, é de que o aluno é aquele que está sendo nutrido ou criado.
Hoje se sabe que, na construção significativa do conhecimento, o processo é mais complexo, e que não cabe ao professo "alimentar" seus alunos com o conhecimento, mas sim despertar neles a vontade de buscá-lo.
De qualquer maneira, não deixa de ser poética a imagem do aluno como ser em desenvolvimento que, com a ajuda do professor, recebe o "alimento da alma e da mente" sob forma de informação.
FILOSOFIA
Do grego philosophia, que significa “amor pelo conhecimento” ou “gosto pela sabedoria”.
Na língua portuguesa, a palavra filosofia chegou através do latim philosophia, que se originou a partir do termo grego homônimo, formado pela junção das palavras philein, que significa “gostar muito” ou “amar; e sophis, que quer dizer “sábio” ou “o que estuda”.
Os gregos antigos usavam a palavra philos (ou philia) como sinônimo de "gostar de algo", "sentir atração por algo", "nutrir amizade ou amor por alguma coisa".
Às vezes, philos também significava "sentir falta de", "querer buscar algo". Sophia, por sua vez, quer dizer “o conhecimento”, “a sabedoria”.
Portanto, filosofar é amar e buscar todas as formas de sabedoria e conhecimento.
Atualmente, a filosofia é conhecida por ser o estudo dos questionamentos fundamentais relacionados ao conhecimento, existência, valores morais, éticos e etc.
SABEDORIA
Do latim sapere, que significa “saber” ou “sentir o gosto”.
O termo “sabedoria” surgiu na língua portuguesa a partir do latim sapere, que significa “saber” ou “sentir”.
No entanto, o termo latino teria se originado do grego sophos / sophía, que quer dizer “sábio”.
Na língua portuguesa falada na Europa, o verbo “saber” também é utilizado para se referir ao “sabor” das coisas. Neste caso, permanece com um dos significados originais do termo latino sapere, que seria o de “sentir o gosto”.
No português brasileiro, o “saber” é comumente relacionado com a sabedoria, ou seja, uma característica de uma pessoa sábia.
MENOPAUSA
Do grego emmenopausis / emmenopausi, que significa “fim do ciclo dos meses”.
A palavra menopausa é composta a partir da junção de dois termos gregos: mēn, que pode ser traduzido como “mês” ou “luas” (contagem lunar que determina o período de um mês); e a palavra pausis, que quer dizer “cessação”, “pausa” ou mesmo “término”.
Na língua portuguesa, este termo surgiu a partir do francês ménopause, que por sua vez deriva do termo médico latino menopausis.
Este termo é normalmente utilizado para nomear o estágio da vida da mulher em que deixa de menstruar, ou seja, seu corpo não está mais disponível para gerar filhos.
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 14/3/2016, às 8h45
Grande abraço e boa semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(15/3/2016)
LICORNE
Animal fabuloso, que tem corpo de cavalo e um chifre no meio da testa, símbolo da virgindade, da pureza, nas lendas da Idade Média; unicórnio.
VOLOVí
Pastelão de massa folhada, feito, geralmente, em tamanho individual, e com recheio cremoso de ave, carne, camarão, etc.
XITIQUE
Tipo de associação em que várias pessoas depositam dinheiro, regularmente e numa caixa comum, sendo o montante distribuído, por votação, a cada membro. O montante dessa caixa.
XIRÓ
Caldo de arroz temperado com sal.
EMPEITIÇAR
Embirrar, teimar.
EMPALMAR
Furtar com destreza, surrupiar. Apossar-se de.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
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(16/3/2016)
Conhecemos bem a palavra úmido, por isso é natural pensar que o correto é umidecer (tornar ou tornar-se úmido).
Ao consultarmos os dicionários, porém, observamos que o correto é umedecer [tornar(-se) úmido, molhar(-se) de leve.]
Devemos dizer, portanto:
Cuidado, o sereno umedeceu o piso. Ficou escorregadio.
Cuidado, o piso está úmido, pois o sereno o umedeceu.
O lenço foi umedecido com água morna.
Todas as formas do verbo umedecer são grafadas com "e" no radical.
CONJUGAÇíO
Segue texto com explicações a respeito da grafia úmido e da grafia umedecer:
... "Se algo se molha, fica úmido ou umedecido; se eu o molho, fica também úmido ou umedecido. O problema não é estar no polo passivo ou ativo da situação; acontece que o adjetivo úmido, que produz derivados como umidade e umidificar, corresponde ao verbo umedecer, que tem essa sílaba /me/ em todas as formas flexionadas, inclusive no particípio umedecido), irmão de umectar, umectante. Não é novidade ocorrer variação no radical de uma família vocabular: a lágrima sai pelo canal lacrimal, o movimento da roda é rotativo, a higiene da boca é bucal, e assim por diante. Não esqueças que, na maior parte das vezes, essas aparentes “incongruências” de nossa ortografia correspondem, na verdade, a vestígios de diferentes momentos na história de nosso léxico. Abraço. Prof. Moreno."
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Site: sualingua.com.br
Data e hora da consulta: 16/3/2016, às 14h15
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Susana chegou e nem veio me ver. = Susana chegou e nem sequer veio me ver.
Não gosto dele e nem mesmo amizade lhe dispenso. = Não gosto dele e nem sequer mesmo amizade lhe dispenso.
Do contrário, usa-se apenas nem:
Ifigênia não come nem bebe.
As crianças não almoçaram nem jantaram.
Ele não estuda nem trabalha."
Observação: não se usa vírgula antes de nem.
Meu apartamento não é grande, nem pequeno. (inadequado)
Meu apartamento não é grande nem pequeno. (adequado)
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(18/3/2016)
"Com o tônico fechado (môlho), é tempero culinário: macarrão com molho de tomate. O plural continua com o fechado: môlhos.
Com o tônico aberto (mólho), é pequeno feixe: molho de chaves, molho de cenouras, molho de rabanetes."
Pronuncia-se o aberto (mólho) quando é verbo: Eu molho as plantas diariamente.
Com o aberto ou fechado, NíO há acento agudo ou circunflexo.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou complemento.
Pensamento atribuído a Jiddu Krishnamurti:
"A forma mais elevada de inteligência humana é a capacidade de observar sem julgar."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(21/3/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco utilizadas.
QUIDAM
Pessoa pouco importante, passanito. Um quidam: Uma pessoa indeterminada; um tal; um fulano.
(Pronuncia-se como se o u tivesse trema)
QUIFUMBE
Salteador, bandido.
SOL-FORA
O nascer do Sol, o amanhecer.
"Desde o sol-fora que andam..."
VASCA
Grande convulsão. Ânsia excessiva, estertor.
ESTENDERETE
Resposta errada, extensa ou mal formulada, em aula, exame ou ato público. Pergunta capciosa que visa a confundir alguém. Jogo de cartas. Pequeno tendal para estender roupa lavada.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
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(22/3/2016)
"Usamos o primeiro pronome quando estamos tratando diretamente com a pessoa; usamos o segundo, quando estamos nos referindo a ela, falando dela:
Vossa Excelência vai atender Luís?
Luís, Sua Excelência não poderá atendê-lo hoje.
E assim se procede com todos os demais pronomes de tratamento: Vossa Senhoria / Sua Senhoria, Vossa Majestade / Sua Majestade, Vossa Santidade / Sua Santidade, etc."
A dica de hoje foi extraída do dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
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(23/3/2016)
"É desta forma que todos deveremos saudar os noivos. Isto, se forem desejos sinceros. Os falsos costumam desejar de outra forma: "Viva" os noivos!
Ora, se os noivos é o sujeito, o verbo não pode ficar no singular."
A dica de hoje foi extraída do dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
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(24/3/2016)
Vendável é o que é fácil de vender, por ter boa aceitação no mercado. Um Lexus é sempre um carro vendável, mas um Gordini nem tanto.
Vendível é o que pode ser vendido, o que pode ser objeto de transação comercial: Findo o inventário, o imóvel se tornou vendível. Um Gordini é vendível; será vendável?"
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Pensamento atribuído a Cícero Ferreira:
"Para que um sonho se realize é necessário acordar e trabalhar determinadamente."
Grande abraço, boa Páscoa e excelente fim de semana a todos.
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(28/3/2016)
CAUCIONÁRIO
Relativo a caução. AquelE que dá ou presta caução, caucionante.
CEVATÍCIO
Que é bom para cevar ou engordar animais.
CHALAÇA
Dito zombeteiro. Gracejo de mau gosto. Caçoada, troça, zombaria.
DESAGUAXADO
Diz-se do animal cavalar que após longo descanso está novamente exercitado e ágil.
DESALEGRE
Sem alegria, tristonho, triste.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
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(29/3/2016)
"Certa vez, num dos jornais da TV Globo, o convidado era Lima Duarte. O ator é a própria história da televisão no Brasil. Culto e sensível, Lima encheu de poesia o jornal, alegrando almas e corações delicados.
Depois de referências a Guimarães Rosa e de vários "causos" de sua querida terra - Minas Gerais -, a certa altura, comentando um caso policial, Lima disse algo como "a linha inconsútil que medeia a ficção e a realidade".
Quantas e quantas vezes me descabelei em sala de aula para dizer aos alunos que o verbo "mediar" é irregular. Talvez por ser pouco usado, esse verbo causa surpresa com sua irregularidade. Na língua culta, uma pessoa não "media"
uma negociação. Deve-se dizer "medeia" uma negociação.
...
LINHA INCONSÚTIL
A "linha inconsútil" que o ator citou nada mais é do que a linha não costurada, o que faz sentido para dizer que é praticamente nada o que separa a ficção da realidade. Na verdade, nem sei se a frase é lavra do próprio Lima, ou uma de suas tantas citações literárias."
A dica de hoje foi extraída do livro O dia a dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto.
Grande abraço a todos.
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(30/3/2016)
"O fogo pegava pesado no centro-oeste e no norte do país. No norte do Mato Grosso, parecia estar o pior dos focos do incêndio que devorava as matas. Na TV, a notícia veio com ilustração: um mapa, em que se destacava a cidade de São José do Xing...
E AGORA? "XINGÚ" OU "XINGU"?
Na tela da TV estava "Xingú". Quase caí da cadeira. É incrível que ainda se erre a simples grafia de uma palavra nos meios de comunicação.
...
A PALAVRA "XINGU" É OXÍTONA.
LEMBRA O QUE É ISSO?
São oxítonas as palavras cuja sílaba tônica é a última. "Café", "mulher", "jogar", "vovô", "aqui" são exemplos de palavras oxítonas.
E O QUE ACONTECE COM AS OXÍTONAS TERMINADAS EM "U"?
Nada, não recebem acento. Nada de acentuar "Xingu".
...
Então nada de acentuar palavras como "Itu", "Bauru", "zebu", "caju", "Aracaju", "urutu", "Iguaçu", "Iguatu", "Turiaçu", "Pacaembu", "nu", etc."
Cabe um alerta importante: não devemos confundir oxítonas terminadas em "U" com oxítonas terminadas em "U" que forma hiato com a vogal anterior, pois são acentuadas.
Exemplos: Itaú, Anahnagabaú, baú.
A dica de hoje foi extraída do livro O dia a dia da nossa língua, cujo autor é Pasquale Cipro Neto.
A Esat efetuou complemento.
Grande abraço a todos.
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(31/3/2016)
"Convém não confundir.
Frase é qualquer palavra ou grupo de palavras usadas para se efetivar a comunicação.
Ex.: Silêncio!
Oração é todo e qualquer enunciado que traz verbo ou expressão verbal.
Ex.: Façam silêncio!
Período é a frase expressa por uma ou por várias orações.
Ex.: Façam silêncio! Exijo que vocês façam silêncio!"
Esta dica foi extraída do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(1.º/4/2016)
A dica de hoje abre espaço para a reflexão.
"Um dia uma professora escreveu assim no quadro:
9 x 1 = 7
9 x 2 = 18
9 x 3 = 27
9 x 4 = 36
9 x 5 = 45
9 x 6 = 54
9 x 7 = 63
9 x 8 = 72
9 x 9 = 81
9 x 10 = 90
Na sala não faltaram piadas, pois ela errara o 9 x 1 = 7, já que a resposta correta é 9 x 1 = 9.
O ambiente foi tomado por risos, zombarias, críticas, desdém e até raiva.
Ela esperou todos se calarem e falou:
É assim que somos vistos pelo mundo. Errei de propósito para mostrar a vocês como a maioria de nós se comporta diante do erro de alguém.
NINGUÉM me elogiou por ter acertado nove vezes. NINGUÉM me viu acertar e me cumprimentou por isso. TODOS nesta sala zombaram, riram, criticaram, porque "errei" apenas uma das dez respostas. Foi correto agir assim?
Moral da história:
É necessário valorizar as pessoas pelos acertos e não tão-somente criticá-las pelos erros.
As críticas são necessárias? Sem dúvida.
Os elogios são necessários? Com certeza."
Esta mensagem foi veiculada numa rede social. Não há identificação do autor.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(4/4/2016)
É bastante comum o uso do plural de modéstia. Em ofícios, por exemplo, o texto é grafado como se mais de uma pessoa o escrevesse, ainda que haja apenas um signatário.
"Comunicamos que ....
Fulano de tal (signatário)"
Vejamos o que diz Luiz Antonio Sacconi sobre plural de modéstia no livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
"Emprego da primeira pessoa do plural (nós) no lugar da correspondente do singular (eu), por modéstia da parte de quem fala ou escreve: Estamos conscientes de nossa responsabilidade e perante a população, disse o prefeito".
Ora, se foi o prefeito quem escreveu (sujeito simples), o verbo deveria ficar no singular (Estou). Não ficou haja vista a utilização do plural de modéstia.
Grande abraço a todos.
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(5/4/2016)
' "Pode-se citar vários exemplos" ' ou " "podem-se citar vários exemplos" '? É o Ancelmo Góis quem pergunta.
Eta, construção que incomoda! Parece um calo no pé. É a passiva com se. Na quarta-feira, o Correio Braziliense trouxe na primeira página: "Não se combate verdades com inverdades". Quem disse frase? Ninguém menos que o poderoso Antônio Carlos Magalhães. Combate ou combatem? A dúvida paira no ar.
Nas orações em que aparece o pronome apassivador se, facilmente se cometem erros. Para não entrar em fria, há um macete: construa a frase com o verbo ser. Se ele for para o plural, o verbo da frase com se também irá. Caso contrário, nada feito:
Não se combatem verdades com inverdades (Verdades não são combatida com inverdades.)
Procuram-se datilógrafos. (Datilógrafos são procurados.)
Vende-se esta casa. (Esta casa é vendida)
O exemplo do Ancelmo Góis tem um complicador. É construído com locução verbal (dois verbos fazem a vez de um). A regra vale para ele. No caso, o verbo que se flexiona é um auxiliar (poder):
Podem-se citar vários exemplos. (Vários exemplos podem ser citados.)
Pode-se citar um caso. (Um caso pode ser citado.)
Devem-se mencionar três episódios. (Três episódios devem ser mencionados.)
Deve-se mencionar o episódio principal. (O episódio principal deve ser mencionado.)"
A dica de hoje foi extraída do livro Dicas da Dad - português com humor, cuja autora é Dad Squarisi.
Aproveita-se para informar que todas as dicas podem ser encontradas no portal da Esat: efaz.fazenda.intranet.pr.gov.br/
Grande abraço a todos.
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(6/4/2016)
"Esta palavra surgiu de um erro de leitura. Cristóvão Colombo, quando descobriu a América, em 1942, ao fazer referência a silvícolas antropófagos em seu diário de viagem, anotou caribales (plural de caribal, em espanhol), ou seja, habitantes do Caribe. Quem leu a palavra, porém, trocou o r pelo n, fato inverso ao ocorrido como o nome de Millôr Fernandes, que se chama Milton Fernandes. Surgiam, assim, os canibais.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(7/4/2016)
"Usam-se as duas formas, na acepção de tirar a autoridade a, desacreditar:
Foi despedido, porque tentou desautorar (ou desautorizar) o chefe, na frente dos colegas.
Com essa declaração, o presidente desautorou (ou desautorizou) o ministro publicamente.
É uma professora que facilmente se desautora (ou se desautoriza) ante os alunos.
Quem não cumpre a palavra, desautora-se (ou desautoriza-se)."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(8/4/2016)
"É expressão inglesa de amplo emprego entre nós. Usamo-la corretamente no gênero feminino: a happy hour, uma happy hour.
Significa hora feliz. Toda sexta-feira é dia de happy hour."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Pensamento atribuído a Sarah Westphal:
"Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(11/4/2016)
"Ambas as prosódias existem, mas a segunda é a mais aconselhável.
(...)
A prosódia projétil surgiu por influência de réptil, que também admite a forma e prosódia reptil."
Observa-se que existe mudança da sílaba tônica:
projétil e réptil são paroxítonas e têm como plural projéteis e répteis;
projetil e reptil são oxítonas e têm como plural projetis e reptis.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, curiosidades e dificuldades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações no texto, bem como complemento.
Grande abraço e excelente semana a todos.
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(12/4/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas.
RÍPIO
Cascalho ou pedra miúda com que se enchem os vãos deixados nas paredes pelas grandes pedras. Em sentido figurado, palavra que se insere num verso para completar-lhe a medida.
PASSAMANARIA
Designação comum a certos tipos de tecido trabalhado ou entrançado com fio grosso, em geral de seda (passamanes, galões, franjas, borlas, etc.), e destinado ao acabamento ou adorno de roupas, cortinas, móveis, etc.
PASCIGO
Pasto.
PASCER
Fazer pastar.
MACROLOGIA
Estilo difuso; elocução prolixa.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
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(13/4/2016)
Supra é um prefixo e um advérbio (depende da palavra à qual está ligado) e significa citado acima ou anteriormente, sobre, localizado acima de, para lá de.
Podem ocorrer dúvidas relativas à utilização ou não de hífen após esse prefixo.
De acordo com a nova ortografia, temos:
com hífen
a) quando a palavra seguinte iniciar com h: supra-humano, supra-hepático.
b) quando a palavra seguinte iniciar com a (mesma letra final de supra): supra-axilar.
sem hífen
a) quando a palavra seguinte começar com qualquer letra diferente de a e h: supracitado, supramencionado, supraexagerar.
b) quando a palavra seguinte começar com r ou s, dobra-se o r ou o s: suprassumo, suprarracional.
A mesma lógica aplica-se ao antônimo INFRA.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa,
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Acordo Ortográfico (1990) - Mudanças no Português do Brasil,
Editora Saraiva.
Site www.priberam.pt
Data e hora da consulta: 13/4/2016, 11h45.
Grande abraço a todos.
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(14/4/2016)
"Escrevem-se com inicial minúscula: serra do Mar, rio Amazonas, ilha de Marajó, estreito de Magalhães, lagoa Rodrigo de Freitas, oceano Pacífico, golfo Pérsico, península Ibérica, pico da Neblina, cabo Canaveral, pantanal Matogrossense, mata Atlântica. Existe, contudo, uma tendência de usar tais nomes com inicial maiúscula."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(15/4/2016)
"O nome oficial deste popular clube paulista é Sport Club Corinthians Paulista. Os jornais começaram a trazer a forma "Coríntians", na tentativa de aportuguesamento.
A emenda ficou muito pior que o soneto, já que em português não existem palavras terminadas em -an ou -ans, mas apenas em -ã, -ãs.
Assim, se quisessem aportuguesar corretamente, fariam assim: Coríntiãs (forma com que nem palmeirense iria concordar).
Neste caso cabe estrita fidelidade ao nome original: Corinthians.
Já o adjetivo corintiano não deve trazer o h. É caso semelhante ao de Bahia, em que o adjetivo se grafa sem o h: baiano.
Os torcedores corintianos, todavia, às vezes levam faixas ao estádio com a forma "corinthiano". Haveria algum "bahiano" entre eles?
O nome tem origem em corinthians (corintianos), aqueles que nasciam ou habitavam em Corinto, antiga cidade grega. Os antigos corintianos, tidos por boas-vidas, gostavam muito de luxo e de luxúria. Os atuais, nem tanto...
Para encerrar, apenas uma recomendação, pronuncie claramente os fonemas finais; nunca diga "coríntia"!
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Frase atribuída a Thomas Jefferson:
"Eu acredito demais na sorte. E tenho constatado que, quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(18/4/2016)
O verbo valer é irregular e recebe um h em algumas pessoas.
Vejamos alguns exemplos:
Espero que o serviço dele valha o preço que ele cobrará. (adequado)
Espero que o serviço dele vala o preço que ele cobrará. (inadequado)
Eu valho o que penso e faço. (adequado)
Eu valo o que penso e faço. (inadequado)
CONJUGAÇíO COMPLETA
Grande abraço a todos.
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(19/4/2016)
Ambas as formas estão corretas, porém possuem significados bastante diferentes.
Sentar-se à mesa significa posicionar-se sentado ao lado da mesa para, por exemplo, almoçar, participar de uma reunião, jogar cartas.
Exemplos:
Muito elegante, ao sentar-se à mesa para jantar, a linda mulher destacou-se pelo comportamento sóbrio e sereno.
Vários servidores sentaram-se à mesa para discutir as melhores práticas para o desenvolvimento da Instituição.
Sentados à mesa, os amigos de longa data conversam alegremente enquanto jogam dominó.
Sentar-se na mesa significa posicionar-se sobre a mesa, colocar as nádegas na mesa.
Exemplos:
O adolescente sentou-se na mesa e colocou os pés sobre uma cadeira. Imediatamente, o pai o advertiu e ordenou que descesse.
Sentiu tonturas e sentou-se na mesa para não cair.
Infelizmente, é comum o uso de sentar-se na mesa em vez de sentar-se à mesa. Devemos ficar atentos para não cometer esse equívoco.
Grande abraço a todos.
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(20/4/2016)
"Convém não confundir.
Mantilha é o manto de seda ou outro tecido fino com o qual as mulheres cobrem a cabeça e parte do pescoço. As vovós de antigamente gostavam muito de usar mantilha.
Matilha é porção de cães de caça e, em sentido figurado, bando de vagabundos, algo muito comum hoje nas ruas das nossas grandes cidades."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(25/4/2016)
"Esta expressão equivale a no momento certo ou oportuno:
A polícia chegou a tempo e a hora.
O revendedor queria porque queria que eu comprasse um veículo novo, mas só vou trocar de carro a tempo e a horas."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Pensamento para a semana (autor desconhecido):
"Quanto mais preconceituosa uma pessoa é, mais ignorante ela demonstra ser."
Grande abraço a todos.
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(26/4/2016)
INERME
Não armado; sem meios de defesa. Diz-se de animal desprovido de armas naturais de defesa (ferrão, bico, etc) ou de planta sem espinhos ou acúleos.
ELUDIR
Evitar ou esquivar com destreza; furtar-se com habilidade ou astúcia, ao poder ou influência de.
BELICOSO
Que tem ânimo aguerrido; guerreiro. Habituado à guerra. Que incita à guerra (discurso belicoso). Preparado para a guerra. Revolto, agitado.
BELIGERANTE
Que ou aquele que faz guerra, ou está em guerra.
BELISÁRIA
Quantia que o jogador de sorte dá ao que perdeu tudo, para que este ainda possas apostar; estia.
COSICAR
Coser ou costurar à mão (coisas ligeiras).
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
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(27/4/2016)
Apesar de semelhantes, os verbos INTEIRAR e ITERAR, bem como os substantivos correspondentes, e o substantivo INTERAÇíO possuem significados distintos.
INTEIRAR
Tornar inteiro ou completo; completar; perfazer; preencher.
Necessita de R$250,00 para inteirar a quantia que deverá pagar ao amigo.
Completar, terminar.
Pretendia inteirar sua monografia durante o feriado.
Completar, perfazer.
A permanência do servidor no cargo de gestor já inteirou seis meses.
Completar (quantia)
Minha mulher inteirou os vinte reais que faltavam para pagar o jardineiro.
Dar notícia completa, informar bem, fazer ciente, cientificar.
O servidor ficou muito atento durante a reunião, a fim de inteirar seus colegas acerca de tudo o que foi discutido.
Tornar-se ciente, conhecer bem.
Leu com muito cuidado o relatório circunstanciado, para inteirar-se da situação.
O substantivo correspondente é inteiração.
ITERAR
Tornar a fazer ou a dizer, repetir, reiterar.
Em várias oportunidades, o gestor iterou a necessidade de todos trabalharem com comprometimento e dedicação, de todos ofertarem o seu melhor.
O substantivo correspondente é iteração.
INTERAÇíO
Ação que se exerce entre duas ou mais coisas, ou duas ou mais pessoas; ação recíproca.
As obras daquele autor promovem a interação entre ficção e realidade.
Nos cursos a distância, é bastante proveitosa a interação entre os alunos, bem como entre estes e os tutores. Há muito ganho com esta prática.
O adjetivo correspondente é interativo.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
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(28/4/2016)
"A palavra inglesa impeachment (pronuncia-se impítchment) é mais específica que a vernácula impedimento (que pode existir até em futebol). Daí por que tem a preferência dos juristas e jornalistas. Podem, contudo, ambas ser usadas, sem problemas. Não há como rejeitar um estrangeirismo, quando ele é necessário, mais adequado, conveniente ou apropriado que a palavra vernácula. Há algum tempo, tivemos um presidente da República que sofreu processo de impedimento. Muitos cientistas políticos, à época, defendiam o uso da palavra em inglês: impeachment, condenando o seu aportuguesamento, pois, segundo eles,a palavra impedimento não teria o mesmo alcance do significado jurídico do termo inglês."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(29/4/2016)
ILUMINURA é um tipo de pintura decorativa aplicada às letras capitulares dos códices de pergaminho medievais. O termo se aplica igualmente ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos produzidos principalmente nos conventos e abadias da Idade Média. A sua elaboração era um ofício refinado e bastante importante no contexto da arte do Medievo.
No século XIII, iluminura referia-se sobretudo ao uso de douração. Portanto, um manuscrito iluminado seria, no sentido estrito, aquele decorado com ouro (ou prata). Supõe-se que o termo iluminura seja derivado de 'iluminar' (do verbo latino illuminare), por alusão às cores luminosas e vibrantes dos elementos decorativos, que se destacavam na página escrita. É possível também que a palavra derive de alume, especificamente em alusão ao alume de potássio (sulfato duplo de alumínio e potássio dodecaidratado, chamado de "lume" no Medievo), que era misturado a corantes vegetais, obtendo-se, assim a laca aluminada, frequentemente usada nas iluminuras.
A palavra iluminura é frequentemente associada a miniatura, termo italiano derivado do latino miniare, que significa pintar com mínio, um pigmento de cor vermelha (podendo corresponder ao cinábrio, isto é, ao sulfeto natural de mercúrio ou, segundo outras fontes, ao óxido de chumbo ao). Uma miniatura designa, em sentido amplo, a representação de uma cena ou de um personagem em um espaço independente da letra inicial (capitular) do manuscrito. O termo sofreu influência semântica da noção de 'pequena dimensão', expressa em latim por minor, óris, minus (menor) e minìmum (pequena quantidade). A arte dos povos bárbaros , que conquistaram o Ocidente e se converteram ao cristianismo, era portátil, baseada em objetos pequenos. Assim, segundo Houaiss, o termo se difundiu através do francês e do inglês, no século XVI, com predominância do significado "representação em pequenas dimensões".
IMAGENS DE ILUMINURAS
Fonte de consulta:
Site wikipédia: pt.wikipedia.org/wiki/Iluminura
Data e hora da consulta: 28/4/2016, às 9h15
Pensamento atribuído a Cora Coralina:
"Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar,
ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida,
que o mais importante é o decidir."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(2/5/2016)
Segue mais um lista de palavras pouco conhecidas e utilizadas.
ANELOS
Anseios, expectativas.
OPÍPARAS
Esplêndidas, pomposas, suntuosas.
CORNUCÓPIA
Corpo mitológico, atributo da abundância, e símbolo da agricultura e do comércio.
PLUTOCRACIA
Influência do dinheiro. Preponderância dos homens ricos. Dominação da classe capitalista, detentora dos meios de produção, circulação e distribuição de riquezas, sobre a massa proletária, mediante um sistema político e jurídico que assegura àquela classe o controle social e econômico.
ENGAÇO
Ramificação dos cachos de uva. Haste ou pedúnculo do fruto. Bagaço.
ESCANGANHAR
Separar (os bagos das uvas) do engaço.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
DICA 493
(3/5/2016)
Pai e filho compareceram; ambos são engenheiros.
TODOS só se emprega de três em diante (sempre sem o artigo, nessa situação):
Juçara, Filipe e Virgílio chegaram, todos três são meus amigos.
Luísa, Denise, Marisa e Maísa são minhas alunas; todas quatro passaram.
Se, todavia, um numeral anteceder o substantivo, emprega-se o artigo. Assim, p. ex.:
Todos os três convidados que chegaram são meus amigos.
Todas as quatro alunas que passaram são filhas do diretor."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações no conteúdo e na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
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(4/5/2016)
As duas formas são aceitas. Em alguns casos, usa-se diabetes, que, apesar do "s" final, trata-se de um vocábulo no singular. Assim, tem-se: o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes.
Exemplo: Na aula de biologia, estudaremos o diabete.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(5/5/2016)
"São ambas corretas.
Âmen é palavra hebraica e significa assim seja! Pl.: amens (paroxítona e sem acento, a exemplo de hifens, nuvens, etc.).
Amém é forma aportuguesada. Pl.: améns. A pessoa que costuma dizer amém a tudo, ou seja, que sempre está concordando com tudo, se diz amenista."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(6/5/2016)
Nos primórdios do século passado, vagava pelas ruas cariocas um mendigo muito popular (naquela época os mendigos eram escassos e populares).
A criatura esmolava comida, sempre implorando um pedaço de pão duro. A reiteração da súplica imprimiu-lhe o apelido: Pão Duro.
Falece o mendigo e descobre-se que seu refúgio abrigava uma pequena fortuna em dinheiro, contas bancárias e títulos. Quer dizer, o sujeito era mesmo mendigo por vocação, faltando-lhe apenas carteira profissional assinada pela prefeitura. E aí a expressão PíO-DURO passou a designar o avarento e PíO-DURISMO, a sua prática, que é a inércia.
O homem sovina é pão-duro. E a mulher? É “pão-dura”? Não, porque duro é o pão e não a mulher — uma mulher pão-duro teoricamente não há de ser uma mulher dura.
Em resumo, PíO-DURO não varia em gênero: HOMEM PíO-DURO, MULHER PíO-DURO.
Antes que alguém pergunte: o plural de PíO-DURO é PíES-DUROS (homens pães-duros, mulheres pães-duros).
Pensamento atribuído a Sir Arthur Lewis:
"A educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
SEFAZ-ES/SUBSAD/GEDEF/SUDER
GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(9/5/2016)
A dica de hoje abre espaço para a poesia. Millôr Fernandes, com muita criatividade, aproximou dois mundos considerados opostos por muitos: a subjetividade do português e a lógica da matemática. Dessa aproximação, nasceu a POESIA MATEMÁTICA.
O link abaixo dá acesso ao texto.
TEXTO
O link abaixo dá acesso à poesia declamada.
DECLAMADA
Grande abraço a todos.
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(10/5/2016)
FONDUE
De acordo com o Dicionário Aurélio, é substantivo feminino. É palavra francesa, por isso deve ser grafada em itálico.
De acordo com o Serviço Telegramática da Prefeitura de Curitiba, que se baseou no Dicionário Houaiss, é substantivo de dois gêneros, ou seja, pode ser usado no masculino e no feminino.
Assim, podemos ter:
A fondue de queijo estava muito boa.
O fondue de carne estava delicioso.
MUSSE
É forma aportuguesada derivada do francês mousse (espuma). Trata-se de substantivo feminino.
Exemplo: A musse de damascos que minha namorada faz é inigualável.
ECHARPE
É forma aportuguesada derivada do francês écharp. Trata-se de substantivo feminino.
Exemplo: A echarpe verde que a linda mulher usava a deixava ainda mais atraente.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Serviço Telegramática da Prefeitura de Curitiba
Fone: (41) 3218-2425
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(11/5/2016)
"A palavra gari vem de nome próprio: Aleixo Gary, que foi o primeiro proprietário de empresa de serviços de limpeza do Rio de Janeiro, no final do século XIX. Seus funcionários eram inicialmente chamados pela população de empregados do Gary; posteriormente, apenas garis, aplicada, assim, mais uma vez, a lei do menor esforço, lei de que o povo tanto gosta, desde os tempos do latim vulgar. Daí surgiu o verbo garibar (=limpar) e o substantivo garibada, que muitos trocam por guaribar e guaribada, formas que um dicionário recém-publicado atribui a um topônimo. Por isso, garibada e guaribada e garibar e guaribar viraram formas variantes, ou seja, podem ser usadas umas pelas outras."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
De acordo com o Dicionário Aurélio, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, o substantivo feminino guaribada é uma gíria e significa "1. Limpeza, polimento e retoque que se faz na primeira pintura de automóvel que vai ser vendido para dar-lhe melhor aspecto e, consequentemente, obter-se melhor preço. 2. P. ext. Melhoramento no aspecto de pessoas ou coisas."
A edição consultada não registra os verbetes garibar, guaribar e garibada.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(12/5/2016)
"Muitos substantivos formados a partir de verbos são escritos com essas três terminações, e a grafia delas - s, ç ou ss - depende de terminação do verbo. Veja as orientações a seguir:
Regra 1: Se o verbo apresenta -nd-, a terminação do substantivo é grafada com s (-são).
Exemplos:
suspender - suspensão
compreender - compreensão
expandir - expansão
ascender - ascensão
escandir - escansão
repreender - repreensão
Regra 2: Se o verbo forma-se a partir do verbo ter, a terminação do substantivo é grafada com ç (-ção).
Exemplos:
deter - detenção
conter - contenção
abster - abstenção
reter - retenção
manter - manutenção
Regra 3: Se o verbo apresenta -prim-, -ced- ou -gred-, a terminação do substantivo é grafada com ss (-ssão).
Exemplos:
exprimir - expressão
comprimir - compressão
suceder - sucessão
ceder - cessão
agredir - agressão
progredir - progressão
conceder - concessão
regredir - regressão
reprimir - repressão
deprimir - depressão"
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
A Esat efetuou adaptações na forma de apresentação.
Grande abraço a todos.
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(13/5/2016)
Segue relação de substantivos e os respectivos adjetivos correspondentes, que, por vezes, deixam as frases mais ricas, elegantes.
AVE DE RAPINA - ACIPITRINO
Os hábitos das aves de rapina são muito estudados por biólogos.
Os hábitos acipitrinos são muito estudados por biólogos.
ABACAXI - BROMELIÁCIO
A cultura de abacaxis propicia bons lucros.
A cultura bromeliácia propicia bons lucros.
ACAMPAMENTO MILITAR - CASTRENSE
Nas áreas dos acampamentos militares, os soldados recebiam importantes treinamentos.
Nas áreas castrenses, os soldados recebiam importantes treinamentos.
VEADO - CERVINO, ELAFIANO
A rapidez dos veados é arma importante contra seus predadores.
A rapidez cervina / elafiana é arma importante contra seus predadores.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Frase atribuída a Rayline Sandra S. D.
"Sexta-feira 13, sábado 14 , domingo 15. E daí?
O importante é que hoje é sexta-feira!"
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(16/5/2016)
Aliteração é uma figura de linguagem.
"É um recurso expressivo que consiste em repetir um mesmo som consonantal ou alguns sons consonantais semelhantes para criar um efeito acústico que sugere determinado som ou ruído. No trecho abaixo, por exemplo, a aliteração sugere, de forma clara, o barulho da chuva ao cair."
"A chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo de perder a cabeça
Não saia do meu lado
Segue o meu pierrô molhado
E vamos embora ladeira abaixo
acho
que a chuva ajuda a gente a se ver
venha
veja
deixa
beija
seja
o que Deus quiser
(Caetano Veloso)"
Fonte de consulta:
Aprender e Praticar Gramática.
Autor: Mauro Ferreira.
Grande abraço a todos.
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(17/5/2016)
O que significa filipeta?
Uma das acepções desse vocábulo é "Pequena folha volante."
Dá para explicar melhor?
Com certeza.
As filipetas são usadas, por exemplo, para que os participantes de um seminário redijam perguntas para os palestrantes.
Exemplo:
Durante o VI Seminário do Fisco Paranaense, os presentes poderão efetuar perguntas aos palestrantes pelo preenchimento de filipetas que lhes serão entregues.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(18/5/2016)
São dois vocábulos idênticos, dotados de traços singulares.
Tratamos, assim, de uma questão semântica, pois temos o Estado equivalente a uma determinada instituição, o estado que representa as diversas regiões de um dado lugar e estado que se atribui à forma pela qual uma pessoa se apresenta, no caso, o estado de saúde, o estado emocional, entre outros.
Desta forma, vejamos:
1. Quando nos referimos ao “Estado” instituição, devemos grafar sempre com letra maiúscula.
Exemplo:
É dever do Estado cuidar das questões referentes aos órgãos que dele fazem parte.
2. No caso de nos referirmos a alguma região brasileira ou alguma circunstância, devemos grafar com letra minúscula.
Exemplos:
Moramos no estado do Espírito Santo.
É bem provável que o estado de saúde de José melhore brevemente.
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GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DO SERVIDOR FAZENDÁRIO (GDFAZ)
(19/5/2016)
"Convém não confundir.
Diagnóstico é a identificação ou determinação da natureza e da causa de uma doença pelos sintomas.
Os médicos fazem diagnósticos.
Prognóstico é a predição de fatos futuros mediante estudo de sinais, sintomas, regras, fatos históricos, etc.
Os astrólogos fazem prognósticos."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(20/5/2016)
"Não há problema algum no uso do verbo cair neste caso, que tem até explicação: na velha (e boa) escola, os professores procediam a um sorteio para saber qual o assunto que iria constar das provas ou dos exames. Empregavam, então, muitas bolinhas numeradas, cada uma correspondendo a um ponto da lição. Depois de misturá-las, faziam apenas uma delas cair na mesa. Daí ao caiu o verbo, caiu o teorema de Pitágoras, caiu corpo humano, caiu mecânica, caiu Guerra do Paraguai, etc., foi apenas um passo."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Mensagem veiculada numa rede social, sem identificação do autor:
"PARABÉNS A VOCÊ QUE:
- Nunca precisou humilhar ninguém.
- Que nunca iludiu ninguém.
- Que nunca usou ninguém.
- Que não fala te amo pra todo mundo.
- Que dá valor.
- Que sabe perdoar.
- Que sabe ouvir.
- Que não tem preconceito.
- Que não promete em vão.
- Que respeita.
- Que não muda diante dos outros.
PARABÉNS."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(23/5/2016)
Qual é a origem da palavra piscina? E o que significa o elemento “dromo” de autódromo, hipódromo, sambódromo e camelódromo?
1) Piscina vem de peixe. Na sua origem, piscina é um “viveiro de peixes”. É um reservatório de água onde era comum criar peixes. Hoje em dia, designa também um tanque artificial para natação. Em razão disso, nós fomos para a piscina e pusemos os peixes no aquário, que vem de água.
Além da piscina, é bom lembrarmos outras palavras derivadas de peixe: pisciano (quem nasce sob signo de Peixes); piscicultura (arte de criar e multiplicar peixes); pisciforme (que tem forma de peixe); piscoso (lugar em que há muito peixe).
2) Dúvida de muitos: “O elemento de composição dromo, de origem grega, tem o significado de “lugar para correr”, como atestam os bons dicionários. Assim existem as palavras autódromo, velódromo, hipódromo...
Entretanto, o popular, nos últimos anos, fez a criação de sambódromo, camelódromo, para designar, respectivamente, o lugar onde as escolas de samba desfilam e o lugar onde se reúnem os camelôs. Esses neologismos, que estão sendo incorporados ao idioma, estariam “errados”, já que o que se faz num sambódromo e num camelódromo não é nenhuma corrida.”
A crítica se deve à alteração do sentido original do elemento “dromo” (=pista, lugar para corridas). Daí o autódromo, que é o local próprio para corridas de automóveis; o hipódromo, que é a pista para corrida de cavalos; velódromo, para corridas de bicicletas.
Hoje em dia, “dromo” passou a designar apenas o “lugar”, e não mais a pista: sambódromo é o lugar para os desfiles de escolas de samba (não há a necessidade de nossos sambistas desfilarem “correndo”); camelódromo é o local próprio para os camelôs venderem suas mercadorias (lá, os camelôs não precisam fugir “correndo”); fumódromo é o local apropriado para os fumantes (não significa que é preciso fumar “correndo” para voltar logo ao trabalho).
A língua é viva. Em razão disso, não há nada errado em uma palavra ou elemento formador ganhar novos sentidos e usos. É dessa forma que as línguas evoluem e se transformam com o passar dos tempos. A língua portuguesa que falamos hoje não é a mesma dos nossos avós, não é a mesma dos tempos de Machado de Assis e José de Alencar, muito menos da época de Camões.
As mudanças fazem parte da evolução das línguas vivas. Isso é natural.
Cuidado para não cair em armadilhas!
1ª) Policiais não deteram os criminosos.
Deve ser por isso que os criminosos fogem. O verbo DETER é derivado de TER, logo deve seguir sua conjugação. Se eles TIVERAM, o correto é DETIVERAM.
2ª) Foram chamados os que ainda não deporam na CPI.
Assim ninguém vai depor. Os derivados do verbo PÔR devem seguir sua conjugação. Se eles PUSERAM, o correto é DEPUSERAM.
3ª) O juiz já interviu no caso.
Se “interviu”, foi mal. O verbo INTERVIR deve seguir a conjugação do verbo VIR. Se ele VEIO, “o juiz já INTERVEIO no caso”.
4ª) Ele não tinha intervido no caso.
Assim não dá. O particípio do verbo VIR é VINDO (igual ao gerúndio). O correto, portanto, é “Ele não tinha INTERVINDO no caso”.
5ª) Está prevista uma paralização para a próxima semana.
Será um fracasso. Se paralisia se escreve com “s”, as palavras derivadas devem ser grafas com “s”: paralisar e PARALISAÇíO.
6ª) Ele luta por sua ascenção profissional.
Assim fica difícil. Os substantivos derivados de verbos terminados em “-ender” (apreender, pretender, compreender, ascender) devem ser escritos com “s”: apreensão, pretensão, compreensão, ASCENSíO.
7ª) Viajou a Tókio.
Não conheço essa cidade: com acento e “k”. Isso não é português nem inglês, que não tem acentos gráficos. A forma aportuguesada é TÓQUIO.
8ª) Era lutador de karatê.
A letra “k” não combina com acento gráfico. É mistura de inglês com português. A forma aportuguesada é CARATÊ.
9ª) Vire a esquerda.
Aprender crase em placa de trânsito é um perigo. Formas femininas que indicam “lugar, direção” recebem acento indicativo da crase: “Vire à esquerda”.
10ª) Obras à cem metros.
Não disse que placa de trânsito é um perigo? Não põe o acento da crase quando deve, e põe quando não deve. Antes de palavras masculinas, não há crase: “Obras a cem metros”.
Fonte: http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/
(Artigo do Prof. Sérgio Nogueira - consulta Internet em 23/5/2016, 8h)
(24/5/2016)
"Convém não confundir.
Matar a fome é saciá-la, é pôr alimento no estômago, é deixar de ter fome. Basta almoçar ou jantar para matar a fome.
Matar à fome é matar de fome: quem sequestra e não alimenta o sequestrado mata-o à fome. Em alguns países, a seca costuma matar à fome. No Brasil poucos matam a fome, a corrupção e a incompetência continuam matando à fome."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi. A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço a todos.
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DOBLETE (doblête)
Pedaço de vidro, que imita pedra preciosa.
DOBLEZ (doblêz)
Insinceridade, fingimento, hipocrisia.
BOSQUEJO (bosquêjo)
Primeiros traços, imprecisos ainda, que antecedem o plano geral de uma obra, e iniciais no processo de criação. Esboço, rascunho. Descrição sumária, resumo, síntese.
BOTOCAR (bôtôcar)
Saltar para fora, sair.
CECOGRAFIA (cêcografia)
Sistema de escrita para cegos. Ato de ensinar os cegos a escrever.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Serviço Telegramática, da Prefeitura de Curitiba,
(41) 3218-2425.
Provérbio chinês:
"Treine enquanto eles dormem,
estude enquanto eles se divertem,
persista enquanto eles descansam,
e, então, viva o que eles sonham."
Grande abraço, bom feriado e fim de semana.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(30/5/2016)
A Dica de portuga 499 trouxe informações sobre a origem da palavra gari.
Um dos leitores enviou texto sobre o apelido margarida e sugeriu publicação de uma dica a respeito.
Vamos lá.
"No início da década de 70, havia carência de mão-de-obra masculina em São Paulo para serviços de varrição, já que os melhores profissionais eram requisitados pelas empresas responsáveis pela construção do metrô.
Naquela época, o então gerente da filial Piracicaba, José Mauro Porto, foi designado pela diretoria de Operações da VEGA para incluir as mulheres no serviço de limpeza pública. A experiência pioneira foi feita com absoluto sucesso e, logo em seguida, repetida em outras regiões, na Capital. Antes mesmo de o teste ser feito em São Paulo, havia uma preocupação em encontrar um nome popular que servisse de alternativa aos já tradicionais, como varredora e servente.
Pensou-se na cor branca, que é sinônimo de limpeza, e na flor, que representa a mulher. Imediatamente, margarida foi considerada o mais adequado, inclusive porque nesse nome está contida a palavra gari. Dias depois, a mídia e a sociedade em geral aceitaram - e elogiaram - o ingresso da mulher na nova atividade profissional junto com seu apelido de trabalho.
A VEGA abriu um novo mercado para as mulheres, que desde então se dedicam à atividade com interesse, merecendo o respeito dos pedestres que passaram a ter um motivo a mais para evitar sujar as ruas e manter a cidade limpa."
Fontes de consulta:
Site www.vega.com.br/DicasCuriosidades.html
Site blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/voce-sabe-quem-foi-gari-e-a-margarida/
Grande abraço.
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(31/5/2016)
Uma das possibilidades é a flexão dos substantivos em grau: aumentativo e diminutivo.
Vejamos alguns exemplos de aumentativos.
Luz - Luzerna
Fatia - Fatacaz
Corpo - Corpanzil
Faca - Facalhão, facalhaz, facão
Prato - Pratarraz, pratarrão, pratalhaz, pratázio
Penha - Penhasco
Navio - Naviarra
Nariz - Narigão, nariganga, narigolê, narilão
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Site www.aulete.com.br (Dicionário Aulete digital )
Site www.normaculta.com.br
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(1.°/6/2016)
HUMOR
Do latim umor, significa “estar molhado”, “líquido” ou “úmido”.
Na língua portuguesa, a palavra humor se originou a partir da raiz do latim umor, que por sua vez deriva do termo umere, que quer dizer “líquido”, “molhado” ou “úmido”.
Este significado está relacionado com uma antiga crença dos gregos antigos. Supostamente, o corpo humano estaria preenchido com quatro líquidos básicos, que eram conhecidos por humores.
Cada um dos líquidos simbolizava um elemento básico da natureza: sangue (o ar), bílis amarela (o fogo), bílis negra (a terra) e fleuma (a água).
A adição da letra “h” ao termo latino ocorreu a partir de um erro de associação com a palavra hummus, que em latim significa “terra”.
O balanceamento de todos os líquidos era considerado essencial para a boa saúde. Supostamente, quando a pessoa estava com um bom equilíbrio dos líquidos, dizia-se que estava de “bom humor”.
BÍLIS
Do latim bilis, que significa “o que transporta”.
O termo bile ou bílis é dado para denominar a secreção produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, essencial para o processo digestivo.
De acordo com alguns etimologistas, o termo latino é composto pela junção de bis, que significa “dois” ou “duplo”, e lis, que quer dizer “contenção”. Assim, bilis significava “duplo motivo da raiva”.
Os povos antigos acreditavam que quando a bile era retida, os ânimos das pessoas ficavam alterados, provocando estados de ira.
Na língua latina, era mais comum o uso do termo fel para se referir ao bílis armazenado na vesícula biliar, e bilis se referia à secreção desta substância.
Os gregos utilizavam o termo kholos para se referir ao mesmo conceito dos latinos, daí o fato das palavras bilioso e colérico serem, atualmente, consideradas sinônimos na língua portuguesa.
NARIZ
Do latim nasus, referente aos orifícios das narinas.
A palavra nariz chegou à língua portuguesa através do latim nasus.
No entanto, de acordo com os etimologistas, este termo seria derivado do Indo-Europeu nas, ou do sânscrito nás, que eram utilizados para se referir ao cheiro das coisas (olfato) ou ao “bom gosto”.
O termo latino nasus também era utilizado com um segundo significado que, entretanto, foi extinto na atualidade: “pessoa engraçada” ou “indivíduo de espírito gozador”.
A partir desta mesma raiz etimológica surgiram outros nomes, como narigudo, narigão ou nasal, por exemplo.
TUPINIQUIM
A expressão "tupiniquim", usada (às vezes de forma negativa) com o sentido de brasileiro, deriva da expressão tupin-i-ki, significando "tupi ao lado, vizinho", conforme o Dicionário Etimológico Brasileiro, ou ainda "tribo colateral, o galho dos tupi" de acordo com o Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa. É um exemplo de metonímia, uma forma de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro em função da relação de semelhança ou a possibilidade de associação entre eles. No caso, a associação é feita com a tribo dos Tupiniquins (ou Tupinikins), um grupo indígena brasileiro, pertencentes à nação Tupi, cujo território atual é o município de Aracruz, no norte do Espírito Santo.
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 30/5/2016, às 16h45.
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(2/6/2016)
"Convém não confundir.
Enquete é um conjunto de opiniões ou testemunhos breves acerca de uma pessoa ou coisa, geralmente reunido por veículo de comunicação de massa (jornal, revista, TV, etc.).
Pesquisa é um estudo sistemático e investigação científica minuciosa acerca de um assunto ou campo de conhecimento, para descobrir ou estabelecer fatos, corrigir teorias, princípios, etc.
A pesquisa sempre tem cunho científico, no que difere substancialmente da enquete. O que as emissoras de televisão fazem, pedindo aos telespectadores que respondam sim ou não a uma pergunta, é, portanto, simples enquete."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço a todos.
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(3/6/2016)
"Convém não confundir.
A primeira expressão equivale a faz tempo, e a segunda a em tempo.
Há tempo que não chove por aqui.
Cheguei a tempo de assistir a todo o jogo.
A segunda sempre vem acompanhada da preposição de."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Pensamento atribuído a Suyane Rosa:
"É preciso encher o balde com comprometimento, empenho, dedicação e qualidade, se quiser derramar sucesso."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(6/6/2016)
"É esta a palavra correta.
Maisena se escreve com s, porque deriva de mais, do taino mahisi, nome de uma gramínea. Como em espanhol se grafa maiz e no inglês também aparece a letra z na palavra, o nome comercial foi registrado com z (Maizena). Aliás, os povos de língua inglesa apreciam muito trocar o nosso s com som de z pela própria letra. Haja vista o nome do nosso país, que, internacionalmente, é conhecido com z: made in Brazil, Miss Brazil, etc."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Em 5 de junho, comemora-se o dia mundial do meio ambiente. Em homenagem, as dicas de portuga desta semana trarão mensagens sobre o tema.
Frase estampada em uma camiseta (o autor é desconhecido):
"A natureza é como um todo; cada espécie que se extingue é um pedaço da gente que se vai."
Grande abraço a todos.
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(7/6/2016)
"Fem.: giganta.
Quando começou a crescer, na adolescência, ela se tornou uma giganta.
Hortênsia diz que seu sonho é ser uma giganta do automobilismo mundial.
Essa mulher foi uma giganta na defesa da democracia.
Como adjetivo, é invariável: homem gigante, mulher gigante."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
"Quando a última árvore cair, derrubada;
quando o último rio for envenenado;
quando o último peixe for pescado;
só então nos daremos conta de que dinheiro é coisa que não se come."
(sem identificação do autor)
Grande abraço.
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(8/6/2016)
"Ambas as formas existem, mas a primeira tem leve preferência.
Diz-se o mesmo em relação a traslado e translado: No pacote turístico está incluído o traslado do aeroporto para o hotel e também deste para as praias distantes."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
"Se as árvores dessem sinal Wi-Fi, muita gente iria plantar e cuidar delas.
Mas como só dão oxigênio, pouca gente se importa com isso."
(sem identificação do autor)
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário.
(9/6/2016)
Pois é, alguns ensinamentos relativos ao nosso idioma causam surpresa, notadamente porque, muitas vezes, diferem do conhecimento que temos, da forma como utilizamos certas expressões.
A dica de hoje causa surpresa por dois motivos: pela pronúncia e pela presença da preposição "a".
Vamos lá!
"PESE
Elemento que entra na locução prepositiva em que pese a. Pronuncia-se pêze, já que a palavra se relaciona com pêsames.
Em que pese ao temporal, chegamos bem em casa.
O Palmeiras venceu bem, em que pese ao árbitro paraguaio.
Elegeram o candidato do governo, em que pese à atual situação.
Muitos usam apenas "em que pese", esquecendo-se de que toda locução prepositiva termina por uma preposição."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antônio Sacconi.
Pensamento atribuído ao Dalai Lama:
"A vida é tão preciosa para uma criatura muda quanto é para o homem.
Assim como ele busca a felicidade e teme a dor, assim como ele quer viver e não morrer, todas as outras criaturas anseiam o mesmo."
Pensamento atribuído a Chico Xavier:
"Ambiente limpo não é o que mais se limpa, e sim o que menos se suja."
Pensamento atribuído a Victor Hugo:
"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve."
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(10/6/2016)
ESCREVA ASSIM | E NíO ASSIM |
Beneficente | Beneficiente |
Besouro | Bisorro |
Bicarbonato | Bicabornato |
Cabeçalho | Cabeçário |
Chassi | Chassis |
Cinquenta | Cincoenta |
Consciencioso | Conscencioso |
Cuspida | Guspida |
Genealogia | Geneologia |
Observação:
O plural de chassi é chassis, portanto: um chassi, dois chassis, quatro chassis.
É incorreto usar chassis se nos referimos a uma unidade.
O chassis do meu carro foi danificado. (incorreto)
O chassi do meu carro foi danificado. (correto)
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de pronúncia correta, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A observação foi efetuada pela Esat.
Apenas as gaiolas e as jaulas vazias são felizes.
Ame, cuide, preserve, proteja, liberte.
Carlos Dell'Agnelo.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(13/6/2016)
DOMINGO
O primeiro dia da semana tem uma vinculação direta com a ideia de início, nascimento, vida. Por isso foi dedicado ao Sol, que, com a sua luz, remete ao início de um novo tempo que se inicia no domingo. O dia que precede a segunda-feira já se chamou "primeira-feira" (prima feria, em latim). Mas o imperador romano Flávio Constatino (280-337 d.C), após se converter ao cristianismo, mudou o nome para Dominica Dies, que evoluiu para Dominus Dei (= dia do Senhor), que é a origem do domingo (em português e espanhol), Dimanche (francês) e Domenica (italiano).
SEGUNDA-FEIRA
O segundo dia da semana era normalmente vinculado ao continuísmo, à fluidez das transformações. Talvez por isso a Lua fosse a grande homenageada nesse segundo dia. Ela seria o oposto do nascer do Sol, uma constatação de que outros dias se seguirão e determinadas transformações serão neles realizadas.
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 13/6/2016, às 8h.
Grande abraço a todos.
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(14/6/2016)
"Terça-feira está relacionada a Marte, o deus das guerras. Roma, tendo sua história marcada por diversos e intensos conflitos militares, era um grande centro de adoração à divindade militar. Segundo a lenda, a tamanha devoção a Marte fez com que ele fosse impelido a oferecer um resistente escudo que representava os anos que a cidade de Roma duraria. A partir de então, as oferendas a Marte passaram a ser às terças-feiras."
Plural: terças-feiras.
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 14/6/2016, às 13 horas.
A Esat efetuou adaptações no texto.
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(15/6/2016)
"De acordo com as tradições romanas, este dia poderia se referir tanto aos mercadores quanto aos ladrões. Mercúrio, que era considerado o deus protetor de todos os comerciantes, era cultuado nesse dia da semana.
Segundo a crença corrente, a devoção a esse deus garantia sucesso nas transações comerciais a serem realizadas."
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
A Esat efetuou adaptações no texto.
Grande abraço.
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(16/6/2016)
"O dia foi destinado ao estrondoso poder do deus Júpiter. Ele, considerado o pai de todos os deuses, tinha o poder de mudar os ventos, realizar tempestades e enviar trovões.
Uma divindade de similar poder foi encontrada na mitologia nórdica: o deus Thor teria poderes de igual importância."
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Grande abraço.
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(17/6/2016)
"Seguindo a admiração por deuses poderosos, a sexta-feira acabou sendo tradicionalmente escolhida como o dia da deusa Vênus, que representava um dos mais possantes sentimentos humanos: o amor."
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
O site wikipedia traz mais informações sobre a origem dos dias da semana e outras correlatas. Quem quiser saber um pouco mais poderá clicar no link abaixo.
WIKIPEDIA
Frase atribuída a Bob Marley:
"São as atitudes e não as circunstâncias que determinam o valor de cada um. O que você diz, com todo respeito, é apenas o que você diz."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(20/6/2016)
“A palavra sábado deriva do latim sabbatum, que por sua vez deriva do Shabat hebraico (שבת, transliterado como shabāt), que designa o dia de descanso entre os judeus e alguns grupos de cristãos, principalmente os adventistas.
Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses, dedicando o dia de Sábado ao deus Saturno, o que originou em inglês a denominação Saturn's day, posteriormente abreviada para Saturday, e no holandês Zaterdag, com o significado de "Dia de Saturno".
Entre os romanos, por exemplo, este dia era dedicado a Saturno, deus da agricultura, e representava um dia de descanso na semana pela boa colheita”
A dica de hoje foi extraída do site pt.wikipedia.org
No link abaixo, há outras informações sobre o sábado, inclusive como se chama em outros idiomas.
WIKIPÉDIA
Grande abraço a todos.
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(21/6/2016)
"Convém não confundir.
Pequenez é a qualidade de pequeno: a pequenez de um anão.
Pequinês é o que nasceu em Pequim, China e também nome de uma raça de cães pequenos, de olhos salientes e longas franjas, originária da China."
Acentuação
Por que se acentua pequinês (oxítona), mas não se acentua pequenez (oxítona)?
A explicação está na regra: acentuam-se as oxítonas terminadas em a, as, e, es, o, os, em e ens.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou complemento.
Grande abraço a todos.
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(22/6/2016)
"Convém não confundir.
Comburente é o corpo que mantém a combustão.
Combustível é a substância ou mistura de substâncias capaz de desprender quantidade razoável de energia em relação ao próprio volume ou massa, num processo de combustão. Os derivados de petróleo, os álcoois, o gás de iluminação, o carvão de pedra, a lenha, são combustíveis, mas o oxigênio e o cloro são comburentes, que se encontram quase sempre em estado gasoso; só em circunstâncias especiais se apresentam como líquidos ou sólidos. É o caso dos explosivos, em que o comburente está intimamente misturando com o combustível." (...)
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(23/6/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
SUBVÉSPERO (subvéspêro)
Diz-se do vento que sopra do poente; subvespertino.
SÚCUBO (súcubo)
Que se coloca por baixo. Demônio feminino que, segundo velha crença popular, vem pela noite copular com um homem, perturbando-lhe o sono e causando-lhe pesadelos. Indivíduo sem força de vontade, que se deixa sugestionar por outro de personalidade mais forte.
PUNDONOR (pundônôr)
Sentimento de dignidade, brio, honra, decoro.Suscetibilidade exagerada em questões de amor-próprio; zelo da própria reputação.
PUNÍCEO (punícêo)
Da cor da romã; vermelho; purpúreo, purpurino.
JATOR (jatôr)
Lanterna elétrica portátil, de pilhas.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(24/6/2016)
ESCREVA ASSIM | E NíO ASSIM |
Abóbada | Abóboda |
Adivinhar | Advinhar |
Alcaguete | Caguete |
Caderneta | Cardeneta |
Lagarto | Largato |
Calidoscópio | Caleidoscópio * |
Decote | Degote * |
Desapropriar | Desapropiar |
Cochinchina | Conchinchina |
Observações:
Caleidoscópio: esta grafia está registrada no Aurélio.
Degote: esta grafia está registrada no Aurélio como variante popular de decote.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de pronúncia correta, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Também houve consulta ao Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Pensamento atribuído a Noemy Fuli:
"A modernidade e eu temos um acordo: estamos em paz enquanto ela não me faz negar minhas crenças,
que têm sido repassadas aos homens de geração em geração antes e depois de Cristo."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(27/6/2016)
Fobia é um sufixo de origem grega e significa medo intenso, aversão irracional.
Algumas palavras que contêm este sufixo são bastante conhecidas: hidrofobia (medo, aversão à água); fotofobia (aversão à luz).
O léxico (conjunto de palavras que compõem um idioma) é algo vivo, está em constante mutação: algumas palavras desaparecem, outras surgem.
Um termo incorporado recentemente à língua portuguesa é NOMOFOBIA. Surgiu da associação do inglês NO MOBILE com o sufixo FOBIA. Surgido na Inglaterra, significa ter medo de ficar sem um equipamento de comunicação móvel, sem um computador com acesso à internet e, portanto, sem possibilidade de comunicação por estes equipamentos. Definitivamente, um termo moderno para descrever uma doença moderna.
A pronúncia aproximada de NO MOBILE é
nou moubou (inglês americano);
nou moubaiou (inglês britânico).
A sílaba tônica da segunda palavra está sublinhada.
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Site wikipedia.org
Site dictionary.cambridge.org
Grande abraço.
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(28/6/2016)
Conjunções são termos que ligam palavras ou orações.
As conjunções adversativas ligam palavras ou orações e expressam ideia de contraste, de oposição e são antecedidas por vírgula.
A palavra adversativa vem do latim adversu, que passou para o português como avesso. Então, a conjunção adversativa introduz uma ideia contrária (avesso) ao que seria a conclusão lógica, tomando-se por base o que está expresso na palavra ou oração anterior
As orações adversativas mais conhecidas são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Vamos a alguns exemplos:
Esforçou-se muito, mas não alcançou o objetivo almejado.
Não recebeu boa educação, porém sempre seguiu o caminho do bem.
Ele deita muito cedo, contudo não consegue ter boas noites de sono.
O servidor saiu o cargo de gerência, todavia deixou admirável legado.
O gerente se esforça bastante para ofertar o seu melhor, entretanto as condições de trabalho o impedem de obter resultados mais adequados.
Está sempre provocando seus colegas de sala, no entanto não consegue criar conflitos, pois os demais ignoram suas atitudes.
Com exceção da conjunção mas, as demais adversativas podem ocupar outra posição nas orações, ou seja, não precisam estar no início.
O servidor saiu do cargo de gerência; deixou, todavia, admirável legado.
O gerente se esforça bastante para ofertar o seu melhor; as condições de trabalho, entretanto, impedem-no de obter resultados mais adequados.
Quando se deslocam as adversativas da posição inicial da oração, estas são grafadas entre vírgulas se estão no meio da oração. Neste caso, é comum que as orações sejam separadas por ponto e vírgula.
O servidor saiu do cargo de gerência; deixou, todavia, admirável legado.
É possível colocar adversativas no fim da oração, antecedidas por vírgula.
O servidor saiu do cargo de gerência; deixou admirável legado, todavia.
Há outras conjunções que, de acordo com o contexto, podem ter o valor de adversativas. Para saber se funcionam ou não como adversativas, é necessário entender o seu sentido na oração. Na prática, basta perceber se equivalem a mas, porém, ...
Corri muito, e não alcancei o ônibus. (e = mas, porém, ...)
O bom gestor não impõe, antes orienta. (antes = mas, porém, ...)
A chefe do setor é muito tranquila; agora, boba ela não é. (agora = mas, porém, ...)
Se saíram muito mal na avaliação, quando poderiam ter se saído bem. (quando = mas, porém)
Normalmente as conjunções que assumem o valor de adversativas de acordo com o contexto estão no início da oração, ou seja, não é usual que sejam deslocadas.
Característica importante das adversativas é o fato de normalmente conferirem à oração de que fazem parte posição de destaque em relação à anterior, ou seja a ressalva é mais importante que a primeira informação.
Aquela mulher é competente, mas é arrogante. (dá-se maior destaque à arrogância do que à competência).
Aquela mulher é arrogante, mas é competente. (dá-se maior destaque à competência do que à arrogância).
Fontes de consulta:
Site www.soportugues.com.br
Site www.capcursos.com.br
Grande abraço a todos.
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(30/6/2016)
São numerosos os substantivos de gênero incerto e flutuante. Por vezes, a definição do gênero depende do contexto.
Seguem alguns exemplos.
O abacate: o fruto do abacateiro.
A/O baliza: esta palavra possui várias acepções. A determinação do gênero depende do contexto.
A cal: substância branca utilizada na produção de argamassa. Antigamente, os campos de futebol eram demarcados com cal. Dentre as demarcações, estava a marca do pênalti. Dessa prática surgiu a expressão "a bola está na marca da cal", que sobreviveu aos tempos, apesar de, na maioria dos casos, os campos de futebol já não serem demarcados com essa substância.
A/O avestruz: ave.
A onça: felino.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(4/7/2016)
"Um envelope ou sobrescrito deve ser preenchido, de preferência, dessa forma:
Luís de Morais,
Rua da Paz, 300, ap. 1900,
Caixa Postal 55,
60165-179, Fortaleza, CE.
Não há necessidade absoluta de empregar, antes do nome do destinatário, as fórmulas Ilm.° Sr. (= Ilustríssimo Senhor, que corresponde ao tratamento Vossa Senhoria) e Exm.º Sr. (Excelentíssimo Senhor, que corresponde ao tratamento Vossa Excelência). Quem, no entanto, vê conveniência no seu emprego, pode usá-las.
Fundamental é notar o uso da vírgula separando os diversos itens do endereçamento, que se encerra, obrigatoriamente, com ponto final. Poucos observam tal prática. Só o item caixa postal prescinde de vírgula antes do número.
Não use traço nem hífen entre os itens do endereçamento, nem sublinhe o nome da cidade.
No cabeçalho da carta propriamente dita, o nome da cidade e a data devem finalizar por ponto. Assim, por exemplo:
São Paulo, 20 de setembro de 2003.
Salvador, 1.º de dezembro de 2003.
Agindo assim, evita-se de o destinatário ter, logo de cara, má impressão do remetente. Note, ainda, que no cabeçalho o nome do mês não é escrito com inicial maiúscula.
Não use, no envelope, "Att." (= Em atenção), em vez de A/C (= Aos cuidados)."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/7/2016)
Como foi que você leu a palavra acima: CATÉTER ou CATETÉR?
Tcham, tcham, tcham, tcham!!!
Acertou quem leu CATETÉR.
Vejamos o que diz Luiz Antonio Sacconi no livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
"Pronuncia-se catetér, mas muitos dizem (princ. os médicos) "catéter".
O plural, catetéres (teté), eles dizem "catéteres"!
É preciso cuidado, ao se submeter a uma cirurgia com médico que diz "catéter", "catéteres". Pode ser arriscado: é perigoso lidar com um instrumento que não existe.
Os nomes terminados em -er são oxítonos. Confira: colher, masseter, mister, mulher, talher, ureter, etc.
Seus plurais são sempre paroxítonos: colheres, masseteres, misteres, mulheres, talheres, ureteres, etc."
Conclui-se, portanto, que:
Cateter é palavra oxítona, não possui acento, a pronúncia da sílaba "te" é fechada e a pronúncia da sílaba tônica "ter" é aberta;
Cateteres é palavra paroxítona, não possui acento, a pronúncia da sílaba "te" é fechada e a pronúncia da sílaba tônica "te" é aberta;
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/7/2016)
"A expressão é deste século e americana. Surgiu quando começaram a colocar grandes portas de vidro nas lojas de Nova York.
Nunca se sabia se estavam abertas ou fechadas e os americanos, muitas vezes, “quebravam a cara” indo de encontro ao vidro."
A dica de hoje foi extraída do site portuguessemmisterio.com.br, que indica a seguinte fonte de consulta:
Mas será o Benedito? Dicionário de provérbios, expressões e ditos populares.
Autor: Mario Prata.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(7/7/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
HOPLOTECA (hôplôtéca)
Coleção de armas. Local onde se guardam armas.
EXORTAR (êxôrtar)
Animar, incitar, encorajar, estimular. Aconselhar, induzir, persuadir.
HORTATIVO (ôrtativo)
Que exorta. Próprio para exortar.
ECOMANIA (écômania)
Atitude mental em que um indivíduo se julga dominador em relação à família, mas humilde perante autoridade.
EBRIFESTIVO (êbrifêstivo)
Alegre de embriaguez. Que alegra, embriagando.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/7/2016)
"Ambas as pronúncias existem: a primeira é rigorosamente gramatical e a única usada em Portugal; a segunda é a popular e praticamente a única empregada no Brasil.
De fato, o brasileiro não gosta de viver na boêmia; o que ele quer mesmo é viver na boemia, prosódia surgida não só por causa de conhecida canção popular, consagrada na voz de Nélson Gonçalves, mas também porque rima com orgia, palavra que lhe é semanticamente afim.
Foi na Boêmia, contudo, antigo reino, que hoje faz parte da República Checa, que se deu aos ciganos, costumeiramente vagabundos e boas-vidas (ou tidos assim), o nome de boêmios. Os boêmios habitualmente bebiam e saíam cantando pelas ruas, perturbando o sono dos que não apreciavam a boêmia, embora amassem a Boêmia. O termo, pois, não significa apenas vida airada, vadiagem, vagabundagem, mas também define uma forma desorganizada e sonhadora de vida, sem preocupações materiais, sem interrogações ao futuro. O boêmio faz o que agrada ao espírito, aos ideais. É um romântico a seu modo e geralmente de muito talento. A literatura e a música não só brasileira, mas do mundo todo são pródigas deles."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Frase proferida por Miriam Leitão:
"A previdência é um pacto de solidariedade entre as gerações."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(11/7/2016)
É vocábulo derivado do latim maxime.
Pronuncia-se máksimè e significa principalmente, especialmente, mormente, sobretudo.
Exemplos:
Meus filhos gostam muito de frutas, máxime as vermelhas.
Todos devemos trabalhar com bastante afinco, máxime em momentos de crise.
Máxime nos últimos 20 anos, observam-se mudanças no clima.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(12/7/2016)
A letra X (xis) possui interessante particularidade fonética, pois pode representar vários sons.
X com som de CH
Baixo, xingar, bruxa, mexer, enxergar.
X com som de S
Expediente, expectativa, texto, extensão, explorar.
X com som de Z
Exame, êxodo, exótico, exagero, exemplo.
X com som de CS
Reflexo, anexo, asfixia, maxilar, axila.
X com som de SS
Máximo, auxílio, próximo.
Fonte de consulta:
Site www.normaculta.com.br
Data e hora da consulta: 12/7/2016, às 8h35.
Grande abraço.
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(13/7/2016)
Quando se usa impossível de, não se usa o pronome se.
Esta é uma situação impossível de resolver. (adequado)
Aquela montanha é impossível de escalar. (adequado)
Esta é uma situação impossível de se resolver. (inadequado)
Aquela montanha é impossível de se escalar. (inadequado)
Quando se usa impossíveis de + verbo no infinitivo, não se flexiona o infinitivo.
Estas são situações impossíveis de resolver. (adequado)
Aquelas montanhas são impossíveis de escalar. (adequado)
Estas são situações impossíveis de resolverem. (inadequado)
Aquelas montanhas são impossíveis de escalarem. (inadequado)
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(14/7/2016)
"Lê-se aberta (ó) esta vogal, quando usada isoladamente. Em português não existe letra "ô", vogal "ô", mas letra ó, vogal ó.
Assim, a palavra bolo é formada por quatro letras: bê, ó, ele, ó, e não bê, "ô", ele, "ô".
Portanto, dizemos sempre com som aberto o O destas siglas ou fórmulas químicas: OAB, OEA, CO2, H2O, CPOR, BO (boletim de ocorrência), SOS, IOF, ODD, OK, OVNI, etc." ...
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(15/7/2016)
"Podemos usar o mesmo no lugar de um nome ou de um pronome? Não é aconselhável.
Volta e meia vemos frases assim:
A casa de D. Maria caiu, para o desespero "da mesma".
O fenômeno foi visto por Luísa e Manuel, e "os mesmos" não quiseram dar entrevistas sobre o "mesmo".
Em português, essas frases ficam assim:
A casa de D. Maria caiu, para o seu desespero.
O fenômeno foi visto por Luísa e Manuel, que não quiseram dar entrevista sobre ele.
Às vezes nem é preciso usar o mesmo ou uma de suas flexões. Repare nesta frase:
Haverá maneira de consumir frutas e hortaliças sem que "as mesmas" percam as suas propriedades nutritivas?
Retire-se a excrescência, e a frase ficará absolutamente correta."
A frase correta é Haverá maneira de consumir frutas e hortaliças sem que percam as suas propriedades nutritivas?
Outros exemplos:
Conserve o medicamento na geladeira, pois o mesmo poder perder as propriedades se permanecer fora. (inadequado)
Conserve o medicamento na geladeira, pois pode perder as propriedades se permanecer fora. (adequado)
Conserve o medicamento na geladeira, pois ele pode perder as propriedades se permanecer fora. (adequado)
Joana disse que foi assaltada. A mesma afirmou que dois meliantes roubaram sua bolsa. (inadequado)
Joana disse que foi assaltada. Afirmou que dois meliantes roubaram sua bolsa. (adequado) ou
Joana disse que foi assaltada. Ela afirmou que dois meliantes roubaram sua bolsa. (adequado)
João e Gabriel acabaram de chegar; é melhor entregar logo as chaves para os mesmos. (inadequado)
João e Gabriel acabaram de chegar; é melhor entregar logo as chaves para eles. (adequado) ou
João e Gabriel acabaram de chegar; é melhor lhes entregar logo as chaves. (adequado)
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou complemento.
Frase atribuída a Peter Drucker:
"Gerenciamento é substituir músculos por pensamentos, folclore e superstição por conhecimento, e força por cooperação."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(18/7/2016)
Para iniciar, falemos um pouco sobre características de adjetivos e advérbios.
ADJETIVO | ADVÉRBIO |
Relaciona-se a um substantivo. | Relaciona-se a um verbo. |
É variável, ou seja, pode ser flexionado. | É invariável. |
Exemplos:
A maçã está verde.
Maçã: substantivo
Verde: adjetivo
As mulheres são bonitas.
Mulheres: substantivo
Bonitas: adjetivo
Ele fala mansamente.
Fala: verbo
Mansamente: advérbio
Os cães atacaram ferozmente o ladrão.
Atacaram: verbo
Ferozmente: advérbio
Os idiomas estão em constante evolução. A forma como falamos e escrevemos pode acarretar, por exemplo, a migração de palavra de determinada classe gramatical para outra classe gramatical. Isso aconteceu com a palavra FORTE.
O sertanejo é forte (adjetivo)
As mulheres são fortes. (adjetivo)
Em alguns contextos a palavra forte tem valor de advérbio.
Choveu forte ontem à tarde.
Observa que forte se relaciona a choveu. Como se relaciona a um verbo, deveríamos grafar fortemente: Choveu fortemente ontem à tarde. Mas quase não usamos dessa forma.
Conclui-se, portanto, que as duas formas estão corretas: Choveu forte ..., Choveu fortemente...
No entanto, se quisermos dizer que a chuva foi intensa ou calma, usamos:
Choveu intensamente ontem à tarde. (E não Choveu intenso ontem à tarde)
Choveu calmamente ontem à tarde. (E não Choveu calmo ontem à tarde)
A palavra forte é apresentada no Aurélio como adjetivo, advérbio e substantivo. O contexto determina a classe gramatical.
Foram apresentados exemplos de utilização desse vocábulo como adjetivo e advérbio. Vejamos forte como substantivo.
Foi atacado o forte construído sobre as pedras.
Falar em público não é o seu forte.
Fontes de consulta:
Site www.portugues.uol.com.br
Data e hora da consulta: 18/7/2016, às 8h40
Serviço telegramática da Prefeitura de Curitiba
(41) 3218-2425
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(19/7/2016)
"As duas formas existem; a primeira é popular, a segunda é a gramaticalmente mais correta, já que se forma de ridículo + izar, mas não corre."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/7/2016)
"Perfeito.
Muitos pensam que só se protesta contra. Enganam-se.
O verbo protestar significa levantar-se, insurgir-se, clamar, bradar.
Assim, todos podemos (e devemos) protestar a favor da paz, do amor, da alegria e, sobretudo, da moralização dos nossos costumes."
A dica de hoje foi extraída do dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(21/7/2016)
"São expressões corretas:
Seu filho é menos bem-educado que o meu.
Na creche, essas crianças comem menos mal que nas suas casas.
Menos mal que tenha sido você o derrotado.
Entre todos os times do campeonato brasileiro, ele torce pelo menos bom.
Das vinte equipes que disputam o torneio, essa é a menos boa."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
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(22/7/2016)
"Esta expressão aceita melhor a preposição sobre.
Tudo o que se levanta (ou afirma) faz-se sobre fundamento (apoio, sustentáculo), e não "sob".
Portanto: Ele nega a existência de Deus sobre o fundamento de que existe o mal no mundo.
A negação se faz sobre o argumento da existência do mal no mundo, e não "sob" esse argumento.
Da mesma forma, dá-se preferência à preposição sobre quando há ideia de valor (de qualquer natureza, física ou moral): sobre palavra de honra, sobre hipoteca, sobre penhor, sobre juros.
Ex.: Ela me garantiu, sobre sua palavra de honra, que me ligará assim que chegar."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Frase atribuída a Winston Churchill:
"Um fanático é uma pessoa que não pode mudar de opinião e que não muda de assunto."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(29/8/2016)
É esta a forma correta: ponte levadiça.
Não devemos utilizar, portanto, ponte elevadiça.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
Escola de Administração Tributária (Esat)
(30/8/2016)
A foto anexa traz uma bela escultura feita nas areias de Copacabana, Rio de Janeiro, vista por milhares de pessoas durante os Jogos Olímpicos de 2016.
Uma das frases nela constante nos auxilia a compreender o fenômeno da crase.
Primeiramente a transcrição:
"SEJAM BEM VINDOS
A CIDADE DO RIO DE JANEIRO
PATRIMONIO DA HUMANIDADE
OLÍMPICA E MARAVILHOSA"
Agora, a frase corrigida e comentada:
"SEJAM BEM-VINDOS
À CIDADE DO RIO DE JANEIRO,
PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE,
OLÍMPICA E MARAVILHOSA."
A palavra bem-vindos deve ser grafada com hífen.
As expressões patrimônio da humanidade e olímpica e maravilhosa devem ser precedidas por vírgula, pois exercem a função de aposto.
O "A" de À cidade do Rio de Janeiro deve ser grafado com acento grave, pois ali ocorre crase.
Sobre a crase.
Um dos casos em que ocorre a crase é a fusão da preposição "a" com o artigo "a".
Segue o raciocínio que devemos fazer no caso em questão:
1 - Quem é bem-vindo é bem-vindo "a" algum lugar, ou seja, a palavra bem-vindo requer a preposição "a".
Exemplos:
Sejam muito bem-vindos a este almoço de confraternização.
Você é bem-vinda a esta casa.
2 - Usa-se A cidade do Rio de Janeiro (com o artigo "a") e não apenas Cidade do Rio de Janeiro (sem o artigo "a"), ou seja, o artigo "a" está presente.
Exemplos:
A cidade do Rio de Janeiro recebeu os Jogos Olímpicos de 2016.
A cidade do Rio de Janeiro possui pouco mais de 6 milhões de habitantes.
Observa-se que estão satisfeitas as duas condições para a ocorrência da crase:
Sejam bem-vindos a a cidade do Rio de Janeiro,
ou seja,
Sejam bem-vindos à cidade do Rio de Janeiro.
Grande abraço.
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(31/8/2016)
"As duas expressões se equivalem:
Já conversaram muito a respeito disso (ou com respeito a isso).
Você já falou com o chefe a respeito de (ou com respeito a) aumento de salário?
Nada se falou na reunião a respeito do (ou com respeito ao) alto custo de vida."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(1.º/9/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
PANCÁRPIA (pancárpia)
Coroa de flores.
PANCOSMISMO (pancósmismo)
Doutrina que afirma a existência única deste mundo, excluindo-se qualquer entidade que o transcenda; panteísmo materialista.
RENITENTE (rênitênte)
Obstinado, teimoso, pertinaz, contumaz.
TRANSATOR (trânzatôr)
Que ou aquele que realiza transação.
ESPURCÍCIA (êspurcícia)
Imundície; sujidade; porcaria. Indecência.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/9/2016)
RELIGIíO
Do latim religio, que significa “louvor e reverência aos deuses”.
Os etimologistas discutem bastante a respeito sobre a real origem etimológica da palavra “religião”.
No entanto, muitos acreditam que tenha surgido a partir da junção do prefixo re, que funciona como um intensificador da palavra que o sucede, neste caso ligare, que significa “unir” ou “atar”.
Assim, religare teria o sentido de “ligar novamente”, “voltar a ligar” ou “religar”.
Neste caso, o termo era utilizado como um ato de “voltar a unir” o humano com o que era considerado divino.
Ainda existe outra teoria que diz ser o verbo latino relegere a origem da palavra religião.
Relegere significa “reler” ou “revisitar” e foi associado ao ato da constante releitura e interpretação dos textos bíblicos e sagrados para que os religiosos possam seguir os desejos das divindades que veneram da forma mais fiel possível.
Atualmente, o conceito de religião é definido como sendo um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.
A palavra religião existe no dicionário da língua portuguesa aproximadamente desde o século XIIIFIDELIDADE
Do latim fidelitas, vocábulo oriundo do substantivo fides. A palavra fides designava, nos primórdios da língua latina, a "adesão" (do devoto aos preceitos de sua religião). Na evolução desse idioma, o sentido da palavra se alargou, embora conservando o conceito inicial da adesão positiva a um princípio religioso, sendo ela empregada em diversos sentidos, como, por exemplo, "sinceridade", "retidão", "honestidade", "responsabilidade", "confiança". Em latim, fidelitas significa "aquilo que possui fides".
BICHO-PAPíO
De bicho, do latim vulgar bestium ou bestia, besta, bicho, e papão, do étimo pap, de papar, do latim pappare, comer, com acréscimo de "ão", indicando que o bicho é grande. Designa monstro imaginário que alude implicitamente à antropofagia, pois é um animal que come carne humana.
QUEIJO
A palavra queijo vem do latim caseus, da qual a palavra "caseína" também é derivada. A fonte primária talvez seja da raiz proto-indo-europeu kwat que significa "fermentar, tornar azedo". Da palavra latina caseus se derivou o termo em espanhol queso, em português queijo, em malay/indonésio keju, em romeno cas e em italiano cacio.
Fonte de consulta:
Site www.dicionarioetimologico.com
Data e hora da consulta: 2/9/16, às 8h15
Frase atribuída a Eli Busanelo:
"Sabedoria é ter ouvidos para o diferente, acolhendo o aprendizado em harmonia com a nossa essência."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(5/9/2016)
"O nome do famoso troféu do cinema tem plural (Óscares) tanto quanto Grammy, troféu que corresponde ao Óscar, para os melhores músicos e intérpretes: Grammys.
Convém acrescentar, todavia, que esse plural (Óscares) só é válido se a palavra for escrita com acento, o que define seu aportuguesamento.
Se escrita sem acento, tratar-se-á, naturalmente, de um nome inglês (Oscar), de plural Oscars.
(...)
A estatueta foi criada pela Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood em 1927, para premiar filmes, diretores, artista e técnicos. Quatro anos depois, em 1931,
a secretária da Academia, sobrinha do pioneiro Oscar Pierce, olhando para a estátua, exclamou: Nossa, parece o meu tio Oscar! O troféu, então, já tinha nome.
Há, todavia, outra versão, segundo a qual a atriz Bette Davis, então no começo da carreira em Hollywood, teria achado o traseiro da estátua parecido com o de seu marido, Harmon Oscar Nelson."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(6/7/2016)
O correto é A TODAS, sem o acento grave, indicativo da existência de crase.
Seguem as explicações.
1 - uma das possibilidades de ocorrência do fenômeno da crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido "a"/"as".
Exemplos:
O juiz fez referência às leis trabalhistas atuais.
Observa-se que referência necessita da preposição "a" (referência a) e leis trabalhistas atuais necessitam do artigo "as" (as leis trabalhistas atuais...).
Portanto: a + as = às
Minha filha é muito grata à vida.
Grato a a vida. (a + a = à).
2 - Grafa-se A TODAS, sem o acento grave, pois uma das condições para a existência da crase não está presente: diante da palavra TODAS não cabe a colocação do artigo definido "a".
Minha professora ensinou muitas lições a todas as suas alunas.
Quem ensina ensina algo a alguém:
Ensinou o quê? Muitas lições
Ensinou a quem? todas as suas alunas (corresponde ao "quem" da pergunta).
O "a" que aparece após a palavra lições é a preposição que acompanha a forma verbal ensinou.
Vale observar que diante da palavra todas não colocamos o artigo "a" quando formulamos frases: Todas são muito educadas; Todas realizam excelente trabalho.
Se não cabe o "a" artigo, não pode haver crase.
O mesmo raciocínio serve para a palavra TODOS:
Todos são muito educados; Todos realizam excelente trabalho.
Portanto:
Minha professora ensinou muitas lições A TODOS os seus alunos.
Pensamento atribuído a Julien Green:
"Admiro a terra, quero-a, sempre gostei dela. Sempre me senti feliz por estar vivo: apesar da guerra, das más notícias, não sou capaz de matar em mim a simples alegria de viver."
Grande abraço, bom feriado e bom fim de semana a todos.
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(12/9/2016)
De acordo com o que consta no Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi, e no Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, a palavra inobstante não existe. A forma correta é não obstante, que, nos exemplos abaixo, tem o valor de apesar de (1 e 2) e apesar disso (3).
1. Não obstante haver se esforçado muito, deixou escapar a oportunidade de vencer a partida.
2. O menino era muito obediente, não obstante ter deixado de seguir as orientações dos seus pais naquele momento.
3. Não teve muito apoio da chefia, não obstante deixou importante legado.
Grande abraço.
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(13/9/2016)
O correto é A VOCÊ, sem o acento grave no "A". Este acento indicaria a existência de crase, se houvesse.
Seguem as explicações.
1 - uma das possibilidades de ocorrência do fenômeno da crase é a fusão da preposição "a" com o artigo definido "a"/"as".
Exemplos:
Este texto é relativo à situação descrita pela professora.
Observa-se que o adjetivo relativo necessita da preposição "a" (relativo a) e a expressão situação descrita pela professora admite o artigo "a" (a situação descrita pela professora).
Portanto: a + a = à
2 - Grafa-se A VOCÊ, sem o acento grave no A (preposição), pois uma das condições para a existência da crase não está presente: diante da palavra VOCÊ não cabe a colocação do artigo definido "a".
Aproveitemos o mesmo exemplo do item 1, com a substituição de situação descrita pela professora por você. Vejamos como fica:
Este texto é relativo a você.
Observa-se que o adjetivo relativo necessita da preposição "a" (relativo a) e o pronome de tratamento você não admite o artigo "a" (Nunca dizemos A você é bonita, A você é bondoso, mas dizemos Você é bonita, Você é bondoso).
Observa-se, portanto, que não é possível a ocorrência da crase, pois não existe o artigo "a", ou seja, está presente apenas a preposição "a".
Com o pronome no plural, a situação é idêntica:
Entreguei o documento a vocês.
A vocês devo minha vida.
Grande abraço.
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Significa consórcio empresarial. Pronuncia-se djóint vêntchâr."
2 - "Associação de empresas, não definitiva, para explorar determinado(s) negócio(s), sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurídica."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi (1), e do Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2).
Grande abraço a todos.
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(16/9/2016)
"Convém não confundir.
Entrância é a categoria da circunscrições jurisdicionais, estabelecida segundo a organização judiciária de cada estado e do Distrito Federal.
Instância é juízo, jurisdição, foro: primeira instância, segunda instância. A expressão em última instância significa em último caso, por último recurso."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Para nossa reflexão:
"Modernizar não é sofisticar. Modernizar é simplificar." (Frase atribuída a Joelmir Betting)
"Os líderes sempre precisam atingir o sucesso, mas devem evitar meios que impliquem sacrificar seus subordinados." (Frase atribuída a Yoshio Kindo)
"A fórmula secreta para os negócios é tratar os clientes como hóspedes e os empregados como pessoas." (Frase atribuída a Tom Peters)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(19/9/2016)
"Convém não confundir.
Delação é denúncia:
As delações anônimas têm ajudado muito a polícia a evitar e a elucidar crimes.
O governo italiano estimulou a delação da Máfia e acabou com ela.
A polícia brasileira instituiu a delação premiada contra o crime organizado.
O lado bom da CPMF está no seu poder de delação contra os casos de sonegação.
Dilação é prorrogação:
O jogo teve uma dilação de oito minutos.
Todas as empresas que se instalarem a partir de agora no Estado terão como estímulo a dilação do prazo para o recolhimento do ICMS em 48 meses.
Protocolar petição requerendo dilação de prazo para o recolhimento de um imposto."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(20/9/2016)
"Convém não confundir.
Gastão é todo aquele que aprecia gastar, é o mesmo que esbanjador. Seu antônimo é avaro.
Castão é o arremate superior de bengala. Há muita bengala com castão de prata."
Observação: pronuncia-se aváro, pois se trata de palavra paroxítona. O acento agudo foi colocado tão-somente para indicar a sílaba tônica.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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Dica 563
(21/9/2016)
ACAREAÇíO E ACAREAMENTO
"São ambas formas corretas, mas a primeira é mais usada: O delegado promoveu a acareação (ou o acareamento) entre as partes."
A dica de hoje foi extraída do Dicionários de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(22/9/2016)
À EXCEÇíO DE E COM EXCEÇíO DE
"As duas locuções são boas e se equivalem:
Todos ali são bandidos, à (ou com) exceção de um ou outro.
À (ou com) exceção da Matemática, nas demais disciplinas ela só conseguia nota máxima.
Todos elogiaram a festa, à (ou com) exceção dela.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi (com adaptação).
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(23/9/2016)
"Convém não confundir.
Adversário é o que está em disputa contra outra pessoa, é o oponente; podem ser muito amigos e até irmãos fraternais, como o caso das irmãs norte-americanas, campeãs de tênis.
Pronuncia-se àdversário, embora muitos digam "adìversário".
Inimigo é aquele que odeia a outro, procurando sempre lhe fazer mal, destruí-lo, se possível, como acontece principalmente nas guerras."
A dica de hoje foi extraída do Dicionários de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Para ilustrar esta dica, segue link que dá acesso a texto sobre os Jogos Olímpicos de 2016.
JOGOS OLÍMPICOS 2016 - ADVERSÁRIO - INIMIGO
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(26/9/2016)
"Leia este trecho de um conto:
- Se chegar depois das três, a casa fechada. A mala na varanda. E o táxi na porta.
(Dalton Trevisan)
Repare que, nessa fala de um personagem, foram omitidas algumas palavras, que podem ser recuperadas pelo leitor. Esse trecho, com todos os termos, poderia ser assim:
- Se [você] chegar depois das três [horas], a casa [estará] fechada. A mala [estará] na varanda. E o táxi [estará esperando] na porta.
O narrador utilizou um figura que recebe o nome de elipse.
Elipse - Figura que consiste na omissão, na não colocação de uma palavra (ou expressão) que o contexto permite ao leitor/ouvinte identificar com certa facilidade.
A elipse é um recurso que, em certos casos, contribui para obter do leitor (ou ouvinte) uma atitude mais atenta e participativa em relação ao enunciado; em outros, contribui para tornar a linguagem mais concisa, isto é, mais "enxuta". No texto do poema abaixo, por exemplo, Manuel Bandeira omite, em todos os versos, uma forma do verbo estar - estão, estamos, está - e obtém, assim, maior concisão textual.
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo ...
[...]
O Brasil politicando,
Nossa! a poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma - anoitecendo!
(Manuel Bandeira)"
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
Grande abraço.
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(27/9/2016)
"Existe um tipo particular de elipse que consiste na omissão de uma palavra (ou expressão) já empregada na frase. Esse recurso, útil para dar concisão ao texto, denomina-se zeugma.
Compare, por exemplo, as duas frases abaixo e observe que a segunda é nitidamente mais concisa:
- Na escola, Bia leu a primeira parte do conto; em casa, Bia leu a segunda parte do conto.
- Na escola, Bia leu a primeira parte do conto; em casa, a segunda.
Na segunda frase, temos zeugma das palavras "Bia" e "leu" e da expressão "parte do conto".
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
Grande abraço.
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(28/9/2016)
"Convém não confundir.
Dois-pontos é sinal de pontuação (:) que se usa geralmente para introduzir uma explicação ou citação: No vocativo de correspondências, é preferível usar o dois-pontos a usar a vírgula (p. ex. Prezados Senhores:)
O plural é dois-pontos, ou seja, é termo invariável.
Dois pontos são um ponto depois do outro (..). Quando um período termina por abreviatura, palavra que contém ponto, não há necessidade de colocar o ponto final: ... etc. Observa-se que o ponto de etc. já serve como ponto final. É inadequado colocar dois pontos: ...etc..
[...]
Na vocativo de correspondências, usamos dois-pontos. Grafamos, portanto, Prezados Senhores: ou Caro amigo Luís: E a palavra que inicia o parágrafo deve estar com inicial maiúscula. Ex.:
Prezados Senhores:
Solicitamos que..."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi. Foram efetuadas adaptações.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(29/9/2016)
Há situações em que é impossível a ocorrência de crase, pois não estão presentes as condições para sua existência. Dirijo-me a você para lhe dizer que passei no vestibular. Bom dia a todas as alunas presentes. Entrego a ti meu coração. O porteiro dirigiu-se a nós de forma muito cortês. Oferto a vós minha solidariedade. Peço a todos que respeitem seus adversários. Ele se referia a alguma situação anterior. Ela se referia a algumas pessoas que vestiam branco. Eles se referiram a alguns integrantes do comitê. Não se deve fazer mal a nenhuma ave. Apresento meus cumprimentos a Vossa Senhoria. Forneço a Vossa Excelência os documentos solicitados. A Sua Senhoria o Senhor Fulano de Tal, Coordenador... A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal, Secretário de Estado da Fazenda de... Há várias coisas a saber sobre o comportamento infantil. Estava a prestar depoimento quando se sentiu mal. O ser humano tem muito a evoluir no campo comportamental. Prestações a perder de vista. Iremos a pé ao posto de gasolina. A tripulação do navio já está a bordo. Estamos nos referindo a situações específicas. “A posteriori é o conhecimento ou justificação dependente de experiência ou evidência empírica.” (Wikipedia) “A priori é o conhecimento ou justificação independente da experiência.” (Wikipedia)
Grande abraço a todos. Escola de Administração Tributária (Esat), Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ). |
(30/9/2016)
"Convém não confundir.
Nem equivale a e não, por isso usa-se geralmente após outra negação:
Elisa não comeu nem (= e não) bebeu nada.
Juçara nunca veio aqui nem telefonou.
E nem equivale a e nem sequer:
Creusa chegou e nem (= e nem sequer) quis ver a mãe.
Jeni passou e nem me deu bom-dia."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Frase atribuída a Haile Selassie.
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra."
BELA MÚSICA, BELAS IMAGENS, BELAS VOZES
Grande abraço e bom fim de semana.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(3/10/2016)
POLÍTICO
Do grego politikos, que significa “cívico”.
O termo politikos, por sua vez, se originou a partir da palavra polites, que quer dizer “cidadão”, que se originou de polis, traduzido por “cidade”.
Numa sociedade como a grega, em que a vida pública interessava a todos os cidadãos, os politikos eram aqueles que se dedicavam ao governo da polis ("a cidade” ou “o Estado"), colocando o bem comum acima de seus interesses individuais.
Por intermédio do latim, o termo ingressou em todas as línguas ocidentais. No início, porém, adquiriu uma conotação claramente pejorativa: politician, no inglês do séc. XVI, designava alguém que recorria a intrigas para adquirir poder ou cargos públicos: algo semelhante ao que hoje chamamos de politiqueiro, que faz politicagem.
A partir do século seguinte, no entanto, prevaleceu o sentido de homem público, que representa os partidos na composição do governo.
No dicionário de Morais, que é de 1813, o termo volta a ter, como na Grécia, o sentido elogioso de estadista.
Não há dúvida de que o Brasil de hoje conhece exemplos de ambos os significados.
PREFEITO
Vem do latim praefectus, "posto acima dos outros". Ao longo da história romana, o termo serviu para designar os mais variados cargos administrativos: alguns eletivos, outros nomeados pelo imperador ou pelo Senado. Havia, entre outros, o prefeito dos aquedutos, o prefeito do acampamento militar, o prefeito das festas religiosas. O mais importante era o praefectus urbi ("prefeito da cidade": i. é, de Roma), magistrado que, no reinado de Augusto, tinha a incumbência de manter a paz e a ordem na cidade. Ele supervisionava o comércio de pão e de carne, a atividade dos banqueiros, os teatros e as diversões públicas. Para exercer suas funções, dispunha inclusive de uma guarda municipal, inteiramente sob seu comando. Com a evolução das instituições republicanas, a partir do séc. XIX, o termo passou a designar, como hoje, o responsável pelo poder executivo dos municípios.
RUM
Do inglês rumbullion, termo utilizado para designar a aguardente obtida pela fermentação alcoólica e destilação do caldo ou melaço da cana-de-açucar.
O termo rum é considerado uma abreviação do termo inglês rumbullion, que por sua vez deriva do francês bouillon, que significa “bebida forte”, que surgiu do latim bullire, que quer dizer “ferver”.
Com grafia idêntica à inglesa (a bebida é típica do Caribe), foi parar no português, no holandês, no dinamarquês, no italiano e no alemão, neste último sempre com a inicial maiúscula por se tratar de substantivo.
A palavra inglesa rumbullion ainda deu origem a outro termo: rambunctious, que pode ser traduzido como “agitado” ou “exuberante”, consideradas condições iniciais em comum entre as pessoas que consomem o rum.
FOLCLORE
Do inglês folklore, que significa “conhecimento do povo” ou “o que é ensinado pelo povo”.
A palavra inglesa folklore é formada pela junção de dois termos também ingleses: folk, que quer dizer “povo”, e lore, que significa “conhecimento”, “doutrina” ou “ensinamento”.
A palavra folclore passou a ser aceita internacionalmente desde 1878.
A expressão apareceu pela primeira vez na imprensa publicada na revista The Athenaeum, há cerca de 150 anos.
O texto, do arqueólogo inglês William John Thoms, propunha o estudo de culturas diversas.
Originalmente, a palavra folclore era escrita com a letra “K” no Brasil (folk-lore), porém, com a reforma ortográfica da língua portuguesa de 1930, a letra “k” foi substituída pelo “c”, criando a grafia que é utilizada nos dias de hoje.
Atualmente, a palavra folclore expressa todo o conjunto de manifestações e tradições populares, envolvendo desde lendas, provérbios, e demais costumes tradicionais que são transmitidos de geração em geração.
A dica de hoje foi extraída do site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 3/10/2016, 8h10.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(4/10/2016)
"Expressões que indicam tempo podem ser usadas com a preposição em ou sem ela, indiferentemente:
aquela noite / naquela noite, aquela semana / naquela semana, aquela tarde / naquela tarde, aquele ano / naquele ano, aquele dia / naquele dia, aquele domingo / naquele domingo, aquele mês / naquele mês.
Exemplos:
Aquela (ou naquela) manhã choveu muito.
Aquela (ou naquela) noite a Lua estava linda!
(...)
Aquele (ou naquele) dia aconteceu de tudo.
Aquele (ou naquele) mês a empresa quase foi à falência."
Complemento:
Atenção: quando exercer a função de sujeito da oração, usa-se somente aquele(s) / aquela(s).
Aqueles momentos foram os mais intensos da minhas vida.
Aquela manhã estava muito ensolarada.
Aquele dia foi decisivo para minha carreira profissional.
Aquelas noites foram especiais para minha família.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi (com adaptações).
A Esat inseriu o complemento.
Grande abraço.
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(5/10/2016)
"Na mitologia grega, a primeira mulher na Terra, a Eva dos gregos.
Zeus ordenou sua criação como uma vingança aos homens. Os desuses lhe deram uma caixa [...] que ela nunca deveria abrir, porque nela estavam encerrados todos os males do mundo. Incapaz, porém, de conter sua curiosidade [...], abriu-a e libertou todas as doenças, pragas e males da vida humana. Quando fechou a tampa, a única coisa que não escapara fora a esperança, que ficara no fundo da caixa.
A expressão caixa de Pandora passou a significar, então, em sentido figurado: causa de muitos problemas imprevisíveis ou fonte de todos os males. [...]
Pronuncia-se pandóra [...]."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(6/10/2016)
"Emprego da primeira pessoa do plural (nós) no lugar da correspondente no singular (eu), por modéstia da parte de quem fala ou escreve:
Estamos conscientes de nossa responsabilidade perante a população, disse o prefeito.
Fomos recebido pelo presidente.
Ficamos-lhe grato pelo seu esforço.
Note que o particípio ou o adjetivo pode ficar no singular.
PARA SABER MAIS 1
PARA SABER MAIS 2
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
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(7/10/2016)
É um advérbio e significa acaso, por acaso. Grafa-se porventura e não "por ventura".
Se, porventura, ela me procurar, diga-lhe que chegarei à noite.
"Porventura, sabias disso?"
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Frase atribuída a Malala Yousafzai:
Nós percebemos a importância da nossa voz quando somos silenciados."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(10/10/2016)
Vejamos o gênero de alguns substantivos.
A ou O aluvião.
Obs.: Luiz Antonio Sacconi considera esta palavra apenas como sendo do gênero feminino.
A anandria.
Pronuncia-se anandria e significa perda da virilidade.
A hecatombe.
Originalmente, significava sacrifício de cem bois. Por extensão, sacrifício de numerosas vítimas. Matança humana, mortandade, carnificina.
O parasita.
A própolis.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(11/10/2016)
"1967: Primeiro transplante de coração
O coração de uma pessoa morta palpitou pela primeira vez no peito de outro humano no dia 3 de dezembro de 1967, na África do Sul. O chefe da equipe médica era o professor Christiaan Barnard, então com 44 anos de idade."
(Fragmento de texto extraído do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira)
"Você é quem decide o que vai ser eterno em você, no seu coração.
Deus nos dá o dom de eternizar em nós o que vale a pena, e esquecer definitivamente aquilo que não vale..."
(Frase atribuída ao padre Fábio de Melo)
No primeiro texto, observa-se que a palavra coração foi utilizada em seu sentido comum, literal. O contexto permite entender coração como um órgão do corpo humano.
Foi usada, portanto, em sentido denotativo ou literal.
No segundo texto, observa-se que a palavra coração não foi utilizada para designar um órgão do corpo humano, mas para designar "o lugar da alma, o núcleo humano, o centro da personalidade."
Foi usada, portanto, em sentido conotativo ou figurado.
Ou seja, dependendo do contexto em que são utilizadas, as palavras podem apresentar sentidos diferentes:
Sentido denotativo - literal, comum; aquele que exprime o sentido mais usual da palavra.
Sentido conotativo - figurado; dependente de um contexto particular.
Fonte de consulta:
Aprender e praticar gramática
Autor: Mauro Ferreira
Grande abraço.
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(13/10/2016)
PÊ-EFE
Nome das letras iniciais das palavras da expressão prato feito. Pl.: os pê-efes.
PÊ-EME
Nome das letras que formam a sigla PM (=Polícia Militar). Pl.: os pê-emes.
PÉ-FRIO
É nome sobrecomum e sempre masculino: Sua irmã é o maior pé-frio que conheço!
Há, no entanto, quem use "pé-fria".
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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"O substantivo milhão, que significa mil milhares, é masculino (o milhão). O numeral ou adjetivo que o acompanha deve, portanto, com ele concordar em gênero e número.
Portanto devemos dizer dois milhões de estrelas e não duas milhões de estrelas."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
VÍDEO
"O endividamento não é causado apenas por gastar mais do que ganha.
Ele começa pela falta de domínio próprio.
Aprenda a dizer não a si mesmo."
(Altemir Carlos Farinhas)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(17/10/2016)
"Esta palavra, quando usada como adjetivo, na indicação de cor, não varia: morenas jambo, peles jambo." [...]
Casos semelhantes: camisas limão, paredes cinza, olhos violeta, meias creme, tons pastel, etc.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(18/10/2016)
"Locução latina que significa por tempo indeterminado, indeterminadamente: A reunião foi adiada sine die. O congresso foi dissolvido sine die.
Pronuncia-se síne díe, mas já houve quem dissesse "sáine dái", como se a expressão fosse inglesa."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(19/10/2016)
Os adjetivos variam em gênero, número e grau.
Relativamente à variação de grau, uma das possibilidades é o grau superlativo absoluto sintético, que se forma pelo acréscimo dos sufixos -íssimo, -ílimo, -érrimo.
Vejamos alguns exemplos:
amargo | amaríssimo |
antigo | antiquíssimo ou antiguíssimo |
audaz | audacíssimo |
benéfico | beneficentíssimo |
bom | boníssimo ou ótimo |
contumaz | contumacíssimo |
eficaz | eficacíssimo |
frágil | fragílimo ou fragilíssimo |
humilde | humílimo ou humildíssimo |
magro | macérrimo, magérrimo ou magríssimo |
Fonte de consulta:
1001 dúvidas de português.
Autores: José de Nicola e Enani Terra.
Aproveita-se para informar que todas as dicas enviadas são disponibilizadas no portal da Esat: efaz.fazenda.intranet.pr.gov.br
Para acessá-las, bastar clicar no link que está no menu vertical direito ou no menu vertical esquerdo.
Grande abraço.
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(20/10/2016)
Os prefixos ante e anti possuem origens diferentes: ante vem do latim e significa algo anterior, o que vem antes; anti vem do grego e significa oposição, ação contrária.
Ante
Emprega-se hífen somente se a palavra à qual estiver ligado iniciar com "e" (mesma vogal com que termina o prefixo) ou "h":
Ante-estreia, ante-histórico.
Nas demais situações não se usa hífen e dobra-se o "r" e o "s" se a palavra à qual estiver ligado iniciar com essas consoantes.
Antebraço, anteato, antecâmara, antessala, anterrepublicano.
Anti
Emprega-se hífen somente se a palavra à qual estiver ligado iniciar com "i" (mesma vogal com que termina o prefixo) ou "h":
Anti-histórico, anti-islâmico.
Nas demais situações não se usa hífen e dobra-se o "r" e o "s" se a palavra à qual estiver ligado iniciar com essas consoantes.
Antiaéreo, antifumo, antirrepublicano, antissemita.
Fontes de consulta:
Acordo ortográfico - mudanças no português do Brasil
Editora Saraiva e Editora Atual
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço.
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(21/10/2016)
"Os meses do ano têm início sempre com o dia primeiro, e não com o dia "um".
Portanto, não existe "um" de janeiro, "um" de fevereiro, "um" de março, etc, mas primeiro de janeiro, primeiro de fevereiro, primeirode março, etc.
Note que nunca se ouviu ninguém dizer que passou "um" de abril em ninguém. Também nunca se ouviu nenhum trabalhador dizer que gosta do dia "um" de maio."
Quando representamos o dia primeiro com algarismo, usamos o ordinal: 1.º/2/2016.
É inadequado grafar 1/2/2016 ou 01/2/2016.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou o complemento.
Frase atribuída a Edward Everett Hale:
"Sou um só, mas ainda assim sou um.
Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa.
E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(24/10/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
Caseificar (cazeificar)
Transformar (o leite) em queijo.
Cascaburrento (cascaburrento)
Áspero, rugoso.
Anfíscio (ãfíssio)
Diz-se do, ou o habitante da região equatorial (sua sombra, no decorrer do ano, se estende ora para o norte, ora para o sul, conforme o hemisfério percorrido pelo Sol).
Angatecô (ãgatecô)
Na língua tupi corresponde a inquieto. Na língua portuguesa do Brasil significa susto, sobressalto.
Angareira (ãgareira)
Pequena rede de malhas apertadas, usada na pesca da tainha.
Geófago (gêófago)
Que come terra.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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Prescrever é determinar, receitar: O médico lhe prescreveu antibiótico, para o combate à infecção. Também significa perder o efeito, caducar: O prazo prescreve em trinta dias. A pena ainda não prescreveu. Subst. corresp.: prescrição.
Proscrever é expulsar: O governo americano está proscrevendo todos os imigrantes ilegais. Também significa suprimir: Proscrever um artigo de um estatuto. Subst. corresp.: proscrição."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(26/10/2016)
"Usa-se uma pela outra:
Tenho saudade de tudo.
Tenho saudades de tudo.
Minha saudade é enorme!
Minhas saudades são enormes!
Muitos, no entanto, vivem pensando que esta palavra só se usa no singular. Os maiores clássicos da língua, entre os quais Machado de Assis e Camilo Castelo Branco, já a usaram no plural no séc. XIX."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(27/10/2016)
"Trata-se de uma palavra sueca (só mesmo um país de democracia profundamente enraizada poderia criar a função de ombudsman, e, em consequência, o substantivo para nomear a pessoa que exerce tal função) formadapor ombud (pessoa a quem se delega algo) + man (homem). Pronuncia-se ombúdsman, com a vogal u tônica.
As dúvidas surgem quanto à grafia da forma feminina e do plural. Neste ponto, recorremos à coluna do ombudsman da Folha de S. Paulo, Marcelo Leite, edição de 25/8/96:
"Com a ajuda de Mario W. Abramo, por exemplo, descobri como são o plural e o feminino originais da palavra escandinava: o plural correto seria 'ombudsmän', com trema no 'a' (o som seria aproximadamente um 'e' meio fechado). Mais curioso é o feminino. Já vi, aqui no Brasil, gente falsamente informada o suficiente para grafar 'ombudswoman'. Duplamente incorreto. O feminino correto seria 'ombudskvinna', plural 'ombudskvinnor', mas até na Suécia raramente vi alguém tão pedante escrever desse jeito. Usava-se a mesma forma para os dois gêneros."
Assim, parece-nos que o mais indicado é aportuguesar a palavra como substantivo comum de dois gêneros: o ombudsman, a ombudsman, os ombudsmans, as ombudsmans."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
SIGNIFICADO DE OMBUDSMAN
Grande abraço.
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(28/10/2016)
SAMBA
Do quimbundo semba, que significa “umbigada”.
Mesmo a maioria dos etimologistas concordando que o termo “samba” surgiu a partir do quimbundo, ainda existem muitas controvérsias e incertezas sobre a sua origem.
O semba era uma dança religiosa para os angolanos que levava este nome (umbigada) devido à forma como era dançado.
O quimbundo é um dos vários idiomas bantos da África, falado principalmente na região do noroeste da Angola.
Outra teoria alega ser esta palavra oriunda do umbumdo (outra língua banta) samba, que significaria “estar animado” ou “estar excitado”.
Este termo chegou ao Brasil através dos grupos africanos que vieram para o país trabalhar como escravos durante o período colonial.
De acordo com registros históricos, a primeira vez que a palavra “samba” surgiu no Brasil foi em 1838, na revista O Carapuceiro.
No Brasil, o termo “samba” só começou a ser reconhecido entre os brasileiros como um estilo de dança no começo do século XX.
GAÚCHOApesar de a grande maioria do povo do Rio Grande do Sul orgulhar-se enormemente de ser gaúcho, nem sempre essa palavra teve uma conotação dignificante. Pelo contrário: gaúcho (no Brasil, assim como no Uruguai e na Argentina) era sinônimo de vagabundo, contrabandista e desregrado. Foi depois da metade do século 19, por meio da literatura, que a acepção pejorativa deu lugar a outra, nobilitante.
HORIZONTE
Os astrônomos do passado acreditavam que a Terra era o centro do Universo e imaginavam o céu como uma gigantesca esfera ao nosso redor: a esfera celestial, em cuja superfície ficavam os outros planetas e as estrelas. Como só podemos ver a metade desta esfera que está sobre nossas cabeças, chamaram de horizonte a linha que separa o hemisfério visível do invisível. O termo deriva do substantivo horos ("limite", em grego) e do verbo horizein ("separar, limitar"). Até hoje, para o homem comum, horizonte é a linha que separa o céu da água ou da terra, mesmo que a Astronomia adote outra definição, muito mais técnica.
SATÉLITE
Antes de Galileu, os corpos celestes que se moviam em órbita aos planetas eram chamados genericamente de luas. Quando o astrônomo descobriu, em 1611, as quatro luas principais de Júpiter, o grande cientista Kepler, seu amigo, sugeriu que esses astros menores fossem chamados de satélites dos maiores, termo retirado de satelles: em latim, "guarda pessoal, escolta, acompanhante". No séc. XX, o termo foi ampliado para designar qualquer um dos artefatos não tripulados que colocamos em órbita.
ELOGIO
Vem do grego eu (boa, bela) lógos (linguagem). Elogio era, na origem, o epitáfio, aquelas palavras elogiosas na tumba do amigo ou parente morto. A palavra se estendeu para quando falamos bem de alguém ainda vivo.
Fonte de consulta:
Site: www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 27/10, às 17h50.
LINK: E POR FALAR EM ELOGIO...
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(31/10/2016)
"Nunca vá nem venha assim: é arriscado, pode torcer ou até quebrar o pé. Quem não quer ter problemas com o pé vai a pé e também volta a pé. Já os que gostam de riscos e principalmente de risos preferem vir e voltar "de" a pé."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(1.º/11/2016)
"Por ora corresponde a "por enquanto".
Não se cogita por ora em desvalorizar a moeda.
Por hora corresponde a "a cada sessenta minutos".
Fui multado porque corria a 120 km por hora."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(3/11/2016)
"Essa sigla identifica o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. O Volp é a "palavra oficial" sobre a ortografia das palavras da língua portuguesa do Brasil.
As "instruções" para a organização do Volp foram aprovadas pela Academia Brasileira de Letras na sessão de 12 de agosto de 1943 (mais tarde, modificadas pela Lei n.º 5.765, de 18 de dezembro de 1971). Essas "instruções" tiveram por base o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia de Ciências de Lisboa, edição de 1940.
A mais recente edição do Volp conta com 356 mil verbetes. Nela, foram inseridos cerca de 6 mil novos vocábulos, em geral relativos ao desenvolvimento científico e tecnológico, tais como andragogia, backup, bicicletário, browser, butar, decasségui, desregulamentação, elencar, fax, flexibilização, infovia, infradotado, lincar, lipoaspiração, macrovisão, mecatrônica, minigênio, on-line, pervadir, recredenciamento, sashimi, setup, site (saite), sushi, tabule, terminalidade, upgrade.
@ na Internet O Volp está disponível na internet no seguinte endereço: www.academia.org.br"
A dica de hoje foi extraída da edição de 2006 do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra (com adaptações).
Grande abraço.
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(4/11/2016)
"Palavra latina que significa "mais"; originalmente advérbio, também aparece empregada como substantivo. É justamente como substantivo que essa palavra tem ocupado cada vez mais espaços no marketing de lançamento de alguns produtos.
Num mercado extremamente competitivo, um novo produto precisa oferecer um plus, ou seja, algo "mais" em relação aos concorrentes.
No entanto, alguns marqueteiros falam em "um plus a mais", o que resulta numa expressão redundante, num pleonasmo vicioso.
Assim, podemos falar:
Este novo produto oferece um plus: além da garantia de dois anos, um seguro contra roubos.
E nunca:
Este novo produto oferece um plus a mais: além da garantia..."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Frase proferida pela paraninfa durante seu discurso em uma solenidade de formatura, em Curitiba.
"Respeito é ofertar o mesmo cumprimento ao porteiro do prédio e ao presidente da empresa."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(7/11/2016)
"O substantivo lambujem é grafado com j e se constitui em exceção à regra que manda grafar com g os substantivos terminados em -gem (garagem, vertigem, ferrugem, etc.)
Como curiosidade, lambujem deriva do verbo lamber e nos remete, mais propriamente, ao ato de lamber os cantos da boca (daí a ideia de "algo mais").
Assim como lambujem, devem ser grafados com j os substantivos lajem e pajem."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(8/11/2016)
"Quando o sujeito é um nome que só se usa no plural (Estados Unidos, Alagoas, Minas Gerais, férias, pêsames, etc.) e não vem precedido de artigo, o verbo fica no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
Alagoas possui lindas praias.
ou
As Alagoas possuem lindas praias.
Férias faz bem.
ou
As férias fazem bem.
Pêsames não traz conforto.
ou
Os pêsames não trazem conforto.
Os Estados Unidos enviaram poderoso reforço.
O Amazonas fica na Região Norte."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(9/11/2016)
"Os dois adjetivos vêm do grego e referem-se aos ensinamentos filosóficos da Antiguidade grega.
Esotérico refere-se aos ensinamentos dedicados, exclusivamente, aos discípulos já iniciados, o que confere a esses ensinamentos um caráter de doutrina secreta, restrita a um círculo fechado. Por extensão, o adjetivo esotérico refere-se a algo de difícil compreensão, hermético, secreto.
Exotérico apresenta, em sua formação, o prefixo ex(o)-, que significa "para fora"; assim, exotérico refere-se aos ensinamentos ministrados ao público geral, de forma aberta.
Como se percebe, esotérico e exotérico são vocábulos homófonos, mas designam coisas opostas; portanto, muita atenção com o emprego dessas palavras."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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Pronúncia correta | Pronúncia incorreta |
condor | côndor |
novel | nóvel |
ruim | ruim |
avaro | ávaro |
austero | áustero |
pudico | púdico |
Nobel | Nobel |
Eiffel (torre de Paris) | Eiffel |
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
(Com adaptações)
Grande abraço.
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(11/11/2016)
"Figura de linguagem que consiste no emprego de palavra fora do seu significado real. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que estão sendo empregadas em sentido figurado.
A catacrese ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo. Note que, por falta de uma palavra específica para designar o objeto que sustenta o tampo da mesa, tomamos por empréstimo a palavra pé e a usamos fora do sentido habitual. Verifique ainda que essa transposição tem por fundamento a vaga semelhança entre um conceito e outro.
O pé da mesa estava quebrado.
Não deixe de colocar dois dentes de alho na comida.
O professor marcou a sabatina para a próxima terça-feira. (Sabatina, para justificar o nome, deveria ser aos sábados.)
Ele embarcou no avião. (Embarcar, para justificar o nome, deveria se aplicar a barcos e não a aviões.).
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Um pouco de reflexão.
Por vezes, pelos mais variados motivos, falamos ou escrevemos irrefletidamente ou sem refletir adequadamente.
Palavras apresentadas em momento inoportuno ou palavras impróprias invariavelmente trazem prejuízo para quem as profere e para quem as recebe.
A comunicação inadequada pode gerar barreiras relacionais difíceis de superar. Por outro lado, a comunicação adequada pode abrir caminhos. É importante levar isso em consideração sempre, pois somos seres sociais e, por conseguinte, a convivência é necessária e inevitável.
Vejamos alguns escritos sobre o assunto. Entre parênteses, está o nome daquele a quem se atribui a autoria.
"Aquele que fala sem pensar assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar". (Barão de Mostesquieu)
"É melhor pensar sem falar, do que falar sem pensar." (Jô Soares)
"Antes de falar qualquer coisa se ponha no lugar de quem vai ouvir." (sem indicação do autor)
"Falar sem pensar machuca sem saber." (sem indicação do autor)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(16/11/2016)
"Advérbio de modo que significa "intencionalmente", "de propósito", "de caso pensado".
Uma comissão adrede escolhida irá avaliar o problema.
Por já ser um advérbio de modo, não se justifica a forma adredemente.
Atenção: a pronúncia correta desta palavra é a-drê-de, com o primeiro e fechado."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(17/11/2016)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
IMPRENTA (imprênta)
Substantivo feminino.
Conjunto de informações identificando a casa editora, sua localização (cidade) e a data de edição de um livro (ano). Normalmente a impressão é feita na parte inferior da página de rosto.
SINDÉRESE (sindérese)
Substantivo feminino.
Faculdade natural de julgar com retidão. Bom senso, discrição, ponderação, circunspecção.
CRUDÍVORO (crudívoro)
Adjetivo.
Que ou aquele que se nutre de alimentos crus.
OBERADO (obêrado)
Adjetivo.
Carregado de dívidas; endividado, empenhado.
OBLÍVIO (ôb-lívio)
Substantivo masculino.
Esquecimento.
OBLONGO (ôb-longo)
Adjetivo.
Que tem mais comprimento que largura; alongado. Oval; elíptico. Diz-se da obra gráfica (livro, folheto, etc.) cujo formato tem a largura maior que a altura.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(21/11/2016)
As duas grafias coexistem, mas, apesar de semelhantes, possuem significados e sílabas tônicas diferentes.
Acordão é palavra oxítona, aumentativo de acordo. Está muito ligada à expressão "vai terminar tudo em pizza", pois, na prática, acordão sugere não um acordo de grandes dimensões, mas uma forma de excluir responsabilidades, de dar um jeitinho, de "livrar a cara" de um e de outro.
Plural: acordões.
Acórdão é palavra paroxítona e significa "decisão proferida em grau de recurso por tribunal coletivo". Está relacionada, por exemplo, à decisão de segunda instância de processos administrativos fiscais (PAFs).
Plural: acórdãos.
O link abaixo nos leva a texto do professor Pasquale Cipro Neto.
PROFESSOR PASQUALE
Fontes de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Serviço Telegramática da Prefeitura de Curitiba
(41) 3218-2425
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/11/2016)
"Faz o plural méis ou meles.
Os substantivos fel e gel formam o plural da mesma forma que mel.
fel: féis ou feles.
gel: géis ou geles."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/11/2016)
"Convém não confundir.
Defeso (pronuncia-se dêfêsô)
Como adjetivo, significa proibido, impedido.
Como substantivo, significa período do ano em que é proibido caçar ou pescar.
Exemplo: É defeso aos pescadores pescar lagostas no defeso.
Defesso (pronuncia-se dêfésso)
É adjetivo e significa cansado, exausto.
Exemplo: Não é com tropas defessas que se vencem guerras."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Foram efetuadas adaptações pela Esat.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(24/11/2016)
"Usa-se norte (com inicial minúscula), quando se trata do ponto cardeal: A bússola aponta o norte.
Usa-se Norte (com inicial maiúscula), quando se trata da região: Você conhece o Norte do Brasil?
O adjetivo correspondente é boreal ou setentrional. Portanto, região do Norte = região boreal; zona do Norte = zona setentrional."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/11/2016)
"Usa-se sul (com inicial minúscula), quando se trata do ponto cardeal: As bússolas, ao apontarem o norte, acabam também apontando o sul.
Usa-se Sul (com inicial maiúscula), quando se trata da região: Você conhece o churrasco, o vinho e o frio do Sul do Brasil?
O adjetivo correspondente é austral ou meridional. Portanto, região do Sul = região austral; zona do Sul = zona meridional."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Frase atribuída a Johnny Welch:
"Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se."
Bom fim de semana e grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(28/11/2016)
Trata-se de um galicismo (l'est) arraigado no idioma. [...] Em nossa língua, de fato, os pontos cardeais são, em rigor, norte, sul, este e oeste.
Grafa-se com inicial minúscula (leste), quando se trata de ponto cardeal: As bússolas, ao apontarem o norte, orientam quanto ao leste e ao oeste.
Grafa-se com inicial maiúscula (Leste), quando se trata de região: Você conhece o Leste europeu?
Diz-se o mesmo em relação a nordeste (ponto colateral) e Nordeste (região); sudeste (ponto colateral) e Sudeste (região).
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Foram efetuadas adaptações no texto.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/11/2016)
"Grafa-se com inicial minúscula(oeste), quando se trata de ponto cardeal: As bússolas, ao apontarem o norte, orientam quanto ao leste e ao oeste.
Grafa-se com inicial maiúscula (Oeste), quando se trata de região: Você conhece o Oeste americano?
Diz-se o mesmo em relação a noroeste (ponto colateral) e Noroeste (região); sudoeste (ponto colateral) e Sudoeste (Região)."
A Dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Foram efetuadas adaptações no texto.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/11/2016)
Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada. Poderá haver mais de um acento: o de indicação da sílaba tônica, que estará sublinhada, e o de indicação de pronúncia aberta ou fechada); mais abaixo, comentários, exemplos.
Senhora
senhóra
A pronúncia original é senhôra, pois se trata do feminino de senhor. No entanto, a pronúncia senhôra se arcaizou e atualmente usa-se somente senhóra.
Vale destacar que o feminino de outras palavras terminadas em or são pronunciadas com o "ô" fechado:
autor - autora,
professor - professora,
cantor - cantora,
diretor - diretora,
tutor - tutora.
Serôdio
serôdio
Tardio, que veio fora de tempo: Frutos serôdios.
Que veio tarde: Serôdios arrependimentos.
Motejar
môtêjar
Zombar, criticar, censurar.
Morna
mórna
O masculino morno é pronunciado com o "ô" fechado: môrno.
No plural, ambas as palavras são pronunciadas com o "ó" aberto: mornas (mórnas) e mornos (mórnos)
Fonte de consulta:
Dicionário de pronúncia correta.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(1.°/12/2016)
"Trata-se de uma expressão correta, uma vez que o substantivo entrega exige a preposição em. Observe que dizemos: entregas em casa, no escritório, no endereço solicitado.
Devemos usar a expressão a domicílio (sem o acento indicativo da crase, porque domicílio é palavra masculina) quando se emprega verbo que exige a preposição a: levar a domicílio, enviar a domicílio, ir a domicílio, etc."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(5/12/2016)
"Significa crescer, prosperar: Com o novo fertilizante, as plantas voltaram a medrar. As exportações medram a olhos vistos.
De forma nenhuma este verbo deve ser empregado na acepção de ter medo, tremer. [...]"
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/12/2016)
"Se uma forma verbal termina em ditongo nasal e é seguida por um dos seguintes pronomes oblíquos o, a, os, as, ela não se altera, mas os pronomes assumem as seguintes formas: no, na, nos, nas.
Conheceram duas pessoas importantes na vida e amaram-nas intensamente.
- O que fizeram com as casas?
- Venderam-nas para saldar dívidas.
Pega aquele livro e põe-no sobre a mesa.
Aquelas ideias, eles têm-nas por preconceituosas."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Foram efetuadas adaptações no texto.
Frase atribuída a Immanuel Kant:
"O sábio pode mudar de opinião. O ignorante, nunca."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/12/2016)
O adjetivo obrigado, com significado de "agradecido", "grato", muito comum nas expressões "muito obrigado", "vou bem, obrigada", estabelece concordância em gênero e número com a pessoa que faz o agradecimento.
Dessa forma, o homem diz: "Muito obrigado"; vários homens dizem: "Muito obrigados"; várias mulheres dizem: "Muito obrigadas."
São pouco usuais as expressões "muito obrigados", "muito obrigadas". Por isso, causam estranheza, parecem estar incorretas. Se, no entanto, substituirmos os adjetivos "obrigados" e "obrigadas" por adjetivos sinônimos, veremos que estão corretos:
Somos muito gratas (obrigadas) pelo seu auxílio.
Estamos muito agradecidos (obrigados) pelo seu auxílio.
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
A Esat complementou o texto.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(7/12/2016)
"Palavra inglesa (pronuncia-se márquetim) que nomeia "a estratégia que define a política de sustentação de imagem de um produto junto ao consumidor".
Em português, o substantivo que mais se aproxima do termo inglês é mercadologia. No entanto, a palavra marketing incorporou-se de tal maneira ao vocabulário cotidiano que já gerou neologismos devidamente aportuguesados como, por exemplo, marqueteiro (especialista em marketing).
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/12/2016)
"São palavras homófonas, ou seja, têm o mesmo som mas significados diferentes.
Tachar significa "pôr tacha", "atribuir defeito", "acusar"; deriva de tacha (do francês tache), que significa "mancha", "nódoa", "mácula".
Exemplo:
Os colegas o tacharam de dedo-duro.
Tacha, com significado de "prego pequeno", vem do espanhol; tem, portanto, etimologia distinta.
Taxar significa "tributar", "fixar o preço"; do verbo taxar deriva o substantivo feminino taxa, que significa [...] "tributo", "preço cobrado por determinado serviço", "tarifa".
Exemplos:
Os bancos taxaram as novas tarifas de serviços.
Foi instituída a taxa de limpeza pública.
Cartas registradas pagam taxas adicionais."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Foi efetuada adaptação no texto e incluídos exemplos extraídos do Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(9/12/2016)
Apesar de estranhas as formas fi-lo e qui-lo estão corretas.
As formas verbais terminadas em r, s e z, quando seguidas dos pronomes oblíquos o, a, os, as, perdem a última letra e os pronomes assumem a forma lo, la, los, las.
Fizemos todos os testes necessários.
Fizemo-los.
Eu fiz os armários.
Eu os fiz.
Eu fi-los.
Ele quis o dinheiro.
Ele o quis.
Ele qui-lo.
Atribui-se a Jânio Quadros a frase "Fi-lo porque qui-lo."
Segue texto a respeito. TEXTO
Para nossa reflexão:
Dia destes, um palestrante apresentou três imagens:
uma fila imensa de pessoas correspondia à fila dos que reclamam;
uma fila média de pessoas correspondia à fila dos que sugerem;
uma fila pequena de pessoas correspondia à fila dos que fazem.
Por fim, a pergunta: "De qual fila fazemos parte?"
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(12/12/2016)
"Convém não confudir.
Paisinho é diminutivo de país; paizinho, de pai.
Há, ainda, diferença de pronúncia:
na primeira existe hiato, portanto se diz pa-i-si-nho;
na segunda existe ditongo, portanto se pronuncia pai-zi-nho.
Ele vivia com o querido paizinho num paisinho da [...]."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/12/2016)
É bem provável que já tenhamos nos deparado com essa dúvida em algum momento. Por quê? Porque a maior parte dos verbos terminados em "iar" segue, no presente do indicativo, no presente do subjuntivo e nos tempos destes derivados, a conjugação de copiar; mas uma pequena parte segue a conjugação de odiar.
Tomemos como base o presente do indicativo.
Regra geral: os verbos terminados em "iar" são assim conjugados no presente do indicativo:
eu copio
tu copias
ele copia
nós copiamos
vós copiais
eles copiam
No entanto, seis verbos terminados em "iar" são conjugados diferentemente, pois ocorre a inclusão do "e" nas seguintes pessoas do presente do indicativo: eu, tu, ele, eles. São eles: mediar, ansiar, remediar, intermediar, incendiar e odiar.
Vejamos como fica a conjugação.
Eu medeio | Eu anseio | Eu remedeio | Eu intermedeio | Eu incendeio | Eu odeio |
Tu medeias | Tu anseias | Tu remedeias | Tu intermedeias | Tu incendeias | Tu odeias |
Ele medeia | Ele anseia | Ele remedeia | Ele intermedeia | Ele incendeia | Ele odeia |
Nós mediamos | Nós ansiamos | Nós remediamos | Nós intermediamos | Nós incendiamos | Nós odiamos |
Vós mediais | Vós ansiais | Vós remediais | Vós intermediais | Vós incendiais | Vós odiais |
Eles medeiam | Eles anseiam | Eles remedeiam | Eles intermedeiam | Eles incendeiam | Eles odeiam |
A fim de facilitar a memorização desses seis verbos, foi criado um mnemônico em forma de acróstico: MARIIO
Mediar
Ansiar
Remediar
Intermediar
Incendiar
Odiar
É só lembrar de MARIIO (com dois "is").
Obs.: os verbos derivados dos seis verbos mencionados seguem a mesma conjugação. Por exemplo, desremediar.
INTERMEDIAR - CONJUGAÇíO COMPLETA
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(14/12/2016)
"Em rigor, o pronome se é redundante aqui, porquanto em suicidar já existe o elemento sui (= de si próprio, se), não havendo assim, em princípio, a necessidade do pronome se.
Portanto, suicidar-se, rigorosamente, equivale a se suicidar-se.
Nossa língua traz inúmeros outros casos de redundância consagradas, além dessa, entre os quais antídoto contra, concordar com, interpor entre, conviver com, etc. (...)"
A dica de hoje foi extraída do Dicionários de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/12/2016)
São vários os processos de formação das palavras. Um deles denomina-se composição, que, por sua vez, divide-se em composição por justaposição e composição por aglutinação. De acordo com Mauro Ferreira, no processo de aglutinação "pelo menos uma das palavras que participa da composição sofre alteração em sua pronúncia (e em sua grafia)".
O resultado de algumas aglutinações é surpreendente, tanto na grafia quanto no significado. Vale a pena refletir sobre o que as palavras significam separadamente e o significado que possuem atualmente, após a aglutinação. Seguem exemplos.
Aguardante (água + ardente)
Alviverde (alvo + verde)
Dessarte (dessa + arte)
Destarte (desta + arte)
Embora (em + boa + hora)
Fidalgo (filho + de + algo)
Outrora (outra + hora)
Pernilongo (pernas + longas)
Planalto (plano + alto)
Pontiaguda (ponta + aguda)
Vinagre (vinho + acre)
Fontes de consulta:
Aprender e praticar gramática.
Autor: Mauro Ferreira.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Português descomplicado.
Autor: Carlos Pimentel.
Grande abraço.
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(16/12/2016)
"Palavra do francês, em que é do gênero masculino.
Em português, deve ser vernissagem, e do gênero feminino: a, uma, aquela vernissagem.
Situação semelhante ocorre com garage (palavra francesa) e garagem (forma aportuguesada).
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações no texto.
Frase atribuída a Rita Apoena:
"Abraçar é encostar um coração no outro."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(19/12/2016)
Está próximo o fim de mais um ano. Fizeram parte dele momentos e fatos bons e ruins, alegrias, tristezas, encontros, distanciamentos, renovação e finitude da vida, ...
Esta será a última semana das dicas de portuga de 2016. Como é tempo de reflexões e planos, as dicas 622 a 626 trarão letras de músicas e os respectivos vídeos.
Inaugura esta fase a música Onde Deus possa me ouvir, belamente interpretada por Leila Pinheiro.
Sabe o que eu queria agora,
meu bem?
Sair, chegar lá fora
e encontrar alguém
que não me dissesse nada
não me perguntasse nada
também
Que me oferecesse um colo,
um ombro
onde eu desaguasse
todo o desengano
mas a vida anda louca
as pessoas andam tristes
meus amigos
são amigos de ninguém
Sabe o que eu mais quero agora,
meu amor?
Morar no interior do meu interior
pra entender por que se agridem
se empurram pra um abismo
se debatem,
se combatem, sem saber
Meu amor,
deixa eu chorar até cansar
me leve pra qualquer lugar
aonde deus possa me ouvir
minha dor,
eu não consigo compreender
eu quero algo pra beber
me deixe aqui, pode sair
adeus.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/12/2016)
A dica de hoje traz a música Construção, composta e interpretada por Chico Buarque.
VÍDEO
ANÁLISE LITERÁRIA
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(21/12/2016)
A dica de hoje traz a música 120...150... 200 km por hora, cuja composição é atribuída a Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
O vídeo traz espetacular, marcante, inesquecível interpretação de Marília Pera.
VÍDEO
As coisas estão passando mais depressa
O ponteiro marca 120
O tempo diminui
As árvores passam como vultos
A vida passa, o tempo passa
Estou a 130
As imagens se confundem
Estou fugindo de mim mesmo
Fugindo do passado, do meu mundo assombrado
De tristeza, de incerteza
Estou a 140
Fugindo de você
Eu vou voando pela vida sem querer chegar
Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar
Vivo, fugindo, sem destino algum
Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum
O ponteiro marca 150
Tudo passa ainda mais depressa
O amor, a felicidade
O vento afasta uma lágrima
Que começa a rolar no meu rosto
Estou a 160
Vou acender os faróis, já é noite
Agora são as luzes que passam por mim
Sinto um vazio imenso
Estou só na escuridão
A 180
Estou fugindo de você
Eu vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim
O ponteiro agora marca 190
Por um momento tive a sensação
De ver você a meu lado
O banco está vazio
Estou só, a 200 por hora
Vou parar de pensar em você
Pra prestar atenção na estrada
Vou sem saber pra onde nem quando vou parar
Não, não deixo marcas no caminho pra não saber voltar
Às vezes, às vezes sinto que o mundo se esqueceu de mim
Não, não sei por quanto tempo ainda eu vou viver assim
Eu vou, vou voando pela vida
Sem querer chegar
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/12/2016)
A dica de hoje apresenta duas músicas que despertam diferentes emoções.
A primeira, Rosa de Hiroshima, de 1954, é composição atribuída a Vinícius de Moraes e nos leva a um universo sombrio em que o ser humano impõe sofrimento ao seu semelhante. A interpretação é de Ney Matogrosso.
A outra, Aquarela, de 1983, é composição atribuída a Vinícius de Moraes e nos conduz com sua leveza a um ambiente de esperança e bem-estar. A interpretação é da Toquinho.
É importante perceber com a associação entre letra, melodia e interpretação nos transportam para este ou aquele estado de espírito, dependendo também, é claro, das particularidades de cada um e do momento vivido.
VÍDEO
Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada
VÍDEO
Aquarela
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul
Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
E se a gente quiser ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
Depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/12/2016)
A última dica de 2016 poderá ser lida ao som de um trecho da ária Cantilena, parte das Bachianas Brasileiras n.º 5, composição de Heitor Villa Lobos. A sublime interpretação é de Bidu Sayão.
A sugestão é que você abra o vídeo, minimize-o e passe a ler a dica.
vimeo.com/196755767
É hora de fazer análise do tempo que passou e das possibilidades que se avizinham, pois presente, pretérito e futuro estão sempre ligados por conectivos físicos, emocionais, mentais, espirituais.
São muitas as conjugações possíveis e algumas dicas e desejos podem ser úteis.
Que sejam superlativos os momentos de amor.
Que a paz seja absoluta.
Que haja muitos pleonasmos no entendimento.
Que os antônimos identifiquem apenas o que é diferente, mas nunca o que é inimigo: preto e branco; masculino e feminino; rico e pobre; homo e hétero; fraco e forte, ...
Que todos os prefixos, infixos e sufixos componham conexões virtuosas.
Que a felicidade seja um sujeito explícito em todas as orações.
Que os sujeitos do bem sejam sempre compostos, plurais.
Que a concordância esteja presente nos diálogos.
Que os termos essenciais da oração sejam aqueles que edificam.
Que a regência da nossa vida seja feita por substantivos plurais alvissareiros.
Se for para ter algo indeterminado, que seja o tempo que duram as alegrias.
Que as relações sejam repletas de predicados.
Que os vocativos chamem para amar.
Que os apostos expliquem, detalhem o que é bom.
Que a subordinação seja às boas ações.
Que os sinônimos signifiquem muito mais que semelhança, signifiquem aceitação e respeito.
Que a crase, mais do que nunca, represente a fusão de atitudes positivas.
Que o nós venha antes do eu.
Que nosso período seja composto por pessoas que nos façam melhores e que cada um de nós componha períodos que façam os outros melhores.
Que o ponto final seja na discórdia, na raiva, no rancor, na vaidade, na mentira, na intolerância, no desejo de submeter o outro às suas vontades, no terrorismo, na crueldade física e psicológica contra qualquer ser.
E se as adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto) insistirem em aparecer e houver algo de ruim, que seja sintético e acabe logo. Melhor se ficar elíptico, sem afetar ninguém. Melhor ainda se permanecer oculto e nunca se mostrar nem se fizer sentir.
E para fazer o fecho, uma última dica: componha sua história e a de todos os seus com muitos parágrafos de encantamento, com muitas estrofes de humildade, com muitas frases de solidariedade, com muitas palavras de carinho, com muitas letras de paixão. Com isto, a redação da nossa vida será nota 10!
Paz e bem no fim de 2016.
Paz e bem para todo o ano de 2017.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/1/2017)
MANJEDOURA
Segundo o mestre Deonísio da Silva, manjedoura deve vir do italiano mangiatoia, cocho onde se põe comida para os animais. Pode ter derivado de manjar (comer), que tem formas semelhantes no francês manger e no italiano mangiare. No latim, que deu origem ao português, ao francês e ao italiano, há o verbo manducare, que significa mastigar. A manjedoura, por ter servido de berço ao Menino Jesus, tornou-se um símbolo cristão. Manjedoura, portanto, é o lugar (douro) onde os animais comem (manjar).
CAFÉ
No mundo árabe, o fruto do cafeeiro era chamado de QUAHWAH, cujo significado quer dizer força e vigor. Posteriormente os turcos e outros orientais passaram a pronunciar CABEUH, cuja palavra adaptou-se ao francês sem a demasiada inspiração dos HH, vindo essa palavra a dar origem à palavra CAFÉ (português, francês e espanhol); CAFFÈ (italiano); COFFEE (inglês); KAFFEE (alemão).
TÚNICA
Do latim tunica: camisa, camada ou cobertura.
MÚSCULO
Do latim musculus, que significa “pequeno rato” ou “camundongo”.
A palavra músculo deriva do latim musculus, um diminutivo de mus, que quer dizer “rato” ou “camundongo”.
Como é que esta palavra acabou ganhando o significado de músculo do corpo? É que observando o movimento dos músculos, principalmente dos braços e das pernas, os antigos romanos achavam que eles pareciam ratinhos que se mexiam para cá e para lá, por baixo de uma camada de tecido. Por isso, começaram a chamar essas partes do corpo de musculus.
CRUEL
A palavra latina crudelis significa pessoa cruel, que gosta de fazer o sangue (cruor) dos outros correr. Há uma diferença em latim entre cruor e sanguis. Sanguis é o sangue circulando normalmente dentro das veias. Cruor é o sangue derramado de modo violento.
Fonte de consulta:
Site: www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 2/1/2017, 10h15
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/1/2017)
"Nas orações indicativas de datas, o verbo ser concorda sempre com o numeral, se não aparecer a palavra dia expressa:
Hoje são vinte e um de abril.
Ontem foram dezenove de abril.
Amanhã serão vinte e um de abril.
Mas:
Hoje é dia vinte e um de abril.
Ontem foi dia dezenove de abril.
Amanhã será dia vinte e um de abril."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/1/2017)
"Convém não confundir.
Malgrado é preposição e equivale a não obstante, apesar de:
Malgrado a chuva, fui à praia.
Malgrado a goleada que sofreu, o moral do time continua elevado.
Mau grado entra na expressão de mau grado, que significa de má-vontade, a contragosto:
De mau grado acompanhei-a até a porta."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/1/2017)
"As duas formas existem, assim como coexistem convertível e conversível, reversível e revertível.
Quando ocorrem formas variantes como tais, a tendência popular é dar preferência uma delas e fixá-la, provocando o arcaísmo da outra.
O povo só diz carro conversível e situação reversível. Os professores de Matemática usam geralmente inversível, mas há os que preferem invertível." [...]
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Parta saber mais, acesse o link abaixo:
INVERTÍVEL E INVERSÍVEL
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(6/1/2016)
"Adj. corresp.: pulveroso, pulverento ou poeirento.
Portanto, chão cheio de pó = chão pulveroso (ou pulverento ou poeirento).
Existe ainda pulvéreo, usado mais em poética: No chão pulvéreo pôs ela seus delicados pés."
A dica do hoje foi extraída do dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A frase abaixo, atribuída a Lao-Tsé, fala de modéstia, de discrição, de usar nossa própria luz para iluminar os caminhos, mas não para nos colocar em evidência.
"Use a sua luz, mas diminua o seu brilho."
Grande abraço e bom fim de semana.
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(9/1/2017)
"As duas formas existem. Usam-se por diante disso, desta maneira, assim sendo, por esta forma:
O acusado se diz pai da criança, destarte (ou dessarte) não há mais o que discutir.
São muito encontradas na linguagem jurídica:
Os requisitos de certeza e liquidez são condições essenciais para prosperidade do crédito tributário. Destarte, se são trazidos aos autos provas e esclarecimentos capazes de comprometê-lo em sua totalidade, falece a ação fiscal.
Destarte, nego o provimento ao recurso.
Dessarte, tanto a coletividade quanto o indivíduo resultam prejudicados.
Dessarte, presentes os requisitos para a concessão da liminar, acima demonstrados, e com base no art. 12 ..."
[...]
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(11/1/2017)
"É esta a expressão que devemos usar como equivalente de em geral, geralmente, normalmente, de maneira geral:
Por via de regra, a economia só sente os efeitos de uma redução da taxa de juros depois de seis meses.
O vinho, por via de regra fruto da fermentação do suco de uva, era a principal bebida dos bárbaros.
Os taurinos por via de regra têm bom físico, propensão a dores de cabeça e de estômago, são de estatura mediana e mostram tendência à obesidade.
A responsabilidade civil estabelece em nosso país, por via de regra, que aquele que causar dano a outrem deve ressarci-lo por estes prejuízos.
Todas essas frases foram colhidas em periódicos com a condenável redução "via de regra" que, por via de regra, tem uso apenas na pena e na boca dos incautos."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(12/1/2017)
Apóstrofo é um sinal diacrítico utilizado na língua portuguesa. É esta a sua representação: '
Exemplos: caixa d'água, Santa Bárbara d'Oeste.
Dentre as várias possibilidades de utilização do apóstrofo, NíO está a indicação de plural de siglas. Vejamos como deve ser:
Os autos de infração (AIs) abaixo relacionados foram considerados procedentes. (Inadequado: AI's)
Várias GIAs constavam sem movimento. (Inadequado: (GIA's)
Algumas declarações de importação (DIs) foram preenchidas incorretamente. (Inadequado: DI's)
Grande abraço.
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(13/1/2016)
"Esta expressão não admite a preposição "em" antes do que:
A primeira vez que ela beijou, ficou enojada.
A primeira vez que a namorei, não a beijei.
Foi esta a primeira vez que a vi chorando.
Diz-se o mesmo para a segunda vez que, a terceira vez que, a última vez que, etc."
Frase atribuída a Mahatma Ghandi:
"Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(16/1/2017)
"Não é da norma culta, mas a língua contemporânea vai conhecendo cada vez mais a construção deste verbo com a preposição de:
Entendi "de" sair exatamente na hora do jogo.
Ele entendeu "de" beijar a namorada bem na frente dos pais dela.
Retirada a preposição, a construção fica perfeita, mas não popular.
O mesmo fenômeno linguístico ocorre com acontecer, ameaçar, dar, inventar e resolver."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(17/1/2017)
"Usa-se de preferência apenas na língua falada, mas sempre com o verbo na terceira pessoa do singular:
a gente vai, a gente quer, a gente sabe, a gente foi, etc.
O povo é dado a usar:
a gente "vamos", a gente "queremos", a gente "sabemos", a gente "fomos", em razão da noção de coletividade desse nome.
A gente, que (convém repetir) se deve usar apenas na língua falada, emprega-se por:
1. Turma, pessoal:
A gente de televisão ganha bem.
A gente do escritório começa a trabalhar às 9h.
Às sextas-feiras vou, com a gente do trabalho, à happy hour.
2. Eu:
A gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã, por isso eu poupo.
3. Nós:
A gente vai à praia todos os dias.
A gente lá de casa não costuma sair à noite.
A gente se ama.
4. O ser humano em geral:
A gente vive a um ritmo cada vez mais acelerado, na vida moderna.
O adjetivo que modifica esta expressão pode ficar indiferentemente no masculino ou no feminino, ainda que o falante seja do sexo masculino:
Quando a gente sai à noite, fica tensa, nervosa, por causa dos assaltos, disse o estudante.
Os adjetivos tensa e nervosa poderiam também estar no masculino:
Quando a gente sai à noite, fica tenso, nervoso, por causa dos assaltos, disse o estudante.
Na língua escrita, porém, essa mesma frase deve ser construída assim:
Quando se sai à noite, fica-se tenso, nervoso, por causa dos assaltos, disse o estudante.
Ou assim:
Quando saímos à noite, ficamos tensos, nervosos, por causa dos assaltos, disse o estudante.
A palavra gente, quando dá ideia de plural, possibilita concordância ideológica (silepse de número):
A gente da roça pode não ser extrovertida, estudada, culta, mas não são burros.
A gente lá de casa não costuma sair à noite nem mesmo para ir à farmácia, pois temos medo de assaltos.
Coisa interessante é gente da zona rural. Como são quietos!
Não se usa a palavra gente no plural: "as gentes", a não ser quando se aplica a dois ou mais adjetivos:
as gentes brasileira e uruguaia." [...]
Muito cuidado para não grafar "agente" em vez de "a gente".
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/1/2017)
"Certos substantivos têm um significado quando usados no masculino e outro quando usados no feminino. Veja alguns desses casos:
o capital (bens materiais)
a capital (cidade)
o cabeça (chefe, líder)
a cabeça (parte do corpo)
o rádio (aparelho)
a rádio (emissora)
o nascente (onde nasce o sol)
a nascente (onde nasce a água)
o moral (ânimo)
a moral (bons costumes)"
Outros exemplos:
o grama (unidade de medida de massa)
a grama (relva)
o violeta (cor)
a violeta (flor)
o caixa (funcionário de um estabelecimento comercial)
a caixa (objeto)
o cisma (separação religiosa)
a cisma (ideia fixa, superstição)
Fontes de consulta:
Aprender e praticar gramática
Autor: Mauro Ferreira.
Site: http://concursos.brasilescola.uol.com.br
Data e hora da consulta: 18/1/2017, às 8h40
Grande abraço.
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(19/1/2017)
"Palavra (ou conjunto de palavras) que, de forma intensa e instantânea, exprime sentimentos, emoções ou reações psicológicas do falante.
A interjeição, que na escrita geralmente vem seguida de ponto de exclamação, é uma verdadeira "palavra-frase": exprime, por meio de uma palavra ou pequena expressão, algo que exigiria uma frase racionalmente organizada para ser um enunciado.
São inúmeras as reações emotivas que podem ser expressas por meio de interjeições e locuções interjetivas. Veja alguns exemplos:
Admiração | puxa!, nossa!, meus Deus! |
Advertência | atenção!, alerta!, cuidado! |
Alegria | ah!, oba!, viva!, uau! |
Alívio | ufa!, uf! |
Apoio, incentivo | muito bem!, força!, é isso aí! |
Chamamento | ei!, oi!, olá!, psiu! |
Desejo | tomara!, Deus queira! |
Dor | ai!, ui!, au! |
Dúvida | hum!, será?, ora... |
Espanto | bem!, o quê?!, nossa! |
Medo | aaai!, credo!, ui! |
Nojo/aversão | credo!, eca!, urgh! |
Pedido de silêncio | psiu!, quieto! |
Satisfação! | oba!, beleza!, que bom! |
Surpresa | ué..., nossa!, oh! |
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
Grande abraço.
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(20/1/2017)
É comum uma palavra estar numa ou noutra classe gramatical. Isso depende do contexto, das relações estabelecidas com as demais palavras que formam o enunciado.
Tomemos como exemplo a palavra canto.
Eu canto muito bem. (neste contexto, canto é verbo)
Eu estou no canto. (neste contexto, canto é substantivo)
Algumas informações importantes nos ajudarão a distinguir adjetivos de advérbios.
Adjetivo | Advérbio |
- Relaciona-se ao substantivo - É variável (pode ter masculino/feminino; singular/plural). |
- Relaciona-se ao verbo. - É invariável (não admite masculino/feminino; singular/plural) |
1. Depois da confusão no pátio, o diretor entrou furioso na sala do 2.º ano B.
Em relação à palavra furioso, basta notar que, se o substantivo diretor for empregado no feminino, a palavra furioso também irá para o feminino. Observe:
Depois da confusão no pátio, a diretora entrou furiosa na sala do 2.º ano B.
Haja vista a substituição de diretor por diretora, houve mudança de furioso para furiosa. Fica claro que esta palavra é variável e associa-se ao substantivo, funcionando, portanto, como adjetivo.
2. O diretor falava alto para que todos o ouvissem com clareza.
Nesse caso, trocando diretor por diretora, a palavra alto não varia:
A diretora falava alto para que todos a ouvissem com clareza.
Fica evidente, portanto, que, nesse enunciado, alto é advérbio, pois é invariável e se relaciona ao verbo falar."
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
A Esat efetuou adaptações.
Frase atribuída a Mauro Santayama:
"Educação para a vida deveria incluir aulas de solidão."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(23/1/2017)
'A expressão “arroz de festa”, como se sabe, quer dizer sobretudo “pessoa que é vista em todas as festas”. Acabou ampliada para designar quem se faz sempre presente, quem parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo, e não apenas em ocasiões festivas, o que a transformou numa locução sinônima de “figurinha fácil”.
[...] a expressão nasceu do arroz-doce. Não encontrei o “arroz de festa” propriamente dito em nenhum dos livros de referência sobre expressões tradicionais brasileiras que tenho na estante, mas as pistas sobre sua origem são claras.
Com o mesmo sentido de “pessoa que aparece em tudo quanto é festa”, Antenor Nascentes registra uma locução antiga que vai caindo em desuso, “arroz-doce de função”. Luís da Câmara Cascudo traz o verbete “arroz-doce de pagode”, com exemplo colhido num livro de 1920 do escritor Valdomiro Silveira: “Foi arroz-doce de quanto pagode de truz se fez pelo sertão do Tietê”.
Nas palavras de Câmara Cascudo, isso vinha do fato de o arroz-doce ser “gulodice indispensável e preferida ao paladar português, fidalgo e plebeu, e brasileiro, desde o século XVI”. Ou seja, algo que não podia faltar em festa alguma – no que se assemelhava àquele convidado infalível.
Para completar, o Houaiss registra “aquele que não falta a festas” como sentido figurado do próprio arroz-doce. “Peru de festa” é uma variação também presente na maioria dos dicionários.
Como faz tempo que o arroz-doce, sobremesa tradicional portuguesa e brasileira, não é mais uma guloseima comum em festas, compreende-se que a fórmula original da expressão vá se perdendo na memória dos falantes, deixando em seu lugar, simplesmente, “arroz de festa”.'
A dica de hoje foi extraída do site http://veja.abril.com.brData e hora da consulta: 18/1/2017, às 11h.
Grande abraço.
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(24/1/2017)
INTELIGÊNCIA
Do latim intelligencia < intellegere, de inter: "entre" e legere: "recolher", "fazer escolha", "ler", sendo que este último verbo tem o sentido de saber juntar as letras. Desta forma, inteligência quer dizer "saber ler nas entrelinhas". Na próxima vez que estiver procurando uma solução inteligente para qualquer questão, procure dar mais atenção à informação nas "entrelinhas".
ANO LETIVO
Letivo provém do verbo latino legere, que significa ler. O ano letivo é o período em que há leitura, ou, em sentido amplo, estudo.
LOBBY
Do latim medieval lobia, claustro de mosteiro. Modernamente, assumiu outro sentido. Passou a ser o amplo salão de entrada existente sobretudo em hotéis. É nele que pessoas, conhecidas como lobistas, tentam pressionar parlamentares ou autoridades governamentais para o atendimento de seus interesses. Nos EUA, é atividade legalizada, tanto que há escritórios de lobistas dentro do próprio Congresso. O verbo inglês to lobby quer dizer fazer lobby, fazer pressão, praticar conversa ao pé do ouvido do deputado ou senador para convencê-lo a aprovar determinado projeto. A palavra se popularizou com o presidente americano Ulysses S. Grant. Apreciador de bom conhaque acompanhado de charutos para encerrar o dia, Grant era abordado todas as noites por várias pessoas no lobby do hotel Willard. Pediam ajuda para todo tipo de reivindicação. No dia seguinte, ao iniciar os despachos na Casa Branca, a dois quarteirões do hotel, Grant se referia àquelas pessoas como "os lobistas do hotel Willard".
PROFANO
O adjetivo profano vem do latim pro (= ante) + fanum (templo). Aquelas pessoas que estavam dentro do templo eram consideradas sagradas ou religiosas; as que ficavam fora ou na frente do templo eram as não religiosas, ou profanas.
PERFUME
Os primeiros perfumes eram usados para atrair os deuses e amenizar sua fúria. Os líquidos aromáticos queimados em altares eram chamados pela palavra em latim per fumus. A fórmula e o modo de preparação eram segredos guardados a sete chaves.
Fonte de consulta:
Site: www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 18/1/2017, às 11h30
Grande abraço.
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(25/1/2017)
Acre (AC): acriano (a forma acreano não é mais aceita)
Alagoas (AL): alagoano
Amapá (AP): amapaense
Amazonas (AM): amazonense
Bahia (BA): baiano
Ceará (CE): cearense
Distrito Federal (DF): brasiliense
Espírito Santo (ES): capixaba, espírito-santense
Goiás (GO): goiano
Maranhão (MA): maranhense
Mato Grosso (MT): mato-grossense
Mato Grosso do Sul (MS): sul-mato-grossense
Minas Gerais (MG): mineiro
Pará (PA): paraense
Paraíba (PB): paraibano
Paraná (PR): paranaense
Pernambuco (PE): pernambucano
Piauí (PI): piauiense
Rio de Janeiro (RJ): fluminense (carioca é quem é da cidade do Rio de Janeiro)
Rio Grande do Norte (RN): potiguar ou norte-rio-grandense
Rio Grande do Sul (RS): gaúcho ou sul-rio-grandense
Rondônia (RO): rondoniano ou rondoniense
Roraima (RR): roraimense
Santa Catarina (SC): catarinense ou barriga-verde
São Paulo (SP): paulista (quem é da capital é paulistano)
Sergipe (SE): sergipano
Tocantins (TO): tocantinense
Fonte de consulta:
Site: https://www12.senado.leg.br
Grande abraço.
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(26/1/2017)
Afeganistão: afegão
África do Sul: sul-africano
Argélia: argelino ou argeliano
Bagdá: bagdali
Bálcãs ou Balcãs: balcânico (prefira a pronúncia em que a sílaba tônica é bál)
Bélgica: belga
Bogotá: bogotano
Buenos Aires: portenho
Bulgária: búlgaro
Cabo Verde: cabo-verdiano
Cairo: cairota
Camarões: camaronês
Caracas: caraquenho
Catalunha: catalão
Congo: congolês
Costa Rica: costa-riquense, costa-riquenho, costa-ricense
Croácia: croata
El Salvador: salvadorenho
Estados Unidos: norte-americano, estadunidense ou americanoEtiópia: etíope
Filipinas: filipino
Galícia: galego
Genebra: genebrino
Guatemala: guatemalteco
Guiné: guinéu
Fonte de consulta:
Site: www12.senado.leg.br
Grande abraço.
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(27/1/2017)
Honduras: hondurenho
Iêmen: iemenita
Índia: indiano
Iraque: iraquiano
Israel: israelense
Lima: limenho
Madri: madrilenho
Milão: milanês
Mônaco: monegasco
Mongólia: mongol
Nigéria: nigeriano
Nova Zelândia: neo-zelandês
País de Gales: galês
Panamá: panamense, panamenho
Patagônia: patagão
Pequim: pequinês
Porto Rico: porto-riquenho, porto-riquense
Rio da Prata: platino
Romênia: romeno
Somália: somali
Tunísia: tunisiano
Veneza: veneziano
Vietnã: vietnamita
Zaire: zairense
Fonte de consulta:
Site: www12.senado.leg.br
Pensamento atribuído a Carlos Adriano:
"Trago sempre um sorriso por desobediência.
Desobedeço todos os dias a tristeza."
Grande abraço.
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(30/1/2017)
"As três formas existem, mas a primeira é preferível.
O coradouro é o lugar ao ar livre e ao sol onde se estendem peças de roupa, para corar ou clarear."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(31/1/2017)
"São sinônimos, porém salvatagem se refere mais especificamente ao salvamento marítimo. Trata-se de uma adaptação do francês sauvetage (ato de salvar uma embarcação em perigo, sua tripulação, passageiros e carga). Por isso, da próxima vez que sair por esse mar, verifique se a embarcação contém todo o material de salvatagem exigido pela Marinha.
Não se pode, portanto, dizer ou escrever que o governo destinou bilhões de dólares para "salvatagem" de um banco. Isso pode ser mentira grossa..."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
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(1.º/2/2017)
"Essas expressões possuem significados bastante diferentes.
Em chegou às duas horas, temos a fusão da preposição a com o artigo a, portanto uma ocorrência de crase, marcada graficamente pelo acento grave.
Nesse caso, informa-se o horário de chegada de alguém.
Já em chegou há duas horas, temos a presença do verbo haver, indicando tempo decorrido, ou seja, informa que alguém chegou faz duas horas."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são Ernani Terra e José de Nicola.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(2/2/2017)
"Padre vem do latim pater ("pai") e seu feminino é madre, do latim mater ("mãe).
Frade vem do latim frater ("irmão") e seu feminino é freira.
Já a palavra frei é forma reduzida de freire; vem do francês, significa "irmão" e seu feminino também é freira. Sóror (ou soror) é forma empregada como sinônimo de freira."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(3/2/2017)
"Nas expressões de segunda a sexta, de segunda a sábado, de janeiro a junho, de 5.ª a 8.ª série e semelhantes, não ocorre a crase, uma vez que o a dessas expressões é preposição.
Já na expressão da 5.ª à 8.ª série, ocorre a crase, indicada pelo acento grave, uma vez que estão presentes a preposição a e o artigo a. Observar que, estando presente o artigo a antes do primeiro elemento, a sua presença antes do segundo é obrigatória."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Pensamento atribuído a Bob Marley:
"Os homens pensam que possuem uma mente,
mas é a mente quem os possui.
Há pessoas que amam o poder,
e outras que têm o poder de amar."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(6/2/2017)
"Trata-se de um substantivo uniforme que apresenta um só gênero tanto para designar pessoas do sexo masculino como pessoas do sexo feminino.
Nos substantivos sobrecomuns, a diferença de gênero não é especificada por artigos ou outros determinantes, que acompanham o gênero do substantivo.
a criança,
aquelas pessoas,
o cônjuge,
as criaturas.
Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
uma criança do sexo masculino,
o cônjuge do sexo feminino."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(7/2/2017)
"Usa-se apenas quando se comparam qualidades de um mesmo ser:
Você é mais grande que inteligente.
Ela é mais grande que pequena.
Quando se comparam qualidades de seres diferentes, usa-se maior:
Você é maior que eu.
Ela é maior que a irmã."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(8/2/2017)
"A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si.
Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:
aguardente e aguardentes
girassol e girassóis
pontapé e pontapés
malmequer e malmequeres
Para pluralizar os substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen, observe as orientações a seguir:
a) Quando as duas palavras forem substantivos, pode-se optar em colocar apenas o primeiro elemento ou ambos no plural:
palavra-chave = palavras-chave ou palavras-chaves
couve-flor = couves-flor ou couves-flores
bomba-relógio = bombas-relógio ou bombas-relógios
peixe-espada = peixes-espada ou peixes-espadas
b) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
c) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
d) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor
e) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
f) Casos Especiais
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
o joão-ninguém e os joões-ninguém."
A dica de hoje foi extraída do site www.soportugues.com.br
Data e hora da consulta: 8/2/2017, às 8h40.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário.
(9/2/2017)
"É esta, em rigor, a expressão que significa muito mal:
assinar o nome mal e parcamente;
cozinhar mal e parcamente;
escrever mal e parcamente.
Ao longo do tempo, no entanto, a palavra parcamente foi substituída por porcamente. E ficou!"
Parcamente deriva de parco, que, dentre outras acepções, significa: não abundante, simples, modesto.
O texto entre aspas foi parcialmente copiado do livro Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa. A Esat efetuou adaptações.
O texto abaixo foi extraído do site www.coladaweb.wordpress.com
"Confundir palavras parecidas é sempre perigoso. Isso me faz lembrar aquele sujeito que faz pose e afirma: “Ela fala mal e porcamente”. Pelo visto, estamos na lama… É muita sujeira! É bom saber que esse tal “porcamente” era para ser “parcamente”. Vem de parco, que significa “pouco, escasso, minguado”. “Falar mal e parcamente” significa “falar mal e pouco, poupar palavras, falar moderadamente”.
Fontes de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Site www.coladaweb.wordpress.com
Data e hora da consulta: 9/2/2017, às 9h
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(10/2/2017)
A preposição até pode vir acompanhada da preposição a, formando a locução prepositiva até a.
De maneira geral, o uso é opcional.
Há situações, no entanto, em que a utilização de até ou de até a evita ambiguidades.
Até
O fogo queimou tudo, até a porteira.
Nesse caso, afirma-se que a porteira também foi queimada.
Até a
O fogo queimou tudo, até à porteira.
Nesse caso, afirma-se que tudo foi queimado até perto da porteira, mas esta não foi queimada.
Ocorre a crase neste caso, pois a preposição a de até a funde-se com o artigo a existente antes de porteira.
Fonte de consulta:
Dicionário de dificuldades da língua portuguesa.
Autor: Domingos Paschoal Cegalla.
Frase atribuída a J. Bessa (texto adaptado):
"Se você pudesse comer as suas próprias palavras, sua alma seria nutrida ou envenenada?"
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(13/2/2017)
"O pronome si, da terceira pessoa, só combina com sujeito dessa pessoa. Portanto: Ela ficou fora de si.
Se o sujeito for da primeira pessoa, usar-se-á, naturalmente, pronome dessa pessoa, e assim por diante:
Fiquei fora de mim.
Ficamos fora de nós por bom tempo.
Ficaste fora de ti quanto tempo?
Há, no entanto, pessoas que dizem assim, sem ao menos corar:
Fiquei fora de "si". Ficamos fora de "si" por bom tempo.
Há mesmo os que dizem, orgulhosos: Eu "se" fiz por "si" mesmo. Merece parabéns?"
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(14/2/2017)
De acordo com o Aurélio, crepúsculo é a "Luminosidade, de intensidade crescente ao amanhecer (crepúsculo matutino) e decrescente ao anoitecer (crepúsculo vespertino), proveniente da iluminação das camadas superiores da atmosfera pelo Sol, quando, embora escondido, está próximo do horizonte."
Ou seja, crepúsculo pode referir-se ao amanhecer e ao anoitecer.
A dica de hoje foi extraída do Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(15/2/2017)
"Sempre com inicial maiúscula (Onça), por que se trata da alcunha de um antigo administrador da cidade do Rio de Janeiro, chamado Luís Vahia (com V mesmo) Monteiro, que começou o seu governo em 1725. Como era muito temperamental, violento e entrava em conflito com tantos quantos se lhe aproximassem, deram-lhe aquele cognome. Hoje a expressão tempo do Onça serve para significar tempos muito remotos, que não trazem saudade nenhuma. Equivale pouco mais ou pouco menos a tempo em que se amarrava cachorro com linguiça. Esta frase ainda traz outro componente de significado: o da ingenuidade. Sim, porque o ingênuo que amarrasse cachorro com linguiça estaria sempre fadado a ficar sem o cachorro e sem a linguiça, comida pelo animal. Daí porque um treinador da nossa seleção brasileira de futebol declarou certa feita que nos tempos atuais já não se podia praticar um futebol do tempo em que se amarrava cachorro com linguiça, ou seja, tempos bons (e ingênuos) do nosso futebol."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(16/2/2017)
"É esta a combinação perfeita, equivalente de se porventura, e não "se caso" (redundância), comum na língua popular:
Se acaso eu não puder ir, irá meu filho.
Se acaso você vir minha filha, dê-lhe o recado!
Se acaso chover, tire a roupa do varal!
Acaso, aqui, equivale a por acaso, porventura."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(17/2/2017)
A palavra crase tem origem no grego krasis (fusão, junção).
Observemos o que diz Mauro Ferreira em sua obra Aprender e praticar gramática.
“As passagens a seguir foram extraídas da versão original de Os Lusíadas, poema épico de Luís de Camões, publicado em 1572:
"afeiçoada aa gente"
"junto aas ilhas"
"chegava aa desejada e lenta meta"
"quem pudesse aa India ser levado"
Todos percebemos que a escrita na época de Camões não é idêntica à atual. [...] Hoje em dia escreveríamos:
"afeiçoada à gente"
"junto às ilhas"
"chegava à desejada e lenta meta"
"quem pudesse à India ser levado"
[...] o conjunto de enunciados evidencia que, no século 16, escrevia-se a forma “aa”, inexistente na ortografia atual, em que empregamos “à”. A comparação é interessante justamente por evidenciar a origem (e o sentido) desse acento.”
Esse grave mistério... Discutindo língua portuguesa. São Paulo: Escala Educacional, ano 1, n. 4Nos exemplos apresentados por Mauro Ferreira, observa-se a crase entre a e a = à. É importante esclarecer, no entanto, que, ao longo da evolução do nosso idioma, outras letras se fundiram e geraram o fenômeno da crase. Uma delas é a palavra leer, derivada do latim legere. Na evolução do latim para o português, era grafada com dois es. Posteriormente esses es se fundiram, restando apenas um: ler. Nesse caso, também ocorreu o fenômeno da crase.
"Amar se aprende amando."
Carlos Drummond de Andrade.
Bom fim de semana e grande abraço.
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(20/2/2017)
"Pessoa que abandona a sua bandeira na guerra e passa para o lado do inimigo; desertor(a).
Em sentido figurado: pessoa que abandona os seus princípios, ideais, partido, etc.
Note: é palavra proparoxítona. Não falta, porém, quem diga "transfuga".'
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(21/2/2017)
"Na expressão solução de continuidade, a palavra solução significa "interrupção". Portanto, quando se afirma que As negociações não sofreram solução de continuidade, estamos dizendo que as negociações não foram interrompidas."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(22/2/2017)
O prefixo supra pode estar ligado ou não ao segundo elemento da palavra por hífen.
Com hífen
Quando o segundo elemento iniciar com h ou com a (a mesma letra com que termina o prefixo)
Supra-hepático, supra-humano, supra-axilar.
Plural: supra-hepáticos, supra-humanos, supra-axilares.
Sem hífen
Quando o segundo elemento iniciar com letra diferente da letra final do prefixo supra, ou seja, diferente de a, exceto a letra h.
Supracitado, supramencionado, supraocular, suprarrenal, suprassumo.
Plural: supracitados, supramencionados, supraoculares, suprarrenais, suprassumos.
Observa-se que, se o segundo elemento inicia com r ou s, essas letras são dobradas.
Fonte de consulta:
Acordo Ortográfico (1990) - Mudanças no Português do Brasil.
Editora Saraiva e Atual Editora.
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
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(23/2/2017)
"Usa-se indiferentemente a ou em, nas datas:
O Brasil foi descoberto a (ou em) 22 de abril.
A independência do Brasil se deu a (ou em) 7 de Setembro de 1822.
Nasci a (ou em) 18 de dezembro de 1907."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(24/2/2017)
Caseoso é um adjetivo, pouco conhecido e utilizado, correspondente a um substantivo bastante conhecido.
Qual é o substantivo?
Queijo.
Pois é, nosso conhecidíssimo queijo, frequentador de pizzas, sanduíches, macarronadas e outros pratos deliciosos, tem como adjetivo correspondente o pouco conhecido caseoso.
Assim, podemos dizer:
Este pudim tem consistência de queijo.
Este pudim tem consistência caseosa.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Hoje é sexta-feira, estamos próximos do carnaval. Planos, expectativas, diversão, viagens farão parte dos próximos dias.
E para que tudo comece e termine bem, vale a pena praticar a prudência nessa época de estradas cheias e trânsito intenso.
O link abaixo nos permite acesso a um vídeo que nos convida a refletir sobre a necessidade de colocarmos a vida em primeiro lugar sempre.
Bom fim de semana, bom feriado, bom carnaval a todos.
VALORIZE A VIDA!
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(1.º/3/2017)
"Verbo defectivo. Significa "ser comum", "ser frequente".
Não possui a primeira pessoa do singular do presente do indicativo e as formas daí derivadas.
Como sói acontecer, editaram mais uma Medida Provisória."
Essa frase pode ser escrita assim:
Como costuma acontecer, editaram mais uma Medida Provisória.
Como é frequente acontecer, editaram mais uma Medida Provisória.
CONJUGAÇíO COMPLETA
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
A Esat efetuou complemento.
Grande abraço.
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(2/3/2017)
Lactante: Que produz leite. Que lacta. Mulher que aleita, que amamenta.
Lactente: Diz-se de, ou ser que ainda mama.
Trocando em miúdos:
A mãe é a lactante.
O bebê é o lactente.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço.
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(3/3/2017)
"Convém não confundir.
Músico é o que toca algum instrumento musical e também o que canta ou compõe canções. Tom Jobim era um excelente músico.
Musicista é o que aprecia música, o que ama a música, sem necessariamente ser músico. Todos somos musicistas" [...]
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
"Você é mais forte do que imagina.
Acredite."
Autor desconhecido.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(6/3/2017)
"É este mulato que consta na letra de conhecida música brasileira. Muitos a cantam usando "izoneiro". Nesse caso, convém cantar só no banheiro (e bem baixinho)...
Significa mexeriqueiro, fofoqueiro."
A música mencionada no texto é Aquarela do Brasil. Mulato inzoneiro está na primeira estrofe.
O link abaixo traz a letra e a interpretação de Gal Costa.
AQUARELA DO BRASIL
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(7/3/2017)
Os sufixos -inho e -zinho formam o diminutivo.
Se a palavra primitiva terminar em s ou z , devemos acrescentar -inho(a):
Pires - piresinho
Lápis - lapisinho
Raiz - raizinha
Juíza - juizinha
Se a palavra primitiva tiver outra terminação, acrescenta-se -zinho(a):
Papel - papelzinho
Mãe - mãezinha
Pai - paizinho
Facão - facãozinho
Fonte de consulta:
Livro: Português descomplicado.
Autor: Carlos Pimentel
Grande abraço.
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(8/3/2017)
"Visível redundância.
Ou se usa viver juntos ou apenas conviver.
Quanto tempo vocês vivem juntos?
ou
Quanto tempo vocês convivem?"
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(9/3/2017)
Se for usada como substantivo, a palavra monstro pode ser usada no plural:
Muitos monstros estão presentes na imaginação das crianças.
Se for usada como adjetivo, com o sentido de gigantesco, grandioso, monumental, a palavra monstro não varia:
Comícios monstro, passeata monstro, pesquisas monstro.
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(10/3/2017)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
OBSTÚPIDO (ôbstúpido)
Adjetivo.
Pasmado, atônito, surpreendido, estupefato.
PERSIGNAR-SE (pêrsignar-se)
Verbo.
Fazer com o polegar da mão direita três cruzes, uma na testa, uma na boca e outra no peito, pronunciando a forma litúrgica: "Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos."
DUBITATIVO (dubitativo)
Adjetivo.
Que exprime dúvida. Em que há dúvida.
HINÓGRAFO (hinógrafo)
Substantivo masculino.
Compositor de hinos.
HIPALGESIA (hipalgesia)
Substantivo feminino.
Diminuição da sensibilidade à dor.
SIDERISMO (siderismo)
Substantivo masculino.
Adoração dos astros.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Frase atribuída a Martin Luther King:
"O que me preocupa não é o grito dos maus. O que me preocupa é o silêncio dos bons."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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Dica 675
(13/3/2017)
"O adjetivo correspondente é ebóreo ou ebúrneo.
Portanto, dente de marfim = dente ebóreo; objeto de marfim = objeto ebúrneo."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(14/3/2017)
Não raramente, observam-se erros gravíssimos na grafia de algumas palavras, fato que desmerece sobremaneira a mensagem e quem a escreve.
Seguem alguns exemplos:
Vende-se "iorgute". (o correto é iogurte)
Eles criam "carangueijos" em cativeiro. (o correto é caranguejos)
Ela está "menas" nervosa hoje. (o correto é menos)
A "loginha" ficará aberta neste sábado. (o correto é lojinha)
Temos "artezanato". (o correto é artesanato)
O link abaixo dá acesso a outros exemplos.
MALTRATANDO A LÍNGUA
Grande abraço.
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(15/3/2017)
Flabeliforme é um adjetivo pouco conhecido e utilizado, correspondente a um substantivo bastante conhecido.
Qual é o substantivo?
Leque.
Quem diria, hein?!
Assim, podemos dizer:
"penugem semelhante a um leque"
ou
"penugem flabeliforme"
Fonte de consulta:
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa.
Autor: Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(16/3/2017)
"As duas formas estão corretas; a primeira, mais usual; a segunda, praticamente desusada.
Apesar disso, alguns gostam mesmo é de ficar no "carramanchão", forma incorreta."
"Caramanchão: Construção ligeira, espécie de pavilhão de ripas, canas ou estacas, revestidas de trepadeiras, nos jardins."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi, e do Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(17/3/2017)
"Convém não confundir.
Prescrever é determinar, receitar: O médico lhe prescreveu antibiótico, para o combate à infecção.
Também significa perder o efeito, caducar: O prazo prescreve em trinta dias. A pena ainda não prescreveu.
Substantivo correspondente: prescrição.
Proscrever é expulsar: O governo americano está proscrevendo todos os imigrantes ilegais.
Também significa suprimir: Proscrever um artigo de um estatuto.
Substantivo correspondente: proscrição.
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Frase atribuída a Renato Russo:
"Motivo de arrependimento é não aprender com os próprios erros."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(20/3/2017)
"Combinação esdrúxula, já que se trata de nomes de mesmo radical. Equivale pouco mais ou menos a "combinação combinada".
Deve ser substituída por abuso ou, então, por uso excessivo, uso exagerado, uso imoderado, etc."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
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(21/3/2017)
"Encontro imediato de duas ou mais consoantes num só vocábulo.
Os encontros consonantais podem ser:
Perfeitos: quando as consoantes pertencem à mesma sílaba. Nesse caso, normalmente a segunda consoante é l ou r.
Exemplos: blu-sa, pra-to, psi-co-lo-gi-a, crí-ti-ca.
Imperfeitos: quando as consoantes pertencem a sílabas diferentes.
Exemplos: af-ta, ab-so-lu-to, rit-mo, pac-to."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(22/3/2017)
PREFIXOS | SENTIDO | EXEMPLOS |
abs, ab | afastamento | abster, abstrair, abdicar, aberrar, abjurar, abuso |
ad, a (forma vernácula) | movimento para, aproximação | adjacente, adjunto, adorar, adventício, advogado, abraçar, amadurecer, avivar |
alius | outro | alienado, alienígena |
cado | cair | cadente, decadência |
cola | que habita | arborícola, silvícola |
disco | aprender | discípulo, disciplina |
evo | idade | longevo, medievo |
falor | enganar | falir, falsário |
gradu | grau, passo | graduação, gradual |
herbi | erva | herbicida, herbívoro |
ludi | jogo | lúdico, prelúdio |
leni | brando, ameno | lenitivo |
magni | grande | magnífico, magnitude |
semi | metade | semicírculo, semideus, semimorto |
vice | em lugar de | vice-cônsul, vice-presidente, vice-rei. Em "visconde", altera-se para vis |
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Grande abraço.
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(23/3/2017)
"É isto que devemos fazer sempre. Mas existem os que "fluoretam" a água.
Água tratada com flúor é fluorada, e não "fluoretada".
Não existe o verbo "fluoretar".
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(24/3/2017)
A dica de hoje abre espaço para a poesia e para a reflexão.
Seguem letra e vídeo da música Epitáfio, da banda Titãs.
Epitáfio: Inscrição tumular. Elogio fúnebre.
EPITÁFIO
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais e até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer
Queria ter aceitado as pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos com problemas pequenos
Ter morrido de amor
Queria ter aceitado a vida como ela é
A cada um cabe alegrias e a tristeza que vier
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos, trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr.
VÍDEO
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(27/3/2017)
"Quando houver vários adjetivos referindo-se a um único substantivo, há duas construções possíveis:
Estudava os idiomas francês, inglês e italiano.
Estudava o idioma francês, o inglês e o italiano.
Note que, quando se coloca o substantivo no plural, não se usa artigo antes dos adjetivos. Se, no entanto, o substantivo estiver no singular, será obrigatório o uso do artigo a partir do segundo adjetivo."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(28/3/2017)
"Remontando aos tempos pré-modernos, havia uma expressão muito usual entre os casais que queriam sentir-se mais à vontade sem que ninguém estivesse segurando a vela.
Pois bem, esta expressão “Segurar Vela” remonta um passado bastante histórico.
Quando não existiam lâmpadas, a principal fonte de luz eram as velas. Não era hábito incomum, na época, os trabalhadores braçais as segurarem para que seu senhor enxergasse o que estava fazendo.
Nos recintos abertos ao público à noite, como teatros, meninos acendiam e seguravam velas para iluminar o palco.
Em obscuros tempos medievais, um criado da casa tinha singular obrigação: a de segurar um candeeiro para iluminar as relações sexuais dos patrões. O criado, entretanto, deveria ficar de costas para não ver os folguedos e, assim, não invadir a privacidade do casal - embora pudesse escutar gemidos e grunhidos, sons da própria alcova. O grotesco procedimento caiu em desuso, obviamente, após a invenção da eletricidade.
Caso fôssemos associar esta expressão à modernidade atual, ela certamente se restringiria ao universo das gírias, como sendo aquela pessoa que não é bem aceita, que “embaça” a convivência."
Fonte:
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. "A origem popular de certas expressões brasileiras "; Brasil Escola. Disponível em <brasilescola.uol.com.br/gramatica/a-origem-popular-certas-expressoes-brasileiras.htm>.
Acesso em 28 de marco de 2017, às 8h10.
Grande abraço.
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(29/3/2017)
PREFIXOS | SENTIDO | EXEMPLOS |
acer, acri | azedo | acerbo, acrimônia |
agri | campo | agricultura, agricultor |
bis, bi | repetição | bisavô, biscoito, bisneto, biênio, bimestre |
bore | norte | boreal, hiperbóreo |
canus | branco | encanecer, candidato |
dis, di | movimento para diversos lados, ação contrária | discordar, discutir, disseminar, distender, diminuir, devagar, difícil |
doceo | ensinar | docente, docilidade |
en, em | movimento para dentro, oposição | engarrafar, embate |
extra | movimento para fora, excesso | extralinguístico, extramuros, extraordinário |
fico | que faz, que produz | frigorífico, maléfico |
gero | que contém, que produz | belígero |
intra | posição dentro de alguma coisa | intramuscular, intravenoso, intraverbal |
intro | introduzir | introduzir, intrometer, introspecção |
jus, juri | direito | jurisdição, jurídico |
labori | trabalho | elaborar, colaborar |
Grande abraço.
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(30/3/2017)
"Essa expressão tem origem religiosa. Nas cerimônias hebraicas do Yom Kippur, o Dia da Expiação, que acontecia na época do Templo de Jerusalém, um pobre animal era escolhido para ser apartado do rebanho e deixado ao relento na natureza selvagem como sacrifício, levando consigo todos os pecados da comunidade para serem expiados. Na Bíblia, essa cerimônia é descrita no livro do Levítico. Na teologia cristã, a figura do bode expiatório é um simbolismo para o sacrifício de Jesus, que deu a vida para salvar o mundo dos seus pecados. Hoje em dia a expressão perdeu sua carga religiosa e é usada para descrever aquela pessoa que é escolhida, muitas vezes injustamente, para levar toda a culpa em situações em que as coisas não deram muito certo."
A dica de hoje foi extraída do site super.abril.com.br
Data e hora da consulta: 29/3/2017, às 9h40.
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(31/3/2017)
A CRASE E O SENTIDO DAS FRASES (1)
"O uso da crase está muito ligado ao sentido das frases; se a crase for usada, a frase terá um determinado sentido; se não for, o sentido será diferente.
A presença da crase transforma substantivos em locuções (adverbiais, prepositivas, conjuntivas) e, com isso, altera também o sentido das expressões transformadas.
Quando eu cheguei, a noite começava a cair.
(a noite: substantivo)
Então está combinado: nós nos veremos à noite.
(à noite: locução adverbial)"
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Seguem algumas frases sobre stress/estresse:
"Querido stress, aproveite o fim de semana pra se divertir e dá uma folga pra mim."
(sem indicação do autor na fonte consultada)
"A vida é curta demais para se estressar com aquelas pessoas que nem sequer merecem ser um problema em sua vida."
(sem indicação do autor na fonte consultada)
"Cuidado com o stress, porque mais vale chegar atrasado neste mundo do que adiantado no outro."
(sem indicação do autor na fonte consultada)
"A maior arma contra o estresse é nossa habilidade de escolher um pensamento ao invés de outro."
(Pensamento atribuído a Willian James)
Grande abraço e um excelente e desestressado fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/4/2017)
"Há roupas de várias cores: você prefere as claras ou as escuras?
(as claras/as escuras: substantivos)
Eu faço tudo às claras, mas há pessoas que só agem às escuras.
(às claras/às escuras: locuções adverbiais)"
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Grande abraço.
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(4/4/2017)
"A espera foi demorada e irritante.
(a espera: substantivo)
Todos vivem à espera de uma oportunidade.
(à espera de: locução prepositiva)"
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Grande abraço.
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(5/4/2017)
A procura durou toda a noite.
(a procura: substantivo)
Toda a polícia está à procura dos criminosos.
(à procura de: locução prepositiva)
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.Grande abraço.
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(6/4/2017)
"Só o cozinheiro sabe a proporção de sal que deve usar.
(a proporção: substantivo)
À proporção que o tempo passa, agregamos experiências à nossa vida.
(à proporção que: locução conjuntiva)
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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(7/4/2017)
"A medida que mede o rico não é a medida que mede o pobre.
(a medida: substantivo)
"À medida que estuda, destaca-se entre seus colegas."
(à medida que: locução conjuntiva)
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
A Esat efetuou adaptações.
Frase atribuída a Jean-Paul Sartre:
"Viver é isto: ficar se equilibrando, o tempo todo, entre escolhas e consequências."
Grande abraço e bom fim de semana para todos.
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(10/4/2017)
"Existe uma história, não comprovada, de que, após trair Jesus, Judas enforcou-se numa árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu a expressão "Onde Judas perdeu as botas", usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível."
A dica de hoje foi extraída do site www.diariodonordeste.verdesmares.com.br
Data e hora da consulta: 3/4/2017, às 14h10.
A Esat efetuou alterações.
Grande abraço.
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(11/4/2017)
"A expressão surgiu no período do Brasil colonial, época em que os tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas e morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo."
A dica de hoje foi extraída do site www.diariodonordeste.verdesmares.com.br
Data e hora da consulta: 3/4/2017, às 14h10.
Grande abraço.
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(12/4/2017)
"No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de guarda e arquivamento de joias e documentos importantes da Corte: um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Eram, portanto, apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí, começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" para designar algo muito bem guardado."
A dica de hoje foi extraída do site www.diariodonordeste.verdesmares.com.br
Data e hora da consulta: 3/4/2017, às 14h10.
A Esat efetuou adaptações.
Frase atribuída a Salvador Allende:
"Não basta que todos sejam iguais perante a lei.
É necessário que a lei seja igual perante todos."
Grande abraço, bom feriado e boa Páscoa.
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(17/4/2017)
"A expressão rasgar seda, utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu por uma peça de teatro de Luís Carlos Martins Pena. No espetáculo, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente a sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa."
A dica de hoje foi extraída do site www.diariodonordeste.verdesmares.com.br
Data e hora da consulta: 3/4/2017, às 14h10.
Grande abraço.
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(18/4/2017)
"Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea num aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse os seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para história como o cego que não quis ver."
A dica de hoje foi extraída do site www.diariodonordeste.verdesmares.com.br
Data e hora da consulta: 3/4/2017, às 14h10.
Grande abraço.
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(19/4/2017)
Segue mais uma relação de palavras pouco conhecidas e utilizadas. A versão entre parênteses apresenta a pronúncia, com indicação da sílaba tônica, que está em negrito.
EXALVIÇADO (êzalvissado)
Adjetivo.
Alvacento, esbranquiçado.
EXCELER (êssêlêr)
Verbo.
Estremar-se de outros, ou acima de outros; ser excelente; avantajar-se; excelir.
Exemplo: Este homem excele na força.
PÁREA (párêa)
Substantivo.
Régua utilizada para medir a altura de pipas e tonéis.
VÁPIDO (vápido)
Adjetivo.
Sem sabor, insípido, insulso. Cheio de exalações.
VANÍLOQUO (vanílôcuô)
Adjetivo.
Que fala à toa, em vão, ou diz palavras sem sentido ou inúteis. Fanfarrão.
A dica de hoje foi extraída do Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa, cujo autor é Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Em comemoração à dica 700, segue um vídeo que trata sobre equilíbrio, apresentado na 60.ª Reunião do GDFAZ, realizada em Cuiabá - MT, em 6 e 7/4/2017.
O PESO DE UMA PLUMA
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat)
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(20/4/2017)
"Usa-se uma pela outra, indiferentemente. São expressões invariáveis:
Para mim tanto faz cem como (ou quanto) duzentos reais.
Para nós tanto fazia oito como (ou quanto) oitenta.
Para Judite e Rute tanto faz três presentes como (ou quanto) quatro." (...)
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Frase atribuída a Confúcio:
"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça.
No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."
Grande abraço, bom feriado e bom fim de semana a todos.
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(24/4/2017)
Ao compararmos o português do Brasil com o de Portugal, percebemos diferenças no vocabulário, na pronúncia, na forma de construir frases.
Uma palavra usada aqui pode ter sentido muito diferente da mesma palavra usada lá. Isso pode gerar situações embaraçosas.
Conta uma amiga brasileira que, de férias em Portugal, entrou numa loja de roupas. Após olhar algumas peças, chamou uma das funcionárias da loja para atendê-la: "Moca, você poderia me atender por favor?" A funcionária fez cara feia e não a atendeu. "Moça, você pode me atender, por favor", repetiu a brasileira. Para sua surpresa, a funcionária veio em sua direção e dirigiu-lhe impropérios. Por quê? Porque em Portugal moça significa prostituta. Ai, ai, ai, ai, ai... que situação!
Se ela tivesse usado o termo rapariga, teria se saído melhor. Aliás, rapariga aqui no Brasil tem um tom pejorativo, não tem?
Seguem dois links com comparações entre palavras do português do Brasil e do português de Portugal. Muito úteis para os brasileiros que desejam viajar para aquele país.
LINK 1
LINK 2
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(25/4/2017)
Como saber quando a palavra SE exerce a função de índice de indeterminação do sujeito ou a função de pronome apassivador?
Vejamos abaixo:
SE |
SE |
Índice de indeterminação do sujeito |
Pronome apassivador |
Só ocorre associado a verbo na 3.ª pessoa do singular |
Pode ser associado a verbo na 3.ª pessoa do singular e do plural |
Concordou-se com a proposta. |
Discutiu-se a proposta. |
- |
Discutiram-se as propostas. |
-X-X-X- |
-X-X-X- |
A oração não admite transposição para a voz passiva analítica (voz passiva com locução verbal) |
A oração geralmente admite a transposição para a voz passiva analítica. |
Concordou-se com a proposta. |
Discutiu-se a proposta. |
- |
A proposta foi discutida. |
-X-X-X- |
-X-X-X- |
O sujeito da oração é indeterminado. |
O sujeito é determinado (está explícito na oração). |
Concordou-se com as propostas. |
Discutiram-se as propostas. |
Sujeito: não é possível determinar. |
Sujeito: as propostas. |
-X-X-X- |
-X-X-X- |
O verbo se mantém sempre na 3.ª pessoa do singular |
O verbo concorda (no singular ou no plural) com o seu sujeito. |
Concordou-se com a proposta. |
Discutiu-se a proposta. |
Concordou-se com as propostas. |
Discutiram-se as propostas. |
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
Grande abraço.
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(26/4/2017)
USD
USD é a sigla para United States Dollar, que significa dólar dos Estados Unidos, a moeda americana. O dólar é a moeda oficial do país, mas também é utilizada em vários países do mundo, em livre circulação, e em especial como reservas internacionais.
O ISO 4217 estabelece o código internacional de três letras para as diversas moedas correntes. A sigla USD refere-se ao dólar americano, escrita antes do valor numérico, para demonstrar que aquela quantia é em dólar. O Fundo Monetário Internacional refere-se ao dólar com a sigla US$, uma abreviação que é usada fora dos Estados Unidos.
O termo dólar vem de thaler, que é a abreviação de Joachimsthaler, uma antiga moeda de prata utilizada e que originou o que é chamado de dólar atualmente. O dólar já foi uma das moedas mais utilizadas no mundo, mas atualmente regula com o euro, em termos de importância. A variação do dólar oscila de acordo com o mercado, e pode estar tanto em baixa, quanto em alta.
Os Estados Unidos possuem tanto notas como moeda, e qualquer quantia inferior a um dólar é emitida em moeda.
USD também é uma marca de esportes radicais, que fabrica skates e patins.
LIMBO
Limbo é um substantivo masculino com origem no latim limbus e que significa margem, beira, borda, orla.
No âmbito da astronomia, limbo é a parte exterior de um corpo celeste, cuja margem é visível, como por exemplo: limbo do Sol ou da Lua. Na botânica, o limbo é a parte alargada de uma folha ou do segmento do cálice.
Em sentido figurado, limbo significa um lugar onde são deixadas coisas sem valor e que são esquecidas. Ex: Ela nunca mais ligou para mim, parece que eu caí no limbo.
Limbo e religião
Na religião católica, o limbo consiste em um lugar para onde iam as crianças que morriam sem terem sido batizadas. De acordo com uma antiga doutrina da igreja católica estas crianças não iam para o céu porque não possuíam graça batismal, mas também não iam para o inferno porque não tinham pecado pessoal.
O conceito de limbo só surgiu a partir do século XIII, sendo que antes disso algumas figuras da Igreja Católica, como Santo Agostinho, afirmavam que tais crianças iam para o inferno. Na Idade Média, a expressão limbus infantum se referia às crianças, enquanto limbus patrum era referente aos santos que tinham nascido antes de Cristo.
Apesar de nunca realmente ter sido considerado um dogma da Igreja, o limbo foi abolido em 2007. Atualmente, a igreja católica tem uma posição semelhante a denominações evangélicas, que afirmam que as crianças que morrem antes de chegarem à idade da razão vão para o céu.
ETÉREO
Etéreo ou Etérea é um adjetivo da língua portuguesa que significa relativo ao éter, que tende a ser volátil ou fluído. Também possui um significado figurado, referindo-se ao que é sublime, celeste ou delicado.
O sentido poético e figurado da palavra é utilizado para qualificar algo considerado divinal ou que é tão puro, que não pode ser material ou de origem terrena.
Normalmente, este adjetivo é usado para descrever trabalhos artísticos (artes plásticas, fotografias, filmes, poesias e etc).
Uma experiência ou sensação pode ser etérea quando desperta um sentido de "elevação espiritual" no indivíduo. Algo que superou as expectativas e que está relacionado com a positividade. Exemplo: O almoço está etéreo / Essa paisagem é etérea.
O etéreo também está intrinsecamente relacionado com a religião, quando se refere ao que está acima do céu, ao que não pertence à terra e está no espaço celeste, a Deus ou aos deuses.
O plural de etéreo é etéreos.
Em inglês, etéreo é ethereal.
Fonte de consulta:
Site: www.significados.com.br
Data e hora da consulta: 26/4/2017, às 8h40
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(27/4/2017)
MANDÍBULA
Do latim mandibulum, que significa “modo de mastigar” ou “instrumento de mastigar”.
O termo latino mandibulum é formado a partir da raiz do verbo mandere, que pode ser traduzido como “mastigar”, “triturar” ou “devorar”.
A adição do sufixo -bulum atribuí a ideia de “modo para mastigar” ou “instrumento para mastigar”.
Alguns etimologistas acreditam que a raiz indo-europeia mendh- possa ter originado a palavra “mastigar” em diferentes idiomas, como a partir do celta mant, do sânscrito math, e do germânico mindil.
GREVE
A palavra grève, que em francês significa a faixa de areia junto ao mar ou a um rio, é que deu origem à palavra "greve" em português. Mas nem todos os autores concordam com os caminhos que a palavra tomou para ter o sentido que tem hoje.
Uma versão é essa faixa de areia era considerada terreno neutro; assim, os trabalhadores que paravam em protesto por melhores salários iam para lá, pois não poderiam ser presos.
Outra versão é que existia uma praça de areia à beira do rio Sena, cujo nome era Place de Grève. Lá funcionou a Bolsa do Trabalho, que cadastrava trabalhadores desempregados. Esse lugar passou a ser, mais tarde, o ponto de encontro onde os funcionários que paravam deliberadamente de trabalhar promoviam atos reivindicatórios.
TRIVIAL
Os educadores medievais reconheciam sete artes liberais, divididas em dois grupos: as três elementares, denominadas em latim como o trivium [que viria da combinação de "tri" (três) + "via" (caminho)] e as outras quatro, mais elevadas, denominadas de quadrivium (quatro caminhos). As artes do trivium eram a Gramática, a Lógica e a Retórica. As artes do quadrivium eram a Aritmética, a Música, a Geometria e a Astronomia. Por ser um ensino mais elementar, o sentido da palavra "trivial" passou a ter a conotação de ser comum, ordinário.
Fonte de consulta:
site www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 27/4/2017, às 9h20.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/5/2017)
"Usa-se uma pela outra:
Tenho saudade de tudo.
Tenho saudades de tudo.
Minha saudade é enorme.
Minhas saudades são enormes.
Muitos, no entanto, vivem pensando que esta palavra só se usa no singular. Os maiores clássicos da língua, entre os quais Machado de Assis e Camilo Castelo Branco, já a usaram no plural no séc. XIX."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/5/2017)
"O plural pode ser feito de três formas: vilãos, vilães ou vilões.
O feminino é vilã ou viloa."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/5/2017)
"Lê-se aberta (ó) esta vogal, quando usada isoladamente. Em português não existe letra "ô", vogal "ô", mas letra ó, vogal ó. Assim, a palavra bolo é formada por quatro letras: bê, ó, ele, ó, e não: bê, "ô", ele, "ô". Portanto, dizemos sempre com som aberto o O destas siglas ou fórmulas químicas: OAB, OEA, CO2, H2O, CPOR, BO (boletim de ocorrência), SOS, IOF, ODD, OK, OVNI, etc."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
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(5/5/2017)
ALGUNS PREFIXOS LATINOS
PREFIXOS | SENTIDO | EXEMPLOS |
algeo | ter frio | álgido |
ambi | duplicidade | ambidestro, ambiente, ambiguidade |
auri | ouro | aurífero, áureo |
beli | guerra | bélico, beligerância |
caleo | esquentar | acalentar, caldo |
de | movimento de cima para baixo | decapitar, decrescer, deformar, demolir, depenar |
ego | eu | egocentrismo, egocêntrico, egoísta |
fero | que contém, que produz | aurífero, aquífero, mamífero |
igni | fogo | ignição, ígneo |
fico | que faz, que produz | frigorífico, maléfico |
loquo | que fala | loquaz, eloquente |
ob, o | posição em frente | obstáculo, obstar, obstruir, obter, obviar; ocorrer, ocupar, ofício, ofuscar, opor, oportuno, omissão |
super, sobre (forma vernácula) | posição em cima | supercílio, supérfluo, superpor, superprodução; sobrescrito, sobreviver, sobrepor |
supra | também posição em cima | supracitado, suprarrenal, supradito |
ultra | posição além do limite | ultraliberal, ultramarino, ultrapassar, ultrarrealista |
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Frase atribuída a Juliana Clemente, diretora de RH da Procter & Gamble, extraída da coluna Fisco & Cidadania, de responsabilidade do auditor fiscal Pedro Hermínio Maria, representante da Sefaz/SC no GDFAZ:
“As competências que mais buscamos e valorizamos, sobretudo em nossas lideranças, são flexibilidade para mudar e facilidade para se adaptar.”
Bom fim de semana e grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(8/5/2017)
"Personificação (prosopopeia): esta figura de linguagem consiste em atribuir a seres inanimados (sem vida) características de seres animados, ou em atribuir características humanas a seres irracionais.
Observemos o título de uma matéria que consta na capa da revista Questão amazônica de abril/maio de 2008:
Rio Itapecuru: O gigante das águas do Maranhão grita por socorro
[...] o redator atribui ao rio Itapecuru a capacidade de falar, de "gritar por socorro", considerando-o, dessa forma, como um ser vivo, uma pessoa. Esse recurso intensifica a expressividade da frase e chama a atenção do leitor para a urgência de proteger esse belo rio brasileiro.
Vejamos outro exemplo:
O bonde, cuspindo e engolindo gente, mergulhava nas saborosas entranhas de Belém, macias de mangueiras, quintais com bananeiras espiando por cima do muro, uma normalista, feixes de lenha à porta da taberna [...]. (Dalcídio Jurandir)"
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira.
A Esat efetuou Adaptações.
Grande abraço.
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(10/5/2017)
"Chama-se coletivo todo substantivo comum que, mesmo no singular, denomina um agrupamento, um conjunto de seres de uma mesma espécie.
Exemplos:
rebanho (agrupamento de bois, ovelhas etc.)
esquadra (agrupamento de navios de guerra)"
Na tabela abaixo, há mais exemplos.
COLETIVO | CONJUNTO DE |
conciliábulo | conspiradores |
fato | cabras |
fauna | animais de uma região |
flora | vegetais de uma reunião |
leva | trabalhadores, refugiados, imigrantes |
resma | folhas de papel |
vara | porcos |
aludel | vasos |
atilho | espigas |
baixela | utensílios para o serviço de mesa |
Fontes de consulta:
Livro Aprender e praticar gramática
Autor: Mauro Ferreira
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
Grande abraço.
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(11/5/2017)
PORQUE DE TODO JEITO
O emprego dos porquês
há quem ache complicado.
Há porque de todo jeito:
porque junto, separado,
com acento, sem acento,
há porque de todo agrado!
PORQUE
Porque junto e sem acento
será uma conjunção
explicativa ou causal,
de um pois tendo a função:
"Mateus está de castigo
porque não fez a lição".
PORQUE = A FIM DE QUE
Se indica finalidade
porque é a fim de que:
"Não perturbe o cachorrinho
porque não morda você",
"Porque não fique arranhado,
ponha na capa o cedê".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(12/5/2017)
POR QUE
"Por que não telefonou?"
Veja como está grafado:
na frase interrogativa,
sem acento e separado:
"Por que não disse a Bianca?"
"Por que não deu o recado?"
POR QUE
Por pelo qual e flexões
por que também é usado
(sendo a preposição por ao pronome que ligado):
"Sei que é grande o sofrimento
por que você tem passado".
PORQUÊ
Quando for substantivo,
porquê junto, acentuado;
vindo depois de artigo
e por motivo empregado:
"Ele não disse o porquê
de à aula ter faltado".
POR QUÊ
Por quê - em final de frase
interrogativa ou não.
E o que é acentuado
se no fim da oração:
"Lumária te disse o quê?"
(Entenda, preste atenção!)
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
"O poder econômico manipula a imprensa.
A imprensa manipula o senso comum.
O senso comum está viciado."
(autor desconhecido).
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(15/5/2017)
"A habilidade de conversar será útil a você em qualquer circunstância: no contato com uma ou duas pessoas, numa reunião profissional, proferindo palestras, ministrando aulas, participando de convenções. Enfim, é uma qualidade que sempre o ajudará a abrir portas para o sucesso.
Saber conversar é ter habilidade para contar histórias interessantes, mas também é a arte de saber fazer perguntas apropriadas para o momento.
Se seu objetivo for iniciar uma conversa ou criar um ambiente favorável para obter informações em pouco tempo, lance mão de algumas perguntas fechadas, que produzam respostas rápidas e curtas. Por exemplo: Quem? Há quanto tempo? Onde? Quando? Observe que, ao fazer essas perguntas, você consegue respostas objetivas, que possibilitam adquirir rapidamente informações importantes, sem truncar o desenvolvimento do raciocínio ou dispersar a concentração dos ouvintes.
Se, entretanto, seu objetivo for motivar as pessoas a participar mais ativamente da conversa, ou descobrir suas intenções, desejos ou necessidades, faça uso de perguntas abertas, que provocam respostas mais longas, que exigem maior elaboração do raciocínio. Por exemplo: O quê? Por quê? Como? De que maneira?
Você percebeu que, ao contrário do que ocorre com perguntas fechadas, esse tipo de questionamento exige respostas com maior participação das pessoas, que se obrigam a elaborar o raciocínio e fornecer informações que quase sempre mostram um pouco da personalidade e da maneira de pensar delas."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
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(16/5/2017)
PREFIXOS | SENTIDO | EXEMPLOS |
a (antes de consoante) an (antes de vogal) |
privação, negação | anarquia, anômalo, anônimo, ateu, acéfalo, afônico |
acro | alto, extremo | acrópole, acrofobia |
agogo | o que conduz | pedagogo, demagogo |
baro | pressão | barômetro |
clepto | furto | cleptomania |
cripto | oculto | criptograma, criptografia |
dys | dificuldade | dispneia, dispepsia, disenteria |
eu | bom | eucaristia, eufemismo, eufonia *em "evangelho" e derivados tem a forma ev **figura em muitos nomes de pessoas: Eulália, Eugênio, Eusébio |
hypér | sobre, além de | hipérbole, hipertrofia, hipercrítico |
katá | movimento de cima para baixo | cataclismo, catacumba, catapulta, cataplasma, catarro, catástrofe |
leuco | branco | leucócito |
metá | mudança | metáfora, metamorfose, metonímia |
orama | visão, espetáculo | panorama |
topo | lugar | topografia |
zimo | fermento | enzima |
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Grande abraço.
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(17/5/2017)
"Ser bem-humorado não significa bancar o palhaço e virar o bobo da corte.
Também não é sinônimo de vulgaridade. Se você evitar os trocadilhos grosseiros e aprender a aproveitar bem as informações da própria circunstância para torná-las engraçadas, sempre terá alguém querendo ficar a seu lado para conversar. A ironia fina, com informações subentendidas, além de demonstrar sua inteligência, brilho e preparo intelectual, será também uma homenagem à sensibilidade e à percepção de quem conversa com você. Na verdade, a sutileza da tirada espirituosa deverá ser utilizada de acordo com a formação e o nível intelectual da pessoa com quem esteja conversando. Atenção: mesmo que a circunstância propicie o uso da baixaria, não caia nessa; pode apostar que você não vai lucrar nada com a atitude vulgar. Existe uma linha tênue, imperceptível, que separa o humor da vulgaridade e que se aproxima ou se distancia de um ou de outro, de acordo com as características dos ouvintes e do contexto em que se encontram.
Quanto mais você se aproximar dessa linha, mais bem-humorado se tornará; porém maior passa a ser o risco de cair na vulgaridade. Assim, como nunca terá certeza de onde está essa linha, é conveniente que mantenha uma distância de segurança e evite ultrapassá-la. É muito melhor ser menos engraçado do que poderia - tendo a certeza de que sua imagem será preservada e de que continuará a merecer o respeito das pessoas - do que chegar ao limite que talvez lhe proporcione maior sucesso, mas que também pode, por um erro de cálculo, torná-lo vulgar."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/5/2017)
"Colocar acento em coco
é um erro bem danado!
Principalmente no fim
se o acento é colocado,
pois ninguém está maluco
de beber "cocô gelado"!"
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de Gramática em versos de cordel, cujo autor é Jandahi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/5/2017)
"Tome muito cuidados com as sutilezas do humor. Ao fazer brincadeiras, mostre de maneira clara que está mesmo brincando. Se, depois de usar uma ironia, por exemplo, tiver que explicar que o que acabou de fazer foi só uma brincadeira, significa que sua atitude ao brincar não foi apropriada. Fique muito atento, falando ou escrevendo, e deixe claro que está brincando, para não arrumar confusão. E confusão é o que não falta quando nosso humor não é bem interpretado.
Há inúmeros fatores que predispõem as pessoas a entender e a aceitar o humor. Depende da cultura, do nível intelectual, do ambiente, da receptividade à mensagem ou ao orador. Enfim, são tantos detalhes, que compreendê-los e dominá-los exige experiência e muita capacidade de observação.
Além disso, a forma de fazer humor precisa ser tão evidente para os ouvintes a ponto de eles não terem dúvida de que o que estão ouvido não pode ser tomado no sentido literal, mas ser entendido como uma brincadeira.
As pessoas podem ficar chateadas e se sentirem traídas quando acompanham um raciocínio de maneira compenetrada e, no final, ou melhor, depois do final, são informadas de que tudo não passou de uma brincadeira. Às vezes não dá para consertar mais, pois já amarraram o bico, cruzaram os braços e querem continuar descontentes.
Quanto mais baixo for o nível intelectual dos ouvintes, mais fortes deverão ser os sinais do tom que pretende dar. Ao contrário, quanto mais bem preparada for a plateia, mais sutil poderá ser essa indicação. No caso de dúvida, não vacile: nivele por baixo para evitar riscos."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Arthur Conan Doyle:
"A mediocridade não enxerga além de si mesma, mas o talento reconhece instantaneamente o gênio."
Bom fim de semana e grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/5/2017)
"Aprender a rir dos seus próprios tombos, a zombar dos seus deslizes e a se divertir com as suas gafes e características físicas é um bom caminho para que você seja um comunicador mais descontraído e cativante.
É muito bom conviver com pessoas que não têm a preocupação de ficar se justificando ou dando explicações para suas falhas. Errou? Sem drama: ponha na conta, passe a régua e siga em frente, pois a vida continua.
Embora a autocrítica seja um excelente recurso para conquistar as pessoas, pois demonstra que você não é guiado pela vaidade e que não vive se policiando com atitudes defensivas, tome muito cuidado, entretanto, para não se transformar em arauto das suas imperfeições. Não saia por aí fazendo autocríticas desnecessárias e que talvez até possam prejudicá-lo. Tenho aconselhado inúmeras pessoas a mudar a atitude quando percebo que, para fazer um charminho, começam a se autodepreciar, como, por exemplo, aquele que diz que de manhã tem muita dificuldade para funcionar e que, nesse período, se tiver de fazer algo importante, precisa "pegar no tranco". Ou aquele que , ao ter de pedir nova explicação para informações que não tenha entendido, revela que é meio lentinho para raciocinar. Essas atitudes não são inteligentes e podem comprometer a sua imagem. Por isso, nada de sair por aí dizendo que se acha meio burrinho, preguiçoso, lerdo, desorganizado, impontual, dorminhoco, e tantos outros adjetivos que só contribuirão para desgastar a sua reputação.
Não se levar a sério significa usar a autogozação com inteligência, revelando com bom humor e até com certa irreverência fatos ou características pessoais que, por vaidade ou receio da crítica, normalmente as pessoas escondem."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/5/2017)
"Na expressão passar de, quando se referir a horas, o verbo passar ficará sempre no singular, independentemente do número de horas.
Já passa de meio-dia.
Já passa de 1 hora.
Já passa de 5 horas."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário.
(24/5/2017)
"Esse é um dos mais preciosos recursos da boa comunicação: saber contar histórias interessantes e - atenção - bem curtinhas. Quase todas as pessoas gostam de ouvir uma história interessante e curtinha de vez em quando. Sentiu? Bem curtinha e de vez em quando. Nada de se transformar num contador de histórias compulsivo - ninguém aguenta um conversador noveleiro. Se você insistir com uma muito longa, não vai demorar muito para que os ouvintes comecem a se desmotivar e a torcer para que termine logo com essa espécie de tortura. Por melhor que seja a narrativa que estiver contando, se for longa, resista, não conte. O melhor laboratório para testar suas histórias e tiradas espirituosas é em casa ou com os amigos. Fique atento: se nem com eles funcionar, tenha certeza de que com as outras pessoas será ainda pior. Cuidado também para não sair por aí contando histórias que as pessoas estão cansadas de ouvir, pois quando se tornam muito conhecidas começam a perder o encanto. As melhores são as que você encontra em suas leituras de livros, jornais e revistas, ou ouve nos filmes, peças de teatro e conversas sociais. Essas serão suas, diferentes, e, por isso, despertarão o interesse e criarão maior expectativa nos ouvintes.
Se, entretanto, resolver contar uma história surrada pelo uso, ponha a criatividade para funcionar e revista-a com uma roupagem nova, atraente, de tal maneira que pareça aos ouvintes uma peça inédita, como se estivessem ouvindo aquela narrativa pela primeira vez."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/5/2017)
"Palavra de origem latina, derivada de palude, significa "terras encharcadas"; o mesmo que "pântano". Trata-se de uma palavra dissílaba (com hiato) e oxítona; a pronúncia correta é pa-úl. A forma plural segue a regra geral dos nomes terminados em -ul: troca o -l por -is.
paul - pauis (pronuncia-se pa-úis)"
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(26/5/2017)
"Um "né?" tudo bem. Dois, vá lá. Três ou quatro ainda podem ser suportáveis. Mas usar o "né?" com frequência, em quase todo final de frase, pode fazer com que as pessoas se irritem e se sintam desestimuladas a prestar atenção em suas palavras, seja numa reunião da empresa, nas negociações, seja nas entrevistas.
Estou falando do "né?" porque ele é o grande chefe de uma imensa família que inclui parentes como "tá?", "ok?", "entende?", "percebe?", "tá entendendo?" e outros agregados não menos votados, como "não é verdade?", "fui claro?".
Para eliminar os desagradáveis "né?" da sua comunicação, o primeiro passo é tomar consciência da existência deles. Embora não seja muito simples descobrir sozinho se o "né?" está entrando e interferindo na sua fala, com um pouco de atenção e boa vontade talvez consiga perceber se já foi picado por esse bichinho inconveniente. Uma boa solução é gravar suas conversas mais informais ou pedir ajuda a um amigo.
Se você estiver inseguro, a tendência é falar como se estive perguntando, mesmo nos momentos em que deveria fazer afirmações. A falta de segurança fará com que esteja quase sempre pedindo algum tipo de retorno ou de aprovação dos ouvintes. É como se você dissesse no final das frases: "Estou me comunicando bem, né?" para encerrar as frases.
Assim, sempre que perceber a entonação característica de pergunta na sua comunicação, quando deveria estar afirmando, procure mudar a maneira de falar e se expresse com afirmações."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Marcel Proust:
"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos."
Bom fim de semana e grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/5/2017)
"Um vício irritante e muito comum é o uso frequente dos "ããããã", "ééééé"e "huumm" no início das frases ou durante as pausas. No início das frases que principiam a conversa ou a apresentação, costumam ajudar a compor um trio igualmente chato: "bem, bom, ããããã". Em casos mais graves, as pessoas produzem ruídos tão altos e prolongados que chegam a tirar a concentração dos ouvintes. O fato de o pensamento trabalhar em uma velocidade muito maior do que a usada para pronunciar as palavras pode levar você - que já sabe o que pretende dizer, mas ainda não está de posse da expressão apropriada - a usar esses ruídos como se quisesse avisar que já sabe o que pretende comunicar, mas ainda não encontrou as palavras. É como se dissesse assim: "Eu sei o que quero dizer, ééééé, ããããã". Além desse motivo, quando você está falando diante de um grupo, poderá sofrer uma tensão que o pressionará a preencher todas as pausas com algum tipo de som. Com esse ruído, é como se você se libertasse do silêncio desconfortável.
Também nesse caso, o primeiro passo para superar o vício inconveniente é ter consciência da existência dele. Em seguida você deverá se esforçar para aprender a pensar em silêncio. O silêncio é positivo e muito necessário à qualidade da sua comunicação, e o fato de você ficar alguns segundos sem emitir nenhum som possivelmente o ajudará a valorizar as informações transmitidas, aumentará o interesse dos ouvintes por aquilo que irá dizer ou facilitará o entendimento do que acabou de comunicar, além de tornar sua fala mais expressiva, natural e agradável."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/5/2017)
EMPECILHO
"Impecílio"não existe,
"impecilho" também não.
Confira a grafia certa
da palavra, meu irmão:
"Só supera o empecilho
quem tem determinação".
PREVILÉGIO OU PRIVILÉGIO?
É com e ou é com i?
Preste atenção no recado:
quem pronuncia ou escreve
"previlégio" está errado,
quem grafa ou diz privilégio
é um privilegiado."
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(31/5/2017)
"Se você estiver falando diante de um grupo de pessoas e de repente der um branco e se esquecer completamente da informação que pretendia transmitir, não fique desesperado.
O desespero é um veneno para a apresentação, pois, se você for dominado por ele, mais irá se pressionar e maior será a dificuldade para encontrar uma saída. Lógico que não é tão elementar assim, mas o caminho é esse mesmo. Empenhe-se nessa direção e tente manter a calma.
Não insista. Ao perceber que deu branco, tente apenas uma vez se lembrar da informação. Se não conseguir resgatá-la na primeira tentativa, repita a última frase que pronunciou, como se estivesse querendo dar ênfase àquela parte da mensagem - é provável que, ao chegar ao ponto em que deu branco, a informação surja naturalmente.
Se, no entanto, essa tática não funcionar, use a expressão mágica, que se constitui no melhor remédio contra o branco. É tiro e queda. Diga: "na verdade o que eu quero dizer é...". Com essa expressão você se obrigará a explicar a informação por um outro ângulo, e o pensamento se reorganizará para seguir a sequência planejada. Não falha. Use que dá certo.
E, se por uma desgraça da circunstância não funcionar, diga aos ouvintes que mais à frente voltará a tratar daquele aspecto da mensagem e passe imediatamente para outro tópico. Provavelmente, mais tranquilo e sem a pressão de ter de encontrar a informação, no transcorrer da exposição você se lembrará com mais facilidade. Mesmo que não consiga se lembrar da informação, dificilmente um ouvinte irá cobrá-lo por isso."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/6/2017)
"Quando o sujeito é uma expressão que exprime porcentagem, o verbo deverá concordar com o numeral.
Vinte por cento se ausentaram.
Um por cento faltou.
Caso a expressão que indica porcentagem venha acompanhada de partitivo, pode-se fazer a concordância com a expressão partitiva.
Um por cento dos alunos faltaram.
Setenta por cento do time não apresentava boas condições físicas."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
A Esat efetuou adaptações.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/6/2017)
"Alguns indivíduos armam confusão com tanta facilidade que mereciam o diploma de encrenqueiros profissionais. Discutem besteiras como se estivessem defendendo a própria vida. Qualquer assunto serve - futebol, política, religião -, por pura vaidade, sabendo que no final cada um continuará com sua opinião. E citei esses temas por serem os "clássicos", mas poderia mencionar centenas de outros que cercam o nosso dia a dia, como qualidade de programas de televisão, moda, estilo de vida, crianças, sexo de pato ou ejaculação de minhoca. E olha que estou falando de gente arrumadinha, de gramática redonda, berço lustrado, mas que, num piscar de olhos, depois de ter chegado de mãozinha dada, esquece as regras da etiqueta e arma o barraco por nada. O casal cria mal-estar no grupo de amigos e contribui com essa atitude para cavar ainda mais fundo o fosso do desentendimento.
Esses debates verbais podem causar ressentimentos e criar hostilidades e antipatias que não raro perturbam o relacionamento.
Analise bem a circunstância antes de iniciar uma discussão. Verifique se é mesmo muito importante tentar convencer as outras pessoas do seu ponto de vista e, de maneira consciente, tome a decisão que julgar mais acertada. Vai descobrir que quase sempre o lucro será maior se ficar na sua.
Se, no meio de uma discussão que se iniciou como uma conversa natural para troca de opiniões, você perceber que, tanto de uma lado como de outro, as vozes se alteraram, cada um se fechou nas suas próprias ideias e que em pouco tempo alguém poderá começar a rodar a baiana, não hesite: deixe a vaidade de lado, concorde de maneira genérica com a opinião contrária e tire o time de campo."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Versos de Fernando Pessoa:
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."
Bom fim de semana e um grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/6/2017)
"Ser gentil é a atitude mais eficiente para conquistar a simpatia e a benevolência das pessoas. E essa conquista significa ter os ouvintes a seu lado, torcendo pelo sucesso e aceitando com boa vontade a mensagem e as ideias que você defende. A gentileza pode estar no tom amável da voz, na generosidade das palavras, na honestidade dos princípios e da ética. Atitudes gentis geralmente são recompensadas com alegria, felicidade e a consciência de que, tratando bem as pessoas, estará semeando relacionamentos duradouros e amizades sinceras. Reflita um pouco sobre suas atitudes e verifique, sem resistências ou preconceitos, como tem sido seu contato com as outras pessoas. Se concluir que não está sendo muito gentil e atencioso, talvez possa rever seu comportamento e passar a ter uma conduta que lhe proporcionará uma convivência mais saudável e, consequentemente, melhor qualidade de vida.
É um gesto gentil ceder o lugar, no ônibus, no metrô, numa sala de espera, às pessoas mais velhas ou de qualquer idade que estejam carregando crianças no colo, sacolas, ou objetos que claramente demonstrem algum tipo de desconforto.
Segurar a porta de entrada do restaurante ou do elevador para que a pessoa a encontre aberta é uma atitude muito simples e demonstra educação, generosidade e gentileza. Agindo assim, você não estará apenas sendo simpático à pessoa que foi beneficiada com seu gesto, mas também, e principalmente, aos olhos de todos os que estão a sua volta. Mesmo que não o conheçam, irão avaliar seu comportamento como sendo de alguém de boa formação e que deve ser admirado. E, se alguém for gentil e segurar a porta para você, não se esqueça de agradecer."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/6/2017)
"Como se trata de uma ilha, os determinantes (artigo, adjetivo, etc.) devem estar no feminino:
Cuba foi assolada por um furação.
Cuba joga desfalcada hoje, no mundial de vôlei.
A própria Cuba voltará a ser capitalista.
Toda Cuba é muito bonita.
Cuba amanheceu envolta por nuvens ameaçadoras."
A dica de hoje foi extraída do Dicionário de dúvidas, curiosidades e dificuldades da língua portuguesa, cujo autor é Luiz Antonio Sacconi.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(7/6/2017)
"Pessoalmente não gosto muito do "nós" quando utilizado como plural de modéstia (também conhecido como majestático). Soa falso e parece artificial.
Não vejo muito sentido em dizer: "Fizemos um grande esforço para estar aqui." Seria mais natural, e provavelmente pareceria mais verdadeiro, se fosse dito: "Fiz um grande esforço para estar aqui" - desde que, evidentemente, a pessoa não tivesse ido mesmo acompanhada ou não estivesse falando em nome de um grupo.
Embora essa tenha sido uma prática comum no passado, hoje ainda há remanescentes de cabelos grisalhos que preservam a tradição e até alguns jovens que foram contaminados pelo uso do "nós" com a intenção de demonstrar modéstia.
É questão de estilo e preferência - caberá a você decidir como se sentirá melhor.
Entretanto, há situações em que o "nós" aparece como uma palavrinha mágica na comunicação, e pode ser o detalhe que fará a diferença para que os ouvinte sejam conquistados.
Quando ensinamos, aconselhamos ou fazemos sugestões aos ouvintes, o "nós" tem o poder de afastar resistências desnecessárias. É como se o orador estivesse se incluindo no grupo para receber a mensagem, isto é, ele aconselha, mas ao mesmo tempo é aconselhado; ensina, mas ao mesmo tempo recebe os ensinamentos.
Seria diferente se ele usasse o "vocês" no lugar do "nós", pois, se assim o fizesse, passaria a impressão de que era o único a saber como agir e que os outros, aqueles que recebem suas informações, são despreparados ou desinformados. Ergueria, dessa forma, uma barreira diante dos ouvintes, dificultando a tarefa de conquistá-los."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/6/2017)
"PALAVRAS
As dez classes de palavras,
anote-as: interjeição,
substantivo, advérbio,
artigo, preposição,
numeral, verbo, pronome,
adjetivo e conjunção.
SUBSTANTIVO
O substantivo dá
nome aos seres em geral,
É o nome dado a coisa,
ação, pessoa, animal...
É palavra variável
em gênero, número e grau.
ADJETIVO, PRONOME E NUMERAL
Adjetivo é palavra
que ao ser dá qualidade;
pronome é "em prol do nome",
representa-o de verdade;
numeral é o vocábulo
que indica quantidade.
ARTIGO
Preceder substantivo
do artigo é função,
lhe indicando gênero e número
com vagueza ou precisão:
o dedo, um braço, uma perna,
o pé, os pés, uma mão.
VERBO
A palavra verbo indica
ação, fenômeno e estado:
"O professor explicou",
"Choveu em nosso roçado",
"Heloísa está feliz",
"Vovô vai ficar curado".
CONJUNÇíO
Ligar duas orações
é o que faz a conjunção.
Ou também ligar dois termos
dentro de uma oração:
"Jeane estuda e trabalha",
"Estudam Zé Hilton e João".
PREPOSIÇíO
Preposição é palavra
que dois termos da oração
(termos regente e regido)
une, faz a ligação,
subordinando um ao outro:
"Zé só anda de avião".
ADVÉRBIO
Adjetivo, advérbio
e não o verbo somente,
advérbio modifica:
"O dia está muito quente",
"Eu cheguei cedo demais",
"Ela fala mansamente".
INTERJEIÇíO
Palavra que não varia,
a palavra interjeição.
É com ela que exprimimos
sentimentos e emoção:
oxalá!, puxa!, silêncio!
cuidado!, bravo!, atenção!..."
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(9/6/2017)
"Se você pedisse um bom conselho sobre como fazer sucesso na comunicação, eu diria sem nenhum receio de errar: seja natural. Aprenda e aplique todas as regras da comunicação, mas jamais perca sua naturalidade. Fale nas reuniões da empresa, nos contatos sociais e de negócios preservando seu estilo e respeitando suas características.
Tenha em mente que, se você cometer erros técnicos de comunicação, mas conseguir se expressar de maneira natural e espontânea, as pessoas ainda poderão confiar na sua mensagem. Se, entretanto, você aplicar todas as técnicas, mas se apresentar com artificialismo, os ouvintes duvidarão das suas intenções e se mostrarão resistentes ao que disser a eles.
Observe como se comporta quando está falando com pessoas mais íntimas - amigos, colegas de trabalho e familiares - e procure se apresentar em outros ambientes mantendo essa forma de ser.
É evidente que você deverá buscar cada vez mais o seu aprimoramento e se dedicar para assimilar e aplicar todas as boas técnicas da comunicação, mas sem jamais perder sua naturalidade.
Saiba também que ser natural não significa continuar cometendo erros, pois eles precisam ser corrigidos com estudo, prática e dedicação, para que sua mensagem possa atingir os objetivos que você pretende, seja persuadir, informar, seja entreter as pessoas.
Falando com naturalidade você se sentirá muito mais confiante, e essa segurança permitirá que explore melhor sua inteligência, presença de espírito e capacidade de associar ideias e informações, o que tornará sua comunicação mais eficiente."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Douglas Ramos:
As pessoas foram criadas para serem amadas e as coisas foram feitas para serem usadas.
A razão pela qual o mundo está um caos é porque as coisas estão sendo amadas e as pessoas estão sendo usadas."
Bom fim de semana e grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(12/6/2017)
"Não fale só por falar. Por mais extraordinária que seja sua mensagem, se você falar como se estivesse apenas cumprindo uma tarefa, desobrigando-se de uma incumbência, não conseguirá envolver todas as pessoas.
Portanto, ao transmitir uma mensagem, fale sempre com energia, disposição, entusiasmo, emoção. Se você não demonstrar interesse e envolvimento pelo assunto, não poderá pretender que os ouvintes se interessem e se envolvam pelo tema que se dispôs a transmitir.
E para que os ouvintes sejam envolvidos pela emoção, você precisará parecer sempre verdadeiro. Sim, precisará parecer, porque de nada adiantará dizer que está triste ou alegre se as pessoas não identificarem na sua comunicação o sentimento de tristeza ou de alegria. Por isso, em determinadas circunstâncias, você deverá interpretar a sua própria verdade, isto é, além de dizer o que sente, na maneira de expressar esse sentimento, usará toda a sua energia, disposição e vontade, para que haja coerência entre suas palavras e seu comportamento.
Se desejar ser vitorioso com sua comunicação, além de comportar-se sempre de maneira natural e espontânea, fale também com emoção. Na conjugação desses dois aspectos da comunicação - naturalidade e emoção - estará o alicerce, a solidez de uma base consistente para que possa conquistar o maior e mais importante objetivo da comunicação: credibilidade.
Seja natural, fale com emoção, conquiste a credibilidade das pessoas e terá sempre o caminho livre para alcançar suas vitórias na comunicação."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/6/2017)
PREFIXOS | SENTIDO | EXEMPLOS |
âmbulo | caminhar | sonâmbulo, ambulante |
ango | apertar | angina, angústia |
bene, bem, ben | bem | benéfico, beneficência, benemerência |
celum | céu | celeste |
des | separação, privação, ação contrária, negação | desfazer, desfolhar, desleal, desmascarar, desonesto, desprotegido, desvalido |
ex es, e (formas vernáculas) |
movimento para fora, estado anterior | excêntrico, expatriar, expectorar, expor, exportar, esburacar, escorrer, estender, efusão, emigrar, eleger, evadir. |
in, i: dois prefixos | movimento para dentro (contrário de ex) negação, privação |
incrustar, ingerir, importar, imprimir, incapaz, incômodo, indecente, infeliz, impuro; irromper, irrigar, iludir, iluminar, imigrar, ilícito, imutável também aparece como em: enraizar, enterrar, entroncar |
lego | ler | legível |
mani | mão | manual, manicura |
per | movimento através | percorrer, perdurar, perfurar, perplexo, permeável |
re | movimento para trás, repetição | refluir, refrear, regredir, reatar, reaver, reconstruir, redizer, renascer |
retro | movimento mais para trás | retroagir, retrocesso, retrógrado, retrospectivo |
pre | anterioridade | preceder, precipitar, prefácio, prefixo, preliminar, prevenir |
litera | letra | literal, literatura |
lapide | pedra | lapidar, lapidação |
fide | fé | fidelidade, fidedigno |
A dica de hoje foi extraída do livro Português descomplicado, cujo autor é Carlos Pimentel.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(14/6/2017)
"Você conseguirá tudo o que deseja se a sua comunicação tiver credibilidade. Para que esse objetivo seja atingido, além de falar com naturalidade e envolvimento, você também precisará demonstrar conhecimento sobre o assunto que estiver falando.
Observe que estou dizendo que, se você desejar que os ouvintes acreditem no que estiver falando, deverá demonstrar conhecimento, e não apenas conhecer o tema que estiver apresentando. As pessoas precisam perceber que as informações que você transmite são fruto da sua experiência, das suas pesquisas, das suas atividades, enfim, que a matéria transpira naturalmente na sua forma de se expressar.
Ao se preparar para uma apresentação, tenha em mente que deverá saber muito mais do que irá falar.
Por isso, prepare-se com a maior antecedência que puder. Se a sua apresentação for daqui a uma semana, prepare-se durante uma semana. Se for daqui a um mês, prepare-se durante um mês. E, assim, um ano, dois, ou até uma vida inteira.
Aproveite as oportunidades para se impregnar de informações.
Se você tiver de falar sobre qualquer assunto, saiba tudo sobre ele e se transforme numa autoridade a respeito do tema. Essa segurança será percebida pelos ouvintes no momento da apresentação, e as pessoas ficarão mais dispostas a confiar na mensagem. Quanto mais preparado você estiver, mais segurança irá demonstrar e mais credibilidade poderá conquistar.
Se existe uma regra que sempre deverá ser seguida para conquistar credibilidade na comunicação é essa: ter conhecimento e demonstrar preparo na hora de falar. Por isso, prepare-se. E quando se sentir pronto, não pare: prepare-se mais ainda."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Pensamento atribuído a Ralph Waldo Emerson:
"Nada é mais simples do que a nobreza; na verdade, ser simples é ser nobre."
Grande abraço, bom feriado e bom fim de semana.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
E por sabermos que essas qualidades são importantes para que possamos nos projetar bem, desejamos tanto possuí-las que, às vezes, julgamos que elas já estão integradas à nossa conduta. E falamos como se as já possuíssemos. Ocorre que as pessoas que nos cercam e nos conhecem bem observam que, na verdade, falamos de uma maneira, mas agimos de outra totalmente distinta.
O conceito de coerência está fundamentado na consciência do comportamento, ou seja, no falar e no agir de acordo com a pregação que fazemos.
As palavras não podem ser proferidas de maneira vazia e irresponsável, como se não tivessem significado e encerrassem em si mesmas o compromisso entre o que dizemos e a forma como agimos.
Disse Vieira no Sermão da Sexagésima: "Sabem, padres pregadores, por que fazem pouco abalo os nossos sermões? Porque não pregamos aos olhos, pregamos só aos ouvidos. Por que convertia o Batista tantos pecadores? Porque assim como as suas palavras pregavam aos ouvidos, o seu exemplo pregava aos olhos".
Essa é uma tarefa de todos os dias: vigiar o nosso próprio comportamento, observar se não estamos apenas falando por falar, fazendo uso de palavras ocas, que não identificam exatamente o que pensamos, acreditamos, sentimos ou fazemos."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/6/2017)
EL - ÉIS
Toda vez que em e-l
a oxítona se encerrar,
o e-l dispensamos
para com éis pluralizar:
de anel virá anéis;
de pastel pastéis virá.
"TROFÉIS" NíO HÁ!
Quando no ditongo éu
a palavra terminar,
para fazer o plural
é só s acrescentar:
de troféu virá troféus;
de chapéu chapéus virá.
CARACATERES, JUNIORES, SENIORES
De caráter, júnior e sênior
preste atenção no plural:
deslocam-se sílabas tônicas,
com e-s no final:
juniores, seniores,
caracteres - que tal?!
CIDADíO, CIDADíOS
Vê-se muita gente errar
no plural de "cidadão";
vamos aqui explicar
pra se dar fim à questão:
"cidadãos" é o correto,
"cidadões" não diga não!"
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(27/6/2017)
SEM CONFUSíO
Com aposto e vocativo
não deve haver confusão:
o aposto tem sentido
sempre de explicação,
enquanto que o vocativo
chama alguém na oração.
APOSTO
"Arthur, filho de Erivaldo,
é bastante inteligente" -
na frase, o termo grifado
explica o antecedente,
donde se conclui que é
aposto, tranquilamente.
VOCATIVO
O vocativo é o termo
usado na oração
para chamar por um ente:
"Edglei, que horas são?"
"Deus do céu, mande-me forças!",
"Vai deitar, Jupi, bom cão!"
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(28/6/2017)
"Já pensou na saia justa que estaria vestindo se, depois de ter preparado uma apresentação com todo o cuidado, chegasse na frente da plateia e descobrisse que as pessoas não têm nada a ver com o tipo de público que você havia imaginado durante a fase de planejamento? Ora, se falar em público já deixa a maioria com o coração na boca, esse tipo de engano pode trazer consequências ainda mais graves. Nessas situações, a atitude mais acertada é abandonar o que havia sido planejado e criar uma outra apresentação mais apropriada, levando em conta o nível intelectual do público, o conhecimento que a plateia tem sobre o assunto e a faixa etária dos ouvintes. Essa nova apresentação improvisada, feita ali diante dos ouvintes, com todas as falhas que muito provavelmente surgirão, com certeza será mais eficiente do que a outra, que, apesar de ter sido preparada com todo o rigor técnico, estaria sempre distante, divorciada da realidade dos ouvintes.
Por isso, prepare-se da melhor maneira que puder, mas fique esperto e pronto para dar meia-volta e mudar a maneira de expor a mensagem, considerando o tipo de público que efetivamente tiver pela frente. Eu sei que, até por uma questão de segurança, a tendência é manter a apresentação de forma como havia sido planejada, mas de nada adiantará transmitir a mensagem se, no final, as pessoas não compreenderem seu objetivo, ou não se envolverem com ela. Não custa nada ser um pouco mais ousado, mudar e tentar salvar uma apresentação que, se seguisse o andar da velha carruagem, teria tudo para fracassar."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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Apresentamos a seguir mais alguns neologismos:
netiqueta - formada de net (de internet) e etiqueta; designa as regras de etiqueta que devem ser observadas pelos usuários da internet;
fracassomaníacos;
inempregável;
terceireizar, terceirização.
Atenção: os neologismos seguem as mesmas regras das demais palavras da língua; por exemplo, todo verbo recém-criado deverá ser de primeira conjugação, todo neologismo proparoxítono deve receber acento gráfico, etc."
A dica de hoje foi extraída do livro 1001 dúvidas de português, cujos autores são José de Nicola e Ernani Terra.
Grande abraço.
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(23/6/2017)
"É evidente que, se você chegar diante de um grupo de pessoas especializadas em finanças e tentar ensinar como se calculam juros compostos, como para elas o assunto é muito elementar, em poucos segundos só haverá cadeiras na plateia, e, se bobear, até elas estarão sonolentas. Da mesma maneira, se você apresentar esse tema para pessoas que nunca ouviram falar em taxa de juros e mostrar fórmulas para calcular o valor presente de uma operação complexa, nem terá saído dos cumprimentos iniciais e os ouvintes já estarão olhando para o relógio.
Não fale sobre um assunto tomando por base o seu próprio conhecimento, pois sua medida, provavelmente, não atenderá às exigências do público. Analise com antecedência que tipo de informação a plateia tem sobre o tema e adapte a complexidade da matéria à capacidade de entendimento dos ouvintes.
A situação irá piorar muito se o grupo for heterogêneo. Nessa circunstância, você encontrará, juntas, pessoas que conhecem com profundidade o tema e outras que possuem pouca ou nenhuma informação sobre o assunto. Se, diante de uma plateia com essas características, você expuser a matéria com profundidade ou de maneira superficial, possivelmente perderá o interesse de parte do público. A saída nesse caso é falar como se as pessoas tivessem um nível de conhecimento mediano. Assim, você poderá diminuir um pouco a complexidade da mensagem e, com algumas explicações complementares, permitirá que as pessoas que não estejam tão familiarizadas com o tema consigam acompanhar sua explanação, sem afastar o interesse daquelas que já conhecem o assunto com maior profundidade."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
"Se, durante qualquer discussão, você se altera com facilidade, fique certo disso: faltam-lhe argumentos e educação."
Autor desconhecido.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(21/6/2017)
"Saber qual é o preparo intelectual predominante dos ouvintes é de fundamental importância para o sucesso da comunicação.
Se o nível intelectual predominante for médio ou baixo, isto é, se você precisar falar para um grupo composto de pessoas incultas, despreparadas, com dificuldade de entendimento, não poderá transmitir informações de maneira complexa a partir de pensamentos abstratos, pois provavelmente elas não conseguirão acompanhar o raciocínio e perderão o interesse. Assim como não seria conveniente desenvolver uma brilhante e consistente linha de argumentação e ao final pedir a esse tipo de plateia que refletisse e chegasse a uma conclusão, porque é fácil deduzir que, por terem dificuldade de compreensão, as pessoas não conseguiriam chegar sozinhas à conclusão que você pretende. Quando perceber que possuem nível intelectual médio para baixo, redobre seus esforços de comunicação para ajudar os ouvintes a compreender. Transmita as informações de maneira clara, acompanhadas de ilustrações ou metáforas, e empenhe-se em repetir os conceitos importantes várias vezes. E se depois de alguns argumentos resolver levantar uma reflexão, você é que deverá dar a conclusão, sempre com o objetivo de facilitar o entendimento de quem o ouve.
Ao contrário, se o nível intelectual predominante do grupo for médio para cima, você poderá apresentar as informações por meio de raciocínios abstratos e complexos, pois as pessoas conseguirão acompanhar as ideias com facilidade; e se depois de alguns argumentos resolver levantar uma reflexão, poderá deixar a conclusão por conta delas."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(26/6/2017)
"Se você já passou dos setenta ou tiver alguém em casa nessa faixa de idade, então deve saber que nessa fase da vida as pessoas não só têm muitas histórias para contar como gostam de viver de recordações. Segundo Aristóteles, essa é uma característica bem acentuada nas pessoas idosas: preferem falar do passado, das experiências que tiveram, a refletir sobre o futuro. Por outro lado, se você for jovem, ou conviver com adolescentes, deve ter observado que nessa idade o passado conta pouco, pois é a fase em que as pessoas fazem planos, arriscam, são mais irreverentes e prevalecem nelas a impetuosidade e o interesse pelo futuro.
Conhecer e saber entender as características das diferentes faixas etárias é fundamental para o sucesso de uma apresentação. Por isso procure saber com antecedência qual é a idade predominante das pessoas que irão ouvi-lo. Se não puder saber antes, será possível ainda fazer essa observação quando já estiver diante da plateia. Não fique preocupado por causa das adaptações que terá de fazer, pois a mensagem continuará sendo a mesma que você planejou, apenas a maneira de falar é que deverá ser modificada pra que vá ao encontro da realidade dos ouvintes.
Assim, se perceber que a plateia é predominantemente jovem, você deverá desenvolver as informações falando de planos, do que poderia ocorrer ou ser realizado no futuro. Se, por outro lado, o público for predominantemente idoso, você deverá recorrer aos fatos do passado e aproveitar a experiência dois ouvintes para despertar o interesse deles e motivá-los a chegar às conclusões que deseja."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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(3/7/2017)
"No interior, quando alguém vai contornando as dificuldades para atingir seus objetivos, diz-se que ele está "comendo pelas bordas".
Essa sabedoria interiorana poderá ser perfeitamente aplicada como recurso de comunicação quando você tiver de enfrentar pessoas resistentes com relação ao assunto da sua apresentação.
Ao tratar de assuntos polêmicos ou controvertidos, algumas pessoas estarão a favor da mensagem e outras contra. Seu objetivo não será, obviamente, conquistar aquelas que concordam com você, pois essas já estão do seu lado e comungam das mesmas ideias. Sua intenção deverá ser mudar a opinião das que pensam de maneira diferente. Por isso, uma atitude inadequada seria dar sua opinião sobre o assunto logo no início, pois esse procedimento aumentaria ainda mais a resistência dos ouvintes que você precisa conquistar, isto é, ampliaria a dificuldade para fazer com que o público agisse de acordo com sua vontade.
Por mais que a sua opinião e a dos ouvintes sejam diferentes, sempre existirão pontos comuns. Aprenda a identificá-los e os utilize para construir um campo de neutralidade por onde você poderá transitar com segurança. A regra é bastante simples: você iniciará a apresentação mencionando os pontos que sejam comuns a todos e, justamente por serem comuns, as pessoas concordarão com ele. De tal maneira que, depois de algum tempo, elas começarão a imaginar que, pelo fato de possuírem essa identidade, a forma de pensar é a mesma. Como consequência vão se desarmar das resistências, sairão da posição defensiva e passarão a acompanhar seu raciocínio com interesse."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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Dica 746
(29/6/2017)
"Dar som "ch" a "x"
em "tóxico" fica errado.
Portanto, "tóchico" não diga
("tócsico" deve ser falado):
"Essa substância é tócsica",
"Zé morreu intocsicado".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(30/6/2017)
"Parece besteira, coisa sem importância, mas não passa uma semana sequer sem que um aluno me pergunte se há problema em falar com uma caneta na mão. A maioria afirma que, segurando uma caneta, se sente mais à vontade e com menos nervosismo. Bem, que sou eu para condenar um recurso que dá segurança e tranquilidade ao palestrante?! Lógico que se você puder falar com as mãos livres, sem segurar nenhum objeto, sua apresentação provavelmente será mais eficiente.
Para você saber se será conveniente ou não segurar uma caneta ou qualquer outro objeto enquanto estiver falando, analise o contexto da apresentação. Por exemplo, se você falar usando um quadro branco como recurso visual e segurar o pincel de tinta enquanto dá as explicações para os ouvintes, não haverá nenhum problema, pois ele naturalmente estará fazendo parte do contexto da apresentação. Se, entretanto, nessa mesma circunstância, você segurar uma caneta esferográfica, por ela não ter utilidade prática naquele momento - já que não poderá utilizá-la para escrever no quadro -, estará fora do contexto da apresentação e poderá desviar a atenção dos ouvintes. Porém, você poderia segurar essa caneta esferográfica se estivesse falando sentado à mesa, pois, nesse caso, pelo fato de ela ser útil para possíveis anotações, participaria naturalmente do contexto da exposição.
Às vezes somos obrigados a falar segurando vários objetos, como laser pointer, microfone, pastas, bloco de anotações. Mesmo com as duas mãos ocupadas, será possível fazer a apresentação sem desviar a atenção da plateia, pois esses objetos estão inseridos no contexto."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Pensamento atribuído a Pitágoras:
"Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(4/7/2017)
ESCREVA ASSIM | E NíO ASSIM |
Lagarto | Largato |
Estupidez | Estupideza |
Usufruto | Uso e fruto, usos e frutos |
Por isso | Porisso |
A gente | Agente |
De repente | Derrepente |
Círculo vicioso | Ciclo vicioso, circo vicioso |
Círculo virtuoso | Ciclo virtuoso, circo virtuoso |
Observações:
A gente, no exemplo apresentado, significa nós, por isso a grafia "agente" está incorreta.
A grafia agente é correta, mas não como correspondente a nós: Um agente da ONU foi designado para visitar os países em conflito.
Há controvérsia sobre a utilização de círculo vicioso / ciclo vicioso; círculo virtuoso / ciclo virtuoso.
Seguem mais informações a respeito.
LINK 1
LINK 2
Grande abraço a todos.
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(5/7/2017)
"Algumas pessoas ficam indignadas quando ouvem alguém usar a palavra "acho". É comum em sala de aula os alunos se voltarem para mim com o intuito de criticar um colega que, ao se apresentar na tribuna, se valeu do "acho". Dizem: "- Polito, ele usou o 'acho'. Essa palavra não diminui a autoridade, não tira a força da convicção de quem fala?"
Analise o emprego desse vocábulo de acordo com a circunstância e observe se as características da mensagem recomendam ou não seu uso.
Na verdade, palavras como "acho", "julgo", "suponho", "acredito", "penso" e outras da mesma família se constituem quase sempre excelentes recursos diplomáticos para evitar o confronto com pessoas que possuem opiniões diferentes daquela que defendemos. Ao dizer "eu acho", estou informando aos ouvintes, nas entrelinhas, que tenho consciência de que outras pessoas talvez pensem de maneira distinta e que, portanto, não existe apenas a minha opinião. Assim, aqueles que não concordam com o que está sendo exposto não se sentem confrontados e podem pelo menos ouvir uma opinião contrária sem levantar resistência precipitada.
Entretanto, o uso do "acho" já não seria recomendado se alguém estivesse, por exemplo, sugerindo ou determinando soluções para um problema que não pudesse dar margem a erros. Não seria admissível que um ministro baixasse um pacote de medidas que irá exigir o sacrifício de toda a população dizendo que "achava" que aquele era o melhor caminho.
Há, portanto, situações em que o uso dessa palavra deve ser evitado para não prejudicar o trabalho de persuasão, e outras em que o efeito é exatamente o contrário: evita confrontos e ajuda a persuadir."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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(6/7/2017)
"Com carinho trate a língua,
tenha cuidado ao falar:
"estrupo" não pronuncie
pra língua não estuprar:
"Pelo crime de estupro,
na prisão Zé vai mofar".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(7/7/2017)
"Se você fizer uma apresentação sem conteúdo, só contando historinhas, fazendo piadas e usando citações, os ouvintes vão rir e, no final, poderão até aplaudir de pé. Entretanto, sairão do evento com a sensação de vazio, com o sentimento de que foi um momento de prazer, mas que aquele espetáculo não vai servir para nada. Cada vez mais as empresas se sentem logradas por acreditarem que, ao contratar determinadas palestras para motivação dos seus empregados, estavam fazendo um excelente investimento. Muitas vezes constatam que o resultado foi fraquinho, pois ninguém aprendeu nada, perderam tempo e jogaram dinheiro fora. quando as pessoas voltam para seus locais de trabalho, continuam fazendo o que sempre fizeram, sem que possam aplicar um vírgula do que ouviram.
Se, por outro lado, a sua palestra tiver como único objetivo o conteúdo, e você imaginar ser essa a solução para que as suas apresentações conquistem sucesso, está enganado, pois é quase certo que serão chatas e desestimulantes. Por isso, monte sua palestra com o equilíbrio entre o show e o conteúdo, pois um recurso depende do outro para fazer de uma apresentação um sucesso. O segredo é fazer a palestra em diversos blocos distintos, ligados por um fio condutor para mostrar a interdependência das partes, mas de forma que um não dependa muito do antecedente para ser compreendido. Você passa um conjunto de informações, conta uma história interessante ou uma piada para ilustrar, usa um visual para ajudar a plateia a reter a mensagem, promete uma novidade que irá surpreender ou beneficiar a todos e parte para o novo bloco. E assim vai cumprindo etapa por etapa toda a apresentação, envolvendo os ouvintes e transmitindo conteúdo."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
"O gestor deve avaliar frequentemente se está realizando um bom trabalho e se tem competência para ocupar o cargo que ocupa.
Se reconhece que não e abre espaços para outros, demonstra nobreza.
Se reconhece que não, mas agarra-se loucamente ao cargo e ao poder, demonstra pequenez."
(Autor desconhecido)
Bom fim de semana e grande abraço a todos.
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(10/7/2017)
"Há situações em que é mais conveniente que as perguntas dos ouvintes surjam desde o início da apresentação; em outras, entretanto, é melhor deixar para o final, e há aquelas também em que é mais apropriado esperar que o público decida como deseja agir.
Quando tiver domínio do assunto que vai expor, poderá sugerir à plateia que faça perguntas desde o início, pois assim será possível interagir com os ouvintes o tempo todo.
Se, entretanto, seu conhecimento sobre o tema for apenas limitado, é melhor não correr o risco de permitir que façam perguntas desde o início e que levantem questões para as quais não saiba a resposta. Assim, quando o conhecimento sobre a matéria for apenas superficial, é recomendável que as perguntas sejam feitas apenas no final.
Se o público for reduzido - menos de cem pessoas -, uma vez que você tenha domínio do assunto, poderá permitir que façam perguntas desde o princípio, pois será possível manter o controle dos ouvintes. Se, entretanto, o público for numeroso - acima de cem pessoas -, mesmo você tendo conhecimento do assunto, o ideal é que as perguntas sejam feitas no final.
Se tiver de falar com tempo determinado e reduzido - menos de meia hora - deverá permitir as perguntas apenas no final, pois, se respondê-las desde o início, ou não cumprirá o tempo determinado, ou não conseguirá transmitir toda a mensagem.
Quando os ouvintes possuem baixo nível intelectual, ou sabem muito pouco sobre o assunto que será tratado, é recomendável que só façam perguntas no final, pois se, sem conhecimento, ou despreparados, começarem a perguntar desde o início, correrá o risco de que levantem questões impróprias ou inconvenientes que poderão comprometer o interesse da plateia."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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Dica 754
(11/7/2017)
BASTANTE"Os alunos Pedro e Lígia
são bastante aplicados" -
na frase, o termo bastante
por muito foi empregado,
com valor de advérbio,
sem poder ser flexionado.
BASTANTES
"Temos bastantesamigos" -
o bastante variou
porque em lugar de muitos
esse termo se empregou,
com valor de adjetivo
(A dica você gravou?!)
OBRIGADO E OBRIGADA
"Obrigado" ou "obrigada",
como deve ser falado? -
"obrigado", a mulher,
se disser, está errado:
a mulher diz obrigada,
o homem diz obrigado.
MONSTRO
Em função substantiva,
"monstro" tem variação,
mas sendo um adjetivo
"mostro" não varia não:
"Monstros invadem a cidade",
"Festa monstro de São João".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(12/7/2017)
"Tome cuidado, pois os recursos audiovisuais são excelentes, mas, se não forem bem utilizados, podem atrapalhar. A primeira questão importante a ser esclarecida é quando você deverá fazer uso de um recurso audiovisual.
Seria difícil imaginar uma apresentação de boa qualidade sem o apoio desses recursos. Para ter uma ideia da importância deles, basta dizer que, se apresentarmos uma mensagem apenas oralmente, depois de três dias os ouvintes irão se lembrar apenas 10% do que lhes foi transmitido. Entretanto, se essa mesma mensagem for apresentada com o auxílio de uma visual, depois desse mesmo tempo eles se lembrarão de 65% do que lhes foi comunicado.
Quando usar um visual
Um visual eficiente deve atender a três objetivos principais:
- destacar as informações importantes;
- facilitar o acompanhamento do raciocínio;
- possibilitar a lembrança do assunto por tempo mais prolongado.
Ao produzir um visual, faça sempre esta pergunta: este visual está atendendo a esses três objetivos? Se a resposta for positiva, use-o sem receio. Entretanto, se a resposta para um dos itens não for afirmativa, comece a desconfiar da utilidade dele e prepare-se para meter a tesoura e eliminá-lo.
Você não deverá usar um visual como recurso de apoio se ele servir apenas como ilustração para tornar a exposição mais atraente, substituir informações que poderiam ser transmitidas verbalmente, ser seguido como simples roteiro ou, o que é pior, para imitar outros palestrantes que sempre se apoiam em recursos visuais. Deixe-o de lado também se o custo e o tempo de preparação não puderem ser justificados pelos resultados pretendidos nem pela importância do evento."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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(13/7/2017)
MEIO
"Ela ficou meia triste"
se escuta alguém dizer,
contudo quem fala assim
está um erro a cometer -
"Ela ficou meio triste"
assim é que deve ser.
MEIA
Meio, sendo advérbio,
não se pode flexionar...
"Sé bebeu meiagarrafa",
outro caso aí se dá:
o meio varia quando
metade significar.
CADA PEÇA
A palavra cada sempre
deve vir acompanhada
do nome a que se refere,
não se emprega isolada -
"Cada peça custa dez"
e não "A peça é dez. Cada".
MEIO-DIA E MEIA
Dizer "meio-dia e meio"
deixa errada a expressão:
o nome meia concorda
com hora (preste atenção) -
"Hoje, meio-dia e meia
será nossa reunião".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(14/7/2017)
"1. Coloque um título
Um bom título deve ser simples, de poucas palavras e muito esclarecedor. Normalmente o título deve ser colocado na parte superior do visual.
2. Faça legendas
Coluna coloridas e linhas horizontais serão apenas colunas coloridas e linhas horizontais se não forem identificados por legendas.
Facilite a visualização das legendas arredondando os números.
3. Escreva com letras legíveis
Escolha letras grandes, com tamanho suficiente para serem lidas por todas as pessoas da sala.
4. Limite a quantidade de tamanho das letras
Você conseguirá melhor uniformidade se usar o máximo de três tamanhos de letra por visual.
5. Componha frases curtas
Cada frase deve representar em essência uma ideia completa, com o menor número de palavras possível. De maneira geral, seis ou sete palavras são suficientes.
6. Use poucas linhas
Como ideia de grandeza, se o visual for elaborado no sentido horizontal, procure usar seis ou sete linhas. Se for no sentido vertical, poderá chegar a oito ou nove linhas.
7. Use cores
Use, mas não abuse.
Use cores contrastantes para destacar bem as informações e, a não ser que seja muito necessário usar um número maior, estabeleça um limite de três a quatro cores por visual.
8. Use apenas uma ideia em cada visual
Identifique a ideia central da mensagem e restrinja-se a ela no visual.
9. Utilize apenas uma ilustração em cada visual
A ilustração pode ajudar a tornar clara a mensagem, facilitando a compreensão dos ouvintes. Uma única ilustração é o suficiente.
10. Retire tudo o que prejudicar a compreensão da mensagem
Só deixe no visual os dados que facilitem a compreensão da mensagem."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Confúcio:
"Ainda não vi ninguém que ame a virtude tanto quanto ama a beleza do corpo.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(17/7/2017)
"Ao se decidir pela roupa que irá usar nas apresentações, leve em conta os seguintes fatores:
A atividade profissional - observe como os profissionais que exercem atividade semelhante à sua costumam se vestir. É de esperar, por exemplo, que o diretor de uma instituição financeira ou um advogado, se for homem, se apresente de terno e gravata, e, se for mulher, também se vista de maneira mais formal. Se, entretanto, num outro extremo, for um esportista, seria normal se aparecesse diante da plateia com roupas informais.
A época - não seria adequado aparecer diante da plateia vestido como se ainda estivesse na década de 40 ou 50, com roupas ultrapassadas. Por outro lado, seria também muito inconveniente assistir pela televisão a um desfile de modas realizado em Milão e, no dia seguinte, envergar um dos trajes mais ousados, aparecendo como se fosse um marciano descendo de uma nave.
A formalidade - o ideal é usar um traje adequado à formalidade da circunstância da apresentação, mas, se tiver dúvida quanto à formalidade do evento, vá vestido formalmente.
O hábito - se estiver acostumado a comprar roupas novas com frequência, nada como zero-quilômetro para fazer aquela apresentação importante. Se, todavia, comprar roupas novas passa longe das suas prioridades, não convém mudar o hábito nesse momento, pois poderá ser mais um detalhe de desconforto para sua apresentação.
O estilo - independentemente de qualquer outro fator, conta muito o seu estilo, o tipo de roupa com o qual se sente à vontade. Se puder usar roupas com as quais se sinta bem, com pequenas adaptações à sua atividade profissional, à época em que vive e ao hábito de se vestir, faça prevalecer seu estilo."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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(18/7/2017)
SÓ = ADVÉRBIO
Só será um advérbio
quando usando por somente.
Vale dizer, quando usado
por apenas igualmente:
"Eles só são professores",
"Ela só é atendente".
SÓ = ADJETIVO
Só será um adjetivo
quando puder variar.
Por sozinho e flexões
o só se vai empregar:
"Eles estão sós na sala",
"Elas foram sós pro mar".
ALERTA = SUBSTANTIVO
Alerta substantivo
tem singular e plural,
é do gênero masculino
(lembre para não se dar mal!):
"Os alertas foram dados",
"Foi dado o alerta geral".
ALERTA = INVARIÁVEL
Mas há caso em que alerta
não sofre variação
nem em gênero nem em número
(veja bem, com atenção):
"Soldados estão alerta",
"Está alerta o pelotão".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(19/7/2017)
"Ao chegar no local de sua apresentação, seja numa sala de reunião, num auditório, seja numa sala de aula, faça uma avaliação do ambiente para saber qual o volume de voz mais apropriado a ser utilizado. Analise a acústica da sala, a distância em que se encontram os últimos ouvintes, se haverá microfone ou não, enfim, qual a situação dos fatores que irão influenciar o volume da sua voz. A partir dessa avaliação é que deverá determinar o volume mais adequado. Você não poderá gritar quando estiver falando para uma ou duas pessoas, porque, senão, elas poderão se irritar e ficar resistentes. Da mesma forma, não poderá sussurrar quando estiver diante de um público numeroso, porque, do contrário, os ouvintes terão dificuldade para compreender suas palavras e, como consequência, poderão se desinteressar pela mensagem.
Entretanto, procure falar sempre um pouco mais alto do que seria suficiente para que as pessoas pudessem ouvi-lo, pois assim demonstrará mais interesse e envolvimento pela mensagem que transmite. Portanto, se estiver se apresentando para um grupo de 20 pessoas, fale como se estivesse diante de uma plateia com 50; da mesma forma, se estiver diante de um público com 50 ouvintes, fale como se estivesse diante de 80 ou 100 pessoas. Com essa atitude terá melhores condições de influenciar o ânimo e manter a atenção da plateia. Lembre-se, todavia, de preparar as pessoas de forma adequada para que possam efetivamente se envolver com sua maneira de se expressar, caso contrário, só você, por falar mais alto, demonstrará estar envolvido, enquanto os ouvintes, ainda pouco motivados, se comportarão como meros espectadores, sem nenhum tipo de participação."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/7/2017)
MESMO = PRÓPRIO
Se no sentido de próprio,
mesmo pode variar:
"Ele mesmo fez café",
"Ela mesma fez o chá" -
com o nome a que se refere
mesmo deve concordar.
MESMO = ADVÉRBIO
Mas quando é advérbio
mesmo não varia não,
equivale a realmente,
de fato (preste atenção!):
"Ela fez mesmo o almoço",
"Laura fez mesmo um pirão".
"MENAS" JAMAIS
Variar o termo menos
é erro crasso demais:
"Hoje havia menos gente"
"Elas estão menos más" -
a palavra certa é menos,
não se diz menas jamais!
FOTO ANEXA; FOTOS EM ANEXO
Anexo é adjetivo:
deve sempre concordar
com o nome a que se refere.
Contudo tente lembrar
que a expressão em anexo
não se pode variar.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(21/7/2017)
"De vez em quando aparece alguém reclamando que fala muito depressa e que precisaria falar um pouco mais devagar. O diálogo, com uma ou outra alteração, é mais ou menos o seguinte:
- Professor, eu falo muito depressa. Se existisse radar na comunicação, eu pagaria multa por excesso de velocidade.
- Mas você conseguiria falar mais lentamente?
- De jeito nenhum, porque eu penso muito depressa. Se eu tentar falar mais devagar, não consigo pensar com a mesma facilidade e começo a me sentir meio burrinho.
- Ora, como é que você, com esse perfil, pretende falar mais devagar? Tome muito cuidado porque, para desenvolver um recurso, que é a velocidade que julgar mais apropriada, poderia comprometer uma qualidade muito mais importante, que é a fluência das ideias.
Se esse também for o seu caso, continue falando depressa, mas desenvolva técnicas que sejam adequadas para suas características:
Fale com boa dicção
Se você aperfeiçoar sua dicção e pronunciar bem as palavras, mesmo falando mais rápido as pessoas irão entender e acompanhar sua mensagem.
Faça pausa no final do raciocínio
Ao concluir o raciocínio, faça pausa com a inflexão de voz que demonstre que o pensamento está encerrado. Assim, as pessoas terão condições de refletir as informações que você transmitiu.
Repita as informações importantes
Adquira o hábito de repetir as informações importantes usando palavras diferentes para dar mais chances de as pessoas entenderem a mensagem.
Falando com boa dicção, fazendo corretamente as pausas e repetindo as informações importantes, mesmo falando rápido, você irá transformar sua característica num estilo positivo de comunicação."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Confúcio:
"Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(24/7/2017)
"Às vezes surge aquele que reclama porque fala muito devagar:
- Professor, preciso mudar meu jeito de falar, pois minha fala é muito lenta.
- Mas você consegue falar mais depressa?
- Não consigo, porque enquanto falo gosto de ordenar com detalhes todas as informações que preciso transmitir.
- E você acha que com esse preciosismo todo vai conseguir falar mais depressa? Com essa preocupação em planejar tudo o que vai dizer desde o princípio até o final, se tentar falar mais rápido vai se violentar e prejudicar a eficiência da sua comunicação.
Se esse também for o seu caso, continue falando devagar, mas lance mão das técnicas apropriadas a quem se expressa dessa forma:
Continue olhando para os ouvintes
Durante os instantes de pausa, continue olhando para os ouvintes. Assim, não romperá a linha que deve ligá-lo à plateia.
Volte a falar com mais ênfase
Principalmente depois das pausas mais prolongadas, volte a falar com um pouco mais de ênfase e energia, pois desse modo demonstrará que, nos momentos de silêncio, estava optando pelas informações mais importantes e não passará a ideia de que as palavras haviam desaparecido por causa de um branco.
Faça pausas apropriadas
Tome cuidado com a inflexão de voz usada nas pausas. Use pausa que indique continuidade no meio do raciocínio e pausa de fechamento quando encerrar a informação.
Elimine o ããããã nas pausas
Aprenda a ter paciência e a esperar as palavras em silêncio e assim eliminará esse vício muito comum de quem fala devagar.
Se tomar esses cuidados, poderá continuar falando devagar, pois estará transformando essa característica num estilo positivo de comunicação."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/7/2017)
"Verbo principal
É aquele que, exprimindo seu significado próprio, real, funciona como informação nuclear da frase. Pode apresentar-se sozinho ou combinado com verbo(s) auxiliar(es).
Verbo auxiliar
É aquele que se junta a um verbo principal para formar as estruturas verbais compostas e exprimir determinadas informações, como, por exemplo, o modo, o tempo verbal e a pessoa gramatical.
Veja alguns exemplos:
Muitos países haviam assinado o acordo climático.
haviam - verbo auxiliar
assinado - verbo principal
A notícia havia sido publicada nos jornais.
havia - verbo auxiliar
sido - verbo auxiliar
publicada - verbo principal
Eu ainda estava dormindo, quando começou a chover.
estava - verbo auxiliar
dormindo - verbo principal
começou - verbo auxiliar
chover - verbo principal
Nessas estruturas, o verbo da direita denomina-se verbo principal e o da esquerda, verbo auxiliar."
A dica de hoje foi extraída do livro Aprender e praticar gramática, cujo autor é Mauro Ferreira (com adaptações).
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(26/7/2017)
"Tan tan tan, tan tan tan, tan tan tan. Sempre o mesmo tom monocórdio, sem alterar o volume da voz nem a velocidade da fala. Por mais interessante que seja o assunto, não há cristão que aguente a mesma ladainha o tempo todo, verdadeiro sonífero produzido especialmente para adormecer plateias. Se você falar sempre com a mesma velocidade e o mesmo volume, sem inflexão de voz que acentue de maneira apropriada as pausas expressivas das frases, em pouco tempo estará diante de uma legítima pescaria, vendo a cabeça dos ouvintes tombando para frente e para trás.
Sempre que se apresentar, em qualquer circunstância, procure impor ritmo à sua exposição e tornar sua fala mais "colorida" e atraente. Em determinados instantes, fale mais rápido; em outros, mais devagar; transmita alguns trechos da mensagem falando mais alto e outros com volume mais baixo, até sussurrando se preciso, para envolver os ouvintes e deixá-los mais motivados a acompanhar a exposição.
Observe os palestrantes mais renomados e verifique como todos ele magnetizam as plateias impondo um ritmo melodioso à apresentação, desde o princípio até o final. Exercite o desenvolvimento da cadência e do ritmo da fala fazendo leitura de poesia em voz alta. A melodia, as pausas mais ou menos prolongadas dos versos ajudam a aprimorar essas qualidades tão importantes da fala, tornando a comunicação muito mais interessante e eficiente. E não espere apenas as grandes e importantes apresentações para pôr esta dica em prática: use todas as oportunidades para exercitar - as conversas com os amigos, com as pessoas da família, com os colegas de trabalho -, de tal maneira que o ritmo passe naturalmente a fazer parte de sua comunicação."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(27/7/2017)
EXPRESSíO RESUMITIVA
"Denílson, Mateu, Ramon,
ninguém quer hoje brincar",
Dinheiro, fama, poder,
tudo vai se acabar" -
com a expressão resumitiva
o verbo há de concordar.
NÚCLEOS DO SUJEITO SINÔNIMOS
Se os núcleos do sujeito
são sinônimos ou quase são,
no singular ou plural
se põe o verbo em questão:
"A paz e o sossego dela
conquista (ou conquistam) João".
ESTADOS UNIDOS É OU SíO?
"Estados Unidos é"
é correta construção.
Mas também posso dizer:
"Os Estados Unidos são" -
como "os", verbo no plural,
mas sem o "os", plural não!
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(28/7/2017)
"Faça uma avaliação de dois exemplos extremos e bem exagerados: imagine uma pessoa muito bem preparada intelectualmente que fale seguindo perfeitamente as boas normas gramaticais e pronunciando de maneira correta todos os sons das palavras, principalmente o "r" e o "s" finais, bem como o "l" e o "i" intermediários, e outra sem nenhuma formação intelectual, que fale com erros gramaticais e com péssima dicção. Independentemente de qualquer informação complementar, seria muito fácil identificar o bom preparo intelectual do primeiro e a falta de formação do segundo.
Você também estará sendo avaliado pela maneira como fala. Por isso, procure pronunciar as palavras de forma mais correta que puder. Assim, será mais facilmente compreendido pelos ouvintes e projetará a imagem de uma pessoa com boa formação, conquistando mais autoridade para falar a respeito do assunto de que irá tratar.
Entretanto, não é conveniente ficar pensando na pronúncia dos sons na hora de falar, pois correrá sério risco de ficar artificial. Faça exercícios de leitura em voz alta, de dois a três minutos por dia, colocando um obstáculo na boca (prenda o dedo indicador dobrado entre os dentes de modo que a palma da sua mão fique voltada para fora), e procure pronunciar as palavras da forma mais correta que puder. Depois de uma semana de treinamento, já começará a perceber mais facilidade para pronunciar as palavras. Enquanto essa boa dicção não estiver ocorrendo naturalmente, prefira até pronunciar mal as palavras - e preservar sua naturalidade - a pronunciar bem, mas com artificialismo."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
David Cesar é portador da Síndrome de Hanhart, deficiência genética que causa a ausência dos membros superiores e inferiores. Na 61.ª Reunião do GDFAZ (Belo Horizonte - MG), ele ministrou palestra para os presentes. A frase abaixo foi uma das proferidas por ele:
"Não devemos desistir, pois desistir é igual a deixar de existir."
Todos podemos encontrar o David Cesar no YouTube.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(31/7/2017)
"Ouço com frequência pessoas revelando seu pavor de microfone: "Ah, é só pôr um microfone na minha frente e fico apavorado. É uma coisa esquisita, parece que ele puxa meus pensamentos e eu não consigo mais raciocinar".
Por isso, alguns preferem falar sem microfone, até diante de plateias numerosas. E, como consequência natural, depois de alguns minutos a voz vai dando os primeiros sinais de cansaço. Em casos mais graves, a pessoa chega a ficar afônica, com aquele fiapinho de voz, como a de um torcedor fanático depois do jogo de decisão do seu time.
A maioria, entretanto, teme o microfone justamente porque não sabe usá-lo da forma correta.
Como, de maneira geral, as pessoas não estão familiarizadas com ele, veem-no como um instrumento estranho e se sentem incompetentes para manuseá-lo. Como temem o desconhecido, sentem-se atemorizadas na sua presença. Há também o fato de ele simbolizar apresentações para um grande número de pessoas, seja num estúdio de rádio ou de televisão, seja diante de plateias.
Se você tiver de falar diante de um microfone colocado em pedestal de chão ou de mesa, posicione-o mais ou menos na altura do queixo, geralmente a uns dez centímetros de distância da boca, considerando a sensibilidade de aparelho, e fale sempre olhando sobre ele. Com leve giro do tronco, vá se posicionando de um lado ou de outro, de tal maneira que consiga falar com a boca na direção dele. Nunca incline o corpo para se aproximar do microfone, pois irá se mostrar com postura fragilizada diante do público. Por isso, acerte a altura e passe a falar como se o microfone não existisse."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/8/2017)
FAZER NO TEMPO
"Fazem dois dias que ligo"
dizer assim é errado.
Porque o verbo fazer
indicando tempo, usado,
será sempre invariável:
"Faz dois dias", "tá ligado?!"
"LÊ", "VÊ" E "CRÊ"
Plural de lê, vê, crê?
Repare os exemplos dados:
Eles leem, eles veem
eles creem... (Está notado
que o e a gente dobra
e o acento é retirado?)
TAMBÉM COM O VERBO "DAR"
Com o verbo dar também
o mesmo fenômeno é dado:
"Que ele dê, que eles deem"
(sai acento e e dobrado).
"Leda vê e crê": assim
por macete é ensinado!"
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/8/2017)
"Embora seja simples falar com o microfone na mão, você deverá tomar certos cuidados. Algumas pessoas seguram-no e continuam falando como se estivessem sem ele. À medida que se entusiasmam com a mensagem, gesticulam como o microfone de um lado para outro, fazendo a diversão dos ouvintes, que se distraem com o malabarismo do palestrante. Sem contar que de nada adiantaria tentar prestar atenção, já que a movimentação do microfone acompanhando os gestos impede que o som da voz seja captado.
Se tiver de falar segurando o microfone, posicione-o na altura do queixo e faça do braço um espécie de pedestal, mantendo-o sempre no mesmo lugar. Para saber qual a altura e a distância corretas no microfone, basta deixar o braço esticado naturalmente ao longo do corpo e dobrá-lo, levando o aparelho em direção à boca. Ele ficará exatamente no lugar apropriado para captar bem sua voz. Segurar o microfone apresenta a vantagem de permitir que você se movimente diante do público, aumentando as chances de manter a atenção das pessoas. Mesmo que você tenha de se apresentar com o microfone colocado em um pedestal, em uma mesa ou tribuna, de vez em quando retire-o e se movimente falando com ele na mão. Essa atitude poderá dar mais dinamismo à apresentação e estimular os ouvintes a se concentrar na mensagem.
Evite trocar o microfone de uma mão para outra com frequência, o que poderá desviar a atenção dos ouvintes ou demonstrar um desconforto que será prejudicial à sua imagem. Se você fizer essa troca de vez em quando, desde que não chame a atenção das pessoas, poderá ser considerada uma atitude natural."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/8/2017)
HAVER = EXISTIR
"Houveram vários protestos" -
esta errada a construção.
Pra que a frase fique certa,
não dê para haver flexão:
no sentido de existir,
haver não varia não.
HAVER = EXISTIR
Nesse caso, é impessoal
e não poder variar -
se haver é existir,
nada de o pluralizar:
"Houve alunos nessa turma
que eu flagrei a filar".
QUANDO HAVER FLEXIONA
Mas sendo em outro sentido,
haver poder variar:
"Eles houveram por bem..."
(haver aí é julgar)
não sendo igual a existir,
haver vai flexionar."
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(4/8/2017)
"Quanto à opção pelo melhor tipo de microfone, você ouvirá quase sempre a seguinte pergunta: "O senhor vai usar o de lapela?" É lógico que a tendência será responder que sim, porque, de maneira geral, alguns desses microfones funcionam muito bem. Eles possibilitam que você se movimente diante do grupo e se apresente com as mãos livres para gesticular, segurar anotações, laser pointer e outros objetos que precisar. Entretanto, tome cuidado, pois nem todos os modelos possuem a mesma qualidade. Posso afirmar que a maioria dos microfones de lapela não são tão bons para captar a voz quanto aqueles tradicionais, com ou sem fio, que já nos acostumamos a ver presos nos pedestais ou livres nas mãos. Se usar um microfone de lapela, que é um dos mais comuns, procure prendê-lo na sua roupa em um local o mais próximo possível da boca e, se ainda assim notar que o som é deficiente, não hesite em substituí-lo por um modelo tradicional, que geralmente apresenta melhores resultados. A melhor opção, entretanto, é o microfone tipo headset, que, a exemplo, do de lapela, permite que você se movimente pela sala e, por estar sempre próximo da boca, capta e transmite o som com melhor qualidade.
O headset tem sido uma opção tão boa que, se você tiver de fazer apresentações com frequência, sugiro que providencie um exclusivo para seu uso pessoal. Como nem sempre ele se adapta à aparelhagem de som onde irá se apresentar, monte também um kit com plugues, cabos, adaptadores e tenha a certeza de contar com um aparelho que lhe dará tranquilidade e segurança para fazer bem suas apresentações."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Khalil Gibran:
"Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos. E, por estranho que pareça, sou grato a esses professores."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(7/8/2017)
"Se você já pensou alguma vez que seu vocabulário é muito ruim, junte-se ao clube dos mortais.
Tenho recebido com frequência alunos que chegam reclamando da falta de vocabulário ou da dificuldade que sentem para encontrar as palavras que identifiquem de maneira correta o seu pensamento. Nessas circunstâncias, peço que a pessoa me conte qual é exatamente sua dificuldade com o vocabulário. E, durante uns dois minutos ela passa a falar sobre os problemas que tem enfrentado e de como, às vezes, sofre sem saber como agir diante de um grupo quando as palavras não aparecem. O mais curioso, entretanto, é que, para explicar o problema do vocabulário, a maioria consegue encontrar todas as palavras de que precisa, sem nenhuma dificuldade.
O problema do vocabulário, de maneira geral, está, portanto, na atitude que temos, e não no vocabulário em si. Se numa situação formal, diante de um grupo de pessoas, você usar as palavras que usa no dia a dia, quando está conversando com amigos, parentes, ou colegas de trabalho, terá à disposição um vocabulário mais do que suficiente para corporificar e vestir todas as suas ideias. É que nessas ocasiões mais formais talvez você costume se expressar com palavras diferentes daquelas que usa nas situações do cotidiano, procurando talvez construir frases com estrutura mais sofisticada e por isso sinta dificuldade para transmitir o que está pensando. Se esse não for o seu caso, parabéns, já aprendeu como agir. Se, entretanto, sentiu que a mensagem se encaixou na sua situação, passe a falar nos momentos formais com a mesma naturalidade como se expressa no dia a dia e encontrará as palavras com mais facilidade."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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(8/8/2017)
PLURAL NO CIRCUNFLEXO
"O plural de tem e vem
é bastante singular:
o acento circunflexo
é só no e colocar:
"Eles têm muita saúde",
"Elas vêm me convidar".
PARA A FAMÍLIA TODA
Desses verbos - ter e vir -
a regra vale também
para os verbos derivados:
de convém virá convêm;
de mantém mantêm virá;
de retém virá retêm.
"INTERVIU" OU "INTERVEIO"?
"A polícia interviu"
ou "A polícia interveio"? -
"interveio" quem falou
acertou mesmo de cheio:
é essa a forma verbal
porque do verbo vir veio.
"SE EU VER" OU "SE EU VIR"?
Do modo subjuntivo
no futuro, o verbo ver
em lugar de ver é vir:
"Se eu vir Zé, vou dizer"...
"Quando eu ver o professor"
é errado se escrever."
Não estou dizendo que não se deva nunca usar o palavrão e a gíria. Ao contrário, em ocasiões mais íntimas, com amigos e pessoas da família, dependendo da circunstância, essas palavras podem até fazer parte da boa comunicação. É fácil imaginar, por exemplo, que não teria muita graça contar uma piada para os amigos, enquanto saboreamos um chope gelado, sem usar palavrão ou gíria, pois a história ficaria sem tempero. Agora, utilizar essas expressões de maneira indiscriminada trará o perigo permanente de prejudicar sua imagem e até mesmo sua reputação. Não vacile, garanta a boa qualidade da sua comunicação e se preserve dando cartão vermelho para as palavras vulgares."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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(10/8/2017)
ESTÁ OU ESTAR?
Se o verbo está no presente,
acento agudo no a;
o verbo será com r
se vem com auxiliar:
"Nílton está em Brasília,
Mariana vai estar".
DÁ OU DAR?
"Maria dá bola a Zé",
no presente o verbo está;
"Para o Zé uma resposta
a Maria deve dar -
veja: no segundo exemplo
há um verbo auxiliar.
PARECER = VERBO AUXILIAR
Com o verbo parecer
em lugar de auxiliar,
a escolha é do freguês
pra um dos dois variar:
"Eles parece brincarem",
"Eles parecem brincar".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
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(11/8/2017)
"Especialmente em grandes concentrações, a maior parte sempre é de nível intelectual médio para baixo. Por isso, não se arrisque a sair por aí usando palavras incomuns de forma indiscriminada. Se agir assim, na maioria dos ambientes, quando já estiver no meio da exposição, algumas pessoas ainda estarão tentando entender o que você disse no início. Como não entendem as palavras, também não conseguem acompanhar o raciocínio e, como consequência, deixam de prestar atenção em sua mensagem.
A comunicação oral exige o rápido entendimento da mensagem, pois o ouvinte não terá tempo de voltar e se concentrar melhor em determinados pontos que ficaram obscuros, como ocorre quando a comunicação é escrita. Assim, palavras mais raras, que normalmente não são utilizada no dia a dia, podem atrapalhar a compreensão da plateia e fazer com que as pessoas fiquem desatentas. Essa é uma dedução óbvia, pois, se elas têm de fazer esforço para entender as palavras, naturalmente se voltam para os próprios pensamentos e se desligam da apresentação, a não ser que o público tenha boa formação intelectual, porque, neste caso, ainda que as pessoas não compreendam determinada palavra, em virtude do deu bom preparo terão condições de entender o significado no contexto. Mas como esse tipo de plateia é raro, o melhor é não arriscar.
Lembre-se sempre de que, se os ouvintes não conseguirem entender ou acompanhar a mensagem que você transmite, a culpa será sempre sua. Provavelmente, se fizer uma boa análise, descobrirá que você não soube ou não teve o cuidado de adaptar a forma de transmitir as informações de acordo com o nível da plateia."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Augusto Cury:
"Bons pais corrigem erros, pais brilhantes ensinam a pensar."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(14/8/2017)
"Jurisprudência firmada, direito consuetudinário são expressões próprias do Direito e muito boas para serem utilizadas entre os advogados. Produto interno bruto, renda per capita, por outro lado, se prestam para conversas entre administradores de empresas e economistas. Fazer uso dessas palavras diante de pessoas não familiarizadas com o Direito, a Administração de Empresas ou a Economia pode constituir grave erro de comunicação. Provavelmente você desenvolva uma atividade que possua termos técnicos, próprios dela. Se você se comunicar com os profissionais que atuam na sua atividade usando esse vocabulário específico, não só estará facilitando o entendimento da mensagem como também irá projetar uma imagem profissional positiva. Entretanto, se transmitir uma informação usando esse mesmo vocabulário diante de pessoas leigas no seu campo profissional, talvez comprometa o resultado da sua apresentação. Os termos técnicos, próprios de determinadas profissões, são muito úteis e eficientes quando empregados entre os iguais, isto é, entre aqueles que desenvolvem funções semelhantes. Essas expressões, todavia, quando utilizadas diante de pessoas que não dominam seu significado, podem dificultar o entendimento e criar ruídos na comunicação.
Até dentro da própria empresa onde trabalha, quando for preciso falar com profissionais de outras áreas, tome cuidado com o tipo de vocabulário que irá empregar. Em caso de dúvida se as pessoas irão ou não entender suas palavras, não se arrisque: traduza as expressões técnicas e fale de maneira mais simples, de tal forma que todos possam compreender e acompanhar sua mensagem."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
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(15/8/2017)
"DUPLO PARTICÍPIO
Sabemos que pode o verbo
duplo particípio ter,
exemplo: aceito/aceitado.
Quando isto acontecer,
usamos os auxiliares
ser, estar, ter e haver...
DUPLO PARTICÍPIO
Ter, haver nós usaremos
com a forma regular:
"Tinham aceitado o pedido".
Com a forma irregular,
("O pedido foi aceito")
nós usamos ser, estar.
VERBOS COM DUPLO PARTICÍPIO
Rol de duplo particípio
pra que se tenha gravado:
benzido/bento; envolvido/
envolto; entregue/entregado;
expelido/expulso; frito/
fritado; pego/pegado...
VERBOS COM DUPLO PARTICÍPIO
...Soltado/solto; seguro/
segurado; espargido/
esparso; findo/findado;
morto/matado; extinguido/
extinto; limpado/limpo;
mais: suspenso/suspendido..."
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Grande abraço.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/8/2017)
"A melhor atitude com o estrangeirismo é evitar os extremos.
A globalização trouxe na sua esteira a presença cada vez mais acentuada de empresas estrangeiras e, com elas, o costume de usar expressões próprias do seu país de origem, principalmente em inglês.
Alguns nacionalistas fervorosos se alvoroçaram em combater o uso desses estrangeirismos alegando que eles estavam contaminando a pureza da nossa língua. Essa atitude radical, entretanto, não combina muito com o dinamismo próprio da nossa e de todas as línguas. Ao longo dos anos, umas e outras palavras vão se incorporando ao nosso idioma e participando naturalmente do processo de comunicação.
Mais uma vez precisamos ficar atentos às características dos ouvintes para que possamos decidir pela propriedade de usar ou não algumas expressões estrangeiras.
Se, diante de um grupo que se comunica com frequência em inglês, por exemplo, você se apresentar usando alguns termos dessa língua, irá se aproximar naturalmente dos ouvintes. Por outro lado, se você se apresentar diante de ouvintes que nunca se comunicam em inglês usando muitas expressões nesse idioma, poderá encontrar resistência e até receber avaliação negativa. Portanto, tudo dependerá sempre das características dos ouvintes com quem precisará se comunicar.
Se fizer uso de estrangeirismos, dê preferência às expressões que não tenham correspondência perfeita em nosso idioma e sempre tome o cuidado de pronunciar as palavras de forma correta. Fica ridículo alguém sair por aí usando expressões em outra língua pronunciando incorretamente as palavras."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17/8/2017)
IMPLICAR
"Faltar demais ao serviço
implicou sua demissão" -
o verbo implicar na frase
não rege preposição
porque como acarretar
não é um VTI* não.
SIMPATIZAR
"Simpatizei-me da turma"
é erro fenomenal:
simpatizar pede com
e não é pronominal -
"Simpatizei com a classe",
"Simpatizo com a Gal".
NAMORAR
"Zé namora com Socorro",
a regência errada está;
"José namora Corrinha"
é certo escrever, falar -
é transitivo direto
este verbo namorar.
VTI: verbo transitivo indireto.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/8/2017)
"Cuide com atenção da sua expressão corporal em qualquer circunstância em que se apresente. Quando você se apresenta em público, seja numa pequena reunião na empresa, seja numa importante conferência, a maneira de se expressar com o corpo será sempre fundamental para que obtenha sucesso.
Para que possa usar bem a expressão corporal, evite falar o tempo todo com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou presos nas costas. Observe se durante a apresentação, até sem perceber, não tem o hábito de esfregar nervosamente as mãos, coçar a cabeça ou se não apresenta outras atitudes que possam desviar a atenção dos ouvintes.
Faça gestos moderados, que acompanhem de maneira harmoniosa o ritmo e a cadência da fala. Ao gesticular, de maneira geral, faça os movimentos acima da linha da cintura e mantenha o gesto até completar a informação, antes de voltar à posição de apoio. Alterne a posição de descanso dos braços deixando-os em determinados momentos na altura da linha da cintura; em outros, posicione um deles naturalmente ao longo do corpo. Essa alternância na posição de apoio tornará seu desempenho mais natural e espontâneo.
Procure não se posicionar ora sobre uma perna ora sobre a outra e evite mantê-las muito abertas ou juntas demais.
Tome cuidado para não ficar se movimentando de uma lado para o outro sem objetivos. Você pode e deve se movimentar diante do grupo, mas desde que tenha uma finalidade, como, por exemplo, dar ênfase ao que está dizendo ou conquistar uma parte da plateia que começa a perder a concentração na mensagem."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Pensamento atribuído a Victor Érik:
"E quando todos forem promessas, ouse ser atitude."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Outro objetivo da comunicação visual é valorizar a plateia, prestigiando as pessoas que estão presentes.
Ao olhar para os ouvintes, não se apresente com aquele brilho nos olhos característico de quem está lendo um papel na própria mente. Também não olhe rápido demais de uma lado para o outro, pois não conseguirá enxergar as pessoas, nem olhe com aquele jeito desconfiado, girando apenas os olhos, sem mover a cabeça.
"Olhe" para o público com o corpo todo, isto é, ao olhar para as pessoas que estão sentadas à esquerda, gire o tronco e a cabeça para esse lado da plateia, deixando que todos percebam que você está com os olhos voltados nessa direção. Ao olhar para as pessoas que estão sentadas à direita, proceda da mesma forma.
O fato de girar o tronco e a cabeça para ver o auditório, além de permitir o retorno, sabendo como as pessoas estão reagindo à apresentação, e de prestigiar a presença dos ouvintes, que percebem com essa atitude o seu contato visual, torna possível a conquista de um terceiro objetivo: quebrar a rigidez da postura, pois a flexibilidade do tronco deixará mais natural o seu posicionamento."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/8/2017)
ESQUECER/LEMBRAR (PRONOMINAIS)
Quando são pronominais,
regem preposição de
verbos esquecer/lembrar:
"Lembre-se de Iaci",
"Lembre-se de estudar",
"Não me esqueço de ti".
ESQUECER/LEMBRAR (NíO PRONOMINAIS)
Quando não pronominais,
verbos esquecer/lembrar
são transitivos diretos
(de não aparecerá):
"Esqueça o jogo, Dedé",
"Lembre a hora, Seu Oscar".
MORAR/RESIDIR
Verbos morar/residir
pedem em preposição:
"Ela mora em João Pessoa",
"Eu resido no sertão"...
"Ela mora à Rua 15"
é errada construção.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/8/2017)
"Você só terá certeza do sucesso da sua apresentação se souber como organizar etapa por etapa toda a sequência do raciocínio.
Uma apresentação pode ser planejada em quatro etapas essenciais: introdução, preparação, assunto central e conclusão.
A introdução é a primeira parte da apresentação. É o momento em que você deverá se dedicar a conquistar os ouvintes. Nesta etapa seu objetivo deve ser conquistar:
- a simpatia, a torcida, a benevolência dos ouvintes;
- a atenção, o interesse da plateia;
- a docilidade, quebrando as resistências do público.
A preparação é o momento que você dedicará a facilitar o entendimento dos ouvintes. Essa é a hora de analisar até que ponto a plateia conhece as informações que você irá transmitir e orientar as pessoas com o objetivo de ajudá-las a compreender com mais facilidade o assunto que será apresentado. É nesta fase que você irá revelar qual o assunto a ser desenvolvido, qual o problema a ser solucionado e quais as partes do assunto que irá expor.
O assunto central é a parte mais importante de uma apresentação, pois é o objetivo maior da exposição. Nesta etapa você irá aplicar as informações que foram indicadas na preparação, desenvolvendo o assunto que foi proposto, solucionando o problema levantado e cumprindo as partes que foram prometidas. Ainda no assunto central, você apresentará os argumentos e refutará as possíveis objeções do público.
A conclusão, por sua vez, é a parte da apresentação em que você fará uma recapitulação da essência da mensagem e levará os ouvintes a refletir ou agir de acordo com a proposta do tema apresentado."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(24/8/2017)
IR
O verbo ir sempre pede
preposições para ou a -
com a será empregado
quando for "não demorar";
quando é usado com para
indica "ir pra ficar".
IR
"Dione vai a Londrina
e amanhã deve voltar";
"Renato vai para o Rio
porque lá vai estudar";
"Estou indo para Santos,
lá agora vou morar".
PREFERIR
"Eu prefiro rede a cama,
prefiro rádio a TV,
prefiro cachorro a gato,
eu prefiro o ser ao ter" -
prefiro uma coisa a outra
e não prefiro do quê!
ASPIRAR
Regência bem badalada
é a do verbo aspirar:
é transitivo direto
no sentido de inspirar
e transitivo indireto
quando igual a almejar.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
(Com adaptações).
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/8/2017)
"Você chega diante da plateia, faz aquela cara de quem vai surpreender a todos com algo muito engraçado e emenda: "Tem aquela do papagaio...". Hummm, saiba que essa história de iniciar contando piadinha poderá colocá-lo a um passo de prejudicar sua apresentação. Quando tiver de falar em público, aceite este conselho: evite iniciar contando piadas para os ouvintes. Estou usando a palavra "evite" porque, às vezes, excepcionalmente, esse recurso dá resultado, mas é muito arriscado.
O início é o momento mais difícil da apresentação. É nesse instante que você estará procurando o local mais apropriado para ficar diante das pessoas, testando o volume de voz mais adequado para o ambiente, optando pelo recurso correto para conquistar os ouvintes. É também no início que sofrerá a maior descarga de adrenalina e que, por isso, naturalmente, se sentirá desconfortável e inseguro. Por esses motivos, a piada é desaconselhável. Imagine você chegando à frente da plateia com essa insegurança, com esse nervosismo, contando uma piada e se saindo mal, porque depois de contá-la descobre, pela reação do público, que ela não tinha graça. Talvez ficasse tão desestabilizado que nem conseguisse se recuperar e se concentrar ao longo da exposição. Mas você pode argumentar que esse não é o caso, pois a piada que deseja contar é de fato muito boa. Talvez essa situação seja ainda pior, porque, quando a piada é muito boa, em pouco tempo se torna conhecida. E por melhor que seja uma piada, já sendo conhecida não vai arrancar risos dos ouvintes.
Se desejar contar uma piada, deixe para usar esse recurso lá pelo meio da fala, quando você e os ouvintes estiverem mais à vontade."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase proferida durante reunião do GDFAZ:
"Em época de crise, tire o 's' e crie."
Bom fim de semana e grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(28/8/2017)
"Nem sempre pedir desculpas às pessoas é sinal de educação. Em determinadas circunstâncias pode ser demonstração de falta de tato. Por exemplo, se você iniciar uma apresentação pedido desculpas às pessoas porque está com um problema físico, como dor de cabeça, resfriado, gripe, chamará a atenção, desnecessariamente, para um problema que talvez nem fosse notado pelos ouvintes. Mas, ao se desculpar porque está rouco e pedir que não reparem se sua voz falhar, fará com que os ouvintes fiquem o tempo todo prestando atenção em sua voz e imaginando: "Agora a voz dele não vai sair, acho que irá desafinar."
Da mesma forma, não inicie pedindo desculpas por não conhecer o assunto. Primeiro, porque se não conhecesse o assunto não deveria estar ali falando. Depois, talvez consiga desenvolver um tema que domina e que, de alguma maneira, esteja associado àquele que precisar tratar e até agradar aos ouvintes. Mas, se já informou que a matéria não é do seu domínio, dificilmente conseguirá fazer com que as pessoas se interessem pelas informações que irá transmitir. Como brincadeira, poderia dizer também que é desnecessário contar, pois as pessoas perceberiam logo que você não é do ramo.
Atenção: não estou dizendo que não deva pedir desculpas nunca. Estou me referindo ao pedido de desculpas por problemas físicos e pela falta de conhecimento sobre o assunto no início da apresentação. Por exemplo, se você chegar atrasado a uma reunião ou palestra que irá proferir, as pessoas esperam que se desculpe por essa falta."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/8/2017)
CHEGAR
"Cheguei em Campina Grande",
a regência errada está:
quem chega não chega em,
mas quem chega chega a -
"Eu cheguei a João Pessoa",
"Chegaste a Taperoá".
OBEDECER E RESPEITAR
A regência pode ser
armadilha em que se cai;
de obedecer/respeitar
anotar a gente vai:
"Obedeça a seu avô,
também respeite seu pai".
VISAR = TER EM VISTA
Se visar de ter em vista
tem a significação,
é transitivo indireto
(pede a preposição):
"Viso a um bom emprego",
"Visamos à aprovação".
VISAR = DAR VISTO E MIRAR
Se possuir o sentido
de dar visto e de mirar,
é transitivo direto
o verbo em questão, visar:
"O caixa visou o cheque",
"Vise o alvo para acertar".
REFERIR
Em "Lei que ele se refere"
a regência está bem mal:
referir vindo sem a
falha a regência verbal -
"Lei a que se refere",
agora sim está legal.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/8/2017)
"Se os ouvintes não prestarem atenção em sua palavras, sua apresentação será um fracasso. Por isso, empenhe-se em despertar o interesse do público logo no início.
- Use uma frase que provoque impacto
Quando você perceber que os ouvintes estão com a cabeça na lua, alheios, apáticos, pouco envolvidos com o ambiente ou com o tema da exposição, cutuque-os com uma frase que provoque impacto.
- Lance mão de um fato bem-humorado
Ligue as antenas e fique bem atento para aproveitar uma informação que nasça do contexto da mensagem ou no próprio ambiente onde fará a apresentação, exagere na maneira de transmiti-la e transforme-a num fato bem-humorado.
- Conte uma história interessante
De maneira geral, as pessoas gostam de ouvir uma boa história. A tática é simples e muito eficiente: comece contando uma boa história. As pessoas ficarão interessadas na narrativa. Em seguida, você faz a ligação com o assunto que deseja apresentar e já terá os ouvintes atentos, acompanhando sua exposição.
- Levante uma reflexão
Instigue os ouvintes com uma reflexão. De preferência, essa reflexão deverá ter algum tipo de ligação direta ou indireta com o conteúdo da apresentação.
- Mostre os benefícios da plateia
Não tenha ilusões: os ouvintes são INTERESSEIROS e só se motivarão a acompanhar de forma atenta a apresentação quando sentirem que obterão alguma vantagem. Se as pessoas pressentirem que terão algum tipo de lucro, segurança, prestígio social, crescimento profissional ou que poderão ratificar seus princípios filosóficos, ficarão atentas e interessadas na mensagem. Por isso, mostre logo no início os benefícios que os ouvintes terão.
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(31/8/2017)
ASSISTIR = VER
Assistir tendo sentido
de ver, de presenciar,
é transitivo indireto,
preposição pedirá:
"O filme a que assisti
achei espetacular".
ASSISTIR = DAR AJUDA
Se assistir tem sentido
de dar ajuda, assistência,
não usar preposição
deve ser a preferência:
"Assisti o paciente" -
atente para a regência.
ASSISTIR = MORAR, RESIDIR
Pede preposição em
o mesmo verbo assistir
no sentido de morar,
sinônimo de residir:
"Ela assiste em São Bernardo",
"Ele assiste em Jataí".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/9/2017)
Se os ouvintes vibrarem com sua palestra e agirem de acordo com as propostas da mensagem que você transmitiu, sabe de quem é o mérito? Seu! Pode comemorar.
Por outro lado, se demonstrarem apatia e desinteresse diante da sua apresentação, sabe de quem é a culpa? Sua! Pode ajoelhar no milho.
Pois é, cada vez mais precisamos nos conscientizar de que não existe plateia desinteressada, mas, sim, palestrante desinteressante. E não adianta querer culpar ou ouvintes, pois você, com o domínio da palavra, é que poderia fazer com ela o que bem entendesse. Se não fez, ou adotou uma conduta inadequada, só há um culpado nessa história.
Por isso, saia da mesmice e torne sua apresentação mais interessante. Surpreenda a plateia com uma informação inusitada, mostre um caminho muito distinto daquele que supunham que você iria seguir. E tome essa atitude logo nos momentos iniciais, que é o instante mais apropriado para conquistar o interesse das pessoas.
Se você pretendia iniciar dizendo que "a reunião iria tratar das metas de vendas para o próximo semestre", mude a rota e surpreenda os ouvintes dizendo, por exemplo: "desta vez achamos o caminho para arrasar os nossos concorrentes" ou "a partir dos números que vamos analisar já não vejo ninguém na nossa frente", ou ainda "os concorrentes já podem preparar os binóculos, pois é assim que vão nos enxergar daqui para frente". Bem, você saberá como encontrar uma maneira diferente de cutucar seus interlocutores e deixá-los interessados na mensagem.
Ponha a cabeça para funcionar, saia da mesmice, seja diferente e conquiste a atenção e o interesse das pessoas."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Frase atribuída a Jacques Bossuet:
"No Egito, as bibliotecas eram chamadas "Tesouro dos remédios da alma".
De fato, é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/9/2017)
"Já deve ter ocorrido com você: alguém entra na sua sala e começa a falar, falar, falar e, depois de um bom tempo, por mais que você se esforce, não consegue entender o que ele está pretendendo com aquela conversa toda. Se ele tivesse contado, logo no princípio, em uma ou duas frases, qual era o assunto e o objetivo da presença dele ali, teria sido muito mais simples para você acompanhar o raciocínio desde o início até o final.
Talvez essa seja uma das falhas mais comuns na comunicação: não informar ao ouvinte, ou ao leitor (porque a regra serve tanto para falar como para escrever), qual o assunto que será exposto.
Embora a frase que irá orientar o ouvinte sobre o tema que será abordado seja bastante simples e consuma pouquíssimo tempo, precisará ser elaborada de forma correta para que você possa facilitar o entendimento da mensagem que irá apresentar.
Mesmo que a frase seja bastante simples e consuma pouquíssimo tempo, como eu disse, nem por isso significa que seja fácil e deva ser negligenciada. Pense bem e escolha uma frase que consiga identificar perfeitamente o conteúdo da mensagem, oriente bem o ouvinte sobre o que você pretende transmitir e demonstre o tom que deseja empregar na fala. Pela maneira de falar, já deverá indicar ao ouvinte se será uma fala bem-humorada, séria, indignada, animada, enfim, deixá-lo preparado para o tipo de apresentação que irá receber.
Em alguns casos a frase não precisa determinar de maneira muito evidente qual é o assunto, visto que nas entrelinhas será possível deduzir o que será tratado."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola de Administração Tributária (Esat),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/9/2017)
PROCEDER = TER FUNDAMENTO
Quando o verbo proceder
indicar ter fundamento,
será ele intransitivo
(não pedirá complemento):
"A notícia não procede",
"Não procede o julgamento".
PROCEDER = VIR DE ALGUM LUGAR
Haverá outra regência
ser for vir de algum lugar:
transitivo indireto
verbo proceder será,
empregado com um de -
"Procedo do Ceará".
PROCEDER = EXECUTAR
Por fim, há outra regência
para o verbo proceder:
é transitivo indireto
se executar quer dizer
(pede a preposição a):
"Proceda ao seu dever".
SER + EM NíO
"Somos em seis lá em casa"
é errada construção:
o verbo ser não se junta
com o em preposição -
"Da novela Éramos Seis
você tem recordação?
AJUDAR
Com objeto direto
de pessoa a se empregar
a regência será feita
deste verbo, o ajudar:
"Ajudei-o na tarefa,
ajudei-o a estudar".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/9/2017)
"Provavelmente você está acostumado a ouvir que para cada problema há uma solução. Neste caso a história será diferente: para cada solução deverá haver um problema. Se você observar bem, vai constatar que, de maneira geral, suas apresentações têm por objetivo solucionar problemas. Entretanto, você não deve supor que, pelo fato de saber que se trata de um problema e de ele ser muito conhecido seu, os ouvintes também já estejam devidamente inteirados dessa informação. No momento em que estiver analisando como deveria agir para ajudá-los a compreender melhor a mensagem, se concluir que o objetivo da sua apresentação é sugerir a solução para um problema, revele-o antes para que as pessoas possam acompanhar com mais facilidade sua exposição. Reflita bem: como é que os ouvintes poderão entender a solução de um problema se eles não sabem que ele existe?
Assim, depois de cumprimentar a plateia e contar a ela qual o assunto que pretende expor, revele qual é o problema que precisa ser solucionado. À primeira vista, pode parecer que, ao contar qual é o assunto, já estará também revelando o conteúdo do problema; entretanto, nem sempre esse fato se concretiza. Se, por exemplo, você desejasse falar sobre os problemas do aeroporto de sua cidade e quisesse sugerir soluções para eles, poderia explicar mais ou menos assim: "Como é do conhecimento da maioria, o nosso aeroporto está com excesso de movimentação. Apenas nos últimos dois anos as decolagens aumentaram mas de 60%, ampliando consideravelmente o perigo de acidentes, e numa área com elevada densidade demográfica...".
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Quem pensa diferente não é necessariamente um inimigo; apenas um discordante, que pode ser um aliado ou amigo.
Inimigo é aquele que, mesmo comungando dos mesmos pensamentos, quer te eliminar para que os seus interesses prevaleçam."
(Frase atribuída a Sebastião Wanderley)
"Dez por cento dos conflitos são causados por diferença de opinião.
Noventa por cento são devidos ao tom de voz errado."
(Autor desconhecido)
Grande abraço, bom feriado e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(11/9/2017)
"Esta informação é novinha em folha? É? Então tome muito cuidado, porque, se você transmiti-la diretamente ao ouvinte sem uma boa orientação, provavelmente ele terá dificuldade para entender. Lembre-se de que nem sempre o ouvinte está devidamente preparado para receber uma determinada mensagem.
No caso de informações novas, modernas, atuais, recentes, se perceber que as pessoas teriam dificuldade para assimilar o conteúdo da exposição, ajude-as a compreender a mensagem. Para facilitar a compreensão das pessoas quando as informações se constituírem novidade, poderá fazer um retrospecto, falar do passado, contar como foi que tudo aconteceu, até chegar ao momento presente. Quando o ouvinte sabe como o assunto evoluiu ao longo do tempo, acompanhando as etapas das transformações ocorridas, naturalmente ele entenderá o significado da nova mensagem que você irá comunicar.
Por exemplo, se você tiver de falar sobre um equipamento que produz caixas automaticamente, seria oportuno, para que os ouvintes entendessem com mais facilidade a mensagem e os benefícios dessa automatização, fazer um histórico contando como funcionavam as primeiras máquinas, quando as caixas eram fabricadas quase artesanalmente, que tipos de problemas apresentavam, quais os aprimoramentos que receberam nos anos que se seguiram, até chegar aos dias de hoje. Essa história fará com que as pessoas fiquem interessadas em saber como as dificuldades foram superadas e quais as inovações que se sucederam até que todos esses aperfeiçoamentos pudessem ser incorporados no moderno equipamento que agora está sendo mostrado."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(12/9/2017)
Não há unanimidade sobre a origem da expressão meia-tigela ou de meia-tigela. Seguem duas versões.
Versão 1
"O que tem valor insignificante é de meia-tigela.
A expressão veio da época da monarquia portuguesa. Ao povo da corte (criados, pajens, oficiais) que não morava no palácio servia-se comida observando as rações previstas no “Livro da Cozinha del Rei”. O manual estipulava a porção de cada um de acordo com a importância do serviço que prestava. E assim alguns ganhavam tigela inteira; outros, meia tigela."
Fonte de consulta:
Site g1.globo.com
Data e hora da consulta: 12/9/2017, 9h35
Versão 2
"Expressão de sentido degradante, de meia-tigela é um termo usualmente dirigido contra alguém com o intuito de desqualificar as suas habilidades. Apesar de não ser tão usual nos dias de hoje, essa designação nos conta uma interessante história sobre algumas transformações que aconteciam em Portugal durante a Idade Média. Foi nesse momento que a gíria de sentido fortemente depreciativo foi concebida.
No mundo feudal, a propriedade de terras era o mais importante meio de produção existente. Não por acaso, todo aquele que tinha terras sobre o seu controle ocupava a distinta e privilegiada posição de senhor feudal. Neste posto, um proprietário de terras poderia conduzir uma população de servos que trabalharia em suas terras e pagaria pelo seu uso com a doação de parte da produção agrícola. Em contrapartida, o senhor feudal deveria se ocupar de meios para ampliar e proteger suas propriedades de alguma invasão.
Temendo que a extensão de suas terras diminuísse com o passar das gerações, vários senhores feudais concediam os seus direitos de herança ao seu filho primogênito. Com isso, os demais integrantes da prole do nobre ficavam à mercê de alguma atividade ou posto eclesiástico que lhes garantisse o sustento. Em alguns casos, a busca por um casamento vantajoso, a realização de assaltos nas estradas ou o sequestro de algum grande proprietário.
Foi justamente nesse processo de exclusão socioeconômica que a nossa “maldosa” expressão passou a ganhar a boca de vários castelos medievais lusitanos. Todo aquele filho de nobre que não herdava terras era conhecido como “fidalgo de meia-tigela”. Isso porque ele também era proibido de participar de um importante banquete, ritual onde se fazia a quebra de todos os pratos, louças e tigelas que serviam as refeições. Por fim, sobrava ao pobre filho de nobre os restos de sua posição social, ou seja, as meias-tigelas."
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Fonte de consulta:
Site brasilescola.uol.com.br
Data e hora da consulta: 12/9/2017, 9h40
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/9/2017)
"Ao defender uma ideia, utilize com habilidade os argumentos que tiver à disposição, mas tome muito cuidado para não se apaixonar de forma demasiada por um deles. Se você exagerar no uso de um argumento para defender uma ideia, correrá o risco de repeti-lo tantas vezes que acabará por enfraquecê-lo.
Um bom argumento não precisará de muitas repetições para que possa ser notado, pois, ao ser citado, todos perceberão sua importância. No momento apropriado, se sentir necessidade de repeti-lo, procure usar palavras diferentes, como se estivesse analisando a ideia por um ângulo distinto.
Outro cuidado importante na exposição de um argumento forte e poderoso é prepará-lo adequadamente antes de ser apresentado.
A inteligência e a razão deverão prevalecer para que a ansiedade não ponha tudo a perder. Quando temos consciência da força e do poder do nosso argumento, a tendência é querer apresentá-lo o mais rápido possível, para que nossa ideia seja vencedora. Entretanto, essa precipitação poderá fazer com que nossa causa seja prejudicada por ser defendida com a arma mais preciosa no momento indevido. E quando cometemos esse deslize, somos impelidos a repeti-lo muitas vezes, como se quiséssemos mostrar aos ouvintes como estávamos apoiados por uma razão que eles não estavam conseguindo enxergar.
Fique atento e seja cuidadoso o tempo todo ao usar seu argumento mais forte. Apresente-o no instante mais adequado, para que os ouvintes possam apreciá-lo na sua plenitude, e evite repeti-lo muitas vezes, para que não seja enfraquecido."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(14/9/2017)
BENEFICIENTE OU BENEFICENTE
Benificiente está errado completamente
apesar de "benefício",
não é "beneficiente" -
está correto ao falar
quem fala beneficente.
SUPÉRFLUO OU SUPÉRFULO?
Não há o nome "supérfulo",
"supérfluo" é o que há:
"Não compro nada supérfluo,
que meu dinheiro não dá",
"Supérfluo, com o meu dinheiro,
é ruim de eu comprar."
MAISENA, COM S
Maizena escrita com z
é a da marca afamada.
A maisena da gramática
é com s grafada:
s depois de ditongo,
diz a regra, camarada!
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(15/9/2017)
"Nem sempre você poderá contar só com argumentação de excelente qualidade para defender uma ideia; às vezes, será preciso lançar mão também de argumentos com pesos diferentes. Nessas situações tenha o cuidado de dispô-los numa ordem apropriada para aumentar suas chances de obter êxito.
Comece fazendo uma relação de todos os argumentos para saber com que tipo de munição você pode contar.
Depois de relacionar todos os argumentos de que puder se lembrar, dê notas para estabelecer o peso de cada um (1 a 10, por exemplo). Ao determiná-las, não leve em consideração apenas a sua avaliação e gosto pessoal. Procure imaginar principalmente qual será a apreciação dos ouvintes.
Depois de estabelecer as notas para os argumentos, divida-os em quatro grupos: frágeis, razoáveis, bons e excelentes. É evidente que em determinadas circunstâncias você não conseguirá separá-los nessas quatro categorias, pois só poderá dividi-los em duas ou três.
Agora que você está de posse da sua argumentação, separada em grupos com seus respectivos pesos, considere-se pronto para montar sua linha de ataque.
Comece com um bom argumento, não o melhor, mas um bom, para chamar a atenção, criar expectativa e motivar os ouvintes a acompanhar sua mensagem. Em seguida, apresente o mais frágil (não aquele inconsistente que você descartou por apresentar riscos à sua estratégia), na sequência, o imediatamente mais forte e assim gradativamente, até chegar àquele que considerar o melhor, o mais importante, praticamente irrefutável pelas objeções contrárias."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
"Quando a gente está em paz, não quer guerra com ninguém."
Autor desconhecido.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/9/2017)
e nada adiantará desenvolver seus argumentos de maneira brilhante e com toda correção técnica se as pessoas não entenderem bem suas intenções. Por isso, após transmitir uma informação para os ouvintes, certifique-se de que eles conseguiram compreender bem a mensagem. Se for necessário ajudá-los a assimilar melhor as informações, você poderá fazer uso das ilustrações. Ilustrar significa esclarecer, elucidar, iluminar, tornar claro o que foi informado. É uma história que pode ser real ou criada, inventada para possibilitar às pessoas que compreendam com mais facilidade a mensagem. Servem como ilustração fábulas, parábolas ou ainda histórias verdadeiras, como os exemplos. Em apresentações técnicas, em que se exige maior objetividade das informações, é recomendável o uso de exemplos como ilustrações, pois, além de auxiliarem o ouvinte a compreender melhor a mensagem, por nascerem da própria matéria funcionam também como argumento e, por isso, são mais apropriados para apresentações que devam ser concisas, objetivas.
A ilustração pode ser utilizada para facilitar o entendimento de todos os ouvintes, entretanto ajuda ainda mais as pessoas de baixo nível cultural que, quase sempre, encontram maior dificuldade para acompanhar raciocínios mais complexos. No momento de escolher uma história para usar como ilustração, tome cuidado com aquelas utilizadas com frequência por palestrantes e conferencistas, pois, por serem muito conhecidas, em vez de tornar clara sua mensagem, poderão tirar o interesse da plateia. Prefira histórias inéditas, que surjam espontaneamente nas suas leituras e conversas."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço e a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/9/2017)
EXCEÇíO E EXCESSO
Há muita gente que erra
na grafia de exceção,
pensa que é com dois esses
e grafa assim: "excessão" -
com dois esses é excesso,
mas exceção não é não!
DERRIBAR E DERRUBAR
Quem pensa que "derribar"
diz quem é ignorante
não conhece a nossa língua,
enganado está bastante:
derrubar e derribar
são palavras variantes.
REGISTRO COM G
Registro aqui que resistro
não devemos escrever,
como também não devemos
da mesma forma dizer.
Registre em sua memória:
registro certo é com g!
FULGA OU FUGA?
Se você fulga escrevia
não escreva nunca mais;
de fulga com l fuja
como da cruz Satanás:
a palavra certa é fuga,
não fuja dela jamais.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/9/2017)
"Cuidado! Você poderá ser derrotado num confronto de ideias mesmo que sua causa seja a melhor. Uma ideia não tão boa, desde que exposta de forma correta e habilidosa, poderá superar outra de melhor qualidade. Por isso, antes de se lançar ao ataque para combater uma argumentação contrária, saiba bem como agir e aumente suas chances de sucesso. Quando você precisar contestar uma ideia oposta, a situação mais comum é que a outra parte apresente argumentos de qualidade diferente uns dos outros. Alguns poderão ser excelentes, outros bons, há aqueles apenas razoáveis e talvez um ou outro até bastante frágil. Independentemente da ordem em que tenham sido apresentados, ao contestá-los você deverá organizá-los numa sequência que torne sua atuação mais eficiente.
Pense bem: o poder do oponente não está nos argumentos frágeis. Assim, se você os destruir logo no início, sua vantagem será mínima, já que a linha de argumentação mais consistente da parte contrária continuará preservada. A melhor estratégia, portanto, é reprimir esse ímpeto quase instintivo de destruir os argumentos mais frágeis no princípio, deixando-os para o final. Dessa forma, inicie combatendo rapidamente os argumentos mais fortes no início, mesmo sabendo que talvez eles não possam ser destruídos, e vá atacando os de qualidade menor até chegar ao mais frágil. Não é difícil deduzir que nesse momento, ao atacar o argumento mais frágil, você contará com sua maior chance de tornar-se vitorioso. Ainda que não tenha conseguido vantagem no combate aos argumentos anteriores, ao destruir o último, o de pior qualidade, dará a impressão de que, assim como este foi destruído, todos os outros também o foram."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(21/9/2017)
"Sororidade é a união e aliança entre mulheres, com base na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.
O conceito da sororidade está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros.
Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.
A sororidade é um dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre as mulheres, o movimento não conseguiria ganhar proporções significativas para impor as suas reivindicações.
A origem da palavra sororidade está no latim soror, que significa “irmãs”. Este termo pode ser considerado a versão feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo frater, que quer dizer “irmão”.
Em um concurso de beleza realizado no Brasil em 2016, uma das candidatas foi convidada a falar sobre sororidade. O link abaixo traz esse momento.
vimeo.com/234667787UM POUCO MAIS
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/9/2017)
"Nos dias que vivemos, é comum se ouvir falar a respeito da indiferença do ser humano, de como cada um cuida de seus próprios interesses e não se preocupa com o outro.
No entanto, se existem muitos que pensam somente em si mesmos, que buscam conquistar tudo para si, sem pensar no bem-estar alheio, verdadeiro é que todos os dias ouvimos relatos a respeito de movimentos de comunidades que se cotizam, se unem para atender a dificuldades de uma pessoa ou de um grupo.
Não é raro descobrirmos que o medicamento imprescindível à vida de alguém foi providenciado por mãos bondosas.
Ou que a instituição beneficente teve sua crise resolvida graças ao movimento solidário da comunidade.
E foi uma iniciativa espontânea que salvou a vida de nove pessoas, em uma praia na Flórida.
Roberta estava na companhia da mãe, do marido, de seus filhos e sobrinhos.
Após tomar um banho de mar, ela se surpreendeu ao descobrir seus familiares muito distantes da areia. As crianças choravam e todos gritavam que estavam sendo puxados para longe, pela correnteza.
Desesperada, pensando em salvá-los, adentrou novamente na água. Uma banhista percebeu a movimentação e logo se deu conta de que pessoas estavam se afogando.
De imediato, apanhou uma prancha de bodyboard que encontrou na areia e nadou em direção à família. Enquanto isso, seu marido também entrou na água, com algumas pessoas, iniciando a formação de uma corrente humana.
E, enquanto Jéssica remava, a corrente foi aumentando, com adesão de oitenta pessoas se dando as mãos, alcançando uma distância de cem metros.
Graças a isso, foi possível salvar todos os membros da família, trazendo-os para a areia um a um.
Roberta comentou, mais tarde, que nem se lembrava de ter sido resgatada. Apenas recordava ter acordado na praia, após ter desmaiado.
Sua mãe precisou ser reanimada e foi levada ao hospital, em ambulância.
Profundamente agradecida, ela disse dever a sua e a vida de seus familiares a esse grande laço de solidariedade que se formou, ao descobrir pessoas em perigo.
* * *
A espontaneidade registrada é digna de nota. Ela nos diz que quando uma pessoa se movimenta no sentido do bem, imediatamente consegue quem com ela se solidarize.
Inspirador perceber como o ser humano se prontifica ao auxílio. Basta, apenas, que alguém tome a iniciativa que outros o seguem.
Isso nos diz como se faz de importância o exemplo, o bom exemplo, a boa liderança.
Se alguém vai à frente, com certeza muitos o seguirão. E será exatamente isso que fará a grande diferença na Terra.
A diferença entre a penúria e a fome atendida. Entre a miséria e o acolhimento. Entre a ignorância e a instrução.
Em essência, isso nos diz que nos consideramos, verdadeiramente, irmãos uns dos outros, não importando quem somos, a que país pertencemos, qual o idioma pelo qual nos expressamos.
Somos uma única família vivendo no mesmo lar e o auxílio mútuo somente granjeará melhores condições a todos nós.
Pensemos nisso."
Redação do Momento Espírita, com base em fato
ocorrido em praia da Flórida, Estados Unidos.Em 22.9.2017. O link abaixo dá acesso ao vídeo sobre o fato ocorrido.
NOTÍCIA
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/9/2017)
"Palestrantes experientes, com boa quilometragem de tribuna, me procuram para aperfeiçoar uma pequena e aparentemente insignificante habilidade da comunicação, mas de fundamental importância para o sucesso de quem se apresenta em público: como encerrar uma apresentação.
Se encerrar uma apresentação é difícil para os palestrantes mais tarimbados, dá para imaginar o que ocorre com aqueles que estão dando os primeiros passos na arte de falar em público. A grande maioria tem o hábito de jogar a toalha como se não tivesse mais fôlego para chegar até o final. Costumam encerrar a frase com o tom de voz de quem pretendia passar mais algumas informações e, depois de uma pausa prolongada, uma verdadeira eternidade para eles, soltam a pérola: "Era isso o que eu tinha para dizer, muito obrigado."
Considere perfeita a conclusão da sua fala quando você encerrar no momento apropriado, isto é, no instante em que já tiver passado todas as informações que desejava e convencido ou persuadido os ouvintes da sua proposta, quando tiver usado o tom de voz adequado, demonstrando que estava mesmo concluindo a exposição, e puder permitir, naturalmente, que os ouvintes reflitam ou ajam de acordo com a mensagem transmitida.
Não se esqueça deste detalhe: a qualidade da mensagem transmitida na conclusão é muito importante para o resultado do encerramento, mas o tom e voz que avisa que a exposição está chegando ao final, pode, em determinadas situações, ser ainda mais relevante, pois, pela maneira de concluir, os ouvintes receberão, além da informação, o sentimento da mensagem usado na finalização."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
MAIS E MAS
Que confunde mais e mas
ainda se encontra gente -
mais dá ideia de soma,
já o mas é diferente
indica ideia adversa:
"Dia bonito, mas quente!"
MAIS = EM COMPANHIA DE
Também mais pode indicar
ideia de companhia:
"João saiu mais José".
Mas vale por todavia,
contudo, porém, no entanto:
"Não respondeu, mas sabia".
MÁS, MAL-BEM / BOM-MAU
Há também a forma más,
que se trata do plural
de adjetivo má.
E já a palavra mal
é antônimo de bem;
contrário de bom é mau.
EM DOMICÍLIO
Se entregue a domicílio,
a pizza não é gostosa;
a entrega em domicílio
é da pizza saborosa...
em domicílio também
a aula é mais proveitosa.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(27/9/2017)
"Algumas formas para encerrar uma apresentação que dão resultado:
Levantar uma reflexão
De maneira geral, os ouvintes tenderão a refletir com base nos argumentos que você transmitiu ao longo da apresentação e com boas chances de que aceitem suas sugestões.
Fazer uma citação
Além de admirarem seu conhecimento, a citação de uma frase de alguém respeitado pelos ouvintes dará ainda mais peso à sua autoridade sobre o assunto tratado.
Apelar para a ação
Especialmente nas circunstâncias em que haja necessidade de atitudes rápidas e imediatas dois ouvintes, esse é um dos recursos mais eficientes para o encerramento.
Aludir à ocasião
É um tipo de conclusão apropriado nas situações em que o ambiente da apresentação e o contexto da mensagem estejam intimamente relacionados com a presença dos ouvintes.
Elogiar honestamente os ouvintes
O elogio sincero ajuda a desarmar as últimas resistências da plateia e a fazer com que as pessoas torçam pelo resultado positivo da apresentação.
Contar um fato histórico
Um fato histórico que guarde interdependência com o conteúdo da fala, além de auxiliar os ouvintes a associar com facilidade a narrativa com a mensagem, fará com que se lembrem das informações por muito mais tempo.
Aproveitar um fato bem-humorado
É uma maneira leve e descontraída de fazer o encerramento, e quanto mais ligada ao conteúdo da fala estiver, mais eficiente será para o trabalho de convencimento ou de persuasão dos ouvintes.
Utilizar uma circunstância
A circunstância de pessoa, de lugar ou de tempo é um recurso excepcional para demonstrar maior identidade do palestrante com os ouvintes e desarmá-los de possíveis resistências remanescentes."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(28/9/2017)
TANTAS PALAVRAS
Seguem mais alguns exemplos de palavras pouco conhecidas ou utilizadas.
Tremês
Que dura três meses. Que nasce e amadurece em três meses.
Trescalar
Exalar cheiro forte de.
Vinolento
Que ingere muito vinho. Impregnado ou cheio de vinho.
Esgalgar
Tornar magro, esbeltar.
Esgorjar
Ter desejo intenso, avidez; desejar muito.
Aptério
Edifício sem colunas.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ)
(29/9/2017)
"Falar de improviso não quer dizer inventar informação. Se você pensa que falar de improviso é chegar diante de um grupo e apenas aproveitar a circunstância como fonte de inspiração para descobrir o que vai dizer, estará agindo com irresponsabilidade. Essa é uma atitude ingênua que pode pôr em risco sua imagem e sua reputação diante do público. Falar de improviso, portanto, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, significa falar sem se preparar de maneira conveniente para expor um assunto. Pressupõe que você precisa falar ao mesmo tempo que planeja o desenvolvimento da exposição. O segredo do improviso é muito simples: antes de falar a respeito do tema que é o objetivo da apresentação, comece a discorrer sobre um assunto que domine. Por exemplo, você pode usar informações ligadas à sua atividade profissional, ao seu hobby, à passagem de um livro que tenha sido marcante, à cena de um filme que o emocionou, a um desafio que superou, a uma viagem, a episódios de sua vida ou da vida de pessoas que conheça. Assim, enquanto você fala sobre o assunto que conhece muito bem, terá condições de planejar a sequência da apresentação. Com certeza, em algum momento da exposição, será possível fazer a ligação dessas informações que domina com a mensagem principal. Como o ouvinte recebe a mensagem como se fosse uma só o tempo todo, será induzido a pensar que você tem o domínio completo do assunto, quando, na verdade, o seu conhecimento é apenas de preparação - sobre o tema principal talvez tenha apenas algumas informações."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Texto atribuído a Issami Tiba:
"Muitos pais estão preocupados com o fato de seus filhos serem hiperativos, possuírem déficit de atenção, necessitando de um cuidado médico-psicológico especial.
O que tenho observado é que a maioria dessas crianças são, na verdade, mal-educadas, apesar de bem-criadas.
Criar uma criança é fácil, basta satisfazer-lhe as vontades.
Educar é mais trabalhoso. Trata-se de prepará-la para viver saudavelmente em sociedade, o que significa que não basta ser inteligente, a criança precisa ter ética."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/10/2017)
"As pessoas não sabem ler em público por dois motivos essenciais: primeiro porque tiveram poucas oportunidades de praticar essa atividade; depois, porque, além de normalmente não exis8tir a experiência da leitura em público, quando as pessoas leem apresentam-se sem nenhum critério técnico.
Portanto, para aprender a ler bem em público é preciso seguir alguma regrinhas muito simples e praticar bastante.
Olhe para os ouvintes - durante as pausas prolongadas e nos finais de frases, olhe para os ouvintes e demonstre com essa atitude que as informações estão sendo transmitidas para eles. Distribua a comunicação visual olhando ora para um lado, ora para o outro da plateia.
Para não se perder na leitura enquanto olha para os ouvintes, marque a linha de leitura com o dedo polegar, pois, ao voltar para o texto, saberá exatamente onde parou.
Segure o papel na altura correta - deixe a folha na parte superior do peito, para ler com mais facilidade e não se esconder do público.
Faça poucos gestos - a gesticulação na leitura deverá ser moderada. A leitura de uma página, de maneira geral, pode ser feita com menos de meia dúzia de gestos.
É preferível fazer poucos gestos, que destaquem as informações mais relevantes com convicção e firmeza, a demonstrar hesitação soltando repetidamente a mão do papel e retornando depressa, como se estivesse arrependido. Se você for muito inexperiente e encontrar dificuldade para gesticular, será melhor que não gesticule.
Marque o texto - use traços verticais antes das palavras para indicar o momento de fazer pausas mais expressivas. Essas marcações não coincidirão necessariamente com a pontuação gramatical."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/10/2017)
DISCURSO E DISCUSSíO
Há r para "discurso",
mas para "discussão" não
(discurso é pronunciamento
e debate é discussão):
"O discurso do prefeito
causou muita discussão".
SIGLAS COM MAIÚSCULAS
Siglas dos nossos estados
com maiúsculas devem ser
as duas letras escritas:
da Paraíba é PB;
do Maranhão, MA;
de São Paulo é SP...
TIGELA, COM G
A "tijela" que é com j
é furado o fundo dela:
tigela não é com j,
com g se grafa ela.
Lembre-se da brincadeira:
"Meu coração por ti gela".
ASSESSOR, ACESSÓRIO
Cuide nas grafias de
"acessório" e "assessor":
"O assessor do prefeito
também é bom professor";
acessório é qualquer coisa
de secundário valor.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/10/20170
"O roteiro escrito com o recurso de apoio é bastante simples e fácil de ser usado: escreva numa folha de papel algumas frases que ajudem a ligar a sequência da sua apresentação. Cada frase deverá conter uma ideia completa, isto é, a essência do pensamento que deseja comunicar. Quando estiver diante da plateia, você deverá ler a frase e em seguida fazer comentários a respeito dela, criticando, elogiando, ampliando, associando com outras informações, até que essa parte da mensagem esteja concluída. Logo após, você deverá ler a próxima frase e fazer outras observações. E assim, lendo as frases e fazendo comentários que as complementem, poderá realizar uma boa apresentação. A vantagem do roteiro escrito é que com esse recurso você terá a segurança da sequência de todas as etapas importantes da apresentação e a liberdade para desenvolver o raciocínio diante dos ouvintes.
Em apresentações menos complexas, você poderá usar um cartão de notas. Esse recurso é diferente do roteiro escrito. Consiste em um cartão pequeno, uma folha de cartolina do tamanho da palma da mão, por exemplo. Nele você anotará as palavras mais importantes na sequência da sua apresentação, além de algumas cifras e datas que precisam ser mencionadas. Observe que os dois recursos são muito diferentes: o roteiro escrito contém frases com ideias completas que deverão ser lidas, ao passo que o cartão de notas possui apenas as palavras que ajudarão a constatar se a sequência planejada para a apresentação está sendo seguida."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/10/2017)
TRÁS X TRAZ
"Traz" com "z" e '"trás" com "s"
é preciso esclarecer:
é o z sempre empregado
se é traz do verbo trazer;
"trás" com s é posição:
"Estou por trás de você".
ABREVIATURA DE PÁGINA
Há quem encontre problema
para "página" abreviar.
Esse problema, contudo,
é fácil solucionar:
no plural, pp. ou págs.;
p. ou pág., singular.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/10/2017)
"1) Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra por palavra.
2) Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos da apresentação. Você se sentirá mais seguro com ele.
3) Se tiver de ler, imprima o texto em um cartão grosso. Assim, se as suas mãos tremerem um pouco, o público não perceberá e você ficará mais tranquilo.
4) Ao chegar diante do público, não tenha pressa para começar. Respire o mais tranquilamente que puder, acerte devagar a altura do microfone, olhe para todos os lados da plateia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público.
5) No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar os momentos iniciais tão difíceis.
6) Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer: preste atenção no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.
7) Se estiver muito nervoso, deixe as mãos apoiadas sobre a mesa ou a tribuna até ficar mais calmo.
8) Antes da apresentação, treine com os colegas de trabalho ou pessoas próximas. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções. Assim, não se surpreenderá diante do público.
9) Se der branco, não se desespere. Diga: na verdade o que eu quero dizer é... Esta frase permitirá que reconte a informação por outro ângulo. Se este recurso falhar, diga aos ouvintes que mais à frente voltará ao assunto.
10) Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe."
A dica de hoje foi extraída do livro Superdicas para falar bem em conversas e apresentações, cujo autor é Reinaldo Polito.
Com ela, hoje se encerra a série Dicas para falar bem.
Frase atribuída a Jean-Paul Sartre:
Viver é isto: ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(9/10/2017)
Seguem mais alguns exemplos de palavras pouco conhecidas ou utilizadas.
Prolígero
Que contém germes.
Prolificar
Ter prole; reproduzir-se; proliferar.
Púgil
Dado a brigas.
Palavra derivada: pugilista.
Manina
Diz-se da vaca estéril.
Láparo
Filhote de coelho. O macho da lebre ainda novo.
Choferar
Servir de motorista ou chofer a; conduzir (alguém) em veículo, na condição de motorista. Dirigir, guiar (veículo). Trabalhar como motorista.
Choldaboldra
Choldra, confusão, tumulto.
Bradilalia
Distúrbio em que o indivíduo pronuncia as palavras de modo anormalmente lento; bradiartria, bradifasia.
Fonte de consulta:
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa.
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz)
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ
(10/10/2017)
URUBU, URUCUBACA
Do Tupi-Guarani uru – ave grande; bu – negro. Urubu é o nome genérico de aves de rapina da família Carthartidae, habitantes exclusivos do continente americano.
De urubu deriva a palavra urucubaca. Este vocábulo surgiu em 1918, durante a devastadora gripe espanhola. Na época, pronunciava-se urubucaca, mas consolidou-se como urucubaca, com o mesmo sentido: inhaca, desdita, enguiço, macaca. Não poderia ser outro o nome de um tecido quadriculado, em preto e branco, utilizado na fabricação de mortalhas: urucubaca.
AVESTRUZ
Vem do Latim avis struthius, de avis, "ave", mais struthius, "avestruz". Pois é, fica algo como "ave avestruz". E este nome veio da expressão grega strouthios megale, "pardal grande". Eles também chamavam este bicho de strouthokamelos, "pardal-camelo", devido ao seu longo pescoço.
MORFINA
Do latim Morpheus, que significa “deus do sono”.
A palavra “morfina” (morphin, em alemão) foi criada pelo químico alemão Friedrich Wilhelm Sertürner, responsável por descobrir um derivado do ópio que funcionava como um poderoso analgésico e indutor do sono.
Sertürner era um grande conhecedor da mitologia grega, por este motivo utilizou o nome do deus grego do sono para batizar a sua descoberta.
O nome Morpheus deriva do grego morphe, que significa “forma”, em referência às formas que as pessoas conseguem enxergar enquanto estão sonhando.
A morfina é produzida a partir do ópio, narcótico obtido do suco da papoula, flor com a qual Morfeu adormecia os mortais, e em alusão à propriedade sedativa e sonífera da droga.
CHOPE
Do alemão "schoppen" (= caneca).
BICHO-PAPíO
De bicho, do latim vulgar bestium ou bestia, besta, bicho, e papão, do étimo pap, de papar, do latim pappare, comer, com acréscimo de "ão", indicando que o bicho é grande. Designa monstro imaginário que alude implicitamente à antropofagia, pois é um animal que come carne humana.
Fontes de consulta:
Site: www.dicionarioetimologico.com.br
Data e hora da consulta: 10/10/2017, 9h30.
Site: www.dicionariotupiguarani.com.br
Data e hora da consulta: 10/10/2017, 9h45
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(11/10/2017)
X OU CH?
"É com x ou ch?"
- quem nunca se perguntou
diante de uma palavra
que estranha lhe soou
e, sem saber a resposta,
dicionário não olhou?!
COM X
Escreve-se x depois
de ditongo decrescente:
ameixa, frouxo, caixote;
tendo a sílaba en na frente
da palavra: enxoval,
enxada... (Mas não enchente!)
EXCEÇÕES
Exceções a essa regra
veem-se a todo momento:
encher e seus derivados -
enchendo, preenchimento,
preenchendo, preencher,
enchido, enchente, enchimento...
PREFIXOS EN
Junção do prefixo en
a um radical começado
por ch veja exemplos:
de chumaço, enchumaçado;
de chocalho, enchocalhar;
de chiqueiuro, enchiqueirado.
ESCRITAS COM CH
Com ch, mais palavras
poderemos encontrar:
advinda de desfecho,
a grafia é desfechar;
pichar deriva de piche;
de aconchego, aconchegar...
COM X
Também quando a sílaba me
é a sílaba inicial
da palavra, põe-se x
(ch fica ilegal):
"Mexedor mexeriqueiro
mexicano"... (Está legal?)
EXCEÇíO
Mas como em nossa gramática
pra exceção sempre há brecha,
é preciso adiantar-se
veloz tal qual uma flecha
pra dizer que a exceção
a essa regrinha é mecha.
X COM SOM DE CH
Se de origem africana
ou tupi (com som ch),
a palavra leva x:
xavante, xangô, xingar,
xerém, oxum, macaxeira,
capixaba e oxalá...
PALAVRAS ESCRITAS COM X
Tome nota, não se esqueça
do que se grafa com x:
xarope, xadrez, xereta,
xale, xampu, xote, xis,
exame, exato, muxoxo...
(É o que a gramática diz!)
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Frase atribuída a Darle Carnegie:
"Lembre-se, hoje é o amanhã sobre o qual você se preocupou ontem."
Bom feriado, bom fim de semana e grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17/10/17)
COM J
Com exceção de Sergipe
(que com um g deve vir),
as palavras oriundas
do idioma tupi
serão escritas com j:
jiboia, pajé, Moji ...
COM J
Pessoas, tempos e modos
de verbos com fim em jar
devemos grafar com j:
"Viaje" - de viajar;
se sujar - "Que eles não sujem";
"Beije a mamãe" - de beijar.
PALAVRAS ESCRITAS COM G
Palavras com g anote,
faça o seu apontamento:
coragem, ágio, agiota,
estrangeiro, rabugento,
colégio, relógio, monge,
megera, vagem, sargento...
NA MESMA PISTA: G-G; J-J; Z-Z
A palavra derivada
seguirá na mesma pista
da palavra primitiva:
de loja virá lojista;
de cozinha, cozinheira;
de massagem, massagista.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/10/2017)
CHÁ DE SUMIÇO
Diz-se que alguém tomou chá de sumiço quando deixa de aparecer em um lugar que costuma frequentar.
Histórico: Segundo Sebastián Lucrecio, era normal, na época da ditadura argentina, os militares darem um certo chá para certos terroristas Depois do primeiro gole, morriam asfixiados. E sumiam.
QUEBRAR A CARA
Significa dar-se mal.
Histórico: A expressão é deste século e americana. Surgiu quando começaram a colocar grandes portas de vidro nas lojas de Nova York. Nunca se sabia se estavam abertas ou fechadas e os americanos, muitas vezes, “quebravam a cara” indo de encontro ao vidro.
A dica de hoje foi extraída do site www.portuguessemmisterio.com.br
Data e hora da consulta: 18/10/2017, às 9h25
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/10/2017)
COM E
Continue ou continui,
como se deve grafar?
Formas de verbos findados
em uar e em oar
serão escritas com e:
continue - continuar.
COM I
De instruir vem instrui,
possui vem de possuir -
veja que a forma verbal
será escrita com i
se o verbo no infinitivo
tiver final em uir.
EMPREGO DO I
Sobre o emprego do i
há mais para se dizer:
empregamos i nas formas
de verbos de fim oer,
também com fim em air -
sai (sair) e rói (roer).
COM E E COM I
Para escrever ante ou anti
você tem dificuldade? -
anteontem, antebraço...
ante: anterioridade;
anticristo, antialérgico...
anti é contra, na verdade.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/10/2017)
S EM ESE E OSE
Usa-se s nas palavras
findadas com ese e ose:
diurese, catequese,
exegese, simbiose,
sudorese, anamnese,
mitose, osmose, teose...
PEL - PULS
A correlação pel - puls
de uso do s é motivo:
de impelir, se tem impulso;
de repelir; repulsivo;
de expelir, tem-se expulsão,
expulsório e expulsivo...
ND - NS
O s também se emprega
quando há correlação
nd e ns:
pretender dá pretensão;
suspender dá suspensivo,
suspensório, suspensão...
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Frase extraída da coluna Fisco & Cidadania, de responsabilidade do auditor fiscal Pedro Hermínio Maria, representante da Sefaz/SC no GDFAZ:
“Quem compartilha o que sabe muda a história de quem aprende”.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/10/2017)
As dicas desta semana aproveitam publicação encontrada na edição 448 do CRCSP ONLINE, de 5/10/2017, www.crcsp.org.br/portal/publicacoes/crcsp-online/online.asp.
Esta é uma contribuição do colega João Batista Bezerra, da Inspetoria Geral de Fiscalização, a quem agradecemos.
"A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de "puristas" da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.
Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.
A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia"
ERROS DE PORTUGUÊS NO UNIVERSO CORPORATIVO
1. Falta (ou presença indevida) de hífen
O erro de ortografia mais comum no universo corporativo é resultado da recente Reforma Ortográfica da língua portuguesa, diz o professor Diogo Arrais, autor gramatical pela Editora Saraiva. A grafia de expressões como "bem-vindo", "contracheque" e "autopromoção" frequentemente aparece com problemas — seja por falta de hífen, seja pela presença indevida do tracinho.
Para não errar mais, a dica do professor é observar a última letra do prefixo e a primeira do radical. "Se forem idênticas ou se o radical for iniciado por H, haverá hífen", explica. "Caso contrário, o termo não será hifenizado". Verifique a regra nos seguintes exemplos: "anti-inflação", "auto-observação" e "super-homem" têm o sinal; "autopromoção", "megaevento" e "contracheque", não.Pensamento atribuído a Voltaire, para iniciarmos bem a semana e para utilizarmos todos os dias:
"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser,
mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/10/2017)
COM S
Tome nota de que nas formas
do verbo pôr e querer
serão escritas com s
e não com a letra z:
quisesse, pusera, quis
(Vê se não vai esquecer!)
COM S
Substantivo que vem
de verbo findado em dir
a gente grafa com s:
ilusão, de iludir;
de aludir, alusão;
divisão, de dividir.
ÊS, ISA E ESA, COM S
Sendo origem, profissão
ou um título de nobreza,
nós devemos grafar com
sufixos ÊS, ISA ou ESA:
chinês, marquês, poetisa,
sacerdotisa, holandesa...
ISAR, COM S
Com isar se escrevem os verbos
de palavras derivados
cujos radicais terminem
com um s assinalados:
de divisa, divisar
e mais a seguir mostrados...
ISAR
Alisar se tem de liso;
de pesquisa, pesquisar;
catalisar, de catálise;
de análise, analisar;
avisar vem de aviso;
de preciso, precisar.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(24/10/2017)
As dicas desta semana aproveitam publicação encontrada na edição 448 do CRCSP ONLINE, de 5/10/2017, www.crcsp.org.br/portal/publicacoes/crcsp-online/online.asp.
Esta é uma contribuição do colega João Batista Bezerra, da Inspetoria Geral de Fiscalização, a quem agradecemos.
"A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de "puristas" da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.
Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.
A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia"
ERROS DE PORTUGUÊS NO UNIVERSO CORPORATIVO
2. Acento circunflexo nos verbos "ver" e "vir"
Quando o tema é acentuação, o deslize mais frequente tem a ver com o acento circunflexo em formas do verbo "ver" e "vir", diz Rosângela Cremaschi, professora de comunicação da FAAP e autora do livro "Português Corporativo" (Hunter Books, 2014).
Quando flexionados na terceira pessoa do plural, os verbos assumem, respectivamente, as formas "veem" e "vêm". Acontece que o novo acordo ortográfico aboliu o acento circunflexo de "veem", mas o de "vêm" permanece. A confusão trazida pela novidade faz com que a acentuação frequentemente acabe sobrando em alguns casos, e faltando em outros.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(25/10/2017)
As dicas desta semana aproveitam publicação encontrada na edição 448 do CRCSP ONLINE, de 5/10/2017, www.crcsp.org.br/portal/publicacoes/crcsp-online/online.asp.
Esta é uma contribuição do colega João Batista Bezerra, da Inspetoria Geral de Fiscalização, a quem agradecemos.
"A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de "puristas" da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.
Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.
A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia"
ERROS DE PORTUGUÊS NO UNIVERSO CORPORATIVO
3. Pronúncia incorreta do ditongo "ui"
Para Reinaldo Passadori, professor de comunicação verbal e presidente do Instituto Passadori, um dos erros de pronúncia mais repetidos em português é dizer "gratuíto" no lugar de "gratuito", ou "circuíto" em vez de "circuito". O problema na fala às vezes se reflete na grafia equivocada da palavra, com acento.
O motivo desses deslizes é a memória auditiva. "No Brasil, é muito mais comum ouvirmos 'RUim', que é uma pronúncia incorreta, do que 'ruIM', que é a pronúncia certa, por exemplo", explica Arrais. O mesmo vale para "gratuito" ou "circuito": quantas vezes você já não ouviu essas palavras serem verbalizadas incorretamente? Sem querer, o cérebro registra essas sonoridades e acaba por reproduzi-las automaticamente.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
DICA 827
(26/10/2017)
As dicas desta semana aproveitam publicação encontrada na edição 448 do CRCSP ONLINE, de 5/10/2017, www.crcsp.org.br/portal/publicacoes/crcsp-online/online.asp.
Esta é uma contribuição do colega João Batista Bezerra, da Inspetoria Geral de Fiscalização, a quem agradecemos.
"A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de "puristas" da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.
Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.
A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia"
ERROS DE PORTUGUÊS NO UNIVERSO CORPORATIVO
4. Vírgula separando sujeito e verbo
No capítulo de pontuação, os três especialistas ouvidos pelo site EXAME concordam que o equívoco mais disseminado é inserir vírgulas onde elas não deveriam aparecer. Veja um exemplo: "A gerente da área de finanças e contabilidade, pediu um retorno do banco".
Segundo Cremaschi, quanto mais longo for o sujeito (no caso, "a gerente da área de finanças e contabilidade"), maior a probabilidade do erro. Uma possível razão para isso é o velho mito de que vírgula existe "para respirar".
Não é o caso, diz Arrais: a função do sinal é organizar sintaticamente os elementos da frase, e assim permitir que a mensagem chegue ao interlocutor com clareza e precisão.
Passadori dá um exemplo que esclarece a função vital da vírgula. Na oração "Esse, juiz, é corrupto", você está declarando ao juiz que um determinado indivíduo comete atos ilícitos. Sem vírgulas, a frase "Esse juiz é corrupto" indica que o alvo da crítica é a própria figura do magistrado.
Grande abraço a todos.
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DICA 828
(27/10/2017)
As dicas desta semana aproveitam publicação encontrada na edição 448 do CRCSP ONLINE, de 5/10/2017, www.crcsp.org.br/portal/publicacoes/crcsp-online/online.asp.
Esta é uma contribuição do colega João Batista Bezerra, da Inspetoria Geral de Fiscalização, a quem agradecemos.
"A ideia de que gramática é uma preocupação exclusiva de "puristas" da língua faz muita gente negligenciar a norma culta — sob o falso pretexto de que ninguém sabe as regras de qualquer maneira.
Não é bem assim: um texto mal escrito pode gerar inúmeros mal-entendidos, além de arranhar gravemente a sua reputação no mercado de trabalho. Afinal, falar e escrever corretamente é essencial para conseguir emprego e evoluir na carreira em qualquer segmento.
A pedido de EXAME, três professores selecionaram os erros de português que mais aparecem no cotidiano profissional do brasileiro. Foram eleitos os deslizes mais comuns em cinco âmbitos: ortografia, acentuação, concordância, pontuação e pronúncia"
ERROS DE PORTUGUÊS NO UNIVERSO CORPORATIVO
5. "Busca-se candidatos" em vez de "Buscam-se candidatos"
O erro mais comum de concordância, segundo Arrais, aparece em frases como "Busca-se candidatos resilientes e alinhados à cultura da empresa". Como o verbo "buscar" é transitivo direto (não exige preposição), a concordância deve ser a seguinte: "Buscam-se candidatos resilientes e alinhados à cultura da empresa".
De acordo com o professor, esse tipo de engano é comum porque o escritor imagina que o termo 'os candidatos' funciona como complemento verbal — algo que ocorreria na frase "Busco os candidatos", por exemplo. Na verdade, trata-se de um caso de voz passiva sintética — o que exige concordância entre entre sujeito e verbo. Outros exemplos da forma correta são "Alugam-se salas" e "Revisaram-se os custos".
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(31/10/2017)
EMPREGO DE SS
Não de c ou c cedilha
se faz utilização
mas de ss quando
se tem a correlação
CED - CESS. Veja o exemplo:
conceder dá concessão...
SS
De se usar ss
haverá também motivo
quando houver correlação
GRED-GRESS (olho vivo!):
de agredir, tem-se agressor...
de regredir, regressivo...
SS: PRIM - PRESS; TIR - SSíO
Se há prim haverá press,
se há tir haverá ssão:
de imprimir, se tem impresso;
de oprimir, opressão;
permissão, de permitir;
de omitir, omissão...
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/11/2018)
EMPREGO DA LETRA Z
Substantivo abstrato
feminino, com certeza,
vindo de adjetivo,
nos sufixos ez e eza
receberá letra z:
de magro, tem-se magreza...
BELEZA!
Beleza advém de belo;
de estúpido, estupidez;
de real, vem realeza;
já de altivo, altivez;
grandeza se tem de grande;
de mesquinho, mesquinhez...
IZAR, COM Z
Se o radical da palavra
não em s terminar,
é IZAR com Z que iremos
com toda certeza usar:
canalizar, por canal;
por real, realizar...
IZAR
Amortizar vem de morte;
de agonia, agonizar;
finalizar, de final;
de juízo, ajuizar;
atualizar, de atual
de humano, humanizar.
COM Ç
Palavra de origem árabe
ou tupi ou africana
com c cedilha se emprega
(quem dobra o s se engana):
paçoca, açúcar, açafrão,
paraguaçu, muçulmana...
APÓS DITONGOS, Ç
Também após os ditongos
(faça aí a anotação)
do c cedilhado é que
faz-se utilização:
loiçaria, caução, Ceiça,
beiço, louça, refeição...
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
"A finitude é o destino de tudo."
(Frase atribuída a José de Souza Saramago)
"Não é o que você juntou, mas sim o que você espalhou que reflete como você viveu sua vida."
(Autor desconhecido)
"Desapego: Soltar, entregar, deixar ir, deixar partir, fluir, viver no presente sem o peso do passado, sem expectativas para o futuro, saber da nossa finitude, saber que somos passageiros, sem posses, sem medos, sem culpas."
(Autor desconhecido)
As dicas entram em férias. Voltarão em 20/11. Até lá.
Grande abraço, bom feriado e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/11/2017)
"Sucintamente, leitores
vou destacar pra vocês
O Novo Acordo Ortográfico
de mudanças o que fez
na gramática normativa
do idioma português.
1 - O ALFABETO
MAIS TRÊS LETRAS
Com o Novo Acordo Ortográfico,
ganha o alfabeto três
letras, oficialmente.
E quem tinha vinte e três
com o k, o w e o y
tem agora vinte e seis.
POSIÇíO DAS LETRAS
Passa agora o alfabeto
a vinte e seis letras ter:
o K logo após o J
ali vai aparecer,
e o alfabeto termina
em W X Y Z."
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(21/11/2017)
"SEM ACENTO
Das palavras paroxítonas
o Acordo teve a ideia
de excluir o acento agudo
(estreia, joia, assembleia...)
em que eu, oi, ei são tônicos -
jiboi-a, boi-a, platei-a...
(outros exemplos extraídos do site www.migalhas.com.br/Gramatigalhas: jarandeua, teteia, heroico).
ATENÇíO!
Pras palavras paroxítonas
a regra é válida somente,
pras oxítonas continua
como era antigamente:
escarcéu, herói, pastéis...
a esse detalhe atente!
SEM ESTRESSE!
Usar ou não o acento
que em você não cause estresse:
do hiato, após ditongo,
com i/u desaparece
(em Gua-i-ba, bocai-u-va...).
Noutro caso, permanece:
COM ACENTO
Em se tratando de oxítona,
continua a existir
acento se a última letra
da palavra é u ou i.
Desse caso veja exemplos
em tuiuiú, Piauí.
SAI ACENTO
Formas verbais com u tônico
antes de g ou de q
seguido de e ou i
não vão mais acento ter:
redarguis, apazigue
assim escritas vão ser."
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(22/11/2017)
3 - O ACENTO CIRCUNFLEXO
SEM ACENTO
O acento circunflexo
não é mais utilizado
nos finais oo, eem,
como era no passado:
em voo, perdoo, deem, leem..
não mais deve ser botado.
COM ACENTO
Já pros verbos ter e vir
na terceira do plural
(e também seus derivados)
continua tudo igual:
"Elas vêm de Teresina",
"Eles têm casa em Sobral".
4 - O ACENTO DIFERENCIAL
CAEM OS ACENTOS
Para, pela, pelo, polo
e pera não mais terão
acento diferencial:
pra resolver a questão,
de agora em diante, o contexto
é que faz a distinção.
PRESERVADOS
Mas em duas palavrinhas
o acento é preservado:
pode - poder no presente;
pôde - poder no passado;
por preposição e pôr
como verbo apresentado.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço a todos.
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(23/11/2017)
GUE, GUI, QUE, QUI
O trema em gue, gui, que, qui
com o u pronunciado,
dita a norma o Novo Acordo,
não deve mais ser usado:
aguenta, sagui, quinquênio...
assim agora é grafado.
NíO TREMA
Dos grupos gue, gui, que, qui,
'té que enfim, caiu o trema:
"Do voto que é vendido,
a consequência é o problema" -
ante essa novidade,
fique tranquilo, não trema!
LEMBRETES
A pronúncia das palavras
é a mesma, sem engano.
E em nome próprio estrangeiro
e seus derivados, mano,
fica o hífen, veja exemplos:
Müller e mülleriano.
SEM SOM DE TREMA
Não existe o "som de trema"
na palavra extinguir
e também, do mesmo modo,
no vocábulo distinguir -
são erradas as pronúncias
"extingüir" e "distingüir".
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Grande abraço a todos.
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(24/11/2017)
HÍFEN
Vamos ver agora um pouco
hífen (traço-de-união),
que das partes das palavras
compostas faz ligação:
erva-doce, conta-gotas,
ano-luz, sub-região...
TRABALHOSO
Do hífen nos dá trabalho,
mas trabalha até demais:
para unir pronome oblíquo
átono a formas verbais
(além de ênclise, mesóclise):
entregou-me, fa-lo-ás...
MICRO-ONDAS, SEMI-IMPERIAL...
O hífen dos elementos
vai separar letra igual
(última letra do primeiro
da primeira do final) -
além-mar, contra-ataque...
Também intra-arterial...
MINISSAIA, VIDEORREVISTA...
Toda vez que o prefixo
por vogal se encerrar,
com o segundo elemento
por R/S a começar,
essas duas consoantes
nós iremos duplicar.
COIRMíO, AUTOESTIMA...
Quando o primeiro elemento
tem vogal no seu final
e o segundo se inicia
por diferente vogal,
não se deve usar o hífen:
antiaéreo, intraoral...
SEMIFEUDAL, MICROCIRURGIA...
Não há hífen se o prefixo
tiver seu fim em vogal
e se o segundo elemento
tiver por inicial
consoantes diferentes
de r ou s afinal.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Texto atribuído a Clarice Lispector:
"Saudades... Sinto saudades de tudo o que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades...Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
...Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei onde... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi..."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(27/11/2017)
"Licínio Crasso foi membro do primeiro triunvirato romano, juntamente com Pompeu e Júlio César. Era um político medíocre, ambicioso e interesseiro (lembra alguém entre os políticos brasileiros?…). Tomou a ofensiva na Síria contra os Partos, mas foi derrotado por um erro grosseiro de estratégia militar, que lhe custou a vida. Confiante na superioridade numérica de seu exército e disposto a estraçalhar logo o inimigo, decidiu ganhar tempo cortando caminho por um vale estreito. Os sírios então fecharam as duas únicas saídas e o exército romano foi massacrado, incluindo ele próprio. Foi a decisão mais estúpida da história militar. Daí o significado da expressão."
A dica de hoje foi extraída do site www.otrecocerto.com
Data e hora da consulta: 27/11/2017, 8h.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(28/11/2017)
Haja vista viagem de trabalho, férias e recesso, as dicas de portuga se despedem de 2017. A saideira deste ano traz uma reflexão sobre a importância de melhorarmos a essência para melhoramos o que está do lado de fora.
Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias em seu laboratório em busca de respostas para suas dúvidas.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, tentou que o filho fosse brincar em outro lugar.
Vendo que seria impossível demovê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção.
De repente deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo:
— Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas depois, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente:
— Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança.
Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz?
Então ele perguntou:
— Você não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu?
— Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo. Grande abraço a todos. Escola Fazendária do Paraná (Efaz), Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ). |
(2/1/2018)
"CUJO O" NíO!
Depois do pronome cujo
artigo nunca é usado:
"O aluno cujo o pai"
soa feio pra danado!
"O aluno cujo pai",
assim deve ser falado.
TODO = QUALQUER
Não há artigo depois
do pronome indefinido
todo (e suas flexões)
quando ele dá sentido
ou ideia de qualquer:
"Ela quer todo vestido".
TODO O = TOTALIDADE
"Todo o país chorou muito
quando Senna faleceu" -
a expressão todo o
ideia de inteiro deu:
chorou o país inteiro
foi o que se entendeu.
A dica de hoje foi extraída do livro Lições de gramática em versos de cordel, cujo autor é Janduhi Dantas.
Para começar 2018, uma frase atribuída a Albert Eisntein:
"Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual."
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(3/1/2018)
A maior facilidade ou dificuldade de uma determinada palavra pode estar relacionada com o seu maior ou menor uso, com expressões próprias de diferentes regiões, com linguagem específica de diferentes profissões, com o nível de diversidade vocabular do falante, entre outros.
Exemplos de palavras difíceis de entender:
abduzir – sinônimo de afastar, arrebatar e raptar
acrimônia – sinônimo de azedume e mordacidade
adstrito – sinônimo de unido, ligado e apertado
belicoso – sinônimo de agressivo, guerreiro e armífero
capcioso – sinônimo de enganoso, manhoso e ardiloso
chistoso – sinônimo de brincalhão, engraçado e divertido
coalizão – sinônimo de aliança e coligação
cominar – sinônimo de ameaçar (com um castigo)
consociação – sinônimo de conciliação e associação
corolário – sinônimo de resultado, conclusão e consequência
dissentir – sinônimo de discordar e discrepar
eflúvio – sinônimo de perfume e aroma
A dia de hoje foi extraída do site www.normaculta.com.br
Data e hora da consulta: 3/1/2018, 10h.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/1/2018)
A maior facilidade ou dificuldade de uma determinada palavra pode estar relacionada com o seu maior ou menor uso, com expressões próprias de diferentes regiões, com linguagem específica de diferentes profissões, com o nível de diversidade vocabular do falante, entre outros.
Exemplos de palavras difíceis de entender:
opróbrio - sinônimo de vergonha, ofensa e insulto
oscular - sinônimo de beijar
pecúlio - sinônimo de dinheiro, economia e patrimônio
perdulário - sinônimo de esbanjador e gastador
pernóstico - sinônimo de pretensioso, esnobe e afetado
plaga - sinônimo de região e país
procrastinar - sinônimo de adiar e postergar
prolegômenos - sinônimo de princípios e rudimentos
quimera - sinônimo de fantasia, utopia e ilusão
rubicundo - sinônimo de avermelhado e corado
tergiversar - sinônimo de hesitar (com desculpas e rodeios)
ufanismo - sinônimo de nacionalismo e patriotismo
vicissitudes - sinônimo de eventualidade e contingência
vitupério - sinônimo de afronta, injúria e ultraje
A dia de hoje foi extraída do site www.normaculta.com.br
Data e hora da consulta: 4/1/2018, 15h
Frase atribuída a Antoine de Sait-Exupéry:
"O futuro não é um lugar aonde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quando o destino."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/1/2018)
A maior facilidade ou dificuldade de uma determinada palavra pode estar relacionada com o seu maior ou menor uso, com expressões próprias de diferentes regiões, com linguagem específica de diferentes profissões, com o nível de diversidade vocabular do falante, entre outros.
Exemplos de palavras difíceis de entender:
elucubrações - sinônimo de conjectura, consideração e especulação
empedernido - sinônimo de petrificado, duro e inflexível
engodar - sinônimo de enganar e iludir
exórdio - sinônimo de prólogo e preâmbulo
homizio - sinônimo de esconderijo e valhacouto
idiossincrasia - sinônimo de característica e particularidade
ígneo - sinônimo de ardente e inflamado
influição - sinônimo de influência e influxo
jaez - sinônimo de espécie, tipo e qualidade
lauto - sinônimo de abundante e suntuoso
loquaz - sinônimo de tagarela e falador
mediatário - sinônimo de mediador
A dia de hoje foi extraída do site www.normaculta.com.br
Data e hora da consulta: 4/1/2018, 8h45
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/1/2018)
"O problema mais comum nos textos é o tamanho. Escreve-se demais. Escreve-se demais, escreve-se muito, como se a qualidade pudesse ser medida por metro ou peso. Extensão não é documento nem excelência.
Há casos em que o autor usa várias palavras quando uma pode dar o recado. Há outros em que utiliza duas orações quando uma basta. Há ainda os abusados, em que todos os tipos de blá-blá-blá se encontram. (...)
Vejamos um bom exemplo de verborragia:
O profundo conhecimento dos hábitos e específicas necessidades dos potenciais grupos de usuários de um espaço habitável será de inestimável valor para que, ao se elaborar o projeto, se atinja o objetivo de conferir ao usuário o domínio sobre o uso do produto adquirido - sua moradia - para que lhe lhe seja de fato prazeroso, seguro e responsável por um verdadeiro progresso na qualidade de vida de seus usuários, ou seja, o conforto doméstico.
Se você não entendeu o que o autor quis dizer, não entre em pânico. Há palavras demais e sentido de menos. Resultado: não dá mesmo para entender. É apenas possível supor que ele pretende afirmar o seguinte:
O conhecimento dos hábitos e necessidades dos moradores é fundamental para a elaboração de projeto arquitetônico de apartamento confortável.
(...)
Ao autor cabe encontrar a palavra certa para o lugar certo." (...)
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squiarisi e Arlete Salvador.
Foram efetuadas adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Dica 844
(9/1/2018)
Verbos
Os verbos dão o recado. São o mapa que norteia o caminho da locomotiva-sujeito e dos vagões-predicados. Quando fracos e vagos, deixam a frase sem vigor. Acompanhe estes enunciados, comuns em teses, dissertações, e-mails, reportagens de jornais e revistas:
- Este trabalho visa analisar as causas da violência doméstica.
- Nossa pesquisa busca conhecer a realidade dos meninos de rua.
- Esta tese pretende discutir o preconceito racial nas escolas.
- O presidente da República deve anunciar a candidatura à reeleição em dois meses.
- O cantor pode apresentar nova canção durante o espetáculo.
O que eles têm em comum? Usam mais de um verbo para dizer alguma coisa. O tom da frase torna-se hesitante. O autor parece fugir da raia. Fala, mas fica em cima do muro. Que tal conjugar o verbo assumir?
- Este trabalho apontará as causas da violência doméstica.
- Nossa pesquisa revela a realidade dos meninos de rua.
- Esta tese analisa o preconceito racial nas escolas.
- O presidente da República anunciará a candidatura à reeleição em dois meses.
- O cantor apresentará nova canção durante o espetáculo.
(...)
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(10/1/2018)
Locuções
Locuções são duplas, trios, quartetos de vocábulos que cumprem, juntos, uma função na frase. É possível passar o facão - menos palavras podem dar o recado. Deste jeito:
Verbo + substantivo
pôr ordem nas ideias = ordenar as ideias
pôr moeda em circulação = emitir moeda
fazer uma redação = redigir
fazer um discurso = discursar
fazer uma viagem = viajar
ver a beleza da noiva = admirar a noiva
Ficou mais preciso e elegante, não? Fazer, pôr, dizer, ter e ver são figurinhas carimbadas nas locuções vagas. Substitua-as.
beleza de anjo = beleza angelical
líquido sem cheiro = líquido inodoro
população das margens dos rios = população ribeirinha
paixões sem freios = paixões desenfreadas
água boa para beber = água potável
material de guerra = material bélico
Percebeu a diferença? As duplinhas substantivo + preposição podem ser trocadas por partes de substantivos e adjetivos. A alteração de uma forma pela outra deixou as expressões mais sofisticadas, não é?
Trata-se de mudança sutil, mas relevante.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(11/1/2018)
Termos genéricos
Abacateiro é mais específico do que árvore frutífera e árvore frutífera é mais específica do que simplesmente árvore. Gato siamês é mais específico do que gato, que é mais específico do que mamífero, que é mais específico do que animal.
O uso de termos específicos deixa o texto mais claro, sofisticado e elegante. A generalização confunde o leitor e deixa-o incerto sobre o que o autor pretendeu dizer.
Pense no adjetivo "bonito", por exemplo. Ele pode ser aplicado a uma infinidade de coisas e pessoas. Ao dizermos "quadro bonito", "filme bonito" ou "menino bonito", não estamos, na prática, dizendo nada. Afinal, o que o autor considera bonito? Menino bonito é um menino de olhos azuis ou castanhos? Filme bonito seria de ação ou romântico? Quem sabe?
Ao se deparar com um texto vago, assim:
Os jovens chegaram num carrão bonito. Usavam calças velhas, camisetas e óculos de sol. Entraram no primeiro restaurante que encontraram pela frente, sem se preocupar com o preço.
Substitua-o por versão mais precisa e concreta:
Os jovens, entre 15 e 18 anos, chegaram numa BMW azul. Usavam blue jeans com remendos nas pernas, camisetas de malha brancas e óculos de sol. Entraram no primeiro restaurante que encontraram pela frente, um italiano especializado em massas de Bologna, sem se preocupar com o preço.
Em resumo: dê nomes aos bois. É mais bonito e mais fácil.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(12/1/2018)
Redundâncias
Redundância, nome sofisticado para o blá-blá-blá, é um tipo de prolixidade. Nada criativa, repete a ideia com palavras diferentes. Parece que o autor duvida da capacidade do leitor de entender o recado. Observe estes exemplos:
A decisão de toda a diretoria foi unânime. [Não seria unânime se alguém da diretoria tivesse discordado.]
É terminantemente proibido pichar a parede. [Proibir quer dizer proibido em qualquer circunstância.]
Há casos mais sutis. Analise este texto, extraído de tese apresentada à Universidade de São Paulo para obtenção do título de doutor:
Em muitos países, os formuladores de políticas estratégicas e os planejadores das atividades turísticas precisam justificar economicamente o porquê da necessidade de exploração do turismo em áreas consideradas ambientalmente sensíveis.
Ora, ao dizer que técnicos precisam justificar economicamente a exploração do turismo em áreas ambientalmente sensíveis, o autor dispensa o uso da expressão "o porquê da necessidade".
Quer mais pleonasmos? Aqui vão velhos conhecidos:
Abusar (demais), amanhecer (o dia), amigo (pessoal), brigadeiro (da Aeronáutica), certeza (absoluta), comparecer (pessoalmente), (completamente) vazio, consenso (geral), continua a (permanecer), criar (novo), descer (para baixo), detalhes (minuciosos), elo (de ligação), empréstimo (temporário), erário (público), encarar (de frente), exultar (de alegria), ganhar (de graça, grátis), gritar (bem alto), jantar (de noite), manter (a mesma), minha opinião (pessoal), monopólio (exclusivo), multidão (de pessoas), (outra) alternativa, panorama (geral), (pequenos) detalhes, planos (para o futuro), prevenir (antes que aconteça), retornar (de novo), sorriso (nos lábios), surpresa (inesperada), última versão (definitiva), vereador (da cidade).
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
"Nas horas difíceis, jamais baixe a cabeça, porque a solução para o problema não está no chão, mas sim na sua determinação."
(sem identificação do autor)
"O homem mais sábio procura a calma em momentos difíceis para que sua frieza em tempos assim faça-o pensar em soluções mais cabíveis."
(frase atribuída a Johnny T.r)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(15/1/2018)
Clichês
Ah, essas são expressões que caíram na boca do povo e se vulgarizaram. Dão arrepios. A lista é loooonga:
Viúva inconsolável, pontapé inicial, pai extremoso, filho exemplar, esposa dedicada, doce esperança, amarga decepção, lugar incerto e não sabido, tiro de misericórdia, gerar polêmica, lavar a alma, debelar as chamas, cair como uma bomba, dar o último adeus, de mão beijada, erro gritante, efeito dominó, encostar contra a parede, estar no páreo, hora da verdade, jogo de vida ou morte, leque de opções, morto prematuramente, no fundo do poço, quebrar o protocolo, requintes de crueldade, sentir na pele, sorriso amarelo, tirar do bolso do colete, trocar farpas, via de regra, voltar à estaca zero.
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Grande abraço a todos.
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(16/1/2018)
Jargões corporativos
(...)
Há um jargão que constitui o maior ataque à Língua Portuguesa dos últimos tempos. Trata-se do gerundismo. A forma verbal usada nas frases abaixo não existe na língua-mãe:
Vou estar te mandando o relatório mais tarde.
O técnico vai estar checando o equipamento em dois dias.
A cliente pode estar pegando o carro amanhã.
Vale repetir, porque muita gente não acredita: as formas verbais acima estão erradas. Em português, deve-se dizer:
Eu vou te mandar o relatório mais tarde.
O técnico vai checar o equipamento em dois dias.
A cliente pode pegar o carro amanhã.
Se preferir, existe outra estrutura, um pouquinho mais formal:
Eu te mandarei o relatório mais tarde.
O técnico checará o equipamento em dois dias.
A cliente poderá pegar o carro amanhã.
A estrutura "vou estar te mandando" virou praga nacional. Tudo indica que foi importada do idioma de Shakespeare. Em inglês, é correto dizer I will be sending you the messager later on. No Brasil, dizer essa frase em tradução literal é crime de lesa-pátria. Não há centro de atendimento ao cliente ou serviço telefônico imune ao vírus do gerundismo. Basta fazer uma consulta, e a pessoa do outro lado do telefone responde com algum "vou estar te passando para o departamento certo", "vou estar checando a informação", "vou estar enviando uma resposta em dois dias".
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Grande abraço a todos.
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(17/1/2017)
Voz passiva
Qual o problema da voz passiva? De um lado, ela torna a frase mais longa. De outro, dá a impressão de que o sujeito foge às responsabilidades. Ele não pratica a ação. Sofre-a. Na voz ativa, o sujeito é o agente. Funciona como a locomotiva,
que puxa o verbo e os complementos. Compare:
Voz ativa: Os caminhões recolherão o lixo durante a noite.
Voz passiva: O lixo será recolhido pelos caminhões durante a noite.
Sempre que possível, substitua a voz passiva pela ativa. Em alguns casos, por exigência estilística, o autor prefere a passiva. Ele entende, por exemplo, que o fato de o lixo ser recolhido é mais importante do que o fato de serem os caminhões os responsáveis pelo trabalho.
Artigos indefinidos
O nome não poderia ser mais apropriado - indefinidos. Se são indefinidos, ajudam a imprecisão. Um, uma, uns, umas, em geral, estão destinados à lata do lixo. Sempre que possível, elimine-os. A frase ganhará força e clareza. Veja só:
A tropa espera (uma) ordem do comandante para avançar.
Os estudantes da USP estão dispostos a (um) longo período de greve na reitoria se (uma) nova proposta de acordo for adiada.
O gerente apresentou (uma) ousada campanha de vendas.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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Dica 851
(18/1/2018)
Pronomes possessivosSeu, sua, ah, essa duplinha é do barulho. Pode provocar senhora confusão. Ela refere-se a ele ou a você. Leia esta historinha:
O diretor de uma empresa contrata um detetive particular para investigar o sócio.
- Siga o Pereira durante uma semana para saber o que anda fazendo.
Uma semana depois, retorna o detetive com o dever cumprido. E conta:
- O Pereira sai da sua empresa ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, namora a sua mulher, fuma um dos seus charutos e regressa para o trabalho.
O outro comenta, satisfeito:
- Ah, bom. Tudo bem, então.
O detetive pergunta:
- Posso tratá-lo como tu?
- Claro.
- Então vou contar a história de novo. O Pereira sai ao meio-dia, pega o teu carro, vai à sua tua casa almoçar, namora a tua mulher, fuma um dos teus charutos e regressa para o trabalho.
Moral da história: todo cuidado é pouco com seu, sua. Observe esta passagem:
O ator Tony Ramos encontrou-se com a atriz Malu Mader no aeroporto do Rio de Janeiro. Enquanto esperavam o avião, Tony ensinou Malu a usar o seu computador para escrever roteiros de novela.
Computador de quem? Do Tony ou da Malu? Melhor deixar claro se o equipamento é dele ou dela:
Enquanto esperavam o avião, Tony ensinou Malu a usar o computador dela (ou dele) para escrever roteiros de televisão.
Em muitos casos, basta passar o facão nos engraçadinhos:
Encontrou o (seu) irmão no aeroporto.
Caiu e quebrou a (sua) perna.
No (seu) discurso de posse, o novo diretor agradeceu a Deus.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(19/1/2018)
Queísmo
Responda rápido: que palavra aparece com mais frequência nos textos? Aposte no quê. Esse senhor é mais rotineiro do que (olha ele aí, gente!!) ônibus. Dê um jeito nele. Há saídas:
Elimine que é, que foi, que era
O presidente do Sindicato dos Artistas, (que foi) famoso ator de teatro, pediu demissão do cargo.
Marina recusou milionária proposta de trabalho, (que é) sonho de muitos médicos, para ficar com os filhos.
Os políticos, (que eram) respeitados no passado, agora são vaiados nas ruas.
A maior parte da população de Bogotá, (que é) capital da Colômbia, já se acostumou com a insegurança nas ruas.
Troque a oração adjetiva por nome
pessoa que se alimenta de carne = pessoa carnívora
criança que não tem educação = criança mal-educada
homem que planta café = cafeicultor
pessoa que trabalha na agricultura = agricultor
Reduza orações
Já que encomendei o bolo, esquecerei a dieta.
Encomendado o bolo, esquecerei a dieta.
Depois que tiver escrito o capítulo, farei os cortes.
Escrito o capítulo, farei os cortes.
Assim que tiver terminado o curso, viajarei para a Europa.
Terminado o curso, viajarei para a Europa.
Substitua a oração pelo termo nominal
A sociedade exige que o parlamentar seja afastado.
A sociedade exige o afastamento do parlamentar.
Ninguém duvida de que a inflação esteja sob controle.
Ninguém duvida do controle da inflação.
Ficou muito melhor, não? Economize. Bote os quês para correr.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída a Paulo Valéry:
"Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se fazer distinguir."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(22/1/2018)
(...)
Entre as orações subordinadas, o casamento é mais difícil. A comunicação, mais sutil. Como se trata de enunciados que dependem uns dos outros para sobreviver, o entrosamento deles deve ser perfeito, de tal magnitude que precisam apresentar estrutura gramatical e sintática idêntica. A essa comunhão de almas chamamos paralelismo.
Observe este período:
Não se trata de defender a intervenção do Estado na economia ou que o Estado volte controlar as taxas de câmbio.
Alguma coisa soa mal, não é mesmo? Vamos decompor as orações para entender melhor o relacionamento entre elas. Na prática, faremos a velha análise sintática:
Não se trata de defender
a) a intervenção do Estado na economia
b) ou que o Estado volte a controlar as taxas de câmbio
A e b são objetos diretos do verbo defender. Têm a mesma função, mas não a mesma estrutura sintática. O primeiro é nominal (a intervenção). O segundo, oracional, construído com verbo (que o Estado volte a controlar).
Cruz credo! É lé com cré. Impõe-se que o lé converse com o lé, e o cré com o cré. Em outras palavras, impõe-se observar o paralelismo - dar aos dois objetos a mesma estrutura. Assim:
Não se trata de defender
a) a intervenção do Estado na economia
b) ou a volta do controle estatal das taxas de câmbio
Ou
Não se trata de defender
a) que o Estado intervenha na economia
b) ou (que) volte a controlar as taxas de câmbio
Veja outro exemplo:
Nosso casamento depende do amor entre nós e em batalharmos juntos.
Desmembrado, o período fica assim:
Nosso casamento depende
a) do amor entre nós
b) e em batalharmos juntos
Observou? O verbo depende tem dois complementos. Um com estrutura nominal. O outro, verbal. Vamos pô-los nos eixos?
Nosso casamento depende
a) do amor entre nós
b) e da batalha conjunta
Ou
Nosso casamento depende
a) de existir amor entre nós
b) e (de) batalhar conjuntamente
Eis outro caso:
É importante trazer o trabalho completo e que cheguemos mais cedo.
O período tem duas orações que funcionam como sujeito de "é importante":
a) trazer o trabalho completo
b) e que cheguemos mais cedo
Viu? Outra vez o lé com cré. A estrutura de um sujeito é oração desenvolvida. Do outro, reduzida. É melhor falarmos a mesma língua. Assim:
a) É importante que tragamos o trabalho completo e (que) cheguemos mais cedo.
Ou
b) É importante trazermos o trabalho completo e chegarmos mais cedo.
Mais um caso de falta de paralelismo:
Deputados federais acusados de crimes contra o patrimônio público - sanguessugas, mensaleiros, vampiros, corrupção passiva, formação de quadrilhas e fraudadores de obrigações fiscais - confiam na lentidão da Justiça para se manter na vida pública. É lamentável.
Virgem Maria! A enumeração dos crimes confunde "Germano" com "gênero humano". Pessoas (sanguessugas, mensaleiros) se misturam com condutas (corrupção passiva, formação de quadrilha). Que tal descer do muro? Basta optar por uma outra:
Deputados federais acusados de crimes contra o patrimônio público - sanguessugas, mensaleiros, vampiros, corruptos passivos, membros de quadrilhas e fraudadores de obrigações fiscais - confiam na lentidão da Justiça para se manter na vida pública. É lamentável.
Ou
Deputados federais acusados de crimes contra o patrimônio público - fraude na compra de equipamentos hospitalares, mensalões, desvios em licitações para compra de derivados de sangue, corrupção passiva, formação de quadrilhas e adulteração de obrigações fiscais - confiam na lentidão da Justiça para se manter na vida pública. É lamentável.
Existe outro tipo de paralelismo que, desrespeitado, dá nó nas frases. Trata-se da simetria semântica. Veja este exemplo:
Fiz duas cirurgias: uma no Rio de Janeiro outra no nariz.
A estrutura gramatical merece nota mil. Mas o sentido... Misturam-se alhos com bugalhos. Xô, satanás!
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Grande abraço a todos.
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(23/1/2018)
Os sinais gráficos - vírgulas, pontos, travessões, parênteses - não caíram do céu nem saltaram do inferno. Foram criados. Vieram ao mundo por necessidade de expressão. Sem os recursos da língua falada, que também fala com o tom da voz, os silêncios, a gesticulação, as caras e bocas, a escrita buscou compensações. A vírgula indica pausa curta. O ponto, parada mais longa. O ponto e vírgula fica em cima do muro. Não é tão breve que se confunda com a vírgula. Nem tão longo que pareça ponto. Equilibra-se no fio da navalha.
Mas o texto é exigente. Não se contenta só com pausas. Precisa dar outros recados. Às vezes diz que o enunciado é pra lá de importante. Abre-lhe as honras o travessão. Outras, considera a informação secundária. Esconde-a entre parênteses. A neutralidade também encontra respostas. Sua melhor representante é a discreta vírgula.
Pra quem sabe ler, ponto é letra, diz o povo sabido. A recíproca é verdadeira. Quem sabe tirar partido das manhas da língua homenageia o leitor. Dá-lhe oportunidade de ir além de orações e períodos burocraticamente corretos. Desvenda-lhe o universo das nuanças. Entre elas, o dos sinais gráficos.
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Amanhã terão início as informações sobre a vírgula. Vamos desvendar os seus mistérios.
Grande abraço a todos.
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(23/1/2018)
A vírgula, como a crase, não foi feita para humilhar ninguém. A longa vida do sinalzinho lhe deu sabedoria demais para não se contentar com pegadinhas. Ela nasceu no latim. Na língua dos Césares, queria dizer varinha. Também significava pequeno traço ou linha. Mais tarde virou sinal de pontuação. Indica pausa rápida, menor que o ponto.
Ao longo dos séculos, o emprego do danadinho suscitou celeumas. Alguns afirmam que usá-lo ou esnobá-lo é questão de gosto. A gente o exibe onde tem vontade. Outros dizem que se trata de respiração. Parou pra inspirar o ar? Pronto. Taca-lhe a vírgula. Aí surge um problema. Como os gagos e os asmáticos se viram?
Há também os virgulinos. Eles se opõem à economia. Esbanjam o sinal - seja obrigatório, seja facultativo. É o caso do amanuense Borjalino Ferraz. Dedicado, estudou o assunto anos a fio. Aprendeu. E transformou o conhecimento em poder. O poder, em autoritarismo. O autoritarismo, em obsessão. Não deixava passar uma. Um dia, o chefe reclamou:
- Desse jeito, você acaba com o estoque. O município não tem dinheiro pra comprar vírgulas novas.
O puxão de orelhas entrou por um ouvido e saiu pelo outro. O prefeito não pôde fazer nada. Funcionário estável, Borjalino continuou esnobando o saber em ofícios e memorandos. Apareceu uma brecha? Lá estava a gloriosa senhora com o pé no freio do enunciado.
Quem não goza do privilégio da estabilidade só tem um saída. Precisa desvendar o mistério da temida pausa. Uma vez conhecido, fica a certeza - o leão é manso como o gatinho lá de casa. Afinal, o emprego da vírgula obedece a três regras. Ela separa:
- termos e orações coordenados
- termos e orações explicativos
- termos e orações deslocados
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Vejamos o que significa AMANUENSE
Grande abraço a todos.
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(25/1/2018)
A coordenação, um ao lado do outro
Coordenado significa ordenado ao lado do outro. Imagine que você esteja no cinema. Há vários espectadores. Um é independente do outro. Cada um tem sua cabeça, suas pernas, seus olhos. Eles escolhem um lugar e sentam-se. Para não ficarem embolados, um espaço ou o descanso da poltrona os separa. Os cinéfilos ficam coordenados.
A língua copia a vida. Na frase, também aparecem termos independentes. A única relação entre eles é estarem postos um ao lado do outro. Sempre que numa oração aparecer mais de um sujeito, mais de um objeto, mais de uma adjunto, haverá termos coordenados. Como os espectadores do cinema, eles precisam ser separados. Como? Há dois jeitos
Um deles é recorrer à vírgula.
O outro, pedir ajuda à conjunção.
Eis os exemplos:
Pedro, Rafael e João Marcelo (sujeito composto) foram ao cinema.
Adoro cinema, teatro, música e livros (objeto composto).
Maria viaja de trem, carro, ônibus, avião (adjunto adverbial composto)
Na separação dos termos compostos, existe um brincalhão. É o e. A conjunçãozinha brinca de esconde-esconde. Ora aparece, ora some. É capricho? Não. Ela manda um recado aos leitores. Examine as duas frases: No mercado, comprei laranja, pera, maçã, abacate e figo. No mercado, comprei laranja, pera, maçã, abacate, figo. Entenda a malandragem. A presença do e diz: comprei só as frutas enumeradas. Nenhuma mais. A ausência significa que comprei outras frutas além das citadas. Funciona como o etc. |
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(26/1/2018)
Orações coordenadas
Lembra-se das conjunções coordenativas? São as cinco que, em tempo idos e vividos, os alunos recitavam de cor e salteado. Refresque a memória:
aditivas: e, nem
adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto
alternativas: pois, que, porque
conclusivas: pois, portanto, logo
Assim como existem termos coordenados, existem as orações coordenadas. Elas se dividem em dois grupos.
O primeiro: o das assindéticas. Elas querem distância da conjunção. Ficam só com a vírgula:
Cheguei, vi, venci.
Trabalho, estudo, viajo.
Tomei banho, vesti a roupa nova, fui ao cinema.
Reparou? As assindéticas lembram pessoas sentadas em cadeiras sem encosto para os braços. Pra não ficarem emboladas, uma pequena distâncias as separa. É a vírgula.
O segundo grupo é o das sindéticas. Essas são gulosas que só. Exigem a conjunção e a vírgula. É dose dupla:
O candidato falou muito, mas não convenceu.
Ou estuda, ou trabalha.
Feche a porta, que vai chover.
Penso, logo existo.
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Frase atribuída a Albert Einstein:
"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(29/1/2018)
Voltemos à imagem dos sentadinhos S.A. Os sindéticos jogam no time dos hedonistas. Querem conforto e prazer. Nada melhor que encostos pra descansar os braços. Afinal, ninguém é de ferro.
Cadê o e? O pequenino ficou de fora? Ficou. Ele detesta excessos. Econômico, dispensa a vírgula:
Trabalho e estudo.
Vou a Pernambuco e depois à Paraíba.
Há exceções? Há. Só num caso o e vai de dose dupla. Aí, impõe duas condições.
Uma: sujeitos diferentes
A outra: possibilidade de provocar confusão
O Iraque atacou o Kuweit e os Estados Unidos reagiram.
Percebeu? O período tem orações com sujeitos diferentes. Um é Iraque. O outro Estados Unidos. Uma leitura rápida dá a impressão de que o Iraque atacou o Kuweit e os Estados Unidos. Nada feito. A ambiguidade é pecado mortal. Como escapar das chamas do inferno? A vírgula salva:
O Iraque atacou o Kuweit, e os Estados Unidos reagiram.
Atenção, marinheiros de poucas viagens. A vírgula aparece antes da conjunção. Não depois. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/1/2018)
O termo explicativo tem várias caras. Uma é velha conhecida. Chama-se aposto. Lembra-se?
D. Pedro II, imperador do Brasil, morreu em Paris.
Os professores dizem que o aposto não faz falta. Pode cair fora. Verdade? É. Ele facilita a vida do leitor. Mas a ausência da segunda dose não causa prejuízo ao entendimento da frase. Se eu não sei quem é D. Pedro II, tenho saída. Dou uma espiadinha num livro de história. Está tudo ali.
Compare as frases:
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prepara outra reforma ministerial.
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso cobra US$ 50 mil por palestra.
Por que um nome vem entre vírgulas e outro não? É capricho? Não. O segredo está no antecedente do nome. No primeiro caso, é presidente da República. Quantos existem? Só um. Luiz Inácio Lula da Silva é termo explicativo. Funciona como aposto. Daí as vírgulas.
Mas há mais de um ex-presidente. Se eu não disser a quem me refiro, deixo o leitor numa enrascada. Posso estar falando de José Sarney, Itamar Franco. Aí, só há um jeito: dar nome ao boi. Fernando Henrique Cardoso é termo restritivo. Rejeita a vírgula.
Exemplos não faltam:
A capital do Brasil, Brasília, tem 2,2 milhões de habitantes (o Brasil tem uma só capital).
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, depôs na CPI (só há um ministro da Fazenda).
O ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero ficou famoso pela indiscrição parabólica (Há um montão de ex-ministros da Fazenda. Ricupero é um deles).
A Fundação Getúlio Vargas do Rio oferece cursos de economia (Há mais de uma Fundação Getúlio Vargas).
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(31/1/2018)
Clareza
A língua volta e meia apresenta desafios. Em alguns enunciados, a gente se vê num beco sem saída:
Meu filho Marcelo estuda na Universidade.
Restritivo ou explicativo? Depende. Do quê? Do antecedente do termo Marcelo. Eu tenho um filho ou mais de um filho? Se um, o termo é explicativo. Se mais de um, restritivo.
Se Marcelo é meu único filho, devo escrever assim: Meu filho, Marcelo, estuda na Universidade. (termo explicativo)
Se Marcelo é um dos meus filhos, devo escrever assim: Meu filho Marcelo estuda na Universidade. (termo restritivo)
Analise os períodos:
Minha mãe, Rosa, mora em São Paulo.
Minha tia Maria chega amanhã; minha tia Carla vem na próxima semana.
Viu? Eu só tenho uma mãe. Rosa é termo explicativo. Tenho mais de uma tia. Maria e Carla são termos restritivos.
Atenção moçada. Não fique pela metade. O termo explicativo vem presinho da silva. Ora, entre vírgulas. Ora, entre vírgula e o ponto. Os travessões também servem:
Dom Casmurro, de Machado de Assis, é obra-prima do Realismo brasileiro.
Comprei um EcoSport, carro da Ford.
Moro em Brasília – a capital do Brasil – desde 1968.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(1.°/2/2018)
Oração explicativa
A língua é um conjunto de possibilidades. Flexível, a danada detesta monotonia. Oferece vários jeitos de dizer a mesma coisa. Veja:
O aluno estudioso tira boas notas.
O aluno que estuda tira boas notas.
As frases dizem que há alunos e alunos. Não é qualquer um que tira boas notas. Só chega lá quem se debruça sobre os livros. Numa, o termo restritivo é adjetivo (estudioso). Noutra, oração adjetiva (que estuda). O tratamento mantém-se. Nada de vírgula.
Com as explicativas ocorre o mesmo:
O homem, mortal, tem alma imortal.
O homem, que é mortal, tem alma imortal.
Por que entre vírgulas? Porque todos os homens são mortais, ou seja, o adjetivo "mortal" e a oração explicativa "que é mortal" apenas acrescentam uma informação ao termo antecedente "O homem", sem alterar-lhe o sentido, sem restringi-lo.
É isso, a questão – restritiva ou explicativa – vai além da vírgula. Implica ler e escrever melhor. Em outras palavras: supõe mandar e entender recados com eficácia. Há pouco o vestibular da UnB explorou a capacidade dos candidatos de compreender a diferença entre o essencial e o acessório. Eis o teste:
Os cinco filhos de José que chegaram do Rio estão hospedados em casa de amigos.
A pergunta: quantos filhos tem José?
( ) Cinco. ( ) Mais de cinco.
E agora? Quem responde é a oração. Restritiva ou explicativa? Sem vírgulas é restritiva. Então José tem mais de cinco filhos.
Se fossem só cinco, "que chegaram do Rio" estaria no cercadinho:
Os cinco filhos de José, que chegaram do Rio, estão hospedados em casa de amigos.
Montaigne, há 400 anos, escreveu: "O estilo deve ter três virtudes: clareza, clareza, clareza". Identificar o termo explicativo e restritivo não constitui só problema de correção. Muitas vezes afeta a clareza.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(2/2/2018)
Deslocamento, cada macaco no seu galho.
Imagine a cena. Gisele Bünchen desfila galhardamente na passarela – cabeça erguida, ombros eretos, barriga chupada, bumbum encaixado. De repente, não mais que de repente, tropeça. Levanta-se rápido. Desconfiada, olha pra lá e pra cá. Continua a marcha como se nada tivesse acontecido. Mas o estrago está feito.
A frase também tropeça. Basta pôr certa vírgula em certo lugar. Mais precisamente: basta provocar o adjunto adverbial que está quietinho, lá no fim da oração. Ou o predicativo, cuja posição é depois do verbo. Ou a conjunção coordenativa, que nasceu pra introduzir a oração. Deslocá-los significa mexer num vespeiro. Exige proteção.
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Frase atribuída a Alfredo Martini Jr.:
"O respeito é conquistado, o medo é imposto.
O respeito reflete a autoridade, que é conquistada. O medo está ligado ao poder, que é concedido.
O respeito está ligado ao amor, o medo está ligado ao desprezo."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(5/2/2018)
Adjunto adverbial
Na ordem direta, o adjunto adverbial (o termo que indica circunstância – causa, tempo, modo, lugar, comparação, conformidade) vem no fim da frase. Aí, não aceita vírgula.
A gripe aviária (sujeito) matou (verbo) duas pessoas (objeto) na Tailândia (adjunto adverbial de lugar).
O governo (sujeito) ganhou (verbo) a guerra dos preços (objeto) por enquanto(adjunto adverbial de tempo).
Flamengo e Vasco (sujeito) jogam (verbo) domingo (adjunto adverbial de tempo) no Maracanã (adjunto adverbial de lugar).
Eu (sujeito) encaminho (verbo) o documento (objeto) em anexo (adjunto adverbial de modo).
Mas nem sempre o adjunto adverbial é comportado. Irrequieto, o traquinas muda de lugar. Ora vai para o começo da oração, ora para o meio. Aí, sim, vírgula nele. O sinal indica o deslocamento do arteiro.
Na Tailândia, a gripe aviária matou duas pessoas.
A gripe aviária, na Tailândia, matou duas pessoas.
A gripe aviária matou, na Tailândia, duas pessoas.
Por enquanto, o governo ganhou a guerra dos preços.
O governo, por enquanto, ganhou a guerra dos preços.
O governo ganhou, por enquanto, a guerra dos preços.
Domingo, no Maracanã, Flamengo e Vasco jogam partida decisiva.
Flamengo e Vasco, domingo, no Maracanã, jogam partida decisiva.
Flamengo e Vasco jogam, domingo, no Maracanã, partida decisiva.
Em anexo, encaminho o documento solicitado.
Encaminho, em anexo, o documento solicitado.
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Grande abraço a todos.
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(6/2/2018)
Oração adverbial
As orações adverbiais não fogem à regra. Quando vêm depois da oração principal, estão no lugar delas. Nada de vírgula:
O Judiciário pode interferir na eleição para evitar confronto.
Paulo retirou-se da sala quando o presidente entrou.
O carro agradou a todos porque apresentou design moderno e bom desempenho.
Se mudarem de lugar, usurpam a casa dos outros. Vírgula, pois:
Para evitar confronto, o Judiciário pode interferir na eleição.
O Judiciário, para evitar confronto, pode interferir na eleição.
O Judiciário pode, para evitar confronto, interferir na eleição.
Quando o presidente entrou, Paulo retirou-se da sala.
Paulo, quando o presidente entrou, retirou-se da sala.
Porque apresenta design moderno e bom desempenho, o carro agradou a todos.
O carro, porque apresenta design moderno e bom desempenho, agradou a todos.
No deslocamento da oração adverbial, a vírgula bate pé. Impõe-se. No do adjunto, faz concessões. Se ele for pequeno, é facultativa. Pequeno? As gramáticas consideram pequeno o adjunto formado de uma só palavra (ontem, hoje, aqui). Os jornais, o que tem até três: Aqui se fala português. Aqui, fala-se português. |
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Grande abraço a todos.
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(7/2/2018)
Predicativo
As orações são como as pessoas. Algumas adoram dar duro. Trabalham tanto que se sobrecarregam. Têm dois predicados – um verbal e outro nominal. O verbal exprime uma ação; o nominal, modo de ser do sujeito no momento da ação.
O modo de ser se chama predicativo. Identificá-lo parece difícil, mas não é. Basta saber que ele esconde o verbo estar. Observe a manha:
Maria entrou nervosa. Maria entrou (e estava) nervosa.
O dia amanhece bonito. O dia amanhece (e está) bonito.
O vento soprava furioso. O vento soprava (e estava) furioso.
O predicativo dos predicados verbo-nominais joga no time dos advérbios. Os professores o chamam de rabo quente porque não para no lugar. O cantinho dele é depois do verbo. Se passar pra frente, não dá outra. A vírgula pede passagem:
Maria entrou nervosa na sala.
Nervosa, Maria entrou na sala.
Maria, nervosa, entrou na sala.
O dia amanhece bonito.
Bonito, o dia amanhece.
O dia, bonito, amanhece.
O vento soprava furioso.
Furioso, o vento soprava.
O vento, furioso, soprava.
Às vezes, o deslocamento constitui exigência da clareza. É o caso do período:
Encaminho a carta anexa.
Reparou? O enunciado é ambíguo. Parece que anexa é qualidade permanente da carta. Na verdade, o recado é este: encaminho a carta que está anexa. A carta não é anexa. Está anexa. A clareza é a maior qualidade do estilo. A ordem direta compromete-a. Dá duplo sentido à frase. Melhor:
Anexa, encaminho a carta.
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(9/2/2018)
Vocativo
O ser a quem nos dirigimos é pra lá de elitista.Não se mistura a nenhum termo da oração. É sempre – sempre mesmo– separado por vírgula. Na dúvida, basta antepor-lhe o ó: Chegou a hora, (ó) Brasília. Pra frente, (ó) Brasil. Avança, (ó) Brasil. Deus, ó Deus, onde estás que não me escutas.
Outros exemplos:
Filho, quero lhe dizer algo muito importante. (vocativo antes da vírgula)
Quero lhe dizer, filho, algo muito importante. (vocativo entre vírgulas)
Quero lhe dizer algo muito importante, filho. (vocativo após a vírgula)
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Houve adaptações.
Frase atribuída a Francis Fukuyama, cientista político americano.
“Países bem-sucedidos são os que conseguem equilibrar o poder do governo com o da sociedade: o presidente tem força para conduzir suas ações, mas sem sufocar o cidadão”.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(8/2/2017)
Conjunção coordenativa
As conjunções coordenativas têm o cantinho delas. É no começo da oração. Mas nem todas têm a fidelidade do cão. É o caso das adversativas e das conclusivas. Como gatos, ambas adoram mudar de casa. Passam, então, pro time dos deslocados. Ficam entre vírgulas.:
Trabalho muitas horas por dia, porém meu salário é baixo.
Trabalho muitas horas por dia; meu salário, porém, é baixo.
Trabalho muitas horas por dia, portanto meu salário é alto.
Trabalho muitas horas por dia, meu salário, portanto, é alto.
Foram efetuadas adaptações.
Grande abraço a todos.
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(15/2/2018)
Etc. e tal
Etc. é coisa de preguiçoso. A gente pode muito bem viver sem ele. Como? A resposta está na conjunção e:
Gosto de cinema, teatro e literatura. (O e dá um recado: é só disso que eu gosto.)
Gosto de cinema, teatro, literatura. (A ausência do e indica que gosto de muitas outras coisas. Equivale ao etc.)
O etc. pede vírgula? Na certidão de nascimento, o etc. tem o e no nome. É abreviatura de (e) (t)antas (c)coisas. Mas o etc. é tão antigo (vem lá do latim) que as pessoas de memória curta lhe esqueceram a origem. Tratam-no como se fosse uma palavra qualquer. Por isso a vírgula é facultativa. É acertar ou acertar:
Comprei laranja, banana, pera, abacaxi, etc.
Comprei laranja, banana, pera, abacaxi etc.
Etc. tem ponto final? Tem. Coincide com o ponto no fim da frase? Sem problema. Fique com um só:
Comprei laranja, banana, pera, abacaxi etc.
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Grande abraço a todos.
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(16/2/2018)
Luiz Fernando Veríssimo declarou certa vez que jamais havia usado ponto e vírgula e que o par nunca lhe fizera falta. Está certo. A gente pode viver sem a duplinha. Outros sinais de pontuação quebram o galho. Mas usá-lo pega bem à beça. Denota requinte, sofisticação e domínio do idioma. "Que moça culta a Maria Eduarda: ela usa ponto e vírgula", escreveu Mário Quintana.
A conclusão é acaciana. Se o casalzinho existe, tem razões pra existir. Ele desempenha papéis na frase. Em dois deles cai melhor que vírgulas, pontos ou travessões. Quais?
O ponto e vírgula separa termos de uma enumeração. Nesse caso, é arroz de festa de leis, decretos, portarias. Até Deus o usou:
São mandamentos do Senhor:
Amar a Deus sobre todas as coisas;
Não tomar seu santo nome em vão;
Honrar pai e mãe;
Não matar;
Não roubar;
Não desejar a mulher do próximo.
Reparou? A dupla fica no meio do caminho. No lugar dela poderia estar a vírgula. Ou o ponto. Por isso, muitos nem se preocupam em empregá-la. No aperto, partem pra outra. E se dão bem.
O ponto e vírgula torna o texto mais claro. Com isso, facilita a vida do leitor. Examine esta frase:
João trabalha no Senado, Pedro trabalha na Assembleia, Carlos trabalho no banco, Beatriz trabalha na universidade, Alberto trabalha no shopping.
A frase está correta e clara. As vírgulas separam as orações coordenadas. Mas a repetição do verbo torna-a cansativa. O que fazer? Há uma saída. A gente mantém o trabalha na primeira oração. E mete-lhe a faca nas demais. No lugar dele, põe a vírgula:
João trabalha no Senado, Pedro, na Assembleia, Carlos, no banco, Beatriz, na universidade, Alberto, no shopping.
À primeira vista, o enunciado virou o samba do período doido. Quem bate o olho nele não entende nada. O jeito é recorrer ao ponto e vírgula. Ele separa as orações coordenadas:
João trabalha no Senado; Pedro, na Assembleia; Carlos, no banco; Beatriz, na universidade; Alberto, no shopping.
Chique, não? Veja mais dois exemplos:
Eu estudo na USP; Maria, na UnB.
Alencar escreveu romances; Drummond, poesias.
É isso.
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Frase atribuída a Aristóteles:
"Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil.
Mas zangar-se com a pessoa certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa, não é fácil."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(19/2/2018)
Os dois pontos fazem o papel do anjo Gabriel. Anunciam. Gabriel anunciou a gravidez de Maria. Os dois pontos anunciam explicação, enumeração ou a fala direta:
A questão era esta: nada a fazer.
Na feira, selecionou as frutas: banana, laranja, pera, maçã, uva e abacaxi.
Fernando Pessoa escreveu: "Navegar é preciso. Viver não é preciso".
O diretor foi curto e grosso:
– Retire-se!
Reparou? Depois de dois pontos pode vir letra maiúscula ou minúscula. Conta o que vem depois. Se for explicação ou enumeração, não duvide. É mixuruca. Se for citação ou frase de alguém, a grandona pede passagem.
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Grande abraço a todos.
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(20/2/2018)
Guarde isto: travessão não é hífen. Confundir os dois dá baita dor de cabeça. A gente pensa numa coisa. Sai outra. Ao usá-los, todo cuidado é pouco.
O hífen (-) tem dois empregos:
1) liga o pronome átono ao verbo (vende-se, põe-no);
2) forma palavras compostas (beija-flor).
O travessão (—) é muito mais versátil. Como Bombril, tem mil e uma utilidades.
Introduz diálogos:
Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu Branco?
E São Pedro, bonachão:
Junta palavras sem formar vocábulo novo:
Ponte Rio—Niterói, ligação Brasília—Goiânia, Fla—Flu, encontro Lula—Serra, entendimentos PFL—PSDB.
Separa as datas de nascimento e morte de uma pessoa:
Recife, 1908 — Brasília, 1962.
Destaca um termo opaco, escondido. Dá realce ao sem-graça:
O governador conseguiu — até — a adesão dos adversários.
Substitui os dois pontos (ao introduzir uma explicação) ou a vírgula:
Eis o grande vencedor: o filme que faturou 300 milhões de dólares.
Eis o grande vencedor — o filme que faturou 300 milhões de dólares.
O PFL não aceita ser mulher de malandro — apanhar na Câmara e no Senado.
O PFL não aceita ser mulher de malandro: apanhar na Câmara e no Senado.
O estado do Rio — o mais afetado pelas chuvas — precisa de ajuda.
O Estado do Rio, o mais afetado pelas chuvas, precisa de ajuda.
Abra o olho
Usa-se travessão com vírgula? Só num caso. Se o segundo travessão coincidir com a vírgula:
Depois da vitória do afilhado — com mais de 50% dos votos —, o padrinho se sentiu forte como Tarzã.
Sem o travessão, só haveria a vírgula final:
Depois da vitória do afilhado com mais de 50% dos votos, o padrinho se sentiu forte como Tarzã.
Quando saiu de casa — lá pela meia-noite —, deixou a família reunida. (Quando saiu de casa lá pela meia-noite, deixou a família reunida).
Deu para entender? O casamento da vírgula com o travessão é raro como viúvo na praça. Não confunda. No caso em que podem aparecer duas vírgulas em vez de dois travessões, a vírgula não tem vez:
Redigir — na definição do Aurélio — é escrever com ordem e método. (Redigir, na definição do Aurélio, é escrever com ordem e método.)
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Grande abraço a todos.
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(21/2/2018)
Os parênteses são as grandes vítimas da escola: "Errou e não pôde apagar?", perguntam os professores. Ponha entre parênteses. Os pobres alunos aprendem a lição. E repetem-na ao longo da vida. Resultado: dão informações falsas, perdem pontos em concursos, adiam a entrada na universidade.
Ao usar os parênteses, você dá um recado: a palavra, expressão ou oração neles contida é secundária, acessória. Entrou ali de carona. Não faz falta. É, em geral, uma explicação, uma circunstância incidental, uma reflexão, um comentário ou uma observação:
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) é autor do projeto da renda mínima.
A maioria dos aeroportos brasileiros não tem (quem diria) sistema de controle de bagagem.
No acidente com o avião da TAM (9 de junho) morreu uma pessoa.
Recife (ou o Recife) foi palco de manifestações dos sem-terra na semana passada.
Como fica a pontuação?
O ponto vai fora quando a expressão encerrada nos parênteses for um pedaço da oração:
Estão com a corda no pescoço três governadores brasileiros (Minas Gerais, Alagoas e Santa Catarina).
Ameaçam o abastecimento de água de Brasília os 48 mil lotes próximos à Barragem do Descoberto (muitos deles irregulares).
O ponto vai dentro quando os parênteses englobam toda a oração:
Débora Machado persegue os namorados até concretizar o romance. (Vai em cima com tudo sem se importar se ele quer ou não.)
As pessoas obsessivas fazer qualquer coisa para obter o que desejam. (Elas não sabem perder.)
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(22/2/2018)
O detalhe faz a diferença. Um texto caprichoso não nasce ao acaso. É fruto da atenção plena. Pormenores aparentemente sem importância ganham relevo. Vale o exemplo das aspas. Ora as danadas abrigam o ponto. Ora deixam-no de fora. Como saber?
Se o período começa e termina com aspas, o ponto vai dentro da duplinha.
"Não existe crime organizado. Existe polícia desorganizada." A afirmação é de Millôr Fernandes.
Se o período começa antes da citação, o ponto é intruso. Fica de fora:
Ninguém acredita na desculpa de que "parafuso frouxo detonou o apagão".
Pontos de interrogação ou exclamação que integram a frase citada ficam dentro das aspas:
Uma pergunta deve orientar os redatores: "O que eu quero com meu texto?"
Reparou? Nada de dose dupla. O ponto da citação vale para o período.
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(23/2/2018)
Vírgula? Ponto e vírgula? Na dúvida, use ponto. O minúsculo sinal faz milagres. Em primeiro lugar, facilita a vida do autor. Períodos menores restringem as probabilidades de tropeços em conectivos, vírgulas e correlações verbais. Em segundo, afasta obstáculos da frente do leitor. Ele lê sem dificuldade cerca de 200 toques até que os olhos peçam uma pausa. Sem ela, precisa voltar atrás. Resultado: perde a paciência e o prazer do texto — pior castigo para quem escreve.
O uso de pontos constitui ótimo recurso para evitar períodos cheios de centopeias e labirintos (orações muito longas e pouco claras). Gerúndios, quês e demais muletas que encompridam a frase não resistem a um ponto. Se seu período ultrapassar os 180-200 toques, acenda a luz vermelha. Dê marcha a ré e divida o grandão.
Os exemplos serão apresentados nas duas próximas dicas. Não percam!
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Houve adaptações.
Frase atribuída a Daniel Goleman:
Emoções fora do controle fazem das pessoas espertas, estúpidas.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(26/2/2018)
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou o saldo da balança comercial correspondente ao período de janeiro a outubro de 2004, que é de US$3,007 bilhões, somando no acumulado do ano o montante de US$ 79 bilhões nas vendas externas, valor recorde para o período, sendo superior ao registrado em todo o ano de 2003, que foi de R$ 73, 084 bilhões.
Ufa! Haja fôlego e disposição de ir e vir para entender o enunciado. Que tal dar adeus a gerúndios e quês? A tesoura e o ponto estão a postos para fazer o que devem — facilitar a leitura.:
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgou o saldo da balança comercial correspondente aos meses de janeiro a outubro de 2004. A cifra bateu nos US$ 3,007 bilhões. No acumulado do ano, o montante atinge US$ 79 bilhões, valor recorde para o período, superior ao registrado em todo o ano de 2003 — US$ 73,084 bilhões.
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(27/2/2018)
O estudante pobre, que tinha poucas chances de entrar na universidade, mas ainda assim perseguia esse objetivo, pode desistir porque as primeiras vagas estão como sempre estiveram reservadas para a elite econômica do país, sendo que as últimas, que dispensam bom desempenho, agora estão reservadas pelo duvidoso critério da cota a qualquer pessoa sob o enigmático título de "parda" podendo ela usufruir dessas vagas independentemente da origem social, lembrando Lampedusa que disse que é preciso mudar para ficar tudo na mesma.
Nossa! Pobre leitor! Tenhamos pena do coitado. Ele precisa de tempo para respirar e, com o cérebro oxigenado, entender a revoltada mensagem do autor. Uma varrida nos quês, nos gerúndios e em certas conjunções abre as janelas da compreensão:
O estudante pobre, com poucas chances mas com muita vontade de entrar em boa universidade, pode desistir do objetivo. As primeiras vagas estão — como sempre estiveram — reservadas para a elite econômica do país. As últimas, que dispensam bom desempenho, estão destinadas aos candidatos de baixa renda pelo duvidoso critério da cota. Qualquer pessoa pode usufruir da benesse independentemente da origem social. É, como disse o italiano Giuseppe Lampedusa, o jeito de mudar para ficar tudo na mesma.
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(28/2/2018)
Três velhinhos viviam juntos. Um dia, um deles morreu. A polícia chegou para saber o que tinha acontecido. O mais falante explicou:
— Ele pegou aquele livro azul e começou a ler. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado, depois roxo e morreu.
Dois dias depois, outro do trio deu adeus à vida. A polícia voltou ao local. O sobrevivente contou:
— Aconteceu a mesma coisa que da outra vez. Ele pegou aquele livro azul, abriu-o, começou a ler. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado, depois roxo e morreu.
O delegado, impaciente, ordenou ao velhinho:
— Apanhe o livro e leia.
Ele seguiu a ordem. Empalideceu. Suou. Ficou avermelhado. Quando o roxo se anunciou, tiraram a obra da mão do coitado, fizeram-lhe massagem no coração e perguntaram:
— O que tem esse livro?
— Ah, doutor, o problema não é ter. É não ter.
— Como assim?
— O livro não tem nem uma vírgula, nem um ponto, nem um travessão, nem um parêntese.
Conclusão: a ausência de pontos, vírgulas & cia. mata mais que pneumonia.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(1.º/3/2018)
Abram-lhe alas. O verbo pede passagem. A mais importante classe de palavras é a única com o poder de formar oração. Há orações sem sujeito. Mas não existe oração sem verbo. Ele fala e diz. Cheio de nuanças, ora afirma objetivo, ora se deixa levar pela subjetividade. Quando necessário, torna-se imperativo. Manda e desmanda. Sem esquecer o tempo, olha pra frente, olha pra trás, ou se situa no aqui e agora.
Tanto poder tem preço. Para dar recado com as sutilezas que a mente concebe, o falante precisa dominar os sofisticados recursos oferecidos pela língua. Entre eles, as flexões de tempo, modo e voz. Quando usar o indicativo ou o subjuntivo? Por que preferir a voz ativa? Em que situação o presente deve fazer o papel de passado?
Muitas vezes, a escolha vai além do gramaticalmente correto. Não trata só do errado e do certo. Mas do adequado. Eleger o melhor para o contexto passa pelo conhecimento. Implica saber quais as possibilidades da língua. E, entre elas, optar pela forma mais ajustada. A tarefa não é fácil. Mas é possível. Com uma condição: arregaçar as mangas e lutar com as palavras. A luta nem sempre é vã.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(2/3/2018)
Por onde começar? O assunto é pra lá de vasto. Como delimitá-lo? Vale lembrar Lewis Carroll. Em Alice no país das maravilhas, o rei e o Coelho Branco conversam. O diálogo dos dois serve de resposta:
O Coelho Branco colocou os óculos e perguntou:
— Com licença de Vossa Majestade, devo começar por onde?
— Comece pelo começo, disse o rei com ar muito grave. E vá até o fim. Então, pare.
Obedientes, seguimos a orientação. Ponto de partida: identificar se o verbo é vaca de presépio. Significa descobrir se segue o paradigma. Se seguir, será regular. Obedecerá, como a maior parte dos irmãozinhos dele, ao modelo da conjugação. Se pular a cerca, jogará no time dos irregulares. Com eles, todo o cuidado é pouco.
Amar, vender e partir servem de exemplo dos sempre-iguais. Em todos os tempos e modos, mantêm o radical do infinitivo e as terminações de cada conjugação. Observe o presente do indicativo do trio:
amo, amas, ama, amamos, amais, amam
vendo, vendes, vende, vendemos, vendeis, vendem
parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
Estar, fazer e dormir mostram a cara dos rebeldes. Conjugados no presente do indicativo como os anteriores, apresentam mudanças no radical ou nas desinências:
estou, estás, está, estamos, estais, estão
faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
durmo, dormes, dorme, dormimos, dormis, dormem
Viu? Os verbos do primeiro grupo conservaram o radical (am-, vend-, part-) e as terminações da equipe. Os do segundo sofrem alterações. Estar mantém o radical (est-), mas, comparado com amar, têm desinências diferentes (eu amo, eu estou; eles amam, eles estão). Fazer vais mais fundo. Muda no radical (faç-, faz-) e nas desinências (ele vende, ele faz). Dormir, por sua vez, altera só o radical (eu durm-, ele dorm-). Uns e outros são irregulares).
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
E porque hoje é sexta-feira, seguem algumas frases encontradas na net, sem identificação dos autores:
Sexta, eu te amo. Sábado, não fique com ciúmes, também te amo.
Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que hoje é sexta-feira!
Brigadeiro, felicidade e sexta-feira têm 10 letras. Isso não pode ser coincidência!
Se chorei ou se sorri, o importante é que sexta-feira vem aí.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(5/3/2018)
Regular ou irregular? Para facilitar a resposta, existe um atalho. São os três tempos primitivos. O presente do indicativo, o pretérito perfeito e o infinitivo impessoal dão à luz os filhotes, ou seja, os tempos derivados. Indiscretos, eles abrem o jogo. Para saber o time da criatura, basta colocá-la no infinitivo e conjugá-la nas duas outras formas. Se ela permanecer com o mesmo radical e obedecer ao modelo da conjugação (amar, vender, partir), será regular.
Lembrar-se de pais e filhos é fundamental para livrar-se (bem) de enrascadas.
Por exemplo, a gente diz:
Quando eu vir Maria
ou
Quando eu ver Maria?
A chave da resposta: conhecer a formação dos tempos derivados. Com ela, a solução se oferece escancarada. É que as mudanças na conjugação não são inteiramente caprichosas e independentes. Elas têm lógica.
O desconhecimento da paternidade provoca crimes de lesa-língua. Uma das vítimas da barbárie é o subjuntivo. A coisa está feia. Professores, mestres e doutores ignoram o sofisticado modo. A situação alcançou tal gravidade que mereceu nota fúnebre publicada em jornais e revistas da Europa, França e Bahia. Ei-la:
"Machado de Assis, Eça de Queirós, Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Jorge amado (in memoriam), José Saramago, Lígia Fagundes Telles e João Ubaldo Ribeiro (de lugar incerto e não sabido), Millôr Fernandes, Roberto Pompeu de Toledo, Luís Turiba, Eliane Brum, Alexandre Garcia e todos os cultores da boa linguagem cumprem o doloroso dever de comunicar o falecimento do modo subjuntivo. Vítima de abandono e maus-tratos, ele deixa a família verbal enlutada. Os amigos se unem nesse ato de piedade cultural e protestam contra tão prematura e insubstituível partida."
Os jornais esnobam a forma há anos. Os políticos nem se fala. A TV provoca um arrepio depois do outro. Charmosos apresentadores dizem sem corar "se ele deter, quando ele ver, assim que ele pôr". Produzidos personagens de filmes e novelas não ficam atrás.
(...)
É o samba dos tempos doidos. O que aconteceu com o português nosso de todos os dias? O subjuntivo morreu da insidiosa moléstia chamada má escola. O azar dele que, frise-se, sempre cumpriu as obrigações a tempo e a hora, foi um só – a ignorância dos tempos primitivos e derivados. A moçada se esqueceu de que os verbos têm pai e mãe. Deu no que deu.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(6/3/2018)
O presente do indicativo gerou três filhos fortes e saudáveis. O primeiro é o presente do subjuntivo. O segundo, o imperativo afirmativo. O caçulinha, o imperativo negativo. Com o tempo, os cuidados necessários à manutenção da saúde do trio foram deixados pra trás. Resultado: eles sofrem agressões que os debilitam e maltratam a língua. Que tal lhes restituir a cor e o vigor?
Presente do subjuntivo (conjugação)
Ricardo Freire escreveu na Época de 16 de janeiro de 2006 a crônica "Subjuntivo à paulista". Vale a leitura de dois parágrafos:
"O subjuntivo — aquele tempo verbal, lembra? Em São Paulo, a exemplo de certas leis, o subjuntivo tradicional nunca pegou. Falar 'que eu traga', ou 'que a gente faça' é ainda mais raro que proferir uma frase com todos os plurais.
Você sabe que está em são Paulo quando ouve um 'quer que eu venho?', ou um 'quer que eu trago?', ou ainda um 'quer que ele joga fora?' Sem distinção de classe, religião ou fator de proteção solar: você ouve o subjuntivo paulista tanto da boca do seu porteiro quanto da boca do seu chefe."
Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Mas cá entre nós, o que Freire chama de subjuntivo à paulista pode designar o subjuntivo à brasileira. Vale uma estudadinha no assunto.
Quando dar passagem ao presente do subjuntivo? Antes, a gente sabia automaticamente. Ao ouvi-lo em rádio, televisão e na boca de todo mundo, memorizava-lhe o emprego. O professor nem precisava fazer força. A forma pintava com naturalidade. Agora a história mudou. O jeito é arregaçar as mangas. Vamos à luta.
Guarde isto: da 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo sai o presente do subjuntivo. E dos dois formam-se os imperativos.
Trazer
Presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
Presente do subjuntivo: que eu traga, tu tragas, ele traga, nós tragamos, vós tragais, eles tragam
Pôr
Presente do indicativo: eu ponho, tu pões, ele põe , nós pomos, vós pondes, eles põem.
Presente do subjuntivo: que eu ponha, que tu ponhas, que ele ponha, que nós ponhamos, que vós ponhais, que eles ponham
Vir
Presente do indicativo: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes, eles vêm
Presente do subjuntivo: que eu venha, que tu venhas, que ele venha, que nós venhamos, que vós venhais, que eles venham
Etc. Etc. Etc.
As exceções confirmam a regra. Poucos verbos rebelam-se contra a primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Formam o presente do subjuntivo sabe Deus como. São eles:
saber (saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam);
querer (queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram);
dar (dê, dês, dê, demos, deis, deem);
estar (esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam);
ser (seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam);
haver (haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam);
ir (vá, vás, vá, vamos, vades, vão).
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
A próxima dica traz ensinamentos sobre o emprego do presente do subjuntivo.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(7/3/2018)
O presente do indicativo gerou três filhos fortes e saudáveis. O primeiro é o presente do subjuntivo. O segundo, o imperativo afirmativo. O caçulinha, o imperativo negativo. Com o tempo, os cuidados necessários à manutenção da saúde do trio foram deixados pra trás. Resultado: eles sofrem agressões que os debilitam e maltratam a língua. Que tal lhes restituir a cor e o vigor?
Presente do subjuntivo (emprego)
O presente do subjuntivo aparece em orações subordinadas introduzidas pela conjunção que. Para fazer jus ao sofisticado tempo, uma condição se impõe. O verbo da oração principal tem de indicar subjetividade. Em outras palavras: precisa exprimir desejo, ordem, dúvida, pedido. É o caso de folgar, desejar, mandar, duvidar, temer, dizer, querer, ter medo, sentir, preferir, pedir, proibir.
Aprecie:
Desejamos que você chegue mais cedo.
Prefiro que ela faça o trabalho antes de sair.
Proíbem que os filhos saiam à noite.
Pede que o professor fale devagar.
Sinto que ele desobedeça aos pais.
Digo-lhe que faça o exercício para fixar a fórmula.
E por aí vai.
Além dos verbos privilegiados, há expressões que exigem o presente do subjuntivo. Valem os exemplos de é possível, é impossível, é fácil, é difícil, é aconselhável, é importante, é necessário, é provável:
É possível que o presidente venha à inauguração da Bienal.
É impossível que o governo crie os 10 milhões de empregos prometidos.
É fácil que ele mude os hábitos.
É aconselhável que o estudante leia pelo menos um livro por mês.
É importante que o estado se conscientize da importância do ensino básico.
É necessário que todos entrem na luta contra o trabalho infantil.
É provável que viajemos nas férias.
Mais: depois do convém, basta, talvez e embora, abra alas para o presente do subjuntivo:
Convém que os estudantes memorizem as desinências verbais.
Basta que você aplique as regras.
Talvez ele saiba a resposta.
Embora queira, duvido que tenha condições de viajar.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/3/2018)
Imperativo afirmativo, o mandão
"Se liga na revisão", manda o Telecurso 2000. Dois tropeços. Uma inferência quentíssima. A equipe da Fundação Roberto Marinho frequentou a mesma escola dos publicitários da DM9, dona da conta da Antarctica. Lembra-se? Antarctica e Budweiser resolveram juntar os trapos.
O anúncio não deixou por menos. Jornais e revistas do céu, da Terra e do inferno divulgaram o conúbio. A frase escolhida "Diga-me com andas e te direis quem és" mistura alhos com bugalhos, ou seja: a segunda e a terceira pessoa. O Telecurso também.
O que a escola ensinou para eles? Ou melhor: deixou de ensinar? A origem do imperativo, forma que dá ordem, faz pedido, manda e desmanda. O imperativo afirmativo exige atenção plena. Rigoroso, divide as pessoas do discurso em dois grupos. As segundas pessoas (tu e vós), preferidas dos gaúchos, ficam de um lado. As outras (ele, nós, eles), de outro.
O tu e o vós derivam do presente do indicativo. Mas esnobam o -s final. Mais simples, as outras pessoas não dão trabalho. Saem todas do presente do subjuntivo — sem tirar nem pôr. Veja o exemplo do verbo estudar:
Presente do indicativo: eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós estudamos, vós estudais, eles estudam.
Presente do subjuntivo: que eu estude, que tu estudes, que você/ele estude, que nós estudemos, que vós estudeis, que eles estudem.
Imperativo afirmativo: estuda tu, estude você, estudemos nós, estudai vós, estudem vocês.
Por que o Telecurso 2000 e a Antarctica fugiram da norma culta? Eles fizeram uma salada de pessoas. Juntaram o verbo de segunda com o pronome de terceira:
Diga-me (você) com quem andas (tu) e te (tu) direi quem és (tu).
Como água e azeite, a mistura não se faz. Fica cada um do seu lado. O pronome da segunda pessoa é te, da terceira, lhe. Temos liberdade de escolher uma ou outra. Mas não de juntá-las:
Te liga na revisão (tu).
Se ligue na revisão (você).
Dize-me com quem andas e te direi quem és.
Diga-me com quem anda e lhe direi quem é você.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(9/3/2018)
Imperativo negativo, o desmandão
O imperativo negativo é elitista. Não se mistura. Sai todinho do presente do subjuntivo (cria do presente do indicativo):
não estudes tu, não estude você, não estudemos nós, não estudeis vós, não estudem vocês.
Gonçalves Dias estudou em boa escola. No poema "Canção do exílio", esgrime imperativo e subjuntivo com maestria. Eis uma provinha:
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o sabiá.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída a Josh Billings:
"Solidão: um lugar bom de visitar vez ou outra, mas ruim de adotar como morada."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(12/3/2018)
Do tema do pretérito perfeito do indicativo nascem três filhos. Um: o pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Dois: o imperfeito do subjuntivo. O último: o futuro do subjuntivo. Como chegar ao tema? Ele sai da 3.ª pessoa do plural menos o -ram. Assim:
Perder
Pretérito perfeito: eu perdi, tu perdeste, ele perdeu, nós perdemos, vós perdestes, eles perde(ram)
Tema: perde
Pretérito mais-que-perfeito: eu perdera, tu perderas, ele perdera, nós perdêramos, vós perdêreis, eles perderam
Imperfeito do subjuntivo: se eu perdesse, se tu perdesses, se ele perdesse, se nós perdêssemos, se vós perdêsseis, se eles perdessem
Futuro do subjuntivo: quando eu perder, quando tu perderes, quando ele perder, quando nós perdermos, quando vós perderdes, quando eles perderem
Trazer
Pretérito perfeito: eu trouxe, tu trouxeste, ele trouxe, nós trouxemos, vós trouxestes, eles trouxe(ram)
tema: trouxe
Pretérito mais-que-perfeito: eu trouxera, tu trouxera, ele trouxera, nós trouxéramos, trouxéreis, eles trouxeram.
Imperfeito do subjuntivo: se eu trouxesse, se tu trouxesses, se ele trouxesse, se nós trouxéssemos, se vós trouxésseis, se eles trouxessem
Futuro do subjuntivo: quando ele trouxer, quando tu trouxeres, quando ele trouxer, quando nós trouxermos, quando vós trouxerdes, quando eles trouxerem
Voltemos à questão apresentada no início do assunto: (dica 880)
Quando eu vir Maria.
ou
Quando eu ver Maria?
Você pode, agora, respondê-la com segurança. Basta lembrar-se de que o futuro do subjuntivo se forma do tema do pretérito perfeito do indicativo com acréscimo da desinência -r. Qual é a forma correta? É isso mesmo, a primeira. Comprove:
Pretérito perfeito: eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós vistes, ele vi(ram)
tema: vi
Futuro do subjuntivo: quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir, quando nós virmos, quando vós virdes, quando eles virem
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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Na conjugação, o infinitivo flexionado parece ingênuo. Acrescenta ao infinitivo as desinências próprias:
amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem
fazer, fazerdes, fazer, fazermos, fazerdes, fazerem
dormir, dormires, dormir, dormirmos, dormirdes, dormirem
O xis da questão reside no emprego. O português é uma língua única. Tem dois infinitivos: o impessoal e o pessoal. O impessoal é o nome do verbo (cantar, vender, partir, pôr). Não tem sujeito e, por isso, não se flexiona.
Com o pessoal, a história muda de enredo. Ele tem sujeito. E não foge à regra: concorda com ele (para eu viajar, para tu viajares, para ele viajar, para nós viajarmos, para vós viajardes, para eles viajarem). Quando flexioná-lo? Difícil responder. Os gramáticos não se entendem. Dizem que é questão de eufonia e clareza. A frase precisa soar bem e estar clara.
Rigorosamente, só é obrigatória a flexão quando o infinitivo tem sujeito próprio, diferente do da oração principal:
Esta é a última chance de Ronaldinho e Edmílson devolverem a alegria à torcida.
O sujeito da 1.ª oração é esta; da 2.ª, Ronaldinho e Edmílson.
Saí mais cedo para irmos ao circo.
Se o infinitivo não estivesse flexionado (irmos), a frase estaria correta (Saí mais cedo para ir ao circo), mas trairia a verdade. Quem vai ao circo não sou eu, mas nós. Quando o sujeito da segunda oração não está expresso, significa que é o mesmo da primeira.
Se o sujeito da oração principal e o da subordinada forem os mesmos, não há necessidade de flexionar o infinitivo: Saímos (nós) mais cedo para ir (nós) ao circo. É erro flexionar? Não. Reforça-se o sujeito: Saímos mais cedo para irmos ao teatro. |
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Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(13/3/2018)
O infinitivo gerou seis filhos:
1 - o futuro do presente do indicativo: eu dormirei, tu dormirás, ele dormirá, nós dormiremos, vós dormireis, eles dormirão
2 - o futuro do pretérito do indicativo: eu dormiria, tu dormirias, ele dormiria, nós dormiríamos, vós dormiríeis, eles dormiriam
Dizer, fazer e trazer jogam no time dos adeptos do menor esforço. Na formação dos futuros, deixam uma sílaba no caminho:
eu direi, tu dirás, ele dirá, nós diremos, vós direis, eles dirão;
eu diria, tu dirias, ele diria, nós diríamos, vós diríeis, eles diriam
eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, vós fareis, eles farão;
eu faria, tu farias, ele faria, nós faríamos, vós faríeis, eles fariam
eu trarei, tu trarás, ele trará, nós traremos, vós trareis, eles trarão;
eu traria, tu trarias, ele traria, nós traríamos, vós traríeis, eles trariam
3 - o pretérito imperfeito do indicativo: eu dormia, tu dormias, ele dormia, nós dormíamos, vós dormíeis, eles dormiam
Exceções:
ser (era, eras, era, éramos, éreis, eram),
verbos cuja 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo tem um radical terminado em -nh. É o caso de ter (tenho, tinha, tinhas, tinha, tínhamos tínheis, tinham), vir (venho, vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham), pôr (ponho, punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham).
4 - o infinitivo flexionado: dormir, dormires, dormir, dormirmos, dormirdes, dormirem
5 - o gerúndio: dormindo
6 - o particípio: dormido
Os três mais velhos — futuro do presente, futuro do pretérito e pretérito imperfeito do indicativo — são gente boa, fáceis que só. Ninguém tropeça neles. Os problemáticos são os três menores. O gerúndio, o particípio e o infinitivo flexionado armam ciladas que comprometem reputações. Para não cair na arapuca, só há uma receita: conhecer-lhes as malícias. Aviando-a, conseguimos empregá-los com a elegância que eles exigem.
As explicações sobre esses três estarão nas próximas dicas.
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Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(15/3/2018)
Infinitivo flexionado - Exceção
Examine esta frase:
Pressão sindical faz políticos recuar.
O sujeito da 1.ª oração é pressão; o da 2.ª, políticos. A regra manda flexionar o infinitivo da 2.ª oração quando ele tiver sujeito diferente do da oração principal. Mas nem todos são iguais perante as normas. Alguns são mais iguais. No infinitivo, os mais iguais são os verbos mandar, fazer, deixar, ver e ouvir. Com eles a flexão do infinitivo da 2.ª oração é facultativa. Assim, você pode dizer:
Vi os dois sair (ou saírem) da sala.
Ouvi os cães latir (ou latirem).
Deixai vir (ou virem) a mim as criancinhas.
Fiz os alunos estudar (ou estudarem) mais.
Governo manda os funcionários faltosos devolver (ou devolverem) o dinheiro.
Cuidado. A exceção tem limite apertado. Se o sujeito for um pronome átono, acabou a farra do infinitivo. Ele só pode ficar no singular:
Vi-os deixar a sala mais cedo.
Ouvi-as chegar.
Deixei-os sair.
Pressão sindical fê-los recuar.
Governo manda-os devolver o dinheiro.
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Houve adaptações.
PARA SABER MAIS
Grande abraço a todos.
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(16/3/2018)
Infinitivo flexionado - Pegadinha
As fantasias são para ser vividas.
Ser vividas? Serem vividas? Ah, dúvida! Terapeutas conjugais afirmam que, ao trair, homens e mulheres buscam experimentar fantasias difíceis de ser vividas nos arredores do leito conjugal.
Outra vez: difíceis de ser vividas? De serem vividas? É a armadilha do infinitivo. Melhor ir atrás da resposta. Preste atenção ao verbo. Ele é antecedido de preposição? Adote o singular:
Esses são os temas a ser tratados.
Há formas a ser desenvolvidas pelos expositores.
Muitas de suas afirmações são abrangentes demais para ser aceitas ao pé da letra.
O presentes foram forçados a sair.
Os clientes eram obrigados a esperar duas horas na fila.
As forças militares provocaram agitações e impediram os jornalistas de trabalhar.
Estudamos para aprender.
Os trabalhadores pararam para reivindicar melhores salários.
Essa regra tem uma exceção. Uma só. Não está ligada ao certo ou errado. Mas à clareza. Veja a frase:
Fechamos a janela para não sentir frio.
Certo? Certíssimo. Gramaticalmente a frase não tem reparos. Quem fechou a janela? Nós. Quem não vai sentir frio? Nós (o sujeito oculto é o mesmo da oração anterior).
Mas digamos que quem vai sentir frio não sejamos nós, mas outras pessoas. No caso, precisamos dizer quem faz o quê. O jeito é flexionar o infinitivo. Fazê-lo concordar com o sujeito a que se refere:
Fechamos a janela para não sentirem frio.
Guarde isto: infinitivo antecedido de preposição? A regra é o singular. A clareza ficou comprometida? Flexione o verbo. |
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Houve adaptações.
Texto extraído da revista Você S/A.
“Certa vez, ao assumir a presidência de uma companhia, um executivo encontrou seu antecessor, que tinha acabado de ser demitido. Durante a conversa, o antigo chefe disse ao substituto que deixaria a ele três envelopes lacrados e numerados e o aconselhou: “abra as cartas sequencialmente nos momentos de crise”. Alguns meses depois um problema sério surgiu, e o novo presidente leu a primeira mensagem, que dizia”: Culpe seu antecessor”. Foi isso que o CEO novato fez – e se sentiu melhor assim. Na segunda crise, o executivo retorna aos envelopes e leu o novo conselho: “Culpe a equipe”. Ele achou que aquilo era uma boa ideia e tomou essa atitude. Não demorou muito para que surgisse mais uma situação delicada e a última carta precisasse ser aberta. Desta vez, o recado era o seguinte: “Escreva três cartas”. Moral da história: um chefe que não assume a responsabilidade por seus erros, mais cedo ou mais tarde, será dispensado”.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(19/3/2018)
O gerúndio tem dois empregos pra lá de conhecidos. Um deles: forma locução verbal que indica ação em curso (estou lendo, foi saindo, comeu correndo). O outro: constrói orações adverbiais reduzidas. São estas:
Temporais: Passando pela rua, Maria entrou inesperadamente na loja. (Quando passava pela rua, Maria entrou inesperadamente na loja.)
Causais: Pressentindo que haveria confusão, Rafael antecipou a saída. (Porque pressentiu que haveria confusão, Rafael antecipou a saída.)
Concessivas: Mesmo não sendo alfabetizado, gostava de folhear livros e revistas. (Embora não fosse alfabetizado, gostava de folhear livros e revistas.)
Condicionais: Pensando bem, tudo era muito divertido. (Se pensar bem, tudo era muito divertido.)
Adjetivos: Viu a mulher dando esmola aos pobres. (Viu a mulher que dava esmola aos pobres.)
O gerúndio parece inocente. Mas não é. Lidar com ele exige uma visitinha aos evangelistas. "Orai e vigiai", aconselham eles. Com razão. Essa forma nominal impõe uma série de cuidados. Vamos a eles:
A oração reduzida de gerúndio exige a posposição do sujeito:
Baixando os juros, a taxa de câmbio vai despencar no dia seguinte (não escreva: os juros baixando...)
O gerúndio tem alergia ao embora. Embora saindo, embora sendo, embora trabalhando? Valha-nos, Deus! É a receita do cruz-credo. Fique com embora saia, embora seja, embora trabalhe.
Como oração adjetiva, só o gerúndio progressivo tem vez:
Vi Jesus expulsando os vendilhões do templo (isto é: Vi Jesus que estava expulsando os vendilhões do templo).
A índole da língua rejeita o emprego do gerúndio não progressivo em orações adjetivas. É o caso de:
Recebi uma caixa contendo quinze bombons.
O gerúndio , aí, não é progressivo (que estava contendo). Corrigindo:
Recebi uma caixa com vinte bombons.
Recebi uma caixa que continha vinte bombons.
Ufa! "Fujo do gerúndio como o diabo da cruz", confessou Graciliano Ramos. Faça o mesmo. Você acerta. O leitor agradece.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/3/2018)
A má escola fez vítimas por atacado. Além do subjuntivo, morto e enterrado, outra ganha destaque. Trata-se do s tempos compostos. Os casaizinhos caíram em desuso. Pouca gente sabe empregá-los. Mas eles fazem tanta falta. Que saudade! Antes de decifrar-lhes os segredos, convém dar uma espiadinha nas locuções verbais.
Locução verbal
O processo fortalecia a competitividade da indústria dos Estados Unidos nos mercados mundiais e deu às potências industriais forte influência no planejamento em muitos países emergentes mesmo depois de terem alcançado a independência financeira.
O acordo, de novo promovido pelos Estados Unidos, dispunha-se a liberalizar o comércio. Os devedores dos Estados Unidos foram reduzindo as manobras.
Em cada uma das orações, a ação verbal vem indicada por mais de um verbo. Em outras palavras — por uma locução verbal:
terem alcançado
dispunha-se a liberalizar
foram reduzindo
Os dois verbos expressam uma só ação. O verbo principal — o que realmente expressa a ação, como alcançar, liberalizar e reduzir — vem sempre numa forma nominal:
alcançado — particípio
liberalizar — infinitivo
reduzindo — gerúndio
O verbo que se combina com o mandachuva — no caso, ter, dispor-se e ir — chama-se auxiliar. Ele parece sempre flexionado em pessoa, número tempo e modo. Veja:
terem alcançado
(3.ª pessoa do plural do infinitivo flexionado)
dispunha-se a liberalizar
(3.ª pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo)
foram reduzindo
(3.ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo)
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Dica 892 (21/3/2018)
Tempos compostosEntre as locuções verbais, encontram-se os tempos compostos. A duplinha é locução verbal metida a besta. Elitista, só se forma com os auxiliares ter e haver mais o particípio. Além disso, sofre de limitação. Sempre — sempre mesmo — indica passado. É um show de nuanças. Quer ver? Compare as orações destacadas:
Pressinto que ele não chegue a tempo.
Pressinto que ela não tenha chegado a tempo.
Os tempos compostos aparecem no indicativo, no subjuntivo e nas formas nominais. Serão apresentados nas próximas dicas.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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Tempos compostos do indicativo
São quatro: o pretérito perfeito, o pretérito mais-que-perfeito, o futuro do presente e o futuro do pretérito. Vamos a eles:
Pretérito perfeito composto
Ingredientes: presente do indicativo do verbo ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu tenho estudado
tu tens estudado
ele tem estudado
nós temos estudado
vós tendes estudado
eles têm estudado
Observe o emprego da duplinha:
Ultimamente, o FMI tem socorrido os países endividados da América Latina.
Nestes últimos meses, tenho feito um curso de português a distância.
Tem chovido muito nos últimos anos.
O pretérito perfeito composto indica uma ação que se inicia no passado e se prolonga até o presente. Quando dizemos, por exemplo, que o "FMI tem socorrido os países endividados", afirmamos que o FMI começou a socorrer no passado e mantém o socorro. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(23/3/2018)
Pretérito mais-que-perfeito composto
Ingredientes: imperfeito do indicativo do verbo ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu tinha (havia) estudado
tu tinhas (havias) estudado
ele tinha (havia) estudado
nós tínhamos (havíamos) estudado
vós tínheis (havíeis) estudado
eles tinham (haviam) estudado
Eis exemplos:
Quando o presidente chegou, o secretário já havia analisado os termos do acordo.
Quando saí, a chuva já havia passado.
Ao mandar a ordem de pagamento, Paulo já havia conferido o saldo.
O pretérito mais-que-perfeito composto denota uma ação anterior a outra já passada. Assim, no primeiro período, quando o presidente chegou (ação passada), o secretário já havia analisado os termos do acordo. (O secretário analisou os termos do acordo antes de o presidente chegar) |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Se seu problema tem solução, então não há com que se preocupar.
Se seu problema não tem solução, toda preocupação será em vão.
(Provérbio tibetano)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(26/3/2018)
Futuro do presente composto
Ingredientes: futuro do presente do verbo ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu terei estudado
tu terás estudado
ele terá estudado
nós teremos estudado
vós tereis estudado
eles terão estudado
Veja:
Pedro já terá escrito a carta quando eu viajar.
Eu já terei saído quando você chegar.
Os técnicos já terão analisado os documentos quando chegar o dia da reunião.
Ao voltar aos Estados Unidos, o presidente terá mantido muitos contatos. No caso, terão prevalecido os argumentos mais consistentes.
Eu terei lido a carta de intenções antes de viajar.
No fim deste ano, o comércio internacional terá vivido seu maior desafio.
O futuro do presente composto denota uma ação concluída antes que outra aconteça. No primeiro exemplo, Paulo escreveu a carta antes de eu viajar. Chique, não? |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(27/3/2018)
Futuro do pretérito composto
Ingredientes: futuro do pretérito do verbo ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu teria (haveria) cantado
tu terias (haverias) cantado
ele teria (haveria) cantado
nós teríamos (haveríamos) cantado
vós teríeis (haveríeis) cantado
eles teriam (haveriam) cantado
Observe:
Se pudesse, eu teria lido previamente a nova proposta.
Se tivesse recebido o décimo terceiro salário, teria visitado meus pais no recesso de Natal.
Caso conseguisse autorização, teria demitido o secretário.
O futuro do pretérito composto indica uma ação que poderia ter-se realizado no passado, mas não se realizou. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(28/3/2018)
Tempos compostos do subjuntivo
São três: o pretérito perfeito, o pretérito mais-que-perfeito e o futuro. Que tal fazer-lhes uma visitinha?
Pretérito perfeito composto
Ingredientes: presente do subjuntivo do verbo ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu tenha (haja) estudado
tu tenhas (hajas) estudado
ele tenha (haja) estudado
nós tenhamos (hajamos) estudado
vós tenhais (hajais) estudado
eles tenham (hajam) estudado
Vejam exemplos:
Ele espera que o Brasil tenha cumprido as metas.
Você duvida que ele haja feito o trabalho?
Consta que ele tenha discutido com o superior hierárquico.
O pretérito perfeito composto do subjuntivo é empregado para completar um verbo no presente do indicativo (espera, duvida, consta) e exprime uma ação que deve ter ocorrido no passado (tenha cumprido as metas, haja feito o trabalho, tenha discutido). |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída a Reinhold Niebuhr:
"Que tenhamos serenidade para aceitar as coisas que não podemos mudar,
coragem para mudar as que podemos
e sabedoria para distinguir umas das outras."
Grande abraço, bom feriado e feliz Páscoa a todos.
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2/4/2018
Pretérito mais-que-perfeito composto
Ingredientes: imperfeito do subjuntivo do verbo ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu tivesse (houvesse) estudado
tu tivesses (houvesses) estudado
ele tivesse (houvesse) estudado
nós tivéssemos (houvéssemos) estudado
vós tivésseis (houvésseis) estudado
eles tivessem (houvessem) estudado
Observe:
Eu teria comprado este casaco se o tivesse visto antes.
Se nós tivéssemos ido a Belém, teríamos visitado o Mercado Ver-o-Peso.
Caso tivesse estudado, Marcelo teria conseguido passar no vestibular.
O pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo é empregado para indicar uma condição que teria que ser satisfeita no passado (ter visto o casaco, ter ido a Belém, ter estudado) para que se tivesse concretizado a ação principal (comprar o casaco, visitar o Mercado Ver-o-Peso, passar no vestibular). |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(3/4/2018)
Futuro composto
Ingredientes: futuro do subjuntivo dos verbos ter ou haver + o particípio do verbo principal:
eu tiver (houver) estudado
tu tiveres (houveres) estudado
ele tiver (houver) estudado
nós tivermos (houvermos) estudado
vós tiverdes (houverdes) estudado
eles tiverem (houverem) estudado
Veja:
Se eu não tiver viajado, irei ao escritório do advogado.
Comprarei a passagem depois que já tiver recebido o dinheiro.
O futuro composto do subjuntivo indica uma ação que precisa ser concretizada no futuro (não viajar, receber o dinheiro) pra que se realize outra ação futura (ir ao escritório, comprar a passagem). |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(4/4/2018)
Formas nominais compostas
Duas formas nominais podem apresentar duplinhas: o infinitivo e o gerúndio.
Infinitivo composto
Ingredientes: o infinitivo dos verbos ter e haver + o particípio do verbo principal:
eu ter (haver) estudado
tu teres (haveres) estudado
ele ter (haver ) estudado
nós termos (havermos) estudado
vós terdes (haverdes) estudado
eles terem (haverem) estudado
Gerúndio composto
Ingredientes: gerúndio dos verbos ter ou haver + o particípio do verbo principal:
Tendo (havendo) estudado
Compare:
Por ter morado vários anos nos Estados Unidos, Paulo sabe falar perfeitamente a língua inglesa.
Tendo morado vários anos nos Estados Unidos, Paulo sabe falar perfeitamente a língua inglesa.
Por ter estudado os verbos, eu me exprimo com mais correção.
Tendo estudado os verbos, eu me exprimo com mais correção.
Por ter trabalhado muito, conseguimos economizar o suficiente para viajar.
Tendo trabalhado muito, conseguimos economizar o suficiente para viajar.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(5/4/2018)
A galeria de verbos exibe gama enorme de variedades. Além dos regulares e irregulares, há os muito especiais. Caprichosos, são cheios de artes e manhas. Alguns só se conjugam na 3.ª pessoa do singular. São os impessoais. Outros, sovinas, economizam pessoas, tempos ou modos. Trata-se dos defectivos. Há também os generosos. Com mais de uma forma, chamam-se abundantes. A propósito do assunto, Celso Cunha escreveu:
Há verbos que são usados apenas em alguns tempos, modos ou pessoas.
As razões que provocam a falta de certas formas verbais são múltiplas e
nem sempre apreensíveis. Muitas vezes é a própria ideia expressa pelo
verbo que não pode aplicar-se a determinadas pessoas.
No seu significado próprio, os verbos que exprimem fenômenos da natureza, como chover, trovejar, ventar, só aparecem na 3.ª pessoa do singular; os que indicam vozes de animais, como ganir, zurrar, normalmente só se empregam na 3.ª pessoa do singular e do plural. Os primeiros recebem o nome de impessoais; os últimos, unipessoais.
Outras vezes, o desuso de uma forma verbal se deve à pronúncia desagradável ou à confusão com uma forma de outro verbo, de emprego mais frequente. A razões eufônicas atribui-se, por exemplo, a falta da 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo e, consequentemente, de todas as pessoas do presente do subjuntivo do verbo abolir; a homofonia com formas do verbo falar justifica a inexistência das formas rizotônicas do verbo falir.
É aí que a porca torce o rabo. Como a caracterização do que é agradável ou desagradável ao ouvido depende do gosto do freguês, há discordâncias entre os gramáticos em estabelecer os casos de lacuna verbal aconselhados por motivos eufônicos. Aos verbos que não têm a conjugação completa consagrada pelo uso chamamos de defectivos.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(6/4/2018)
Existem verbos generosos e sovinas. Os generosos têm mais de uma forma. No particípio, por exemplo. O particípio regular é comum, igual ao de todos os mortais. Termina em -ado (matado) e -ido (extinguido). O irregular é magrinho, reduzido (morto, extinto).
Valem exemplos de generosidade: aceitar (aceitado, aceito); entregar (entregado, entregue); expressar (expressado, expresso); expulsar (expulsado, expulso); matar (matado, morto); salvar (salvado, salvo); soltar (soltado, solto).
Há mais. Acender (acendido, aceso); benzer (benzido, bento); eleger (elegido, eleito); prender (prendido, preso); romper (rompido, roto); suspender (suspendido, suspenso), concluir (concluído, concluso); imprimir (imprimido, impresso); inserir (inserido, inserto); omitir (omitido, omisso); submergir (submergido, submerso).
Quando usar um e outro?
Tudo tem preço. Os verbos abundantes dão e cobram. Dão variedade de expressão. Cobram especialização no emprego. Use o particípio regular com os verbos ter e haver; o irregular, com ser e estar:
A polícia tinha (havia) matado o ladrão antes de prendê-lo.
O ladrão foi morto antes de ser preso. O ladrão está morto.
Mais exemplos:
O governo tinha (havia) expulsado os traficantes estrangeiros.
Os traficantes foram expulsos. Estão expulsos.
No primeiro turno, os franceses haviam elegido um político conservador.
O político conservador seria eleito de qualquer forma. Estava eleito já no primeiro turno.
Alguns verbos, como as pessoas, não são só generosos. São permissivos. Com eles, não há especialização. Vale tudo. Ou melhor, quase tudo. Por haver uma tendência à economia, certos particípios irregulares empregam-se também com os verbos ter e haver. Quer ver?
Aceitar (ele tinha aceitado ou tinha aceito); eleger (eu tinha elegido ou tinha eleito); salvar (eu tinha salvado ou tinha salvo); matar (havia matado ou havia morto); frigir (havia frigido ou havia frito).
Quer um conselho? Não se confunda. Fique com a regra geral. Use o particípio regular com ter e haver; o irregular, com ser e estar. Com ela, você acertará sempre.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída a Millôr Fernandes:
"Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim."
Bom fim de semana e grande abraço a todos.
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(10/4/2018)
Os sovinas jogam no time oposto ao dos generosos. Defectivos, não se conjugam em todas as pessoas e tempos. Os pães-duros se dividem em duas equipes.
1 - Verbos que não possuem a 1.ª pessoa do singular do presente do indicativos e, consequentemente, os tempos e pessoas dela derivados — o presente do subjuntivo, o imperativo negativo e parte do imperativo afirmativo (a 3.ª pessoa do singular e do plural e a 1.ª pessoa do plural).
Repare na conjugação de abolir:
Presente do indicativo: tu aboles, ele abole, nós abolimos, vós abolis, eles abolem
Presente do subjuntivo: —
Imperativo afirmativo: aboli vós
Imperativo negativo: —
Como abolir conjugam-se, entre outros: aturdir, banir, brandir, carpir, demolir, emergir, fulgir, fremir, retorquir.
2 - Verbos que, no presente do indicativo, só se conjugam nas formas arrizotônicas (pessoas em que o acento tônico da palavra recai na terminação). Eles apresentam duas marcas. Uma: não têm nenhuma das pessoas do presente do subjuntivo nem do imperativo negativo. a outra: têm só a 2.ª pessoa do plural do imperativo afirmativo.
Vale o exemplo do verbo falir:
Presente do indicativo: falimos, falis
Presente do subjuntivo: —
Imperativo afirmativo: fali vós
Imperativo negativo: —
No time do falir se conjugam aguerrir, comedir-se, delinquir, foragir-se, remir, adequar, precaver-se e reaver.
Você poderá perguntar: como tapar o buraco deixado por tais verbos? O jeito é substituí-los por outros de sentido equivalente. Diga, por exemplo, "abro falência" em lugar da 1.ª pessoa do presente do indicativo do verbo falir. Utilize o regular redimir em vez do defectivo remir. Etc. Etc. Etc. A criatividade e a riqueza de vocabulário são o limite.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(11/4/2018)
Imagine a cena. O presidente da República pede cadeia nacional de televisão. Em pleno horário nobre, olhos firmes na tela, declara:
— Eu exonerei ontem.
Curiosos, os brasileiros perguntariam:
— Exonerou quem?
O mesmo aconteceria se o sorridente Sílvio Santos se vangloriasse:
— Eu distraio aos domingos.
— Distrai quem?, indagariam as tietes enciumadas.
Essa história ocorre nos verbos transitivos diretos. Coitados! Incompletos, não conseguem dar o recado sozinhos. Precisam de socorro — o objeto direto que duramente aprendemos na escola. Lembra-se da fórmula?
Tomemos o exemplo de comprar. Quem compra compra alguma coisa.
Minha filha comprou um presente.
Comprou o quê?
um presente = objeto direto.
E o verbo exonerar? Quem exonera exonera alguém. O presidente exonerou o ministro. O ministro, no caso, é o objeto direto. E o Sílvio Santos? Quem distrai distrai alguém. O Sílvio distrai o público.
Faz e leva
A língua é cheia de artimanhas. Às vezes a mesma pessoa pratica e sofre a ação. É, ao mesmo tempo, sujeito e objeto direto. Aí, o pronome átono funciona como complemento. Quer ver?
Eu me feri.
Polivalente, o sujeito, eu, fere e é ferido. Me é o objeto direto.
Exemplos não faltam: acender (alguém acende a luz, mas a luz acende-se), apagar (alguém apaga a luz, mas a luz apaga-se), aposentar (o INSS aposenta o trabalhador, mas o trabalhador aposenta-se), complicar (alguém complica a vida do outro, mas ele se complica), derreter (o calor derrete o sorvete, mas o sorvete se derrete).
Há mais. Encerrar (o apresentador encerra o programa, mas o programa se encerra), esgotar (o repórter esgota a matérias, mas a matéria se esgota), estragar (o sol estraga a fruta, mas a fruta se estraga), esvaziar (o líder esvaziou a sessão, mas a sessão se esvaziou), formar (a universidade forma o aluno, mas o aluno se forma), iniciar (o presidente inicia a reunião, mas a reunião se inicia).
É isso. Quando o sujeito pratica se sofre a ação, o pronome tem de aparecer — firme, inelutável: eu me separo, tu te separas, Charles se separa, nós nos separamos, Charles e Camilla se separam.
Atenção, navegantes. Suicidar-se é sempre pronominal. Quem conhece a origem do verbo acha estranho. O caprichoso vem do latim. É formado de sui (de si, a si) + cídio (matar). Significa matar a si mesmo. No duro, não precisaria do complemento. Mas o teimoso bate pé. Exige o pronome e não abre. Manda quem pode. Obedece quem tem juízo: eu me suicido, ele se suicida, nós nos suicidamos, eles se suicidam.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(9/4/2018)
ATENÇíO AO BOLSO
Todos são iguais perante a lei? Nem todos. Há os mais iguais. São os privilegiados. Eles podem tudo. É o caso de três verbinhos muito especiais. O trio se relaciona com a parte para lá de sensível do corpo. O bolso, claro.
Ganhar, gastar e pagar são sovinas. Têm dois particípios. Um é regular (ganhado, gastado, pagado). O outro, irregular (ganho, gasto, pago).
Mas os pães-duros dispensam o compridão. (Pra que esbanjar uma sílaba?) No português contemporâneo, só se usam com o particípio irregular. Veja como a forma soa natural:
A empresa tinha (havia) ganho a concorrência.
A concorrência foi (está) ganha. Viva!
Ao chegar em casa, Paulo tinha (havia) gasto todo o salário. A mulher o mandou passear.
O salário de Paulo foi (está) gasto.
Quando chegou à agência, Bia tinha (havia) pago as contas. Pôde, então, trabalhar sossegada.
A conta de Bia foi (está) paga.
E pegar? Ele só tinha o particípio regular (pegado), que se usava com qualquer auxiliar (tem pegado, havia pegado, foi pegado, está pegado). Mas o Aurélio registrou a forma pego. E ela pegou. Praticamente desbancou a outra (foi pego, está pego, havia pego, tinha pego). Feia, não? Fuja dela. Substitua-a por apanhado.
Resta a questão: se alguém usar o particípio regular com os auxiliares ter e haver ganha puxão de orelha? É o caso do tinha ganhado, havia gastado e tinha pagado. Não. Mas soa estranho. Sabe por quê? Acontece com a língua o mesmo que com a mulher de César. Ela não só tinha de ser honesta. Precisava parecer honesta. Na língua, a forma não só tem de estar correta. Precisa parecer correta.
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Grande abraço a todos.
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(12/4/2018)
Leia a frase:
As três estruturas foram ligadas umas às outras por uma regra que proibia o Banco Mundial de fazer empréstimos a qualquer país que se recusasse a entrar para o FMI ou a obedecer ao GATT.
Compare-a com:
Uma regra que proibia o Banco Mundial de fazer empréstimos a qualquer país que se recusasse a entrar para o FMI ou obedecer ao GATT ligou as três estruturas umas às outras.
Você notou que, no 2.º parágrafo, uma regra, sujeito da oração, pratica a ação expressa pelo verbo? Quem ligou? A resposta é o sujeito uma regra. Por isso o verbo está na voz ativa.
Já no 1.º parágrafo, "As três estruturas foram ligadas umas às outras por uma regra", o sujeito — as três estruturas — sofre a ação. É paciente. O verbo está na voz passiva.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
As duas próximas dicas tratarão da voz passiva analítica e da voz passiva sintética ou pronominal.
Grande abraço a todos.
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(13/4/2018)
Há duas maneiras de formar a voz passiva. A primeira, chamada analítica, se constrói principalmente com o verbo auxiliar ser. A segunda, denominada sintética ou pronominal, com o pronome apassivador se.
Voz passiva analítica
Ingredientes: o verbo auxiliar ser, conjugado em todas as formas, seguido do particípio do verbo principal:
Compare as duas estruturas:
O FMI socorre as nações membros.
As nações membros são socorridas pelo FMI.
O FMI socorria as nações membros.
As nações membros eram socorridas pelo FMI.
O FMI socorreu as nações membros.
As nações membros foram socorridas pelo FMI.
O FMI socorrerá as nações membros.
As nações membros serão socorridas pelo FMI.
O FMI socorreria as nações membros.
As nações membros seriam socorridas pelo FMI.
O FMI está socorrendo as nações membros.
As nações membros estão sendo socorridas pelo FMI.
O FMI estava socorrendo as nações membros.
As nações membros estavam sendo socorridas pelo FMI.
O FMI tem socorrido as nações membros.
As nações membros têm sido socorridas pelo FMI.
O FMI tinha socorrido as nações membros.
As nações membros tinham sido socorridas pelo FMI.
Quero que o FMI socorra as nações membros.
Quero que as nações membros sejam socorridas pelo FMI.
Quis que o FMI socorresse as nações membros.
Quis que as nações membros fossem socorridas pelo FMI.
Os governos entenderão tudo quando o FMI socorrer as nações membros.
Os governos entenderão tudo quando as nações membros forem socorridas pelo FMI.
Não podemos financiar o projeto.
O projeto não pode ser financiado por nós.
O Brasil deve pagar hoje a parcela da dívida vencida.
A parcela da dívida vencida deve ser paga pelo Brasil hoje.
O relatório precisa revelar a verdade.
A verdade precisa ser revelada pelo relatório.
Atenção: aonde a voz ativa vai, a passiva vai atrás. Se numa o sujeito é indeterminado, na outra também será. O agente fica no ar:
Emprestaram dinheiro ao Brasil. (voz ativa)
Dinheiro foi emprestado ao Brasil. (voz passiva)
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Frase atribuída a Abraham Lincoln:
"Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."
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(16/4/2018)
Compare as orações. A primeira está construída com o verbo na voz passiva analítica. O segundo, na voz passiva sintética:
O programa é discutido.
Discute-se o programa.
Reparou? Forma-se a passiva sintética com o verbo na 3.ª pessoa (singular ou plural) + a partícula se:
Perdeu-se o documento.
O documento foi perdido.
Documento é o sujeito da oração. O verbo concorda com ele.
Perderam-se os documentos.
Os documentos foram perdidos.
Documentos é o sujeito da oração. O verbo concorda com ele.
Tanto na passiva sintética quanto na analítica, o verbo concorda com o sujeito. É lei. E lei existe para ser cumprida. Compare: Uma casa é alugada na praia. Aluga-se uma casa na praia. Casas são alugadas na praia. Alugam-se casas na praia. Motorista seria admitido. Admitir-se-ia motorista. Motoristas seriam admitidos. Admitir-se-iam motoristas. |
Nas passiva sintética, se você tiver dúvida quanto à concordância, não se desespere. Nada menos que 99% dos brasileiros passam pelo mesmo aperto. Há saída. Construa a frase na passiva analítica. O verbo manterá o número (singular ou plural) nas duas vozes:
Vende-se carros usados? Vendem-se carros usados? (voz passiva sintética ou pronominal)
Carros usados são vendidos. (voz passiva analítica)
Logo:
Vendem-se carros usados.
(O verbo concorda com o sujeito carros)
Compare o troca-troca:
Informação será dada.
Dar-se-á informação.
Informações serão dadas.
Dar-se-ão informações.
Daqui tudo foi visto.
Daqui se viu tudo.
Brinde era pedido com insistência.
Pedia-se brinde com insistência.
Brindes eram pedidos com insistência.
Pediam-se brindes com insistência.
Talvez o carro seja vendido.
Talvez se venda o carro.
Talvez os carros sejam vendidos.
Talvez se vendam os carros.
Resumo da ópera: como diz Eno Teodro Wanke, "No princípio era o verbo. Depois veio o sujeito e os outros predicados — os objetos, os adjuntos, os complementos, os agentes, essas coisas. E Deus ficou contente. Era a primeira oração." Amém.
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(17/4/2018)
"Dê-me um cigarro / Diz a gramática /
Do professor e do aluno / E do mulato sabido //
Mas o bom negro e o bom branco /
Da nação brasileira / Dizem todos os dias /
Deixa disso camarada / Me dá um cigarro."
Oswald de Andrade.
Pronome, pra que te quero? Pra muitas funções. Uma delas: acompanhar o substantivo. E, no galanteio do ir junto, dar-lhe nuanças de posse, sugerir indefinições, indicar situação no espaço e no tempo. Outra: substituir o nome. No papel vicário, assumir as vezes de sujeito, objeto, complemento. A mais importante: dar elegância à frase. Além dessa, tem outras importantes funções: evita repetições, dá adeus à monotonia, brinda o enunciado com variedade.
Para chegar lá, uma condição se impõe: conhecer as manhas de possessivos, demonstrativos, indefinidos. Um vacilo — a troca de uma letra, a falta ou excesso de um artigo — pode pôr a perder enorme esforço de pesquisa e redação. O emprego do seu, sua; do este, esse, aquele; de todo, todos, todos os; do lhe, o, a; do si, si mesmo; do onde, cujo, que & cia. são calos no pé. Removê-los exige mais que uma visita ao calista. Pressupõe modéstia, desapego e, sobretudo, vontade de acertar.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/4/2018)
Pronomes relativos? Valha-nos, Deus! São o calo mais doloroso da língua. Poucos lhes entendem as manhas. Que, cujo, onde & cia. atrapalham jornalistas, advogados, estudantes, executivos. Ninguém escapa. É grave. O relativo tem função pra lá de importante no período. Conhecê-la assegura pontos no vestibular, promoção em concursos, aprovação em mestrados e doutorados. E, de quebra, abre as portas de bons empregos.
O relativo tem compromisso com a elegância. Detesta repetição de palavras. Para evitar a dose dupla, substitui o vocábulo que já apareceu. Se ele indicar lugar, é a vez do onde. Se posse, do cujo. Na maioria das vezes, do que. Veja exemplos:
A cidade fica em Minas Gerais. Na cidade chove todos os dias.
A palavra repetida? É cidade. No caso, indica lugar. O onde pede passagem:
A cidade onde chove todos os dias fica em Minas.
O livro está esgotado. O autor do livro recebeu o prêmio Jabuti.
Livro é o repeteco. Indica posse (seu autor). É a vez do cujo:
O livro cujo autor recebeu o prêmio Jabuti está esgotado.
JK foi prefeito de Belo Horizonte. JK construiu Brasília.
O termo referido antes é JK. Funciona como sujeito. Venha, que:
JK, que construiu Brasília, foi prefeito de Belo Horizonte.
Brasília mantém-se moderna quase 50 anos depois de construída. Todos admiramos Brasília.
Brasília é a dose dupla. No segundo período, funciona como objeto direto. O que é o dono do lugarzinho:
Brasília, que todos admiramos, mantém-se moderna quase 50 anos depois de construída.
O ministro deve deixar o governo em poucos dias. O depoimento do ministro impressionou a CPI.
O já dito? É ministro. Por indicar posse, pede socorro ao cujo:
O ministro, cujo depoimento impressionou a CPI, deve deixar o governo em poucos dias.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/4/2018)
Acontece com as palavras o mesmo que com os homens. Algumas têm olho grande. Avançam nos bens das outras. Os relativos são vítimas de roubo pra lá de impiedoso. Muita gente os priva da preposição que os deve anteceder. O resultado é um só. Perde a língua. Perde o leitor.
Vale repetir: o pronome relativo detesta repetição de palavras. Para evitá-la, substitui o vocábulo dose dupla. E, claro, assume a função do termo substituído. Pode ser sujeito, objeto, adjunto, complemento. Se o original for acompanhado de preposição, ela se manterá.
Que termos exigem preposição? Em geral, o objeto indireto e o adjunto adverbial.
A garota mora em Belô. Gosto da garota.
O termo repetido? É garota. Funciona como objeto indireto (Quem gosta gosta de alguém.) O objeto indireto pede preposição. No caso, de. Na substituição, o pronome será objeto indireto e manterá o de:
A garota de que gosto mora em Belô.
Paulo Coelho faz sucesso na Europa. Os críticos duvidam da qualidade literária de Paulo Coelho.
Termo repetido: Paulo Coelho (indica posse). Funciona como objeto indireto. (Quem duvida duvida de alguma coisa.) No troca-troca, o de permanece:
Paulo Coelho, de cuja qualidade literária os críticos duvidam, faz sucesso na Europa.
Na palestra, os presentes puderam apreciar melhor os slides. Na palestra o expositor se sentou na mesa.
Termo repetido: na palestra (indica lugar). Funciona como adjunto adverbial do objeto direto. (Quem se senta se senta em algum lugar.) O em fica firme e forte antes do relativo:
Na palestra em que o expositor se sentou na mesa, os presentes puderam apreciar melhor os slides.
O livro foi escrito no século 19. Referi-me ao livro.
Termo repetido — livro. Funciona como objeto indireto (quem se refere se refere a alguma coisa ou a alguém). A preposição original não arreda o pé:
O livro a que me referi foi escrito no século 19.
Resumo da ópera: quem foi rei nunca perde a majestade. Na re-estrutura, a preposição mantém o cetro e a coroa.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/4/2018)
Os pronomes relativos pegam a moçada pelo pé. Campeões de erros, rouba pontos a granel. O problema é o troca-troca. Estudantes, jornalistas, advogados, executivos chutam com gosto. O onde toma o lugar do em que, quando, aonde e que. Ufa! É o fominha da oração. Mas existem outros famintos. Um deles: que. Ao menor descuido, lá está ele no papel de outro. O cujo é freguês.
Que x cujo
O cujo é pra lá de especial. Pra figurar na frase, impõe uma condição — indicar posse. Fora isso, é bom bater em outra freguesia. Examine a caminhada do danadinho:
A mulher mora em Brasília. O filho da mulher passou no vestibular.
Que tal juntar as duas orações? O pronome relativo se presta ao papel. Ele substitui o termo repetido. Qual é ele? Mulher. Da mulher exprime posse. (Filho de quem? Dela.) O cujo pede passagem:
A mulher cujo filho passou no vestibular mora em Brasília.
Veja esta:
Paulo Coelho, que os livros fazem sucesso nos cinco continentes, pertence à Academia Brasileira de Letras.
Cruz-credo! Alguma coisa está mal. O quê? Vamos ao desmembramento do período:
Paulo Coelho pertence à Academia Brasileira de Letras. Os livros de Paulo Coelho fazem sucesso nos cinco continentes.
Há um usurpador no pedaço. Que roubou o lugar de cujo. Afinal, de Paulo Coelho fala de posse:
Paulo Coelho, cujos livros fazem sucesso nos cinco continentes, pertence à Academia Brasileira de Letras.
Mais esta:
Brasília, que o trânsito é o mais civilizado do país, tem, proporcionalmente, a maior frota de carros do Brasil.
Alguma coisa cheira mal. O que será? O desmembramento dirá:
Brasília tem, proporcionalmente, a maior frota de carros do Brasil. O trânsito de Brasília é o mais civilizado do Brasil.
Eureca! De Brasília indica posse. Abram alas, que o cujo quer passar:
Brasília, cujo trânsito é o mais civilizado do país, tem, proporcionalmente, a maior frota de carros do Brasil.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída a Mário Sérgio Cortella:
"Todo preconceituoso é covarde. O ofendido precisa compreender isso."
Comentário extraído do sítio www.pensador.com:
...'Ele (Cortella) diz que "o preconceito tem duas fontes: a covardia e a tolice." e que pessoas preconceituosas precisam rebaixar outras para se elevarem.
Compreender isso pode ser a chave para a reação do oprimido.'
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(Relativa a 23/4/2018)
Cada macaco tem o seu galho. Passar pro do outro é arriscado. Pode matar amores, retardar promoções e adiar a entrada na universidade. Diante do risco, o bom senso fala alto. Aconselha entender o emprego de dois relativos que armam ciladas a torto e a direito. Desvendado o mistério, fica uma certeza. É acertar ou acertar.
Que ou o qual? Quase sempre que. O qual só é obrigatório se preencher uma condição: ser antecedido de preposição com mais de duas sílabas. É o caso de perante, diante.
Veja:
Recebeu aplausos do público perante o qual falou na semana passada.
Compare:
Recebeu aplausos do público perante que falou na semana passada.
Esquisito, não? Soa mal. Nosso ouvido não merece.
Os universitários diante dos quais me manifestei chegaram ontem.
Certíssimo. Diante tem três sílabas. Dá passagem a o qual. Compare:
Os universitários diante de que me manifestei chegaram ontem.
Nossa! Coisa feia! Venha, o qual!
Se a preposição tem menos de três sílabas, o emprego de o qual fica a gosto do freguês:
A universidade sobre a qual lhe falei tem os melhores professores do país.
A universidade sobre que lhe falei tem os melhores professores do país.
Viu? Sobre tem duas sílabas. Os dois pronomes tê vez. Qual deles você prefere? Use-o sem medo.
O livro ao qual me referi é de João Ubaldo Ribeiro.
O livro a que me referi é de João Ubaldo Ribeiro.
As duas construções pegam bem. Você escolhe.
É isso. O qual só tem vez se for antecedido de preposição. Mas será obrigatório apenas num caso — quando a preposição tiver mais de duas sílabas.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(24/4/2018)
O onde, coitado, virou curinga, Mas curinga não é. Um dos abusos contra ele é usá-lo no lugar de em que. Xô! O onde tem emprego pra lá de restrito. Indica lugar físico:
A cidade onde nasci fica no litoral.
O onde se refere a cidade. É bem-vindo. Cidade é lugar pra lá de físico.
Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá.
O onde se refere a palmeiras, lugar físico. Palmas pra ele e pro Gonçalves Dias, o maranhense que escreveu os versos famosos da "Canção do exílio".
Apesar do papel bem definido, muitos abusam do onde. Usam-no em contexto diferente daquele para o qual foi criado. Quer ver? Exemplos pululam a torto e a direito. Aprecie os desvios:
O discurso onde o presidente acusou os pecuaristas não convenceu os críticos.
O século onde se desenvolveu a teoria da informação acabou há pouco.
Fixou-se no pensamento onde o filósofo destaca a decadência política.
Viu? O onde se refere a discurso, século e pensamento. As três palavras não têm parentesco nem remoto com lugar físico. O em que pede passagem:
O discurso em que o presidente acusou os pecuaristas não convenceu os críticos.
O século em que se desenvolveu a teoria da informação acabou há pouco.
Fixou-se no pensamento em que o filósofo destaca a decadência política.
Guarde isto: na disputa com o em que, o onde só tem vez quando indica lugar físico. No mais, o dissílabo se recolhe. Dá vez à duplinha.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(25/4/2018)
Cada macaco no seu galho. Certo? Certíssimo. Mas o onde não está nem aí pra velha sabedoria popular. Volta e meia se esquece da própria função e invade o espaço do quando. Em vez de indicar lugar, indica tempo.
Analise:
Fala-se de honestidade onde se deveria falar de inidoneidade.
Foi em 1922, onde houve a Semana de Arte Moderna, que se comemorou o centenário da Independência do Brasil.
Na atual conjuntura, onde todos querem tirar vantagem, o povo precisa reagir.
Reparou? O onde roubou a vez do quando. Rua pra ele:
Fala-se de honestidade quando se deveria falar de inidoneidade.
Foi em 1922, quando houve a Semana de Arte Moderna, que se comemorou o centenário da Independência do Brasil.
Na atual conjuntura, quando todos querem tirar vantagem, o povo precisa reagir.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(26/4/2018)
De uma coisa ninguém duvida. O aonde é uma respeitável palavra casada. Resulta do encontro irresistível da preposição a com o pronome onde. Mas a união não se dá sem mais nem menos. Há requisitos.
Só corre com verbos de movimento que exigem a preposição a. O verbo ir, por exemplo. Quem vai vai a algum lugar:
Aonde você vai?
Vou ao Recife.
Não sei aonde você vai.
Gostaria que me dissesse aonde você vai.
Chegar joga no mesmo time. É verbo de movimento que pede a preposição a (que chega chega a algum lugar):
Cheguei a João pessoa.
Aonde o pacote econômico quer chegar?
Sei mais ou menos aonde ele quer chegar.
Ela provou quem tem capacidade para chegar aonde chegou.
Conduzir não fica atrás. Preenche as duas condições da união feliz (quem conduz conduz a algum lugar):
Aonde nos conduzirão os caprichos do governo?
Ninguém sabe aonde as medias nos conduzirão.
Atenção, precipitado. Para merecer o aonde, o verbo tem de preencher as duas condições. Uma só não é suficiente. Assistir, por exemplo, pede a preposição a. Mas não indica movimento. Pular indica movimento. Mas não aceita a preposição a. Com eles & cia., o aonde não tem vez. Não tem vez também nestas frases:
Onde você está?
Gostaria de saber onde você está.
Estar não indica movimento nem exige a preposição a (quem está está em algum lugar).
Não me disse aonde pretende trabalhar quando concluir o curso. (inadequado)
Trabalhar não preenche nenhuma das condições. Com ele, só o onde tem passagem:
Não me disse onde pretende trabalhar quando concluir o curso. (adequado)
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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Que ou onde? Depende. O onde indica lugar:
Na cidade onde moro, há cerca de 50 instituições de nível superior.
Quem mora mora em algum lugar. O onde merece nota 10.
Em tudo onde fala revela ignorância. (inadequado)
Quem fala fala em alguma coisa. Alguma coisa não tem parentesco com lugar. O que pede passagem:
Em tudo que fala revela ignorância.
Outro exemplo:
Na reportagem, onde assina com outro jornalista, o repórter explica as causas do acidente. (inadequado)
Quem assina assina alguma coisa. O quê? A reportagem. Convenhamos: reportagem não é lugar. Xô, onde!
Na reportagem, que assina com outro jornalista, o repórter explica as causas do acidente.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Frase atribuída a Jim Morrison:
"Se exponha aos seus medos mais profundos, depois disso o medo não tem poder, ele encolhe e desaparece. Você é livre."
Bom fim de semana e grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(2/5/2018)
Por que? Por quê? Porque? Porquê? Que confusão! Ora a dupla vem coladinha. Ora, separada. Às vezes com acento. Outras, sem chapeuzinho. É um nó nos miolos. Nas redações, a gente se enrola como gato em novelo de lã.
Por que ou por quê?
Dois empregos dos porquês são pra lá de conhecidos. A escola os ensina muito bem. Por isso todo mundo os domina. Na pergunta, o parzinho é separado. Se o que estiver no fim da frase, no fim mesmo, encostado no ponto, leva circunflexo. Caso contrário vem soltinho da silva:
Por que as mulheres se explodem no Iraque?
As mulheres se explodem no Iraque por quê?
As mulheres se explodem no Iraque. Você sabe por quê?
Moleza, não? Mas há um caso mais complicado. Trata-se do porquê separado sem estar em pergunta. Ele representa um senhor perigo. Gente muito boa tropeça na duplinha a torto e a direito. O que fazer?
Entender-lhe as manhas. Desvendado o mistério, a verdade é uma só. Ele não é nenhum bicho de sete cabeças. Basta aprender por que uns se escrevem juntinhos; outros separados. E abrir os olhos para os acentos. Os chapeuzinhos têm o seu porquê. Vamos aos fatos:
Por que, separado sem estar em pergunta é construção preguiçosa. Aparece pela metade. Sem muita disposição para o batente, deixa subentendidos os substantivos a razão, a causa, o motivo:
Gostaria de saber (a razão) por que a universidade continua em greve.
É possível me dizer (o motivo) por que a universidade continua em greve?
Ainda não sabemos (as causas reais) por que o Brasil invadiu o Paraguai.
Viu? antes do por que está escondido um substantivo. Ele não aparece. Mas conta. É que a língua, engenhosa, o omite. Os distraídos caem na armadilha. Os sabidos têm um macete. Sempre que o por que for substituível por a razão pela qual, não dá outra. É um lá e outro cá. Se estiver no fim da linha, colado no ponto, ganha chapéu:
Não entendi por que (a razão pela qual) a universidade continua em greve.
O ministro tentou, mas não conseguiu explicar por que (a razão pela qual) a universidade mantém greve.
Este é o melhor filme do ano. Vá ao cinema e descubra por quê (a razão pela qual).
No livro Intermitências da morte, de José Saramago, as pessoas deixaram de morrer. Foi difícil saber por quê (a razão pela qual elas deixaram de morrer).
Ele não explicou por que (a razão pelo qual) o Congresso deve ser convocado. Você sabe por quê (a razão pela qual)?
Porque
A resposta à questão é moleza. O parzinho vem colado. É a conjunção causal:
As mulheres de explodem no Iraque porque protestam contra a ocupação do país.
"Eu canto porque o instante existe", escreveu Cecília Meireles.
Por que trabalho? Ora, porque preciso pagar minhas contas.
Porquê
O porquê — juntinho e enchapelado — joga no time dos substantivos. É sinônimo de causa, razão, motivo. Ele apresenta duas marcas. Uma: tem plural. A outra: vem acompanhado de artigo, numeral ou pronome:
Eis o porquê de as mulheres se explodirem no Iraque.
Agora entendo o porquê dos porquês.
Esse porquê poucos entendem.
O primeiro porquê é mais fácil que o segundo.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(3/5/2018)
Este, esse ou aquele?O pronome demonstrativo é um rolo só. Jornalistas, professores, funcionários públicos, todos se confundem na hora de empregá-lo. A culpa é da versatilidade do danadinho. Ele pode indicar situação no espaço, situação no tempo e situação no texto. Já imaginou? São muitos papéis para tão poucos serezinhos. O jeito? Só há um. Aprender os macetes de lidar com eles. Vamos lá.
Para entendê-los, lembre-se das pessoas do discurso. Discurso, aí, significa conversa. As pessoas do discurso são as que tomam parte em uma conversa. Para haver bate-papo, são necessárias três pessoas. Algumas interessantes, outras nem tanto. Quem são elas?
Uma que fala (1.ª pessoa — eu, nós)
Uma que escuta (2.ª pessoa — tu, você, vocês)
Uma sobre a qual se fala (3.ª pessoa — ele, ela, eles, elas)
Imagine este telefonema:
João: — Você viu o filme O mercador de Veneza?
Rafael: — Ainda não. Mas estou a fim de ir ao cinema hoje. Vamos?
No primeiro momento, João fala. É a 1.ª pessoa. Rafael escuta. É a 2.ª . Do que falam? Do filme. É a 3.ª. No segundo, Rafael fala. É a 1.ª pessoa. João escuta. É a 2.ª. O assunto se mantém.
Os pronomes demonstrativos são versáteis que só. Têm três empregos. Eles indicam:
- situação no espaço
- situação no tempo
- situação no texto
Nas próximas dicas desvendaremos seus mistérios. Não percam!
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Grande abraço a todos.
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(4/5/2018)
Olho vivo. Espaço, no caso, quer dizer lugar. O pronome diz se a pessoa, animal ou coisa está perto ou longe das criaturas do discurso. Veja:
Este: informa que o objeto está perto da pessoa que fala (eu, nós). Pode ser reforçado pelo advérbio aqui: Esta sala aqui (a sala onde a pessoa que fala ou escreve está); este livro (o livro que temos em mão).
Esse: anuncia que o objeto está perto da pessoa com quem se fala (você, tu). Aceita o reforço do aí: Essa sala aí é do diretor (a sala onde está a pessoa com quem falamos ou a quem escrevemos). Você sabe de quem é essa bolsa aí? Por favor, guarde essa cadeira para mim.
Aquele: diz que o objeto está longe da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala. Topa a companhia do lá ou ali: Aquele quadro ali parece de Picasso (o quadro está longe das duas pessoas). Aquela lâmpada lá está pifada. Trabalho nesta sala e minha mesa é aquela ali.
Imaginemos situações hipotéticas em que um secretário de fazenda envia um ofício para outro.
Se o secretário que envia o ofício se refere à sua própria secretaria, dirá assim: Esta Secretaria solicita informações...
Se o secretário que envia o ofício se refere à secretaria do secretário que recebe o ofício, dirá assim: Agradeço a essa Secretaria...
Se o secretário que envia o ofício se refere a uma outra secretaria, ou seja, nem à sua nem à do secretário que recebe o ofício, dirá assim: Ressalto que a Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas.... Aquela Secretaria...
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Houve adaptações.
Frase atribuída a John Lennon:
"Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse.
Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu lhes disse que eles não entendiam a vida."
Bom fim de semana e grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(7/5/2018)
Há muitos jeitos de indicar tempo. Um deles é com advérbio (hoje, ontem, amanhã). Outro, orações adverbiais (quando cheguei, assim que cheguei, mal cheguei). Outro, ainda, com os pronomes demonstrativos. É o que nos interessa no momento. Vamos a ele.
Este: indica tempo presente: esta semana (a semana em curso), este mês (o mês em que estamos), este ano (o ano em cartaz). Este ano será bom pra você? Esta semana promete surpresas nas promoções das agências de viagens.
Esse/aquele: denunciam tempo passado. Esse, passado próximo. Aquele, passado remoto: Estive em Granada em 1992. Nesse ano, visitei toda a Andaluzia. Conheci Paulo em 1990. Naquele tempo, estudávamos na mesma escola. Fui a Paris em 2003. Nesse ano fez muito frio por lá.
Eis um nó. Como saber se o passado é próximo ou remoto? Depende. Há casos em que é fácil como tirar balinhas de criança. Outros, complicados que só.
Era uma vez um rei e uma rainha. Naquele tempo, havia príncipes montados em cavalos brancos. (Põe tempo nisso!)
Comecei a trabalhar na ECT em 1988. Nesse tempo (ou naquele tempo) eu ainda não tinha terminado o curso superior.
Como determinar se o passado é próximo ou distante? Nos contos de fadas, não há problema. As histórias se desenrolam há muitos e muitos anos. Na maioria das vezes, porém, a barra pesa. Por quê? A duração do tempo é psicológica. Duas horas com dor de dente parecem uma eternidade. Duas horas namorando? Ah, essas voam.
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Grande abraço a todos.
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(8/5/2018)
SITUAÇíO NO TEXTO
Quem escreve enfrenta desafios. Um deles: situar o leitor. Dizer-lhe se a palavra, a frase ou o fato já foi referido no texto. Ou, ao contrário, se vai ser referido. É o terceiro emprego do demonstrativo. E, cá entre nós, é o que oferece maior dificuldade. Mas, se for bem entendido, não há por que tropeçar aqui e ali. É acertar sempre.
O caso lembra Jano. O deus romano tinha duas caras. Uma olhava pra trás. Via o passado. A outra olhava pra frente. Enxergava o futuro. Quando terminava o ano, com uma cara ele olhava para dezembro. Despedia-se do último mês. E fechava a porta do ano velho.
Com a outra cara, mirava o ano que começava. Abria a porta. Entrava. E desejava feliz ano-novo para todos. Agradecidos, os homens o homenagearam. Deram o nome de janeiro ao primeiro mês do ano. E recorrem a ele para jogar luz no esse e no este.
Esse olha para trás. Quando aparece, dá um recado. Diz que o assunto já foi referido. Veja:
Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Esse verso, escrito por Fernando Pessoa, aparece no livro mensagem.
Por que esse? Porque o verso foi escrito antes. Antes do quê? Antes do pronome esse. Indica, pois, referência anterior.
Mais exemplos:
Extravio de correspondência? Esse assunto merece atenção especial.
"Minha pátria é a língua portuguesa." Essa frase é de Fernando Pessoa. (Viu? A frase foi escrita antes. O essa remete a ela.)
Este joga no outro time. Olha para a frente. Diz que o assunto é coisa futura. Vai ser referido. Quer ver?
Fernando Pessoa escreveu este verso: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Percebeu a diferença? O verso é anunciado antes (escreveu este verso) e escrito depois.
Outras amostras:
A discussão girou em torno deste tema — o extravio de correspondência.
Paulo fez esta pergunta: "Ela é um mito ou um blefe?" (A pergunta é anunciada "fez esta pergunta", depois, formulada).
Para não esquecer: este tem um t. Futuro também. Esse tem dois ss. Igualzinho a passado. Lembre-se do macete na hora do aperto.
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Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(9/5/2018)
ESTRUTURA FECHADA
Lembra-se de Fernando Henrique Cardoso? Antes de ser político, ele era professor. Escreveu muitos livros. Neles, dava receitas para desenvolver o país. Mas, quando assumiu a Presidência da República, agia de forma contrária aos conselhos escritos. Os adversários lhe chamaram a atenção para a incoerência. Ele respondeu:
— Esqueçam o que escrevi.
Parta entender o último emprego dos demonstrativos, siga o conselho de FHC. Esqueça tudo o que foi dito. Porque esse é caso à parte. Não tem relação com espaço, tempo ou referência no texto. É a estrutura fechadinha.
Ela exige dois seres. Por isso, só dois pronomes entram na jogada. Um: este. Refere-se ao nome que está mais perto do pronome. O outro: aquele. Trata do nome mais distante.
Analise o período:
Paulo e Luís cursam economia. Este estuda em universidade federal; aquele, em particular.
Este quem? O mais próximo do pronome. No caso, Luís. Aquele aponta para o mais distante. É Paulo.
Maria e Joana trabalham no comércio. Esta, nas Lojas Americanas; aquela, no Ponto Frio.
Em outras palavras: Maria trabalha no Ponto Frio; Joana, nas Lojas Americanas.
Viu? Nessa arquitetura, não existe meio-termo. O esse não tem vez. Só o este e o aquele.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(10/5/2018)
Pegue o jornal. Abra-o em qualquer página. Leia artigos, reportagens, notícias. Lápis na mão, assinale os aqueles, aquelas e aquilo que aparecem no caminho. A conclusão é inevitável. O artigo (o, a) e o demonstrativo (o, a) caíram em desuso. a turma esqueceu-os. Em vez do discreto monossílabo, empanturra a frase com o pesadão trissílabo. Xô!
O povo condena aqueles que são corruptos.
Livrar-se do aqueles? É fácil:
O povo condena os que são corruptos.
O povo condena quem é corrupto.
Jesus disse que os mansos — aqueles que não recorrem à violência — possuirão a Terra.
Rua, grandão. Abra alas para o pequenino:
Jesus disse que os mansos — os que não recorrem à violência — possuirão a Terra.
Aqueles que nunca pecaram atirem a primeira pedra.
Melhor:
Os que nunca pecaram atirem a primeira pedra.
Quem nunca pecou atire a primeira pedra.
Pode ser no feminino? Pode:
Aqueles que nunca pecaram atirem a primeira pedra.
As que nunca pecaram atirem a primeira pedra.
Aquilo que é escrito sem esforço é lido sem prazer.
O que é escrito sem esforço é lido sem prazer.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(11/5/2018)
Cláudio é funcionário do Banco Central. No psicólogo, aprendeu uma lição: água parada apodrece. Precisa movimentar-se. Que tal mudar de emprego? Novo chefe, novos colegas, novas experiências... ah, coisa boa!
Conseguiu requisição para o Ministério da Fazenda. No ofício que o presidente do Bacen mandou para o ministro, estava escrito: "Os ônus correrão por conta desse órgão".
No fim do mês, cadê pagamento? O ministério dizia que o Bacen precisava pagar o salário. O banco alegava o contrário. Enquanto isso, o pobre JC, com cheques pré-datados na praça, aluguel vencido, carnês atrasados, não via solução para o problema. Afinal, perguntava-se ele, por que se armou toda a confusão?
O responsável pelo desacerto foi o despretensioso pronome demonstrativo. O departamento de pessoal do ministério ignorava a diferença entre este e esse. Aí, não deu outra: a corda rebentou do lado mais fraco.
Ora, a correspondência do presidente do Banco Central dizia que "os ônus correrão por conta desse órgão". Desse qual? Do órgão de quem lê. No caso, o Ministério da Fazenda. Se os ônus corressem por conta do Bacen, o pronome seria outro: "os ônus correrão por conta desta autarquia."
Moral da história: a língua tem tudo a ver com o bolso.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Versos atribuídos a Mário Quintana:
MíE...
São três letras apenas,
As desse nome bendito:
Três letrinhas, nada mais...
E nelas cabe o infinito
E palavra tão pequena
Confessam mesmo os ateus
És do tamanho do céu
E apenas menor do que Deus!
Bom fim de semana e grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(14/5/2018)
No português do Brasil, embora haja grande flexibilidade no emprego dos pronomes átonos, existem regras que devem ser observadas:
PRONOME ÁTONO
Não se inicia frase com pronome átono, prática aceita na língua falada, mas rejeitada pela norma culta:
- Dirigiu-lhe a palavra.
- Obrigou-a a retirar-se da reunião.
- Apresentaram-se respeitosamente.
PRÓCLISE
É obrigatória a próclise (colocação do pronome antes do verbo) quando o verbo vem precedido das seguintes partículas que o atraem:
- palavras negativas (não, nunca, jamais, ninguém, nenhum, nada, nem): Não me telefone amanhã. Ninguém o procurou na ausência do diretor. Nada se sabe a seu respeito. Não se sente bem, nem se sente à vontade.
- advérbios quando não vêm separados por vírgula: Aqui se fala português. Talvez nos encontremos no aeroporto. Amanhã o apanharei em casa às duas horas. (Mas: Aqui, fala-se português. Ontem, pediu-me dinheiro emprestado.)
- pronomes relativos (que, qual, onde, cujo, quanto): O candidato que se apresentou primeiro tirou a melhor nota da prova. A cidade onde se encontraram fica a 100 km de São Paulo. A carnaúba, da qual se falou no simpósio, é nativa das regiões semiáridas do Nordeste. Trouxe tudo quanto lhe pedi.
- pronomes indefinidos (quem, alguém, ninguém, tudo, todos, nada, algum, nenhum, poucos, muitos): Muitos se negaram a abandonar o recinto. Alguém me escreveu, mas não se identificou.
- conjunções subordinativas (que, se, porque, porquanto, como, já que, desde que, visto que, embora, conquanto, ainda que, se bem que, se, caso, contanto que, conforme, consoante, de modo que, de maneira que, de forma que, para que, a fim de que, à medida que, à proporção que, quando, até que, tanto que): Quero que se retirem imediatamente. Como se classificou em primeiro lugar, já foi convocada. Se me convidarem, irei.
- pronomes interrogativos (por que, como, onde, quando, quanto, quem): Por que você lhe telefonou? Onde ele o encontrou? Por que sua saída o abalou tanto? Quanto lhe custou o carro novo? Como se chega a sua casa?
- palavras exclamativas (quanto, como, quem): Quanto me custou chegar até aqui! Como se bebe nesta cidade! Quem me dera viver essa aventura!
- as orações que exprimem desejo também exigem a próclise: Deus o acompanhe! Que os anjos lhe digam amém!
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(15/5/2018)
- Não se usa pronome átono depois do particípio: Haviam me convidado (nunca = haviam convidado-me).
- Na presença de partícula atrativa, coloca-se o pronome antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal (exceto particípio), jamais entre os dois: Não lhe vou telefonar ou Não vou telefonar-lhe.
- Respeite a mesóclise (colocação do pronome no meio do verbo conjugado no futuro do presente ou futuro do pretérito: Convencê-lo-íamos a aceitar. Far-lhe-ei este favor). Para fugir da mesóclise, use o sujeito: Nós o convenceríamos a aceitar. Eu lhe farei este favor.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
16/5/2018
Na língua desta Pindorama tropical, a história muda de enredo. O átono é quase tônico. A vogal do me, lhe, nos se ouve um tanto reduzida, mas até os surdos a escutam. Por isso as regras de lá não combinam com o falar de cá. Soam artificiais. Hoje os bons gramáticos concordam que a colocação dos pronomes no Brasil tomou os próprios rumos.
Reduzem-se a duas normas. Uma: não inicie frase com pronome átono. A outra: ponha o pronome sempre antes do verbo: Dize-me com quem andas que te direis quem és. A morte não me poderia assustar depois de tudo o que passei. Continuamos a nos exercitar em línguas estrangeiras.
Iniciar a frase com pronome átono tem dois significados. Um é claro: quer dizer começar o período: Ofereceu-me aumento de salário. Foi-se embora sem se despedir. O outro é malandro. Não parece, mas é. Quando ocorre pausa que desampara o pronome, ele vai pra trás. Que pausa? Vírgula ou ponto e vírgula. Compare: Aqui se fala português. Aqui, fala-se português. Severino chantageou o presidente? Não; deu-lhe conselhos. Para se retirar, pediu-me autorização. Atenção, muita atenção. Não generalize. Às vezes, a vírgula separa termos intercalados. Mas, lá atrás, permanece a palavra em que o pronome se ampara: A professora disse que, apesar dos pesares, se entenderá com a nova direção. A exceção confirma a regra. Ela se refere aos pronomes o e a. Quando antecedidos da preposição a, a pronúncia torce a língua. Não sai. Aí, só há uma saída. Mandar o pequenino pra trás do verbo. Compare: Continuo a a querer. Continuo a querê-la. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17/5/2018)
Com o infinitivo vale tudo. O pronome pode ir antes ou depois do verbo. Não respeita nem as palavras que atraem o atonozinho:
Saiu para preparar-se.
Saiu para se preparar.
Gostaria de me aposentar já.
Gostaria de aposentar-me já.
Por que candidatar-se ao Senado?
Por que se candidatar ao Senado?
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/5/2018)
Existe a forma com nós? Ou o pronome nós, casadinho, vira sempre conosco? O com nós só se emprega quando acompanhado de palavras reforçadoras como próprio, mesmo, todo: Os livros ficarão com nós todos. As crianças saíram com nós dois ontem à noite. Queremos estar de bem com nós mesmos.
Não aparecendo a palavra de reforço, usa-se conosco: As crianças saíram conosco. Querem estar de bem conosco.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída ao escritor italiano Fabio Volo:
Amo os lábios:
eu os amo porque são forçados a não se tocarem se querem dizer "eu te odeio"
e são obrigados a se unirem se querem dizer "eu te amo".
Amo le labbra:
le amo perché sono costrette a non toccarsi se vogliono dire "ti odio"
e obbligate a unirsi se vogliono dire "ti amo".
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(21/5/2018)
"O pronome mim tem fobia à solidão. Anda sempre de mãos dadas com a preposição. "O professor (graças a Deus) obrigava os alunos a decorar as preposições. Todos se lembram delas. São poucas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Veja alguns exemplos do mim acompanhado:
Gosta de mim.
Telefonou para mim.
Falou sobre mim.
Dirigiu-se a mim.
Luta contra mim.
Chegou até mim.
Confirmou tudo perante mim.
Faz tudo por mim.
O eu é autossuficiente. Todo-poderoso, escolheu para si a função de sujeito. Nunca abre mão dessa tarefa. Alguns desavisados tentam enganá-lo. Aí a tragédia é total. Perdem o emprego, a namorada, pontos no concurso. Ficam sós, tristes e humilhados. Como evitar a tragédia? Muito fácil. Lembre-se de que só o eu — só o eu mesmo — pode funcionar como sujeito.
Veja:
Este livro é para eu ler (quem lê? Eu, sujeito).
Pediu para eu responder à carta (quem responde? Eu, sujeito).
Deixou os filhos para eu cuidar (quem cuida? Eu, sujeito).
Dica infalível: Se o pronome estiver seguido de verbo, não tenha dúvidas. Use eu. Se não estiver, é vez do mim:
Mandou uma carta para mim.
Mandou uma carta para eu responder.
Sugeriu um trabalho para mim.
Sugeriu um trabalho para eu fazer.
Mandou a conta para mim.
Mandou a conta para eu pagar.
Olho vivo à cilada. Há construções que enganam. O mim dá a impressão de funcionar como sujeito. Mas a impressão é falsa. Ele se mantém no modesto papel que lhe cabe:
Para mim, falar em público é pra lá de fácil.
A inversão dos termos da oração deixa clara a armadilha:
Falar em público é pra lá de fácil para mim.
Viu? O mim, nem de longe, usurpa a função de sujeito.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(22/5/2018)
Nada existia entre mim e você. O caso de amor era entre mim e o Adalberto.
Certo? Certíssimo. Entre é preposição. Acompanha sempre o pronome mim, que nunca funciona como sujeito. Nunca? Só na língua dos índios. Que, aliás, não é português: mim trabalha, mim caça, mim pesca.
Outros exemplos:
Houve um diálogo assertivo entre ela e mim.
Houve um diálogo assertivo entre mim e ela.
Entre minha esposa e mim há muita confiança.
Entre mim e minha esposa há muita confiança.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(23/5/2018)
Para eu mesmo? Para mim mesmo? O pronome mesmo não cheira nem perfuma. Com ele ou sem ele, a regra permanece:
Trouxe o papel para eu mesmo redigir.
O livro é para eu mesma ler.
O desafio é para mim mesmo.
O presente é para mim mesma.
No caso, mesmo concorda com o gênero da pessoa. Quem fala é mulher? Use mesma. Homem? Dê vez ao mesmo:
O dinheiro é para mim mesmo, disse Paulo.
Pediu para eu mesma falar, informou Maria.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(24/5/2018)
AMÁ-LO, VENDÊ-LO, PARTI-LO, USUFRUÍ-LO
Com ou sem acento? Trata-se dos verbos acompanhados do pronome lo. Ora eles aparecem de um jeito, ora de outro. Por quê?
Em português, acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens). Exemplos: sofá (sofás), você (vocês), vovó (vovós), vintém (vinténs).
Muitas terminadas em i e u ficam fora: aqui, sagui, Iguaçu, urubu. Mas se formarem hiato são acentuadas: Tatuí (Ta-tu-í), baú (ba-ú).
As formas verbais seguem a regra tintim por tintim. As terminadas em a, e, e o ganham acento: contá-lo, comprá-las, vendê-los, escrevê-la, pô-lo, compô-las.
As terminadas em i não recebem acento, exceto se formarem hiato: parti-lo, bani-los, usufruí-las.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(25/5/2018)
PRONOMES, CALOS NO PÉ (27) — TODO, O MANHOSO
O pronome todo é cheio de manhas. Ora vem no singular, ora no plural. Ora acompanha substantivo com artigo, ora sem artigo. Em cada forma, dá um recado diferente.
No singular, com substantivo sem artigo, todo significa cada, qualquer:
Todo (qualquer) homem é mortal.
Toda (qualquer) mulher é mortal.
Todo (qualquer) país tem uma capital.
Toda (qualquer) nação tem um líder.
Toda (qualquer) hora é hora.
Todo (qualquer) momento é momento.
A toda (cada) ação corresponde uma reação.
Para todo (cada) argumento existe um contra-argumento.
No singular, na companhia de substantivo com artigo, todo quer dizer inteiro:
Li todo o livro.
Fiz toda a lição.
Li o livro todo.
Fiz a lição toda.
Trabalhou o ano todo.
Trabalhou a vida toda.
No plural, acompanhado de substantivo com artigo, todo dá o sentido de totalidade das pessoas e dos representantes de determinada categoria, grupo ou espécie:
O Brasil quer todas as crianças (a totalidade delas) na escola.
No Recife, todos os alunos foram matriculados.
Todos os brasileiros com mais de 18 anos e menos de 70 são obrigados a votar.
Vejo o Fantástico todos os domingos.
Trabalho todos os dias da semana.
"Todos foram unânimes" é pleonasmo deste tamanho, ó. Unânime é relativo a todos. Use um ou outro. Diga: Os líderes foram unânimes. Todos concordaram. |
O todo tem alergia ao numeral dois. Todos os dois? Nem pensar. É espirro pra todos os lados. Diga os dois ou ambos. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
"A gente vive esperando que as coisas mudem, que as pessoas mudem. Até que um dia a gente muda e vê que nada mais precisa mudar."
(Autor desconhecido)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(28/5/2018)
Os possessivos são aparentemente inofensivos. Mas causam senhores estragos à frase. Sabe por quê? Às vezes, dão duplo sentido à declaração. Você diz uma coisa. A pessoa entende outra. Ou fica confusa.
Veja:
O presidente garantiu aos parlamentares que o seu esforço levaria à aprovação da emenda.
Esforço de quem? Dos parlamentares? Do presidente? A frase é ambígua. Permite dupla leitura. O que fazer? Partir para o troca-troca. Substituir o possessivo pelo pronome dele:
O presidente garantiu aos parlamentares que o esforço dele levaria à aprovação da emenda. (esforço do presidente)
O presidente garantiu aos parlamentares que o esforço deles levaria à aprovação da emenda. (esforço dos parlamentares)
Certas palavras rejeitam o possessivo. Aproximá-los é briga certa. Gente boa, evite confusões. Não o use com:
As partes do corpo:
Na batida, quebrou a perna (nunca sua perna).
Arranhou o rosto. Fraturou os dedos.
Os objetos de uso pessoal:
Calçou os sapatos (não seus sapatos).
Pôs os óculos.
Vestiu a saia.
As qualidades do espírito:
João Marcelo e Rafael têm inteligência (não sua inteligência) privilegiada.
Em 90% dos casos, o possessivo é desnecessário. Sobra: Paulo fez a (sua) redação. Pegou o (seu) carro. Perdeu as (suas) chaves. |
É isso. Escrever é cortar. Ou trocar.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(29/5/2018)
"O português é uma língua difícil.
Tanto que calça é algo que se bota,
e bota é algo que se calça."
Barão de Itararé.
As línguas têm mitos. Para os muçulmanos, o árabe é a língua de Deus. Entre 6,8 mil idiomas, o Senhor escolheu o deles para ditar a mensagem divina. O recado encontra-se no Corão, joia da literatura mundial. Só se pode lê-la no original. As versões em inglês, alemão, russo ou português não são o livro do Todo-Poderoso. São interpretações da obra. Quem quiser ouvir a palavra do Criador só tem uma saída — aprender o árabe.
Para os nascidos na terra de Goethe, o alemão rima com precisão. O inimigo da ambiguidade não tem alternativa. É estudar alemão, ou estudar alemão. Por isso, nove entre dez filósofos escrevem no idioma que tem declinações e montões de palavras coladas umas nas outras.
Os franceses não ficam atrás. Consideram-se donos da clareza. Montaigne, há 400 anos, disse que o estilo tem três virtudes — clareza, clareza e clareza. Parisienses & cia. afirmam que o estilo francês tem quatro
— clareza, clareza, clareza e... clareza. O privilégio tem explicação. Chama-se escola de qualidade. A meninada aprende que só tem salvação se se debruçar sobre dicionários, gramáticas, manuais de redação e muita — muita — leitura.
E o português? O idioma de Camões, Machado de Assis e Fernando Pessoa cultiva vários mitos. Um deles: língua linda, mas muito difícil. Verdade? A línguas de cultura apresentam dificuldades. O chinês, por exemplo, desafia os chinesinhos a interpretar 68 mil ideogramas. Eles, graças a muito estudo, chegam lá. O árabe fala uma língua e escreve outra. Sai-se bem em ambas. O segredo? Seriedade e dedicação. O português nosso de todos os dias não foge à regra. Exige empenho para revelar os mistérios. Quanto mais se aprende, mais se sobe na escala do conhecimento. E mais liberdade se ganha.
A língua é um sistema de possibilidades. Dominá-lo significa ampliar o leque de escolhas. A criança se vira bem com a palavra casa. À medida, porém, que descobre as nuanças de lar, residência, domicílio, morada, moradia, habitação, pousada & cia., comunicar-se-á com maior precisão e consciência. Voará mais alto. E ultrapassará obstáculos. Embora pequenos, tropeços em crases, preposições, concordâncias e outras manhas da língua causam estragos. Evitá-los é possível. O texto agradece. O leitor também.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Na próxima dica, iniciaremos nosso estudo sobre a crase.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(30/5/2018)
Ufa! A crase dá nó nos miolos. Como desatá-lo? É fácil como andar pra frente.
Primeiro passo: desvendar o segredo do acentinho.
Crase é como aliança no anular esquerdo. Avisa que estamos diante de ilustre senhora casada. A preposição a se encontra com outro a. Pode ser artigo ou pronome demonstrativo. Os dois se olham. Sorriem um para o outro. O coração estremece. Aí, não dá outra. Juntam os trapinhos e viram um único ser.
Segundo passo: descobrir se existem dois aa
Para que a duplinha tenha vez, impõem-se duas condições. Uma: estar diante de uma palavra feminina. A outra: estar diante de um verbo, adjetivo ou advérbio que peçam a preposição a:
Vou à piscina da Água Mineral.
O verbo ir pede a preposição a (quem vai vai a algum lugar).
O substantivo piscina adora o artigo a (a piscina da Água Mineral fica na Asa Norte).
Resultado: a + a = à (Vou a a piscina...)
João é fiel à namorada.
O adjetivo fiel reclama a preposição a (quem é fiel é fiel a alguém). Namorada se usa com artigo (a namorada de João se chama Carla).
resultado: a + a = à (...fiel a a namorada)
Relativamente à questão proposta, nada posso informar.
O advérbio relativamente exige a preposição a (relativamente a alguém ou a alguma coisa).
Questão pede o artigo a (a questão ainda não tem resposta).
Resultado: a + a = à (Relativamente a a questão...)
Terceiro passo: apele para o macete
Na dúvida, recorra ao tira-teima. Substitua a palavra feminina por uma masculina (Da mesma classe gramatical e preferencialmente sinônima - mas não necessariamente). Se no troca-troca der ao, não duvide. É crase na certa:
Vou à piscina.
Vou ao clube.
João é fiel à namorada.
Carla é fiel ao namorado.
Relativamente à questão, nada posso fazer.
Relativamente ao problema, nada posso fazer.
Vale a pergunta. Se é tão simples, por que tantos tombam tanto? Acredite. A resposta está no artigo. Nossa dificuldade não reside na preposição, mas no saber se aparece artigo ou não. É o caso de nome de cidades, estados, países ou pessoas, dos pronomes possessivos, de palavras repetidas. E por aí vai. Quer ver?
O assunto continua nas próximas dicas.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
"O homem fraco pratica violência física ou psicológica contra a mulher para parecer forte.
Não consegue. Fica ainda mais fraco."
(autor desconhecido)
Grande abraço, bom feriado e bom fim de semana a todos.Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(4/6/2018)
Vou a Brasília? Vou à Brasília? Fui a Paraíba? Fui à Paraíba? Ia a França? Ia à França? Eita dor de cabeça! Cidades, estados e países são cheios de caprichos. Ora dão vez ao grampinho. Ora, não. No aperto, a gente chuta. O resultado é um só. A Lei de Murphy, gloriosa, pede passagem. O que pode dar errado dá.
Como safar-se? Há saídas. Uma delas: seguir o conselho dos políticos. "Para vencer o diabo", dizem eles, "convoque todos os demônios." Um demoniozinho se chama troca-troca. Construa a frase com o verbo ir. Depois, substitua o ir pelo indiscreto voltar. Por fim, lembre-se da quadrinha:
Se, ao voltar, volto da,
crase no a.
Se ao voltar, volto de,
crase pra quê?
Viu? O da— casamento da preposição com o artigo — denuncia a presença do a. Vamos ao tira-teima:
Volto de Brasília.
Se ao voltar, volto de, crase pra quê? Sem artigo, nada de crase:
Vou a Brasília.
Volto da Paraíba.
Se, ao voltar, volto da, crase no a. O artigo dá vez ao acentinho.
Vou à Paraíba.
Voltei da França.
Se, ao voltar, volto da, crase no a. Com artigo, vem grampinho:
Ia à França.
Com ou sem crase?
Na primeira viagem, vou a Lisboa, a Paris e a Viena. Na segunda, a Londres e a Roma dos papas. Na última, a Madri das touradas e a Brasília de JK.
Eita mistura! Volto de Lisboa, de Paris e de Viena. Volto de Londres e da Roma dos papas. Volto da Madri das touradas e da Brasília de JK.
Vamos ao tira-teima:
Volto de Lisboa. Volto de Paris. Volto de Viena. Volto de Londres. Volto da Roma dos papas. Volto da Madri das touradas. Volto da Brasília de JK.
Portanto:
Na primeira viagem, vou a Lisboa, a Paris e a Viena. Na segunda, a Londres e à Roma dos papas. Na última, à Madri das touradas e à Brasília de JK.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(5/6/2018)
Que confusão! De... a. Da... à. Uma a tem crase. O outro vem soltinho e feliz como pinto no lixo. Por quê? A razão é uma só: mania de imitação. A língua copia a vida. Lá e cá existem os casais. O que acontece com um acontece com outro.
De segunda a sexta
De é preposição pura. A só pode ser preposição pura. Em ambas o artigo não tem vez:
Trabalha de quarta a sexta.
A farmácia faz entregas de segunda a sábado.
Vejo tevê de domingo a domingo.
Da é combinação da preposição de com o artigo a. O à vai atrás. O acento serve de prova da fusão.
Li da página 8 à página 12.
O expediente é de segunda a sexta, das 8h às 18h30.
Trabalho das 14h às 18h.
Atenção, gente fina. Às vezes, a preposição de vem casadinha com o artigo o. O sexo não muda a regra. O segundo par mantém a fidelidade:
Viajarei do Paraguai à França.
Fui de carro do Rio à Paraíba.
Corri do aeroporto à rodoviária.
Cuidado: há ocasiões em que um dos nomes não pede artigo. O casalzinho fica, então, comprometido:
Viajei da França a Portugal.
Fui de Cuba à Alemanha.Cruzamentos
Mistura o par de um com o de outro gera deformações. São os cruzamentos. É como casar girafa com elefante. Já imaginou o pobre filhote? Eis um monstrinho:
Horário do expediente: de segunda a sábado, de 7h30 às 20h.
Reparou? O primeiro casalzinho (de... a) merece nota mil. O segundo juntou o parceiro de um par com parceiro do outro. XÔ! A forma bem-amada é: das 7h30 às 20h.
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Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(6/6/2018)
Que tentação! Certas construções dão coceira na mão. Diante delas, o desejo parece irresistível. Ao menor descuido, lá está o acentinho comprometedor. Seguuuuuuuuuuuuuuuura!
Tentação satânica são as palavras repetidas. Ao vê-las, dobre os cuidados. Pare, pense e controle-se. Lembre-se de que as duplinhas têm alergia à crase. Não aceitam o sinalzinho nem a pedido dos deuses do Olimpo:
face a face
cara a cara
semana a semana
frente a frente
uma a uma
gota a gota
O a que aparece é preposição. O artigo a não tem vez. Se tivesse, o primeiro termo do par viria devidamente acompanhado. Não vem. Sem artigo, nada de crase. Deixe a tentação para apelos mais fortes.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(7/6/2018)
— Crase antes de pronome possessivo?
Os precipitados têm a resposta na ponta da língua:
— É facultativa.
Os atentos pensam duas vezes:
— Depende da frase.
E daí?
O pronome possessivo goza de privilégios. Ora vem acompanhado de artigo. Ora não. Por isso, a gente pode dizer:
Minha cidade tem duas faculdades.
A minha cidade tem duas faculdades.
A crase, nesse caso, é a fusão da preposição a com o artigo a. Quando o artigo é facultativo, a crase também é. Logo, está certinho da silva escrever:
Vou a minha cidade. (o a é preposição exigida pela forma verbal Vou)
Vou à minha cidade. (Vou a a minha cidade. a + a = à. O primeiro a é a preposição exigida pela forma verbal Vou. O segundo a é o artigo que pode ser colocado diante do possessivo minha)
Na incerteza, banque o São Tomé. Recorra ao tira-teima. Substitua a palavra feminina por uma masculina. Se no troca-troca aparecer ao, sinal de crase. Caso contrário, xô, grampinho:
Vou à minha cidade.
Vou ao meu país.
Olho vivo! Nem tudo o que reluz é ouro. Há uma construção enganadora. O a que antecede o possessivo tem cara de artigo. Mas artigo não é. Trata-se do ardiloso demonstrativo:
Não fui a (à) minha cidade, mas à sua.
Desmembrada a segunda oração, temos:
Não fui a (à) minha cidade, mas à que (àquela que) é sua.
O raciocínio é um só: o artigo é facultativo. O pronome não. Exige o sinal de crase. Aplique o tira-teima:
Não fui a (ao) meus país, mas ao seu.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(8/6/2018)
"Bebê à bordo", anunciam decalques cidade afora. "Estou à caminho", escreve o namorado à amada. "Carro movido à álcool", dizem os classificados. Nada feito.
A regra é pra lá de sabida: o acento grave não tem vez antes de nome masculino. A razão? Machinhos não aceitam o artigo a. Sem ele, nada de casório.
Portanto:
"Bebê a bordo". "Estou a caminho". "Carro movido a álcool".
O a que aparece é preposição.
Mas há construções em que aparece à antes de garotões. Abra o olho. É armadilha:
Trata-se do jogo do esconde-esconde. Aparentemente ocorre crase antes de palavra masculina. A aparência, outra vez, engana. Nessas construções, uma palavra feminina está sempre oculta:
Corta o cabelo à (maneira de) Rodrigo Santoro.
O carteiro não foi à Rua da Alfândega, mas à (Rua) do Ouvidor.
Dirigi-me à Livraria Nobel e, depois, à (Livraria) Siciliano.
Convenhamos: não é o caso do nenê a bordo nem do estar a caminho.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Algumas frases sobre seres que merecem muito respeito:
Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer.
(atribuída a Jeremy Bentham)
As palavras nos permitiram elevar-nos acima dos animais, mas também é pelas palavras que não raro descemos ao nível de seres demoníacos.
(atribuída a Aldous Huxley)
Ao estudar as características e a índole dos animais, encontrei um resultado humilhante para mim.
(atribuída a Mark Twain)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(11/6/2018)
Na língua, rolam muitas histórias de amor. Uma é velha conhecida nossa. Trata-se da paixão da preposição a pelo artigo a. Eles juntaram os trapinhos há tempo. Desde então, perderam a individualidade. Viram à.
Outra é o da preposição com os demonstrativos. Tudo começou com o nascimento dos pronomes aquela e aquele. Eles têm irmãozinhos gêmeos — a e o. Um pode ocupar o lugar do outro sem alterar o sentido da frase:
Aquelas que preencherem o cupom concorrerão aos prêmios.
As que preencherem o cupom concorrerão aos prêmios.
Quando vê o demonstrativo, a preposição não resiste. Sem preconceitos, amasia-se com ele. Nasce, então, a duplinha à que. Para chegar lá, percorre um trajeto. Ei-lo:
Sua proposta é anterior à proposta que chegou ontem.
Para não repetir o substantivo proposta, há uma saída. A gente o substitui pelo demonstrativo. Pode ser aquela ou o irmãzinha a:
Sua proposta é anterior àquela que chegou ontem.
Sua proposta é anterior à que chegou ontem.
Sofisticado, não? A fim de não tropeçar, recorra ao velho macete. Substitua o substantivo feminino que aparece antes do a que por um masculino (qualquer um, não precisa ser sinônimo). Se no troca-troca der ao que, sinal de crase. Se der a que, só a preposição solteirinha tem vez:
Sua proposta à anterior à que chegou ontem.
(Seu projeto é anterior ao que chegou ontem.)
A proposta a que me referi não foi aceita.
(O projeto a que me referi não foi aceito.)
Houve uma sugestão posterior à que você apresentou.
(Houve um projeto posterior ao que você apresentou.)
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(12/6/2018)
Nome próprio pede artigo? Depende da região. Os nordestinos não usam o a ou o o na frente do nome. Dizem:
Encaminhei as cartas para Maria.
Maria saiu.
Paulo é irmão de Luiza.
Os sulistas, só pra contrariar, adoram o artigo:
Encaminhei as cartas para a Maria.
A Maria saiu.
O Paulo é irmão da Luiza.
Por isso, usar o sinal da crase antes de nome de mulher é facultativo. Depende do gosto do freguês:
Encaminhou as cartas a Carolina.
Encaminhou as cartas à Carolina.
Dirigiu-se a Luzia.
Dirigiu-se à Luzia.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
E porque hoje é o Dia dos Namorados...
ESTÁTUAS DO AMOR - INFORMAÇÕES
Grande abraço a todos.
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(13/6/2018)
Que escravidão! O relógio não dá sossego. É hora de pular da cama, hora do banho, hora do café, hora do ônibus, hora do ponto, hora da reunião, hora do almoço, hora do banco, hora da consulta, hora do lanche, hora da carona, hora da faculdade. Ufa!
Conclusão: hora é pra lá de poderosa. Contra ela, não adianta lutar. O bom senso, no caso, aconselha entender-se com a controladora. É o que diz o povo sabido: "Se você não pode com ela, junte-se a ela".
O que fazer? Só há uma saída — aprender a indicar as horas. Em outras palavras: usar o grampinho se necessário. Mandá-lo pras cucuias se for preciso:
Meu expediente começa às 8 horas.
Estou ao telefone desde as duas horas.
Trabalho das 8h às 12h.
Não esquente a cabeça. Na dúvida, recorra ao macete. Substitua hora por meio-dia. Se no troca-troca der ao, ponha o acento. Caso contrário, xô! Nem pensar. Aprecie o tira-teima aplicado nas frases anteriores:
Meu expediente começa ao meio-dia.
Estou ao telefone desde o meio-dia.
Trabalho das 8h ao meio-dia.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(14/6/2018)
Falsa crase, a enganadora
Nem sempre o grampinho resulta da fusão de dois aa. À vezes, a clareza fala mais alto. Apela-se, então, para a falsa crase. Usa-se à. É o caso de vender à vista. Aí, não ocorre o encontro dos dois aa. No tira-teima, fica clara a ausência do artigo: vender a prazo.
Por que o à? Para evitar mal-entendidos. Sem o acento, poder-se-ia entender que se quer vender a vista (o olho). O mesmo ocorre com bater à maquina. Sem o grampinho, parece que se deu pancada na máquina.
Quando ocorre duplo sentido? Geralmente nas locuções que indicam meio ou instrumento: Matou-o à bala. Feriram-se à faca. Escreve à tinta. Feito à mão. Enxotar à pedrada. Fechar à chave. Mato o inimigo à fome. Entrar à força.
O acento é obrigatório? Ou só tem vez em caso de ambiguidade? Sem risco de duas interpretações, fica a gosto do freguês. Mas há forte preferência pela falsa crase. Com ela, não dá outra. É acertar. Ou acertar.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(15/6/2018)
A locução a distância, à distância é outra vítima da incompreensão gramatical. Às vezes, o substantivo distância anda na companhia do artigo. Outras, dispensa o acompanhante. Vale o exemplo do aviso que aparece na traseira de ônibus e caminhões: Mantenha distância.
Daí:
À distância só tem vez se a distância for determinada:
Vi Maria à distância de mais ou menos 100 metros.
Os sem-terra marchavam à distância de um quilômetro.
Vigie Maria à distância de não menos que 50 metros.
A distância se usa quando a distância não for determinada:
A UnB oferece cursos a distância.
A distância, todos os gatos são pardos.
Acompanhe-a discretamente, a distância.
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Frase atribuída a Mahatma Gaandhi:
A vitória alcançada pela violência é o equivalente a uma derrota, pois é passageira.
Frase atribuída a John Fitzgerald Kennedy:
A vitória tem mil pais, mas a derrota é órfã.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(18/6/2018)
Percentagem ou porcentagem? Tanto faz. A primeira forma se inspirou no inglês. Na língua de Shakspeare, dizem percentage, filhote de per cent. A segunda vem da terrinha. Em Pindorama, dizemos por cento. Daí porcentagem.
E a escrita? Há duas formas: Uma: com todas as letras. É o caso de sessenta por cento. A outra: com algarismos — 60%. Qual a melhor? A segunda. Ela tem duas vantagens. A primeira: é econômica. A segunda: é de leitura rápida. São exigências do mundo moderno.
A maior exigência, porém, é a clareza. Diante dela, cessa tudo que a musa antiga canta. Se escrever mais de um valor da porcentagem, esbanje. Repita o sinal em cada um deles: Os salários devem subir entre 10% e 30% (nunca entre 10 e 30%). Os descontos vão de 10% a 50%. Uns 30% ou 40% da população vivem com um salário mínimo.
A concordância? A concordância tem três manhas.
1 - com o número anteposto ao verbo, prefere-se a concordância com o termo posposto, mas se pode concordar com o numeral:
Pesquisas antecipam que 15% dos eleitores deixarão de ir às urnas.
Cerca de 1% dos estudantes tumultuaram (tumultuou) a passeata.
Ninguém duvida de que 30% da população vive (vivem) com menos de US$ 2 por dia.
2 - Se o numeral for determinado, a concordância só se fará com ele:
Os 10% restantes deixaram para votar nas primeiras horas da tarde.
Uns 8% da população economicamente ativa ganham acima de 10 mil dólares.
Este 1% de indecisos decidirá o resultado.
Bons 30% dos candidatos faltaram à convocação.
(Consideram-se determinados os numerais que veem acompanhados de um determinante. Nos exemplos citados: Os, Uns, Este, Bons.)
3 - Com o número percentual posposto ao verbo, a concordância se faz obrigatoriamente com o numeral:
Abstiveram-se de votar 30% da população.
Tumultuou o processo 1% dos candidatos inconformados com a flagrante discriminação.
Saiu da sala apenas 1% dos alunos.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
A concordância apresentada hoje é assunto controverso. Para saber mais, clique AQUI
Grande abraço a todos.
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(19/6/2018)
Nos domingos? Aos domingos? Quando usar um ou outro? As duas construções são ardilosas. Parecem sinônimas. Mas sinônimas não são. Para não cair na cilada, uma condição se impõe: saber a diferença entre aos e no.
Aos domingos significa todos os domingos:
Vou à missa aos domingos.
Em Brasília, não se discute mais a abertura do comércio aos domingos.
Você trabalha aos domingos?
Os outros dias da semana não fogem à regra. Pedem a preposição a quando indicam ação que se repete regularmente:
Em quase todo o mundo, os museus abrem aos domingos e fecham às segundas-feiras.
Meu plantão é às quintas-feiras.
Tenho aula de inglês às quartas e sextas.
A preposição em (no sábado, no domingo, na segunda) dá o seguinte recado: o fato ocorre só uma vez ou de vez em quando. Nada de repetições regulares:
João Marcelo se batizou no sábado.
Paulo e Maria se casam na sexta-feira próxima.
Vou viajar na quinta e volto no domingo.
O filho deles nasceu na terça-feira passada.
Em resumo: ao ou no é questão de frequência. Ao indica repeteco regular. No, ocorrência eventual.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(20/6/2018)
Lembra-se da tomada e do focinho de porco? Ambos são salientes e têm dois buracos. Mas um dá choque. O outro cheira. Confundi-los acarreta problemas. Melhor estar atento às diferenças.
Na língua também há tomadas e focinhos de porco. Trata-se de palavras que, na aparência ou na pronúncia, são quase iguais. Mas uma não conhece a outra nem de elevador. É o caso de hora e ora, oh! e ó, mas e mais, mal e mau.
Ora x Hora
A pronúncia de hora e ora é a mesma. Mas o sentido não tem nenhum parentesco. Veja como não cair na esparrela de tomar uma pela outra:
Hora significa 60 minutos:
A velocidade na ponte é de 60km por hora.
Ganho R$ 50,00 por hora de trabalho.
Quando divertir-se? A qualquer hora. Afinal, como diz o outro, toda hora é hora.
Ora quer dizer por enquanto, por agora:
Por ora, a velocidade na ponte é de 60km por hora.
O governo não pretende, por ora, privatizar as universidades federais.
Lamento, mas, por ora, nada posso fazer.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(21/6/2018)
Oh! ou ó? A pronúncia de uma é gêmea univitelina da outra. Por isso, na hora de escrever, pinta a confusão. São duas grafias. E dois sentidos. Quando usar uma palavra ou outra?
O ó aparece no vocativo, quando a gente chama alguém:
Deus, ó Deus, onde estás que não me escutas?
Até tu, ó Brutus, meu filho?
Seu pai morreu? Morreu pra você, ó filho ingrato.
O oh! é interjeição. Tem vez quando a gente fica de boca aberta de admiração ou espanto:
Oh! Que linda voz!
Oh! Que trapaceiro! Quem diria, hem?
Oh! Que surpresa!
Ó Paulo, não entendi seu oh! de espanto. Pode me explicar?
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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(22/6/2018)
Mais é o contrário de menos:
Trabalho mais (menos) que ele.
Se pudesse, viajaria mais (menos).
Um mais um é igual a dois.
É isso: sem mais nem menos.
Mas quer dizer porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto:
Tirei boas notas, mas (porém) não consegui me classificar entre os dez primeiros.
Aquele diretor viaja muito, mas (todavia) não se cansa.
Ele trabalha pouco, mas (contudo) sempre reclama.
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Houve adaptações.
Frase atribuída a Ernest Hemingway:
Necessita-se de dois anos para aprender a falar e sessenta para aprender a calar.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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(25/6/2018)
Com u ou com l? Os professores não se cansam de explicar:
Mau é adjetivo: homem mau, lobo mau, mau funcionário, mau humor.
Mal tem dois papéis:
Pode ser substantivo: Nos filmes, o mal não tem vez. A violência é o mal da atualidade. A tuberculose foi o mal do século 19.
Pode ser advérbio: Dormi mal. Trabalha mal. Anda mal das pernas. Não tenho paciência com mal-humorados.
Na dúvida, recorra ao macete.
Mau é o contrário de bom. Reescreva a frase. Deu bom? O u pede passagem:
homem mau (homem bom), lobo mau (lobo bom), mau funcionário (bom funcionário), mau humor (bom humor).
Mal opõe-se a bem:
Nos filmes, o bem não tem vez.
A tuberculose foi o bem do século 19.
Dormi bem.
Anda bem das pernas.
Só tenho paciência com bem-humorados.
Guarde isto: como diz o outro, não confie no ouvido. Ele engana o bobo na casca do ovo.
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Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(26/6/2018)
O moral? A moral? As duas palavras estão em todos os dicionários. Escrevem-se do mesmo jeitinho. Mas o gênero faz a diferença. Uma é macho. A outra, fêmea. Muita gente não sabe disso. Na maior ingenuidade, mistura alho com bugalhos. O resultado é um só. Pensa que está dando um recado, dá outro. Pior: não dá recado nenhum. Deixa o leitor a ver navios.
A juventude dificilmente fala em moral. Rapazes e moças preferem dizer astral. Há pessoas que têm alto astral. Outras, baixo astral. É o mesmo que o moral. No masculino, a dissílaba indica estado de espírito, disposição de ânimo:
Com a vitória da escola, o moral dos foliões foi pras alturas.
Ao ver Saddam Hussein preso, o moral dos seguidores do líder iraquiano despencou.
Depois da derrota, os jogadores ficaram com o moral baixo. O técnico foi ao vestiário para animá-los. Mas não conseguiu. Eles mantiveram o moral no chão.
A meninada anda impaciente. Quando ouve bronca, sai com esta: — Ih! Lá vem lição de moral.
A lição de moral é norma de conduta, moralidade. É coisa de mãe. só o feminino tem vez.
Aprecie:
A moral nacional depende da cultura de cada povo.
Você sabe qual a moral da fábula "A raposa e as uvas"?
Afinal, aonde você quer chegar? Qual a moral da história?
Resumo da ópera: falou em astral? Dê vez ao masculino (o moral). Trata-se de lição de moral? O feminino pede passagem (a moral).
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Grande abraço a todos.
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(27/6/2018)
— Eu sou mais eu, diz o verbo sobressair. Altivo, ele acredita que é melhor andar só que mal-acompanhado. Adora reinar sozinho na frase.
Resultado: dispensa o objeto direto e o indireto. Não aceita jamais a companhia dos pronomes me, te, se, nos, vos. Dizer, por exemplo, o presidente se sobressai é a receita do cruz-credo. Pega mal como jogar papel na rua.
Para sobressair, empregue o sobressair assim:
Os formandos sobressaíram (nunca se sobressaíram) nas pesquisa.
Os americanos sobressaem (jamais se sobressaem) na corrida espacial.
Eu sobressaio (não me sobressaio) na defesa dos servidores.
Sobressaia (não se sobressaia) no trabalho, na família e na vida.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Segue recorte de texto sobre o verbo sobressair, constante no Dicionário Prático de Regência Verbal, cujo autor é Celso Pedro Luft:
'OBS. É bastante frequente a pronominalização deste verbo, por influência dos sinônimos salientar-se, destacar-se, distinguir-se: "... em todos os países do mundo há as mulheres que se dedicam de corpo e alma à elegância para se sobressaírem de qualquer modo" (Clarice Lispector). Tão natural é essa forma, que um purista chega a escrever: "Parecerá estranho, mas este verbo não se constrói pronominalmente" (Napoleão Mendes de Almeida). Na linguagem culta formal, aconselha-se a construção originária, não pronominal.'
Grande abraço a todos.
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(28/6/2018)
Milhão é substantivo. Masculino convicto, não muda de sexo nem com reza braba. Como qualquer substantivo, obriga o numeral a concordar com ele: dois meninos, duas meninas; um milhão de declarações, dois milhões de declarações. Foram processados mais de dois milhões de declarações do Imposto de Renda.
Bilhão, trilhão e outro ões são irmãos gêmeos do milhão. Invejosos, funcionam do mesmo jeitinho, sem tirar nem pôr: um bilhão de declarações, dois bilhões de declarações.
Na dúvida, seja esperto. Substitua o dois por um. Ninguém diz "uma milhão" de pessoas. |
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Grande abraço a todos.
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(29/6/2018)
O filho pede aumento de mesada. O empregado pede acréscimo de salário. O aluno pede nota. O amado pede a mão da amada (e outras coisinhas mais). Todos conjugam o verbo pedir. Alguns são atendidos. Outros, não. O segredo? O jeitinho de pedir.
A chave está no pedir para e pedir que. As duas construções parecem irmãzinhas. Mas quilômetros de distância as separam. Pedir para esconde a palavra licença:
A filha pediu ao pai (licença) para pegar o carro.
O aluno pediu (licença) para sair mais cedo.
A secretária pediu (licença) para fazer uma ligação interurbana.
Não é pedido de licença? Então fique com pedir que:
O diretor pede à secretária que aguente (não para aguentar ou para que aguente) o aumento de trabalho.
O empregado pediu ao chefe que não lhe desse só aumento de trabalho. Mas um aumentinho de salário.
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Título do texto atribuído a Turiddo G. Bonazzi (pt.linkedin.com/pulse/mandar-%C3%A9-f%C3%A1cil-saber-dif%C3%ADcil-e-liderar-uma-arte-turiddo-g-bonazzi)
Mandar é fácil. Saber mandar é difícil. Liderar é uma arte.
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
Grande abraço a todos.
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(3/7/2018)
Há pleonasmos e pleonasmos. Alguns estão na cara. São tão visíveis quanto melancia pendurada no pescoço. É o caso de subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro, sair pra fora, elo de ligação, hábitat natural, países do mundo, conviver junto, surpresa inesperada. Pudera, as redundâncias estão na cara. Só se pode subir pra cima, descer pra baixo, entrar pra dentro, sair pra fora. Todo elo liga. Todo hábitat é natural. Todos os países são do mundo. Toda surpresa é inesperada.
O problema são os pleonasmos malandros. Três palavras merecem atenção especial. Uma delas é ainda. Outra: continua. A última: manter. Sozinhas, elas são inocentes como recém-nascidos. O problema é a companhia. Quando as danadinhas se juntam a maus elementos, é um deus nos acuda. Quer ver?
Ainda mais
O programa ainda vai levar mais cinco meses.
O ainda dispensa o mais. E o mais não quer saber do ainda. Fique com um ou outro:
O programa ainda vai levar cinco dias.
O programa vai levar mais cinco dias.
Ainda continua
Apesar das dificuldades, o diretor ainda continua esperançoso.
Feio, não?O continua dá a ideia de continuidade.O ainda também.Os dois juntos dão indigestão. Decida por um deles:
Apesar das dificuldades, o diretor continua esperançoso.
Apesar das dificuldades, o diretor ainda está esperançoso.
Manter o mesmo
O técnico vai manter a mesma equipe no jogo contra a Alemanha.
Cruz-credo! Manter só pode ser a mesma. Portanto:
O técnico vai manter a equipe no jogo contra a Alemanha.
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(4/7/2018)
Palavras são como gente. Umas se amam. Outras se odeiam. Outras, ainda, são indiferentes. Ente as raivosas, está o embora. A conjunção detesta o gerúndio (embora sendo). Ela prefere arder nas chamas do inferno a se juntar à indesejável companhia.
O embora tem um único e eterno amor. É o subjuntivo. O indicativo tenta tirar uma casquinha. Não tem vez:
Fuma embora seja atleta.
Trabalhava muito embora ganhasse pouco.
Embora tenha conquistado o 4.º lugar nas Olimpíadas, o futebol feminino não tem apoio por aqui.
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(6/7/2018)
Junta-se aos bons que serás um deles. Vinicius usou "mesmo em face do maior encanto". A razão é simples. Face a não existe. A locução é em face de:
Em face do exposto, determino o arquivamento do processo.
Em face da silabada, a namorada rompeu o compromisso.
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"Tem gente tão pobre, mas tão pobre que só tem dinheiro."
(Autor desconhecido)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(9/7/2018)
Mantenha os olhos bem abertos. A partir de significa a começar:
A partir de julho, as passagens aéreas ficarão mais caras.
Aumento de salário? Trataremos do assunto a partir de maio.
A partir de julho, viajarei ao Rio todas as semanas.
Misturar a partir de com começar é baita pleonasmo:
Começaremos a pensar no assunto a partir de janeiro?
Xô desperdício! Melhor ficar com um ou outro:
Começaremos a pensar no assunto em janeiro.
Pensaremos no assunto a partir de janeiro.
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Grande abraço a todos.
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(10/7/2018)
Demais e de mais —os dois existem.São formados pelas mesmas palavras (de + mais). Mas exprimem ideias diferentes. Demais significa demasiadamente. Pode ser substituído por muito:
Comeu demais (muito).
Falou demais (muito).
De mais, separadinho, quer dizer a mais. É o contrário de de menos:
Na confusão, recebi troco de mais (de menos).
Até aí, nada de mais (de menos).
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(11/7/2018)
Você sabia? Nas indicações temporais, existem os bicudos. E, como diz o outro, eles não se beijam. Trata-se do já e do mais. Onde couber um, o outro não tem vez:
Quando os bombeiros chegaram, a vítima já não respirava (nunca não respirava mais).
Já não há lei que iniba as invasões de Brasília (jamais já não há mais lei que iniba as invasões).
Quando entregou o projeto de tese, já não se preocupava (nem pensar não se preocupava mais).
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(12/7/2018)
Duas locuções dão nós nos miolos. Uma: ao invés de. A outra: em vez de. Dizem que só doze pessoas sabem o significado das mocinhas. Uma delas é o chefe. Sem dominar a diferença, adeus, oportunidade! Melhor não cair na esparrela.
Ao invés de significa ao contrário de. É contrário mesmo, oposição:
Saiu ao invés de ficar em casa.
Comeu ao invés de jejuar.
Há religiões que pregam a morte ao invés de pregar a vida.
Nas demais acepções, só em vez de ganha passagem. As três letrinhas querem dizer em lugar de, em substituição a:
Comeu frango em vez de peixe.
Em vez de ir ao teatro, foi ao cinema.
Convidou Maria em vez de Célia.
Em vez de salário alto, luto por boas condições de trabalho.
Deixe o ao invés de pra lá. A locuçãozinha em vez de o substitui. Ela vale por dois: Comeu em vez de jejuar. Em vez da carta, mandou e-mail. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(13/7/2018)
Na língua ocorrem misturas heterodoxas. São os cruzamentos. Parte de uma estrutura se junta a parte de outra. O resultado é um deus nos acuda. Parece filhote de jacaré com tartaruga. Um dos candidatos a monstrengos são as locuções à medida que e na medida em que. Cada uma tem seu significado:
À medida que = à proporção que
Meu inglês melhora à medida que pratico a língua.
À medida que o vírus se alastra, aumenta o número de gente gripada.
A pessoa perde o medo da redação à medida que escreve mais e muito.
Na medida em que = porque, tendo em vista
O desemprego continua alto na medida em que não se resolveu o problema dos juros.
Aumentaram os casos de desidratação na medida em que a umidade relativa do ar chegava a níveis críticos.
Reparou? O em tem mania de grandeza. Exagerado, aparece duas vezes numa forma (na medida em que) e nenhuma noutra (à medida que). Com ele é assim: 8 ou 80.
De vez em quando o filhote esdrúxulo ganha vida. Aparece a locução locução à medida em que. Valha-nos, Deus! Pernas pra que vos quero!
Para não esquecer, lembre-se do 8 ou 80: à medida que tem três palavras. É o 8. Na medida em que tem cinco. É o 80. Com elas a coluna do meio não tem vez. |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
"Sorria sem câmera, converse sem celular, ajude sem plateia, ame sem condições."
(autor desconhecido)
Grande abraço e bom fim de semana a todos.Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(16/7/2018)
Controle remoto na mão, Rafael sintonizou a TV Câmara. Discursos invadiram a sala. Os políticos se vendiam embalados para presente. Ele reclamou:
— Eles falam, falam, mas não dizem nada.
A mulher concordou:
— Falou e disse.
Do diálogo, fica uma certeza. Os verbos falar e dizer não são sinônimos. Um e outro têm empregos definidos.
Falar não equivale a dizer, afirmar, declarar. Mas a dizer palavras, expressar-se por meio de palavras:
Ela fala várias línguas.
Falou com o prefeito.
Não falará no assunto.
O apelo da criança fala ao coração.
Dizer é verbo declarativo. Equivale a declarar, afirmar:
O governo disse que aumentará o salário mínimo.
Ninguém diz toda a verdade.
Jesus disse:
— Vinde a mim as criancinhas.
Na dúvida, substitua o falar pelo dizer. Se der certo, mande o falar pras cucuias:
Ministro fala (diz) na TV que o dólar vai baixar.
O professor falou (disse) que vai haver aula.
Quem falou (disse) isso?
O falar tem arrepios quando acompanhado da conjunção que. Os dois são inimigos inconciliáveis. Na presença do falar que, não duvide. Você estará diante de um usurpador. Ele fala, fala e não diz nada. A gente tem de falar e dizer. Devolva o posto ao dizer.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(17/7/2018)
Existem palavras e expressões que viram praga. Espalham-se como água morro abaixo e fogo morro acima. Como quem não quer nada, caem na boca do povo. Todos as repetem como se fossem de carne e osso. Uma dela é a nível de. No rádio, na tevê, nos discursos em plenário, na conversa dos amigos, pululam frases como estas:
Faço um curso a nível de pós-graduação.
A decisão foi tomada a nível de diretoria.
O projeto ainda está a nível de papel.
Acredite: a nível de não existe. O que há é ao nível de e em nível de. As duas expressões se parecem. Mas não se confundem:
Ao nível de significa à altura de:
Recife fica ao nível do mar.
O cargo de Maria está ao nível do de Luís.
Em nível de quer dizer no âmbito de:
Faço um curso em nível de pós-graduação.
A decisão foi tomada em nível de diretoria.
Cá entre nós. Em nível de existe. Mas é dispensável. Como tudo que é dispensável, sobra. Livre-se dele. A frase ganha em concisão e elegância:
Faço um curso de pós-graduação.
A decisão foi tomada pela diretoria.
O projeto ainda está no papel.
A língua é um sistema de possibilidades. Democrática, dá liberdade de escolha. Podemos dizer a mesma coisa de diferentes maneiras. A mais curta e enxuta ganha disparado. Fique com ela . |
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(18/7/2019)
Entre os pra lá de desiguais, destaca-se o haver. Lá longe, no curso primário, nossos professores diziam:
— O verbo haver, no sentido de existir e ocorrer, é impessoal.
Tradução: a maioria dos verbos — comuns, rotineiros, sem charme — é pessoal. Conjuga-se em todas as pessoas (eu, tu, ele, nós, vós, eles).
Veja, por exemplo, o laborioso trabalhar: eu trabalho, tu trabalhas, ele trabalha, nós trabalhamos, vós trabalhais, eles trabalham.
O haver é diferente. singular, detesta fazer parte de rebanho. Na acepção de ocorrer e existir, é impessoal. Sem sujeito, só se conjuga na 3.ª pessoa do singular:
Acompanhamos as tentativas que houve (existiram) até aqui.
Houve (ocorreram) poucos distúrbios em Brasília durante a passeata.
Nós temos consciência da demanda da classe média por habitações que não havia (existiam) no mercado.
Por que se faz tanta confusão com criatura tão especial? Muitos não prestaram atenção às palavras do professor. Ou não entenderam a lição. Até hoje, barbudos e carecas pensam que o sofisticado haver é igual a outros verbos. Esquecem-se de que ele não tem sujeito.
Com medo de errar, imaginam que o objeto direto é o sujeito, sobretudo se o verbo estiver no passado. Quando se diz "houve poucos distúrbios", distúrbios não é sujeito, mas objeto direto, ao contrário do que pensam os desavisados.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(19/7/2018)
O verbinho singular (há) dá uma ajuda na contagem de tempo. No caso, ele só olha pra trás. Indica passado. É como o fazer, que também joga no time do que foi:
Paulo se mudou pra o Rio de Janeiro há (faz) 20 anos.
Estive na Europa há (faz) dois meses.
Chegou há (faz) pouco.
Executava a função fazia (havia) 20 anos.
E o tempo futuro? Esse é mais antigo que o rascunho da Bíblia. Com ele só a preposição a tem vez:
Daqui a dois anos acabo o curso.
O avião chega daqui a pouco.
A sete meses da eleição de outubro, o PMDB decidiu não ter candidato próprio.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(20/7/2018)
A língua se parece com as pessoas. Entre as palavras existem as intolerantes. Vale o exemplo de há... atrás. Usá-las na mesma frase constitui redundância. Não caia na tentação de dizer:
Fui à Europa há dois anos atrás.
Para evitar confusão, fique com uma ou outra:
Fui à Europa há dois anos.
Fui à Europa dois anos atrás.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Frase atribuída a Abigail Van Buren:
"O Melhor indicador do caráter de uma pessoa é como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefício algum."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(23/7/2018)
Atenção, muita atenção. A impessoalidade é contagiosa. Os auxiliares do haver também se tornam impessoais:
Deve haver muitos distúrbios durante o carnaval.
Com as novas regras, ia haver habitações populares no mercado.
Pode haver leilões no próximo fim de semana.
Para acertar sempre: quando se vir tentado a flexionar o verbo haver, pense. No sentido de ocorrer e existir, ele é invariável, irremediavelmente fiel à 3.ª pessoa.
Complemento: apesar de a forma verbal houveram ser utilizada de forma incorreta muitas vezes (houveram casos de malária, houveram problemas durante o jogo), há situações em que sua utilização é lícita. Seguem dois links para que possamos saber um pouco mais sobre o assunto.
UM POUCO MAIS SOBRE HOUVERAM 1
UM POUCO MAIS SOBRE HOUVERAM 2
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador. Houve adaptações.
O complemente foi efetuado pela Efaz.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(24/7/2018)
As palavras são como as pessoas. Uma e outras adoram pregar peças. Quando a gente cai na armadilha, as gozadoras morrem de rir. É o caso do verbo reaver. Ele tem toda a pinta de ser derivado do verbo ver. Mas não é. Você sabe que é o pai dele?
Acredite. Reaver é filhote de haver. Significa haver de novo, recobrar, recuperar:
A casa de Maria foi assaltada. Os ladrões levaram dólares e joias. A polícia os prendeu. Mas não consegui reaver nada.
Reaver tem um grande defeito. É preguiçoso que só. Por isso, joga no time dos verbos defectivos. Não se conjuga em todos os tempos e modos. Com ele, só têm vez as formas que aparece o v, de haver. No presente do indicativo, por exemplo, apenas o nós e o vós ganham passagem: nós reavemos, vós reaveis.
O indolente não tem o presente do subjuntivo. Mas exibe todas as pessoas do passado e do futuro: reouve, reouvemos, reouveram; reavia, reavias, reavíamos; reaverei, reaverão; reaveria, reaverias, reaveríamos, reaveriam; reouver, reouveres, reouvermos; reouvesse, reouvéssemos.
E por aí vai.
Eis exemplos do emprego do verbo preguiçoso:
O pai reouve a confiança do filho.
Sempre que possível, ele reavia o dinheiro perdido no jogo.
Ainda reaverei os pontinhos que perdi na prova.
Quando reouver as joias, Maria vai vendê-las.
Se eu reouvesse minha herança, faria longa viagem pelos cinco continentes. Adeus, monotonia!
Cuidado com as tentações. Reavê, reaviu, reaveja não existem. Seriam derivados de ver. E reaver vem de haver. Mas não fique triste. Eles não fazem falta. Recuperar ou recobrar os substituem numa boa.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor - guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
(25/7/2018)
Onde está a fidelidade? Ninguém sabe. Busca aqui, procura ali, nada. Só adúlteros. Explicações não faltam. Vinicius diz que fidelidade e amor andam lado a lado. Uma e outro são infinitos enquanto duram.
Millôr concorda: "Fidelidade", jura ele, "tem a duração da permanente do cabelo". O povão não tem dúvida. Proclama aos quatro ventos: "Muito amor à primeira vista não resiste a um segundo olhar".
Quem escapa? Só o verbo chegar. Ele é fiel e não abre. Apaixonado desde sempre pela preposição a, não pensa em mudar o objeto do desejo. Esteja onde estiver, chegue aonde chegar, a companhia dele é uma só — o azinho. Aprecie:
Paulo chegou a São Paulo ontem. De lá, foi ao Rio. Chega a Brasília daqui a dois dias.
Gal chegou ao teatro às nove em ponto.
Aonde você quer chegar? A Lugar nenhum.
O voo chega a Salvador à noite.
Alguns desavisados tentam jogar o verbinho no mau caminho. Impõem-lhe a preposição em (chegou em São Paulo, chegou na loja, chegamos no trabalho). Xô, satanás! reage o obsessivo que só tem olhos para o a.
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Grande abraço a todos.
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(26/7/2018)
Fui eu quem fez o trabalho? Fui eu quem fiz o trabalho? O quem é um dos espinhos da língua. Muita gente corre dele. Não sabe se faz a concordância com o pronome pessoal ou com o quem.
Para não dar vexame, busca outra construção. É uma saída. Mas vale a pena saber que o quem não é nenhum bicho de sete cabeças. Basta entendê-lo para descobrir que o leão é manso.
Primeiro passo: saber que um é dois. Quem equivale a dois pronomes — aquele que:
Eu admiro quem (aquele que) me admira.
Segundo passo: desvendar a paixão do verbo. Ele é louquinho pela 3.ª pessoa do singular. Por isso, adora concordar com quem:
Não fui eu quem saiu cedo.
Não foi ele quem chegou atrasado.
Somos nós quem decifra o endereço.
Foram eles quem pagou a conta.
Esquisito? Pode ser. Mas, se invertermos a ordem das orações, a construção soa natural:
Quem entregou a carta fui eu.
Quem chegou atrasado não foi ele.
Quem decifra o endereço somos nós.
Quem pagou a conta foram eles.
A língua é um conjunto de possibilidades. O quem morre de paixão pela 3.ª pessoa do singular. Mas suporta outra construção. Se quiser, você pode fazer a concordância com o pronome pessoal:
Fui eu quem saí cedo.
Não foi ele quem chegou atrasado.
Somos nós quem deciframos o endereço.
Foram eles quem pagaram a conta.
Acredite: o quem não ama essa forma. O amor dele, de verdade, é a 3.º pessoa do singular. Mas o pequenino é gilete. Corta dos dois lados.
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Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
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(27/7/2018)
De encontro? Ao encontro? Cuidado! As duas expressões se parecem, mas não se confundem. Uma é o contrário da outra. Trocar as bolas só traz prejuízo.
De encontro a significa contra, no sentido contrário, em contradição:
O carro foi de encontro à árvore.
A reforma da Previdência vai de encontro aos interesses da população.
A queda do dólar vai de encontro às expectativas dos exportadores.
Ao encontro de joga em outro time. Quer dizer em favor de, na direção de:
O pai caminhou ao encontro do filho.
A iniciativa do ministro vai ao encontro da necessidade dos usuários.
A redução no preço da gasolina vem ao encontro do bolso dos consumidores.
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Houve adaptações.
Frase atribuída a Mahatma Gandhi:
"Você deve ser o exemplo da mudança que deseja ver no mundo."
Grande abraço e bom fim de semana a todos.
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Dica 979
(30/7/2018)
É bom lembrar. Nesta alegre Pindorama, fala-se português. Por isso, a abreviatura de horas não suporta dois pontos (2:15 é coisa de inglês). Aqui a redução segue regras próprias. Nada de plural. Nem de espaço. Nem de ponto depois da abreviatura: 2h, 2h15, 2h15min40.
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Grande abraço a todos.
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(31/7/2018)
A conjunção enquanto liga orações: verbo com verbo. Indica que duas ações se passam ao mesmo tempo.
Enquanto eu falo, você escuta.
Você trabalhava enquanto ele ouvia música.
Mal-empregada, a conjunçãozinha vira usurpadora. É o caso de:
Enquanto sociedade, demos mais um passo na direção de formas mais civilizadas de convivência.
Valha-nos, Deu., É a receita de cruz-credo. O enquanto ocupa o lugar do como ou das locuções na condição de, na qualidade de:
Como sociedade, demos mais um passo na direção de formas mais civilizadas de convivência.
As orações ligadas pelo enquanto têm que ter o mesmo tempo. Lé com lé, cré com cré. Cada sapato no seu pé:
Presente com presente: Enquanto eu dito, você escreve.
Passado com passado: Paulo cozinhava enquanto Maria preparava a mesa.
Ao menor descuido, você pode misturar, por exemplo, o pretérito perfeito com o imperfeito. Assim:
Enquanto o desemprego crescia, a renda despencou.
Xô! Venha correlação:
Enquanto o desemprego crescia, a renda despencava.
Enquanto o desemprego cresceu, a renda despencou.
É isso. Não acenda uma vela para Deus e outra para o diabo. Pega mal.
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Grande abraço a todos.
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(1.°/8/2018)
Ao par? A par? Depende. As duas expressões estão aí, vivinhas da silva. São parecidas. Mas não se confundem:
Ao par significa estar emparelhado, caminhar ao lado:
A pesquisa japonesa não está ao par da pesquisa norte-americana (isto é, a pesquisa amarela de olhinhos puxados não está nivelada com a do Tio Sam. Uma e outra não caminham lado a lado).
A par quer dizer estar por dentro, inteirado, sabedor das coisas:
Estou a par da guerra de bastidores da eleição passada.
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Grande abraço a todos.
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(2/8/2018)
Nome próprio tem plural? O Vocabulário Ortográfico diz que ele não goza de privilégios. Flexiona-se como os comuns: os Andradas, os Silvas, os Castros. Quem não se lembra de Os Maias, de Eça de Queirós?
Mas há casos — a própria gramática reconhece — em que o plural descaracteriza o nome. O sobrenome Val, por exemplo, faria o plural Vales. Como agir?
Se o nome termina por vogal, acrescente s (os Cavalcantis). Se for consoante, não o pluralize (os Maciel, os Bacelar). Também não pluralize os nomes duplos e os estrangeiros: os Cavalcanti Proença, os Tatcher.
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Grande abraço a todos.
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Dica 983
(3/8/2018)
O MAIS POSSÍVEL, OLHO NO ARTIGO
Analise as frases:
Mulheres o mais elegante possível.
Mulheres tentadoras o mais possível.
Mulheres as mais elegantes possíveis.
Os maiores esforços possíveis.
Os piores aposentos possíveis.
Matou a charada? O possível inverteu a ordem da frase. Só para confundir. Quer ver?
Mulheres elegantes o mais possível.
Mulheres tentadoras o mais possível.
Eis a malandragem: o possível em "o mais... possível" e "os mais... possíveis" concorda com o artigo. Artigo singular? Fica no singular. Plural? Vai para o plural.
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(6/8/2018)
As armadilhas linguísticas ficam à espreita. Ao menor descuido, lá vamos nós. Caímos de quatro. A palavra meio é um dos perigos. A danadinha, cheia de meias horas, à vezes se mantém invariável. Não quer saber nem de feminino nem de plural. No caso, é advérbio. Significa um tanto:
Maria anda meio (um tanto) irritada.
Na prova, mostrou-se meio (um tanto) insegura em cálculo.
Elas saíram meio (um tanto) constrangidas; eles, meio (um tanto) decepcionados.
Deixe as janelas meio (um tanto) abertas.
Outras vezes meio quer dizer metade. Aí, terminou a moleza. Flexiona-se como qualquer mortal:
Os médicos dizem meias verdades.
Comprei duas dúzias e meia (dúzia) de ovos.
Eles são meios-irmãos.
É meio-dia e meia (hora).
Comprei duas meias-entradas.
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(7/8/2018)
Alegar ignorância não pega mais. A Lei 2.749, de abril de 1956, deixa claro:
Art. 1.º - Será invariavelmente observada a seguinte norma no emprego oficial do nome designativo de cargo público: o gênero gramatical desse nome, em seu natural acolhimento ao sexo do funcionário a que se refira, tem que obedecer aos tradicionais preceitos pertinentes ao assunto e consagrados na lexicologia do idioma.
Em bom português, o palavreado difícil diz o seguinte: escreva no feminino os cargos públicos exercidos por mulheres. É lei: a embaixadora, a senadora, a ministra a chefe (chefa é meio pejorativo), a presidenta (ou a presidente). E por aí vai.
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UM POUCO MAIS SOBRE O ASSUNTO
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(8/8/2018)
Afim não se escreve coladinha por acaso. É que os iguais se atraem. Afim significa que tem afinidade, semelhança:
A irmã mais nova e a mais velha têm ideias afins.
História e literatura são matérias afins.
O espanhol é língua afim ao português.
Cunhado é parente afim. Sogro também.
A fim, desse jeito, um pedaço cá e outro lá, faz parte da locução a fim de. Quer dizer para:
Saiu cedo a fim de (para) ir ao cinema.
Tirou férias a fim de (para) estudar para o concurso.
Na linguagem da brotolândia, a fim ganha sentido coloquial, sem cerimônia. Vira com vontade de:
– Vamos ao cinema?
– Não estou a fim.
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(9/8/2018)
Como escrever as siglas? Todas as letras maiúsculas? Ou minúsculas? Com ponto ou sem ponto entre as letras? Baita dor de cabeça, não? O pior é que a gente tropeça em sigla a toda hora. Abre o jornal, lá está ela. Liga a televisão, não dá outra. Conversa com os amigos, ela aparece. É Sefaz pra lá, FGTS pra cá, Mercosul para acolá.
A saída, então, é conviver com os serezinhos que frequentam nossa casa e nossa roda de amigos com a maior sem-cerimônia. Entram e saem sem pedir licença. O que fazer? As gramáticas não ajudam. Revistas e jornais, no sufoco, deram seu jeito. Ditaram as regras:
Use todas as letras maiúsculas:
a) se a sigla tiver até três letras: ONU, OEA, CEF, MEC, USP, CEB, PM.
b) se todas as letras forem pronunciadas: BNDES, PMDB, INSS, CNBB, PSDB.
Se a mocinha tiver mais de três letras e for pronunciada como uma palavra, ou seja, em sílabas, cessa tudo que a musa antiga canta. Só a inicial é maiúscula: Sefa, Embrapa, Detran, Unesco, Opep, Otan, Serpro, Celepar, Petrobras.
Reparou? Em todos os casos, sem ponto. Se for plural, o s tem vez: PMs, Detrans.
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Houve adaptações.
O arquivo anexo traz estudo sobre siglas efetuado pela Efaz/PR.
Grande abraço a todos.
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(10/8/2018)
O verbo implicar é dos mais traiçoeiros da língua. Como quem não quer nada, confunde o falante. Diante dele, o pobre descuidado cai na armadilha. Pior: cai em desgraça. Perde amores. Adia promoções. Deixa de ganhar preciosos pontinhos em concursos.
Implicar tem três significados. Dois deles são fáceis como andar pra frente:
Na acepção de ter implicância, pede a preposição com:
O diretor implica com o funcionário.
O vizinho implica com a filha.
Nós implicamos com o novo cozinheiro.
No sentido de comprometer ou envolver, exige a preposição em:
Paulo implicou o pai no acidente.
O depoente implicou autoridades no crime organizado.
A estagiária implicou Clinton no escândalo.
A armadilha está no terceiro significado. Querendo dizer pressupor ou produzir como consequência, o verbo é livre como passarinho na mata. Transitivo direto, não aceita preposição nem a pedido de Deus:
A taxação dos aposentados implica desrespeito aos direitos adquiridos.
A troca de ministros implica mudança na equipe do governo.
O ministro bateu o pé: o aumento do salário dos servidores implica aumento da dívida pública.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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(13/8/2018)
A gente estuda. Sua a camisa. E comemora: "Viva! O assunto está no papo". Tempos depois vem a descoberta. O que parece ser nem sempre é. Vale o exemplo de Estados Unidos. A palavra é um substantivo próprio no plural. Joga no time de Palmeiras, Camarões e Minas Gerais. Com eles, qual é a do verbo? Vai para o singular ou plural? Quem dá a resposta é o artigo. Olho nele.
Se o nome vem acompanhado do pequenino, o verbo concorda com ele (o artigo). Sem o monossílabo, é a vez do singular:
Os Estados Unidos invadiram o Iraque.
O Palmeiras empatou com o São Paulo.
Camarões fica na África.
Minas Gerais fica na Região Sudeste.
O artigo adora brincar de esconde-esconde. Às vezes, sobretudo em títulos, siglas e textos publicitários, o danadinho não aparece. Olho vivo! Ele conta como se presente estivesse:
(Os) EUA invadiram o Iraque.
É isso: com os substantivos próprios no plural, o artigo canta de galo. Cocorocóóóóóóóó.
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Houve adaptações.
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(14/8/2018)
Entre ou dentre? Quase sempre entre. Dentre tem uso muito limitado. Significa do meio de. É resultado do casamento da preposição de com a preposição entre. Para que ocorra o matrimônio, um verbo precisa pedir a preposição de. Sair saltar, ressurgir servem de exemplo:
O macaco saiu dentre duas árvores.
(Quem sai sai de algum lugar. De onde? De entre duas árvores, do meio de duas árvores).
O pássaro começava a saltar dentre o arvoredo.
(Quem salta salta de algum lugar. De onde? de entre o arvoredo.)
No mais, abra alas para o entre:
Entre os convidados estava um famoso ator.
Nada existe entre mim, você e ele.
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Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Dica 991
(15/8/2018)
Os professores repetem convictos:
— Mais bem e mais mal não existem. As formas corretas são melhor e pior.
Mais tarde, os mestres se esquecem de explicar que disseram meia verdade. Ou meia mentira. Mais bem e mais mal estão vivinhos da silva e devem ser usados. Quando?
Antes de particípio (a forma verbal terminada em -ado e -ido, como cantado, estudado, vendido, partido):
João foi mais bem classificado no concurso do que Maria.
Não há redação mais bem desenvolvida do que a de Carla.
A questão mais bem formulada foi a dela.
Este é o comentário mais bem redigido que já li.
As francesas são as mulheres mais bem vestidas da Europa.
A mesma regra vale para mais mal:
João foi mais mal classificado no concurso do que Paulo.
Não há discurso mais mal redigido do que este.
A questão mais mal formulada foi a do senador.
Este foi o comentário mais mal escrito que já li.
O melhor e o pior foram cassados? Claro que não. O neoliberalismo não se mete nos direitos linguísticos. Por isso, fique frio. Só use mais bem e mais mal antes de particípio. Nos demais casos, não bobeie. Continue no melhor e pior.
Fala melhor (pior) do que escreve.
Saiu-se melhor (pior) do que esperava.
Nara pinta melhor (pior) do que Tânia.
Representa melhor (pior) do que declama.
Corre melhor (pior) do que salta.
Ganha melhor (pior) no emprego noturno que no diurno.
Viaja melhor (pior) de avião que de ônibus.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná (Efaz),
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário (GDFAZ).
Dica 992
(16/8/2018)
Acredite. É correto dizer mais grande e mais pequeno. Quando se comparam qualidades ou atributos, é essa a forma:
A casa é mais grande que pequena.
O auditório é mais pequeno que grande.
As duplinhas só têm vez nesses casos. Nos demais, a vez é do maior e menor.
Meu livro é menor que o seu.
Procuro uma casa maior que a minha.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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Dica 993
(17/8/2018)
Quando se deve repetir a preposição? O xis da resposta: saber se os termos constituem conjunto contemporâneo ou conjunto separado. Complicado? Sem dúvida. Mas os exemplos ajudam a jogar luz na escuridão. Quer ver?
Conversei com o professor e deputado.
A preposição (com) aparece só diante do primeiro nome. Significa que conversei com uma pessoa a um só tempo professor e deputado. Se não for isso, repete-se a preposição:
Conversei com o professor e com o deputado.
O repeteco do com deixa claro. São duas pessoas – um professor e um deputado.
Conversei com Maria e Rafael.
Uma preposição (com) diz que o ato é contemporâneo. Conversei com os dois ao mesmo tempo.
Conversei com Maria e com Rafael.
A dose dupla do com dá um recado: as conversas foram separadas – conversei primeiro com um e depois com outro.
Mais exemplos?
Com repeteco: conjuntos separados
Viaja por terra e por mar. (A repetição é obrigatória. Não há jeito de viajar, ao mesmo tempo, por terra e por mar.)
Nomes derivados de substantivos e de verbos (de uns ou de outros).
Viver na cidade e no campo (um de cada vez).
Sem repeteco: conjunto uno e contemporâneo
Flexão verbal de modo, tempo, pessoa e número.
Viver a pão e água.
Comida com sal e pimenta.
Deveu a vida à clemência e magnanimidade do vencedor.
A língua é cheia de trapaças. Com as preposições a e por, cessa tudo que a musa antiga canta. Repita a preposição sempre que repetir o artigo (mesmo se o conjunto for uno e contemporâneo):
Opôs-se aos planos e aos desígnios do candidato (nunca diga: aos planos e os desígnios).
Sócrates distinguiu-se pela modéstia e pela sabedoria (jamais escreva pela modéstia e a sabedoria).
Ruim? Você tem saída. Não repita o artigo. Aí, não precisa repetir a preposição:
Opôs-se aos planos e desígnios do candidato.
Sócrates distinguiu-se pela modéstia e sabedoria.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Houve adaptações.
Grande abraço a todos.
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Dica 994
(20/8/2018)
Parecido não é igual. Mas confunde. Com o substantivo princípio, a preposição faz a diferença.
Em princípio significa antes de mais nada, antes de qualquer consideração, teoricamente, em tese, de modo geral:
Em princípio, toda mudança é benéfica.
Estamos, em princípio, abertos a todas as novidades tecnológicas.
A princípio quer dizer no começo, inicialmente:
A princípio o Brasil era o favorito das apostas. Depois da partida contra o Japão, deixou de sê-lo.
Toda conquista é, a princípio, muito excitante. Com o tempo, pode mudar de figura.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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Dica 996
(22/8/2018)
Querer, pôr, fazer, dizer dão nó nos miolos. Em certas formas, aparece o fonema z. Mas se escreve a letra s. Em outras, a letra z pede passagem.
Qual o segredo? A regra não tem exceção. Vale para qualquer verbo. Z ou s? No infinitivo aparece o z? Então não duvide. Sempre que o fonema z soar, dê passagem à lanterninha do alfabeto:
fazer – fazes, faz, fazemos, fazem, fiz, fizeste, fizemos, fizeram, fizesse, fizessem.
dizer – diz, dizemos, dizem
Em querer e pôr, o z não aparece. Logo, quando soar o z, escreva s. Você acertará sempre.
querer – quis, quiseste, quisemos, quiseram, quisera, quiseras, quiséramos, quisesse, quiséssemos
pôr – pus, puseste, pôs, pusemos, puseram, puser, pusermos, pusesse, puséssemos
Viu? Desvendados os mistérios dos verbos querer, fazer & cia., fica uma certeza. O diabo não é tão feio quanto o pintam.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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Dica 995
(21/8/2018)
A presença do ex dá um recado claro. Diz que cessou o estado anterior. O ex-deputado teve mandato parlamentar e não tem mais. A ex-mulher dividiu o leito nupcial com o marido e não divide mais. O ex-diretor dirigiu a empresa e não dirige mais.
Cuidado com o prefixo. Alguém é ex-ministro apenas. Ou ministro de um governo passado. Roberto Campos é ex-ministro do Planejamento, mas ministro do Planejamento do governo Castello Branco. José Sarney é ex-presidente do Brasil, mas presidente do Brasil em 1986.
E os mortos? Esses têm direitos eternos. Glauber Rocha não é ex-diretor de cinema. Garrincha não é ex-jogador de futebol. Renato Russo não é ex-compositor. Ao citá-los, diga o diretor Glauber Rocha, o jogador Garrincha, o compositor Renato Russo.
O ex tem requintes. Ao designar alguém com o prefixo ex, nomeie o cargo mais alto que a pessoa ocupou ou aquele no qual ela mais se tornou conhecida. JK foi deputado, prefeito, senador, presidente da República. Ao se referir a ele, escreva o presidente Juscelino. Não o deputado, senador ou prefeito.
É aquela história: quem foi rei não perde a majestade.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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Dica 997
(23/8/2018)
Dois verbos são pra lá de conjugados. Um deles: presentear. O outro: cear. Ambos se flexionam do mesmo jeitinho. Seguem o modelo de passear. A família -ear tem uma marca. O presente do indicativo e o presente do subjuntivo são perdulários. Têm uma letra a mais. É o i. Mas o nós e o vós não entram na gastança. Ficam com as outras pessoas dos outros tempos. Não querem a vogal excedente.
Veja:
Presente do indicativo: eu passeio (presenteio, ceio), tu passeias (presenteias, ceias), ele passeia (presenteia, ceia), nós passeamos (presenteamos, ceamos), vós passeais (presenteais, ceais), eles passeiam (presenteiam, ceiam).
Presente do subjuntivo: que eu passeie (presentei, ceie), que tu passeies (presenteies, ceies), que ele passeie (presenteie, ceie), que nós passeemos (presenteemos, ceemos), que vós passeeis (presenteeis, ceeis), que eles passeiem (presenteiem, ceiem)
É isso. Antigamente eu presenteava e era presenteada. No ano passado, eu presenteei e fui presenteada. Hoje eu presenteio e sou presenteada. E você?
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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DICA 1.010
(12.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
Dar uma de João sem Braço!
No princípio do século passado, Portugal vivia um momento de agitação política iniciado em 1906, quando o rei Carlos I e o príncipe herdeiro foram assassinados e Dom Manuel subiu ao trono. Mas isso não acalmou os opositores da realeza, que decidiram então empreender um movimento revolucionário cujo desfecho foi a deposição do novo rei e a implantação do sistema republicano de governo no país.
Porém, todo mundo sabe o que a linguagem corrente entende por revolução: uma ação armada que tem como objetivo a substituição violenta dos detentores do poder, geralmente trazendo em sua esteira a morte, a mutilação e a ruína de gente que se envolveu na disputa às vezes contra sua própria vontade, ou então porque infelizmente estava no meio do caminho.
No caso de Portugal, as regras determinavam que feridos e deficientes físicos não podiam ser deslocados para o campo de batalha, princípio que pouco a pouco foi sendo estendido aos que precisavam suar o rosto para ganhar o “pão nosso de cada dia”.
Assim, como a simulação de que alguém não tinha ou um, ou os dois braços, transformou-se em razão para afastá-lo das obrigações de trabalho, os gozadores da época aproveitaram a farsa em moda e criaram a expressão "dar uma de João sem braço", que passou a ser aplicada em todas as situações onde o cidadão apresentava alguma desculpa meio marota para justificar o descumprimento de compromissos, a intenção de não assumir responsabilidades, ou qualquer ação praticada com esperteza mal intencionada.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
Dica 998
(24/8/2018)
Lágrimas vão rolar. Prepare o lenço. Na tela, a triste história do verbo desacreditado. Intervir revela a família na cara. Mas ninguém acredita. Todos maltratam o pobre coitado. Mas ele dá o troco. Desmoraliza os algozes.
Não duvide da paternidade de intervir. O exame de DNA comprovou. Ele é filho legítimo de vir. Conjuga-se do mesmo jeitinho do paizão. Veja o presente do indicativo: eu venho (intervenho), ele vem (intervém),nós vimos (intervimos), eles vêm (intervêm).
Reparou? Na terceira pessoa do singular, há uma pequena diferença. Vem não recebe acento. Mas intervém ganha o grampinho. Sabe por quê? Eles são seres obedientes. Seguem as regras de acentuação gráfica.
Ambos terminam em -em. Mas não são iguais. Um é monossílabo. Joga no time do bem. Não se acentua. O outro tem mais de uma sílaba. Entra na equipe de alguém, ninguém, armazém.
O presente é moleza. Mas o pretérito e os tempos dele derivados são verdadeiras ciladas. Com eles, todo o cuidado é pouco. O macete: não perca a família de vista:
Pretérito perfeito: eu vim (intervim), ele veio (interveio), nós viemos (interviemos), eles vieram (intervieram)
Imperfeito do subjuntivo: se eu viesse (interviesse), se ele viesse (interviesse), se nós viéssemos (interviéssemos), se eles viessem (interviessem)
Futuro do subjuntivo: se eu vier (intervier), se ele vier (intervier), se nós viermos (interviermos), se eles vierem (intervierem).
Moral da história: intervir desmente o provérbio. Com ele, quem vê cara vê coração.
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
Grande abraço a todos.
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DICA 999 (27/08/2018)
As palavras, como as pessoas, têm manias. Combinam. Brigam. Fazem exigências. Armam ciladas. Um verbo cheio de caprichos é o acontecer. Elitista, tem poucos empregos. E quase nenhum amigo. Mas, por capricho do destino, os colunistas sociais o adotaram. A moda se espalhou como fogo morro acima ou água morro abaixo.
O pobre virou praga. Tudo acontece. Até pessoas: Kaká está acontecendo na Seleção. O casamento acontece na catedral. O show acontece às 22h. E por aí vai.
Violentado, o verbo vira a cara. Esperneia. E se vinga. Deixa mal quem abusa dele. Diz que o atrevido sofre de pobreza de vocabulário.
Para não cair na boca do povo, só há uma saída. Empregá-lo na acepção de suceder de repente.
Acontecer dá a ideia do inesperado, desconhecido: Caso acontecesse a explosão, muitas mortes poderiam ocorrer.
O verbinho de sangue azul sente-se muito bem com os pronomes indefinidos (tudo, nada, todos), demonstrativos (este, isto, esse, aquele) e o interrogativo que: Tudo acontece no feriado. Aquilo não aconteceu por acaso. O que aconteceu?
Não use acontecer no sentido de ser, haver, realizar-se, ocorrer, suceder, existir, verificar-se, dar-se, estar marcado para. Se você insistir, prepare-se. É briga certa. Melhor não entrar nessa. Busque saídas.
Uma delas é substituir o verbo:
O show acontece (está marcado para) às 21h.
O festival aconteceu (realizou-se) ano passado.
O crime não aconteceu (ocorreu).
Acontecem (ocorrem) casos de prisão de inocentes durante as batidas policiais.
O vestibular está previsto para acontecer em dezembro (previsto para dezembro).
Não aconteceu (houve) o rigoroso inverno.
Outra é mudar a frase:
A prisão aconteceu ontem. (A polícia prendeu o ladrão ontem.)
O show dos Rolling Stones acontece no Morumbi. (Os Rolling Stones fazem show no Morumbi.)
A divulgação do resultado acontece logo mais. (O resultado será divulgado logo mais.)
O início da prova aconteceu às 8h. (A prova iniciou-se às 8h.)
A dica de hoje foi extraída do livro Escrever melhor – guia para passar os textos a limpo, cujas autoras são Dad Squarisi e Arlete Salvador.
(28.8.2018)
A dica de hoje abre espaço para a poesia. Afinal, o número 1.000 (por extenso ou em algarismos) é especial não é mesmo? Diversas vezes recorremos a ele, não para expressar quantidade exata necessariamente, mas para expressar circunstância, intensidade, juízo de valor:
Estava tudo às mil maravilhas, até que...
Você é nota mil.
Hoje estou com mil problemas pra resolver.
As dicas de portuga nos trouxeram mil ensinamentos. Show de bola!
É o mundo dos números que faz parceria com o mundo das letras. É muito legal esse exemplo de convívio pacífico e salutar entre as diferenças. Dá para aprender lições, não dá?
Millor Fernandes uniu, com criatividade, a subjetividade da poesia e o pragmatismo de conceitos matemáticos.
Aproveitamos a dica número 1.000 para homenagear essa beleza!
Que privilégio!
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a do ápice à base
uma figura ímpar;
olhos romboides, boca trapezoide,
corpo retangular, seios esferoides.
Fez de sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
frequentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.
Texto extraído do livro "Tempo e Contratempo", Edições O Cruzeiro - Rio de Janeiro, 1954, pág. sem número, publicado com o pseudônimo de Vão Gogo.
Fonte de consulta: www.releituras.com/millor_poesia.asp
Grande abraço a todos.
Escola Fazendária do Paraná,
Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário.
(29.8.2018)
EXPRESSÕES CURIOSAS DA LÍNGUA PORTUGUESA (1)
TOMBAMENTO DE UMA OBRA
Por que se diz "tombamento de uma obra" se a expressão quer dizer exatamente o contrário?
Quando alguém resolve tombar um prédio, ou seja, levar o edifício ao chão, todo mundo sai de perto. Daí teria nascido a expressão "tombar uma obra" pois, com ninguém nos arredores, seria mais fácil proteger e conservar o imóvel de valor histórico ou artístico.
Todos os monumentos ou prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, são registrados no chamado "Livro Tombo". A expressão já era usada em Portugal possivelmente desde antes de 1375, quando o rei D. Fernando fundou o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED
(30.8.2018)
EXPRESSÕES CURIOSAS DA LÍNGUA PORTUGUESA (2)
“A preço de banana”
Portugueses criaram a expressão no Brasil.
Usamos a frase "a preço de banana" quando encontramos um artigo com preço baixo, mas tão baixo, que nem dá vontade de pechinchar. Essa expressão remonta ao descobrimento do Brasil: ao chegar aqui, os portugueses encontraram bananeiras produzindo naturalmente, sem que fosse necessário plantá-Ias.
Durante a colonização, era comum encontrar a fruta em propriedades agrícolas e quintais, pelo simples motivo de que as bananeiras são plantas de fácil cultivo em climas quentes e úmidos. A abundância fez com que a fruta não atingisse altos valores comerciais, e assim a banana virou sinônimo de produto barato.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED
(31.8.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
'MOTORISTA BARBEIRO'
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc.
Por não serem profissionais, seus serviços mal feitos eventualmente geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”.
Este termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(3.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
TIRAR O CAVALO DA CHUVA
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, deixavam o cavalo ao relento, em frente à casa do anfitrião. Caso a visita fosse demorar, colocavam o animal nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol.
Contudo, o convidado só poderia pôr seu cavalo protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED
(4.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
O que quer dizer a expressão: "neca de pitibiribas"?
O termo neca equivale a nada e vem do latim nec, que significa não.
De acordo com o dicionário Houaiss, o termo pitibiriba (ou pitibiribas) é tipicamente brasileiro. Ele quer dizer nada ou coisa alguma.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(5.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
CALCANHAR DE AQUILES
A mãe de Aquiles, Tétis, com o objetivo de tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares. Páris feriu Aquiles na Guerra de Tróia justamente onde, isso mesmo, no calcanhar.
Portanto, o ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo, por metáfora, é o calcanhar de Aquiles.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(6.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Agora é tarde, Inês é morta”
Provavelmente você já ouviu esse dito popular. Por que Inês e não outro nome? Por que ela é morta? Qual o significado desse dito? Tudo se baseia em fato histórico, que, mais tarde, foi cantado em versos por Camões e também por outros autores.
Vejamos resumidamente a história. Inês de Castro (1320 – 1355), famosa por sua beleza, era de origem Castelhana, mas vivia na corte portuguesa onde se tornou amante do príncipe herdeiro D. Pedro.
Com a morte de Constança esposa de D. Pedro, eles passaram a viver juntos e tiveram, inclusive, 3 filhos. Isso desagradava o rei, D. Afonso IV que se preocupava com a origem espanhola de Inês.
Aproveitando uma viagem do filho, D. Afonso consentiu no assassinato de Inês. Quando se tornou rei, D. Pedro ordenou que se desenterrasse Inês, para que numa cerimônia palaciana, fosse rainha depois de morta.
Hoje a frase é usada para conceituar a inutilidade de certas ações, tardias.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ, com adaptação da EFAZ).
(10.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
CHEGAR DE MíOS ABANANDO
Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem.
Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada. Ele chegou de mãos abanando ao aniversário. Significa que não trouxe presente ao pobre aniversariante, que terá de se satisfazer apenas com a presença do amigo.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(11.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
O que significa "chorar pitangas"?
Pyrang, que, em tupi, significa vermelho.
Portanto, a expressão se refere a alguém que chorou muito, até o olho ficar vermelho.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.011
(13.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
Sangria desatada
Ainda antes de Hipócrates, durante o século 5 a.C., os médicos tinham o costume de sangrar o paciente para expelir os agentes da doença que o acometia. Mas, às vezes, a prática saía pela culatra e o doente embalava num sangramento que podia o levar à morte.
Essa hemorragia, também conhecida como fleborrexis, ainda era praticada no século 16. Esse sangramento descontrolado exige cuidados rápidos e eficientes.
Assim, quando dizemos que alguma coisa não é uma "sangria desatada", estamos querendo dizer que ela não precisa ser resolvida com urgência desmedida.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(14.9.2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
Mundos e fundos
Expressão surgiu das navegações espanholas
Quando se diz que alguém prometeu "mundos e fundos", é porque essa pessoa fez promessas infundadas ou exageradas.
A origem da expressão remonta às navegações espanholas. Segundo uma antiga promessa que rogava "O Céu pediu estrelas/ O peixe pediu fundura", os aventureiros tinham uma impressão abissal do mar.
Para eles, a noção de mundo e da fundura do oceano era algo recorrente e trivial no dia a dia - daí o termo com os dois exageros.
Reafirma sobre mundo, o escritor José Alcântara: "Boca do mundo é uma expressão típica da multidão anônima".
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(17.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
Gato por lebre
Até Camões caía nesse tipo de golpe.
Levar gato por lebre é ser enganado, levar algo sem valor acreditando ser bem mais caro. A expressão teve origem em Portugal, onde o "churrasquinho de gato" era bem mais apreciado do que por aqui. Os lusitanos gostavam tanto da carne do pobre bichano que, no século 19, a caçada aos gatos para fins culinários virou moda entre os estudantes de Coimbra
Como a carne do felino era mais barata, algumas estalagens de Portugal e da Espanha serviam gato como se fosse lebre. Era uma prática tão comum que Luís de Camões, no Auto dos Enfatriões, escreveu: "Fantasia de donzela / não há quem como eu as quebre / porque certo cuidam elas / que com palavrinhas belas / nos vendem gato por lebre".
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(18.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
Preto no branco
Expressão teve origem em outra, mais antiga.
Colocar o preto no branco é registrar, por escrito, uma promessa ou acordo para que depois não se corra o risco de ficar o dito pelo não dito.
De acordo com o folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascudo, essa expressão teria surgido no Brasil do século 19 como substituta para outra, bem mais antiga, datada da segunda metade do século 9: cum cornu et cum alvende. Cornu significava tinteiro e alvende era o alvará, o decreto.
Assim, a frase em latim faz referência a um decreto ou documento escrito e assinado.
Na versão posterior e abrasileirada da expressão, preto significaria a tinta e branco, o papel.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(19.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Ir para a cucuia”
Cemitério é uma das origens da expressão.
Quando alguma coisa termina mal, dizemos que "foi para a cucuia". Existem duas versões diferentes para explicar a origem desta expressão. A mais aceita refere-se ao antigo cemitério da Cacuia, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O local foi inaugurado em janeiro de 1904 e, desde então, "ir para a Cacuia" tornou-se sinônimo de "bater as botas".
Aos poucos, no entanto, a expressão foi se generalizando e passou-se a utilizá-Ia também para se referir a outras situações com finais nada felizes.
A outra explicação para o ditado vem do tupi. Na língua indígena, kui significa cair, ir para a decadência. A duplicação de kui teria resultado em kukui, que, por sua vez, deu em cucuia.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.016
(20.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Torcer a orelha”
Frase teve origem com a deusa da memória.
"Torcer a orelha" é o mesmo que arrepender-se, lastimar-se por não ter feito algo que poderia trazer bons resultados. A origem da expressão remota a Mnemonize, a deusa da memória. Segundo a mitologia, ela era a responsável por impedir o esquecimento das pessoas - e a orelha era o órgão dedicado a essa deusa grega.
Assim, torcer as orelhas era uma forma de estimular a memória e garantir que erros cometidos não fossem esquecidos. O gesto acabou virando um ato de autopunição.
A expressão foi registrada pela primeira vez em 1533, na obra Romagem de Agravados, de Gil Vicente: "Nunca o nosso agravo fora, / Nem eu torcera a orelha”.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.017
(21.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Dar uma banana”
Gesto vulgar reflete desabafo ou ofensa.
O ato de erguer o punho direito cerrado com força, apontando o cotovelo de um jeito meio brusco, tem sido cada vez mais preterido em favor dos pesados palavrões usados no dia a dia. Acredita-se que a expressão "dar uma banana" não só surgiu depois, como foi inspirada no gesto ofensivo e vulgar.
O acréscimo da fruta (com conotação fálica), no entanto, aconteceu apenas em território brasileiro. Em Portugal, sua terra natal, o gesto é acompanhado de diferentes expressões: "fazer as armas de santo Antônio", "manguito" ou "dar manguito" - no país europeu, a referência às armas da Ordem Terceira de São Francisco, em que figuravam dois braços cruzados, tem a mesma intenção de xingamento.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(24.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
"PARA INGLÊS VER"
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil
aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que
essas leis não seriam cumpridas, assim, as leis eram criadas apenas “para inglês ver”.
Daí surgiu o termo.
Fonte: otrecocerto.com/2014/08/29/expressoes-curiosas-da-lingua-portuguesa/
(25.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Fazer de gato-sapato”
Expressão pode ter surgido de uma brincadeira.
Quando alguém é tratado com desprezo, dizemos que a pessoa foi feita de gato-sapato.
A origem mais provável para a alcunha está em um jogo antigo conhecido como gato-sapato. Na brincadeira, uma criança de olhos vendados tinha de agarrar um colega. Enquanto tentava, outras crianças batiam nela com sapatos.
Daí a expressão "fazer de gato-sapato"
O escritor Marcelo Duarte aponta outra possível origem para a expressão. Segundo ele, tudo poderia ter começado numa época em que era moda abreviar palavras. Sapato, que se escrevia com "ç", era reduzido para "çato". Dependendo da letra de quem escrevia ou da atenção de quem lia, "çato" poderia ser facilmente confundido com "gato".
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(26.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Engolir sapo”
Só brasileiros "engolem" o anfíbio.
A expressão engolir sapo, usada quando somos obrigados a tolerar coisas desagradáveis sem podermos responder, é um regionalismo típico do Brasil. Mas por que engolir sapo e não cobra, borboleta ou jacaré?
De acordo com Luís da Câmara Cascudo, em Dicionário do Folclore Brasileiro, o sapo é indispensável nas bruxarias. Acreditava-se ainda que existia uma pedra na cabeça dos anfíbios eficaz nos sortilégios. Ou seja, além de gosmento, os bichos eram associados às forças ocultas.
Há também um episódio bíblico que conta que Deus castigou um faraó egípcio enviando um enxame de rãs, que invadiram casas e fornos.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(27.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Perder as estribeiras”
Expressão surgiu nos jogos de cavalaria.
Quando uma pessoa se descontrola ou fica momentaneamente desatinada, dizemos que ela "perdeu as estribeiras". A origem dessa expressão está nos jogos europeus de cavalaria dos séculos XV a XVII.
Literalmente, perder as estribeiras significava ficar sem contato com os estribos, aros que pendem de cada lado da sela do cavalo e são utilizados como ponto de apoio para o pé do cavaleiro.
Nas antigas corridas de argolinhas, torneios em que os cavaleiros a galope precisam atingir com a ponta de uma lança as argolas penduradas em fios, perder as estribeiras desclassificava automaticamente os cavaleiros do páreo. Já nas corridas de cavalos sertanejas do Brasil, quem cometesse esse erro era zombado e tinha que pagar a bebida dos companheiros como castigo.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(28.9.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Da pá virada”
Era assim que se falava de uma pessoa desocupada.
Atualmente, a expressão "da pá virada" pode ser usada com vários significados bem diferentes. Ela serve, por exemplo, para qualificar uma criança travessa e inquieta. Também se fala assim de pessoas de má índole e que são criadoras de casos. Além disso, a frase ainda pode servir para elogiar indivíduos corajosos e competentes.
Em sua origem, porém, essa frase tinha um único significado. Uma pá de pedreiro virada, voltada para o solo, é um instrumento inútil, sem nenhuma serventia.
Assim, a construção verbal era utilizada para designar indivíduos vadios, sem ocupação, que não trabalhavam e, da mesma maneira que uma pá virada, não serviam para nada. De acordo com o historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), a expressão é brasileira, e provavelmente surgiu no século XIX.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(1°.10.2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Quebrar o galho”
Duas histórias explicam a origem da expressão.
Quando alguém nos ajuda a resolver um problema, dizemos que essa pessoa nos "quebrou um galho". Existem duas versões diferentes para explicar a origem desse regionalismo tão usado no Brasil. Um dos significados da palavra galho é "conjunto de riachos que se reúnem para formar um rio".
Assim, para os viajantes, "quebrar um galho" significa abrir um caminho em um afluente de rio para desembocar de forma mais rápida no rio principal.
A segunda versão está ligada a Exu Quebra-Galho, entidade da umbanda que, acredita-se, exerce forte domínio sobre as mulheres. Exu é procurado por muitos homens para "quebrar galhos" amorosos com trabalhos de amarração.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(02/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Olha o passarinho!”
Ave na gaiola deixava criançada imóvel na hora da foto.
Quando a fotografia foi inventada, a impressão da imagem no filme não se dava rapidinho como hoje. Ver a foto numa telinha digital segundos após ela ser tirada, podendo apagá-Ia e fazer de novo se alguém piscou, tampouco passava pela cabeça dos fotógrafos. Por isso, posar era um processo bastante lento.
Na metade do século XIX, os fotografados tinham de permanecer parados por até 15 minutos a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da máquina. E fazer as crianças ficarem imóveis por tanto tempo era um verdadeiro desafio. Por isso, gaiolas com pássaros ficavam penduradas atrás dos fotógrafos e chamavam a atenção dos pequenos, tornando mais fácil a brincadeira.
Assim, a expressão "olha o passarinho" ficou conhecida como a frase dita pelo fotógrafo na hora da pose.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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DICA 1.025
(03/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“As paredes têm ouvidos”
Expressão se originou de um antigo provérbio persa.
Tanto ocidentais quanto orientais concordam com a expressão que alerta para os perigos de sermos escutados sem saber. O dito existe, nessa mesma forma, em línguas como alemão, francês e chinês. Sua origem remonta a um antigo provérbio persa que dizia: "As paredes têm ratos, e ratos têm ouvidos".
Um dos primeiros registros de provérbio semelhante em inglês aparece no clássico medieval The Canterbury Tales, escrito por Geoffrey Saucer entre 1387 e 1400. Saucer descreve algo como "aquele campo tinha olhos, e a madeira tinha ouvidos" em um dos contos.
A expressão ganhou um sentido quase literal, que pode ser testemunhado até hoje em castelos medievais e, principalmente, palácios renascentistas. Muitos deles, como o Palácio dos Doges, em Veneza, Itália escondem dutos e aberturas pelas paredes, construídas na época para possibilitar a audição, em outras salas, de encontros políticos a portas fechadas.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(04/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Dar uma canja”
Iniciais do Clube dos Amigos do Jazz originaram o dito.
Nos anos 60, o Clube dos Amigos do Jazz, entidade brasileira formada por fãs do gênero, era conhecido pela sigla Canja. Um dos costumes dos membros do clube era deixar seus instrumentos à disposição. Assim, os frequentadores do local podiam se aventurar em apresentações de improviso. De "tocar no Canja” para "dar uma canja" foi um pulo - e hoje todo músico que participa, de graça, de uma apresentação não planejada está "dando uma canja".
Corre entre músicos outra história para explicar a expressão: ela teria vindo da famosa distribuição de sopa feita aos mais pobres aqui no Brasil. Assim como o prato era distribuído gratuitamente, os artistas que não recebiam para subir ao palco estavam "dando uma canja”.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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DICA 1.027
(05/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Vale quanto pesa”
Duas origens são aceitas - uma delas é brasileira.
A expressão significa dar valor a algo por meio de seu peso e substância. "Quer dizer que você não está pagando mais do que uma coisa de fato vale, nem um centavo a mais por grama inexistente", afirma Reinaldo Pimenta, autor de A Casa da Mãe Joana, livro que desvenda a origem de expressões.
Há duas origens para ela. Uma remonta a uma lei medieval de povos do norte da Europa, que determinava que o assassino deveria pagar uma quantia em ouro ou prata à família do morto, calculada sobre o peso do falecido. A outra versão é bem brasileira: na época do comércio de escravos, os homens ganhavam valor proporcional à idade e ao peso, características relacionadas à sua força. Por isso, nos mercados de escravos, havia balanças próprias disponíveis para aferir os quilogramas da "mercadoria”.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(08/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Cor de burro quando foge”
Frase é inspirada em ditado centenário.
Várias espécies animais se transformam quando ameaçadas. O camaleão muda de cor. O polvo solta uma tinta escura que funciona como camuflagem. Não é esse o caso do burro.
Portanto, a frase, muito usada em todo o Brasil para tratar de uma cor indefinida, não tem explicação no comportamento do bicho. A resposta mais provável para a origem do termo está em um registro feito no começo do século 20 pelo gramático Antônio de Castro Lopes (1827-1901), que documentou o uso popular da construção "corro de burro quando foge".
A repetição provocou uma frase que não faz o menor sentido, e que mesmo assim ficou consagrada.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.029
(09/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Uma andorinha só não faz verão”
Frase vem de livro do filósofo Aristóteles.
Geralmente, as expressões idiomáticas têm origem popular. Não é este o caso. A primeira menção conhecida ao ditado está no livro Ética a Nicômano, de Aristóteles (384-322 a.C.). Na obra, o filósofo grego escreve que "uma andorinha só não faz primavera", no sentido de que um indivíduo não deve ser julgado por um ato isolado.
A escolha da andorinha não é casual. Na busca por calor, essas aves sempre voam juntas, em grupos de até 200 mil animais. As maiores aglomerações de andorinhas são vistas nas Américas. Em outubro, quando começa a esfriar no norte, elas percorrem 8 mil quilômetros até a América do Sul, de onde voltam em abril.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.030
(10/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Presente de Grego”
Cavalo de Troia motivou o surgimento da frase.
O termo, usado quando se recebe algo indesejável, tem ligação com a lendária Guerra de Troia. Os gregos, fingindo abandonar o conflito, deixam um cavalo de madeira nas muralhas de Troia, que acaba levado para a cidade pelos moradores. À noite, os soldados escondidos no cavalo derrotam os troianos.
Ao narrar a guerra, Virgílio escreveu, no século 1 a.C.: "Temo os gregos até quando trazem presentes".
No Brasil, uma das mais antigas referências é de Machado de Assis, em 1880: "Certo é que os diamantes corrompiam-me um pouco a felicidade; mas não é menos certo que uma dama bonita pode muito bem amar os gregos e os seus presentes".
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(11/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Memória de elefante”
Inteligência do animal deu origem à expressão
Empregada para elogiar quem tem facilidade de se lembrar de acontecimentos, a expressão tem a ver com a capacidade do animal de reconhecer rotas e outros elefantes mesmo quando separados por décadas.
Seguindo essa versão, uma frase do escritor Hector Saki, de 1910, ajudou a popularizar a citação: "Mulheres e elefantes nunca esquecem uma ofensa". Nascido em Burma, ele era familiarizado com o animal.
O filme No Caminho dos Elefantes, de 1954, mostra a história de uma mansão construída no Ceilão, na rota que esses animais faziam para beber água. Embora tivessem sido guiados por outros caminhos, eles sempre refaziam o original.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.032
(15/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
" Fazer o diabo a quatro”
Dizemos que fulano "fez o diabo a quatro" numa festa, por exemplo, quando queremos dizer que ele fez algo inacreditável ou uma grande bagunça.
De acordo com Reinaldo Pimenta, autor do livro A Casa da Mãe Joana, que explica a origem de palavras e expressões, esta nasceu na França (o original é fàire le diable à quatre) durante a Idade Média.
Nas peças de teatro daquela época, um dos personagens que sempre aparecia era o diabo. Quando o autor das representações queria fazer algum barulho, criava papéis para um ou dois diabos. Quando a ideia era causar espanto realmente, fazer uma verdadeira bagunça na peça, escalava quatro diabos. "Daí o 'diabo a quatro' significar coisas espantosas, grande confusão", escreve Pimenta.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(16/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Estar na pindaíba”
Liso, na pior, sem um tostão furado. Estar ou andar na pindaíba é não ter dinheiro nem para o essencial, passar por uma fase de grande penúria financeira.
Há pelo menos três explicações para a origem da frase. Uma delas é do linguista Batista Caetano, autor de Vocabulário. Segundo ele, pindaíba é uma palavra de origem tupi que significa "vara de anzol" (pinda é anzol e iba, vara). Estar na pindaíba era dispor apenas de uma vara para a sobrevivência.
A outra versão, também de origem tupi, é do filólogo João Ribeiro, em A Língua Nacional: pindaíba era uma selva densa de cipós onde, às vezes, os índios ficavam presos - ou seja, em grande dificuldade. A terceira explicação, por fim, é de Nei Lopes, estudioso de línguas africanas.
De acordo com ele, a frase se incorporou ao português pela língua quimbundo, falada em Angola. Pindaíba viria de uma junção de mbinda, "miséria", e uaíba, "feia" - e significaria estar na mais completa miséria.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(17/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Negócio da China”
Expressão surgiu com as Guerras do Ópio.
Não é necessário ter muita imaginação para pensar no potencial de venda de qualquer lojinha em um país com 1,3 bilhão de pessoas. É por isso que, tanto hoje como no passado, os grandes países produtores querem atuar na China. No século 19, esse mercado gigantesco foi assediado pela Inglaterra, que estava no auge da Revolução Industrial e precisava de consumidores para seus produtos.
Só que era difícil ter acesso ao país, que permanecia fechado ao Ocidente. O jeito foi partir para a briga. Nessa época, aconteceram as Guerras do Ópio, em duas etapas (1839-1842 e 1856-1860). Vitoriosos, os ingleses impuseram o monopólio da comercialização do ópio com os chineses e ainda ocuparam a ilha de Hong Kong, só devolvida em 1997. Um negócio da China mesmo.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.035
(18/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Rodar a baiana”
Quando alguém ameaça com um "pare com isso ou eu vou rodar a baiana", qualquer pessoa discreta para na hora ou, pelo menos, toma cuidado. A ameaça, na verdade, consiste em dar um escândalo público.
No meio desses blocos, alguns espertinhos tascavam beliscões nas nádegas das moças que desfilavam. Para acabar com o problema, alguns capoeiristas passaram a se fantasiar de baianas, com direito a saia rodada e turbante na cabeça. Assim, ao primeiro sinal de desrespeito, aplicavam um golpe de capoeira. As pessoas que assistiam aos desfiles não entendiam nada: só viam a baiana rodar - e começar toda a confusão.
Diferentemente do que possa parecer, essa expressão não tem sua origem relacionada à Bahia, e sim ao Rio de Janeiro. A região era palco, já no início do século 20, de famosos desfiles dos blocos de Carnaval.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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(19/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
"Salvo pelo gongo"
Explicações para a frase estão relacionadas a sinos.
Existem diversas versões para explicar a origem dessa expressão usada quando alguém consegue se livrar, no último instante, de um perigo ou uma situação constrangedora. A mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia, o distúrbio que impede o doente de se movimentar. Para evitar essas tragédias, as famílias na Europa passaram a amarrar uma cordinha no pulso do defunto, prendendo-a a um sino que ficava do lado de fora do túmulo. Se não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo. Já o pesquisador Marcelo Duarte afirma, no livro Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa, que a frase surgiu em Londres, no século 17. Um guarda do palácio de Windsor acusado de dormir no posto alegou que estava tão acordado que tinha ouvido o sino da igreja tocar 13 vezes naquela noite.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.037
(22/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Cair nos braços de Morfeu”
Frase é inspirada no filho do deus grego do sono.
De acordo com a mitologia da Grécia antiga, Morfeu era um dos mil filhos de Hipno, o deus do sono. Assim como o pai, era dotado de grandes asas, que o transportavam em poucos instantes, e silenciosamente, aos pontos mais remotos do planeta.
O nome Morfeu quer dizer "a forma" e representa o dom desse deus: viajar ao redor da Terra para assumir feições humanas e, dessa maneira, se apresentar aos adormecidos durante os seus sonhos. É por isso que se costuma dizer, há vários séculos e nas mais diversas línguas: quem cai nos braços de Morfeu faz um sono tranquilo e reconfortante, como se realmente estivesse na companhia dessa divindade.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.038
(23/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Cabra da peste”
Empregada para designar um indivíduo bom, confiável e, principalmente, corajoso, essa locução tipicamente nordestina em nada tem a ver com a coitada da fêmea do bode. Cabra, no Nordeste brasileiro, é sinônimo de homem.
Assim, é comum na região expressões como "cabra bom", para se referir a alguém decente, ou "cabra besta", para alguém considerado um orgulhoso sem razão.
Mas por que "da peste"? A razão é que epidemias eram um mal muito comum na região no começo do século XX e, com a falta de recursos da população, tornavam-se muito perigosas e levavam à morte.
Dessa forma, quando alguém ficava doente, todos se afastavam com medo de serem contaminados pelo "cabra da peste". A expressão acabou, mais tarde, tornando-se sinônimo de alguém que, por sua valentia, causa medo nas pessoas, a ponto de afastá-Ias.
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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DICA 1.039
(24/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Enfiar o pé na jaca”
Expressão popular ganha contornos pitorescos na pesquisa, por sua origem.
Quem enfia o pé numa jaca vai ter dificuldade em romper a casca da fruta. Se conseguir e chegar à polpa, pode saboreá-Ia, como muita gente faz, livrando-se dos caroços em cada gomo. Mas, realmente, não é a melhor maneira de comer jaca, há outras mais Civilizadas...
Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas do caminho para molhar a garganta com uma pinga. Quando se excediam e enchiam a cara, já bebuns, na hora de pegar o cavalo para ir embora às vezes acontecia, ao subir no animal e jogar a perna esquerda para montá-Io, errar e pisar no jacá - o cesto que levava as mercadorias - e, não raro, esborrachar-se de cara no chão.
Daí teria nascido a expressão: quando alguém bebia demais, dizia-se que enfiara o pé no jacá - no jacá! Jaca, a fruta, não tem nada com isso, nem que a novela da Globo quisesse, enquanto esteve no ar...
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
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DICA 1.040
(25/10/2018)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
“Onde a porca torce o rabo”
Camões já utilizava essa expressão em 1556.
Usada para se referir a uma situação difícil, cuja solução exige habilidade, a expressão "Onde a porca torce o rabo" tem como explicação mais provável o costume antigo de torcer o rabo dos porcos quando eles incomodavam com seus guinchos. Esperava-se que, assim, eles se calassem. Esses momentos de silêncio foram associados, então, a momentos de tensão, os quais acabam exigindo concentração.
O certo é que essa expressão já era popular em Portugal em meados de 1500: Podemos encontrá-la no Disparates da Índia, de Luís de Camões, escrito por volta de 1556:
"Na paz mostram coração; Na guerra mostram as costas; Porque aqui torce a porca o rabo."
Fonte: PIMENTA, Reinaldo. A casa da Mãe Joana 2: mais curiosidades das origens das palavras, frases e marcas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.046
(05/11/2018)
"Quando eu ver o Fulano" ou "Quando eu vir o Fulano"?
A segunda forma é a correta, pois o verbo "ver" no futuro do subjuntivo é "vir".
Desse modo, é preciso ter cuidado também para não dizer coisas como: "Se ela me ver" ou "Quando ela me ver". O correto é "Se ela me vir"; "Quando ela me vir"; "Quando eu vir o Fulano".
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.041
(26/10/2018)
Diferença entre Ouvir e Escutar
Pode parecer engraçado, mas há uma grande diferença entre os dois verbos. Como pode alguém ouvir e não escutar?
Ouvir refere-se aos sentidos da audição. A pessoa ouve apenas, mas pode ou não interpretar a comunicação.
Escutar requer mais que ouvir, ou seja, a pessoa tem que prestar atenção ao assunto, entender do que se trata, perceber o que foi dito, sentir as palavras, memorizar o assunto, opinar, levar em consideração e agir ou não em conformidade.
Para quem deseja ir bem nos estudos, progredir profissionalmente, escutar é a melhor opção e haverá necessidade de prática. Nos dias de globalização, competição acirrada, as pessoas pouco escutam e desejam mais falar do que ouvir. No entanto, saber ouvir é um sábio conselho milenar que requer treinamento. Uma comunicação perfeita e sem ruídos requer atenção e bons ouvintes antes de qualquer coisa.
Havendo falha na comunicação haverá falhas nas relações, sejam elas conjugais, empresariais, nos negócios ou na escola. Pesquisas indicam que atualmente um dos maiores problemas de comunicação nas empresas é o fato dos funcionários de todas as hierarquias estarem mais preocupados consigo mesmos, com seus problemas não ouvindo seus parceiros e isto tem gerado infinitos conflitos que poderiam ser minimizados se as pessoas apenas escutassem mais ou invés de apenas ouvir.
Fonte: BERGO, Vitório. Erros e Dúvidas de Linguagem. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 2014. vol. II
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(30/10/2018)
Extático ou estático?
As duas formas são registradas pelos dicionários.
Extático, com x, é o adjetivo relacionado ao substantivo êxtase. É o que está em êxtase, maravilhado, encantado, enlevado. Também é o que foi causado por êxtase ou que envolve êxtase.
Exemplo do Houaiss: "forte emoção extática".
Estático, com s, é o que está parado, imóvel, sem movimento; ou sem atividade, paralisado.
Exemplos do Houaiss: "ficou estático, em estado contemplativo, a meditar".
Extático e estático são homônimos, isto é, a pronúncia é idêntica, mas o significado não.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.044
(31/10/2018)
O toalete ou a toalete?
As duas são possíveis, mas há diferenças no significado.
O toalete refere-se ao banheiro, ao "aposento sanitário", de acordo com o Houaiss.
A toalete, de acordo com o mesmo dicionário, pode ser o ato de se lavar, pentear, maquilar e vestir para determinadas ocasiões;
O Volp não registra toalete como substantivo masculino, mas esse uso já muito difundido.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.045
(1.°/11/2018)
Incipiente ou insipiente?
As duas formas existem, mas têm significado diferente.
Incipiente, com "c", é o que está no início, o principiante. É um adjetivo de dois gêneros, ou seja, não varia em masculino e feminino. Exemplo: conhecimentos incipientes (= conhecimentos iniciais).
Já insipiente, com "s", é o que não tem saber, não tem sapiência. É o contrário de sábio. Também pode significar simplório, tolo e até sem juízo. Assim como incipiente, é um adjetivo de dois gêneros.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.042
(29/10/2018)
Diferença entre Entender e Compreender
Assim como ouvir e escutar são palavras parecidas, mas com um sentido diferente e mais amplo, entender e compreender também são. Embora nos dicionários as palavras sejam sinônimas, elas apresentam diferenças cruciais e importantes.
As pessoas podem entender algo e não o compreender, bem como não saber explicá-lo também.
Por exemplo, ao estudar química, o aluno aprende e entende que a fórmula da água é H2O, mas não compreende o seu significado, os átomos que a compõe, que são necessários exatos dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio para formar a molécula de água. Ele entende, decora a fórmula sem compreender sua real definição.
Ter compreensão sobre os assuntos fará uma profunda diferença para subir os degraus de sucesso ou não de qualquer empreendimento em qualquer esfera da vida de um indivíduo. Compreender requer questionamento, perguntas e a busca pelas respostas. Para compreender não se pode ser apático, conformado, estagnado.
A dúvida e a busca da resposta fazem parte do ser racional. A natureza por si só fez do homem, um ser questionador, sempre procurando desvendar os mistérios da vida. Por esta razão a civilização fez e tem feito grandiosas descobertas. No entanto, a modernidade e a revolução tecnológica têm feito algumas pessoas se acomodarem e pararem no tempo.
Compreensão requer atenção, questionamento e principalmente tempo para pensar, analisar e conquistar o verdadeiro entendimento em todos os assuntos.
Fonte: BERGO, Vitório. Erros e Dúvidas de Linguagem. Rio de Janeiro: Livraria Editora Freitas Bastos, 2014. vol. II
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ), com adaptações efetuadas pela Efaz/PR.
DICA 1.047
(06/11/2018)
"Nada de mais" ou "nada demais"?
A primeira forma é a correta.
Nada de mais, nada de menos. De forma alguma use "demenos".
É preciso ficar com o "de": nada de interessante, nada de importante, nada de blablablá.
O "de" não é de "demais". Demais é um advérbio que significa demasiadamente, em excesso, além da conta.
Não parece fazer sentido: "Isso não é nada de em excesso". Já parece fazer sentido: "Isso não é nada de mais".
Mais uma: Há a locução "por demais", que significa demasiadamente, excessivamente.
Vale lembrar da frase exclamativa: Isso é demais! Nesse caso, é "demais", junto assim. Não temos aqui o "nada de". Temos aqui o "isso é". Isso é demais, é incrível, é complicado, é, às vezes, difícil de explicar.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.048
(07/11/2018)
Milhonário ou milionário
A segunda forma é a correta.
Milionário é aquele que possui milhões.
Apesar de a palavra "milhão" ser escrita com "lh", milionário não é derivado de milhão, mas sim da palavra francesa millionnaire.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.049
(08/11/2018).
Nova YORK ou Nova IORQUE?
É questão de padronização.
O nome da cidade (= New York) é uma homenagem à cidade de York, que fica na Inglaterra. É uma nova York. Quem prefere a forma Nova York (= traduz o new e mantém York em inglês). Entre outras justificativas, afirma: ninguém faz o aportuguesamento da cidade inglesa de York, ninguém escreve duque de Iorque.
Os defensores da forma Nova Iorque alegam falta de coerência: traduz a primeira palavra para o português e mantém a segunda no inglês. Outro argumento é o adjetivo gentílico (= nova-iorquino), totalmente aportuguesado.
Portanto, é uma questão de preferência, e não de certo ou errado.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.050
(09/11/2018)
Cidadãos ou Cidadões?
As palavras terminadas em “ão”, de acordo com a sua origem, podem fazer plural em “ãos”, “ões” ou “ães”.
Vejamos alguns exemplos: irmão/irmãos, cristão/cristãos, bênção/bênçãos; peão/peões, limão/limões, mamão/mamões; pão/pães, capitão/capitães, escrivão/escrivães…
Existem palavras que admitem duas formas no plural. A palavra corrimão é derivada de mão, cujo plural é mãos. Assim sendo, o plural original de corrimão é corrimãos.
Hoje em dia, entretanto, o uso consagrou a forma corrimões, que já é perfeitamente aceitável. Inaceitável seria a forma “corrimães”. Nem ficaria bem ficar “correndo mães” por aí…
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.051
(12/11/2018)
Plural das palavras terminadas em –íO.
A Gramática Histórica e o Latim nos ensinam da seguinte forma:
Estas palavras, no Latim, terminavam em: -ONE, ANE e ANU e aportuguesaram-se com os finais: -OM; -í ou –AM e íO, posteriormente, todas passaram a –íO.
O plural, no entanto, obedece basicamente às raízes latinas.
Assim, o plural –ÕES nasceu das palavras terminadas em -ONE ou –ONES e depois, as palavras da Língua Portuguesa permaneceram do mesmo modo, como por exemplo:
Conditione – condições
Natione – nações
Sermone – sermões
O plural – íES nasceu das palavras terminadas em -AN, -ANE ou –ANES e às vezes –ANI e –ANIS.
Exemplos:
Cane – cães
Pane – pães
Scribane – escrivães
Capelan – capelães, do italiano. Caso viesse direto do Latim, seria capelães, pois na língua latina é capellanus.
Capitão – capitães, porque veio do italiano. Se fosse pelo latim, seria capitãos.
O plural –íOS nasceu das palavras terminadas em –ANU e –ANUS.
Exemplos:
Manu – mãos
Paganu – pagãos
Germanu – irmãos
As palavras paroxítonas também fazem o plural –íOS.
Bênção – bênçãos
Órfão – órfãos
Órgão – órgãos
E, existem ainda outras palavras que admitem duas ou três terminações, como:
Vilãos – vilãos ou vilões
Aldeãos – aldeões – aldeãos
Ancião – anciãos – anciões - anciães
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.052
(13/11/2018)
Antes de P e B só se escreve M
Isso todo mundo aprende ainda pequeno, quando está sendo alfabetizado, mas pouca gente sabe por quê.
As razões históricas da ortografia portuguesa que determinam que se escreva a letra "M" antes das letras "P" ou "B" estão intimamente relacionadas com a fonética. A consoante "M" é bilabial assim como as consoantes "P" e "B". Por isso, devemos usar somente M, antes dessas duas consoantes, porque somente as 3 são bilabiais.
A consoante "N", por sua vez, também é nasal como "M", mas a sua articulação é feita na zona alveolar e, por isso, a consoante "N" está mais próxima dos pontos de articulação das consoantes "T", "D", "S", "Z", etc.
O que a ortografia da língua portuguesa tenta, então, é respeitar as regras fonológicas que regem a própria língua, porque essas regras primam pelo menor esforço dos falantes no proferimento dos sons.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.053
(14/11/2018)
Doidisse ou Doidice?
A grafia dos substantivos terminados em "ice" é com cê.
Então, pessoal: substantivos como doidice, criancice, babaquice, sandice, tolice, chatice, etc., são grafados com c.
Com "ss", vamos grafar os verbos no imperfeito do subjuntivo, como saísse, fizesse, comesse, trocasse, pusesse...
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(16/11/2018)
Uso de ESSE e ESTE, indicando distância
É frequente, ao ler e escrever, encontrarmos dúvidas quanto ao emprego de ESTE(A) ou ESSE(A).
Este ou Esse são pronomes demonstrativos que têm formas variáveis de acordo com número ou gênero.
A definição de pronomes demonstrativos mostra muito bem a função deles: são empregados para indicar a posição dos seres no tempo e espaço em relação às pessoas do discurso:
- quem fala – 1ª pessoa
- com quem se fala – 2ª pessoa (que ouve);
- de quem se fala – 3ª pessoa – neste caso, o pronome é aquele (a), aquilo.
Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto – são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, é usado no presente.
Exemplos: Este colar, no meu pescoço, é meu.
Este mês vou fazer um trabalho voluntário.
2ª pessoa: esse, essa, isso – são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala, ou seja, da segunda pessoa (tu e você). Com relação ao tempo, é usado no passado ou futuro.
Exemplos: Esse colar, que você está usando, é arte da Mônica?
Isso que você pegou na geladeira não está com prazo de validade vencido?
Obs.: Quando ficar com dúvida a respeito de esse e este, lembre-se:
“este” – próximo a mim, presente.
“esse” – distante de mim, passado, futuro.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(19/11/2018)
Hífen x Travessão
É constante a confusão que ocorre no uso dos dois sinais gráficos. Embora em quase todos os casos só se use o hífen (-), é conveniente conhecer os casos de uso de cada um desses sinais.
O Hífen ( - ) é um sinal usado para ligar os elementos de palavras compostas, para unir pronomes átonos a verbos e para, no fim da linha (translineação), separar uma palavra em duas partes.
Exemplos: couve-flor, beija-flor, chamaram-me, vê-lo-ei.
O Travessão ( − ), hífen dobrado −, é o sinal de pontuação empregado na escrita para separar frases, substituir parênteses e evitar a repetição de termo já mencionado. Serve também para destacar palavras ou expressões, ou para desempenhar a função de parênteses. Além, é claro, de iniciar frases em diálogos.
Exemplos: Não trataremos mais desse assunto − e isso ficou bem claro na reunião de gestores.
Os servidores − exceto José das Couves − participaram da excelente palestra ministrada pelo auditor.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.056
(20/11/2018)
Uso inadequado do termo “Média”
Esse vocábulo, ao contrário do que muitos pensam, contém a ideia de meio, que só pode ser um.
Trata-se de valor definido como uma grandeza equidistante dos extremos de outras grandezas.
É comum dizer e escrever, por exemplo:
Temperatura média entre 20 e 40 graus.
Preço médio de 50 a 100 reais.
Pela lógica, apenas uma grandeza pode ser média: “Preço médio 50 reais”/”Temperatura média 20 graus”.
Caso figure mais de uma grandeza, recomendam-se o uso das seguintes e legítimas construções:
“Temperatura de 21 a 30 graus”
”Preço entre 40 e 50 reais”.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(21/11/2018)
ARREIA ou ARRIA?
Depende do verbo.
ARREIA é do verbo ARREAR (= pôr os arreios).
Exemplo: “Ele arreia o cavalo”;
ARRIA é do verbo ARRIAR (= abaixar, fazer descer)
Exemplo: “Ele arria as calças.”
Os verbos terminados em “– ear” são irregulares (= fazem o ditongo “ei” quando a sílaba tônica cai sobre a vogal “e”): eu arreio, tu arreias, ele arreia, eles arreiam, que eu arreie…
Os verbos terminados em “– iar” são regulares (= não fazem o ditongo “ei”): eu arrio, tu arrias, ele arria, eles arriam, que eu arrie.
Os verbos do grupo do MARIO – iniciais m –a –r –i - o (mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e o verbo intermediar, que é derivado) são as exceções.
São os verbos terminados em “– iar” que são irregulares (= fazem o ditongo “ei”): eu medeio, anseio, remedeio, incendeio, odeio e intermedeio.
Assim, tradando do verbo ARRIAR, usa-se arria (ele arria) e, tratando do verbo ARREAR, usa-se arreia (ele arreia).
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(22/11/2018)
Uso da vírgula antes do E
De modo geral, não se usa vírgula antes das conjunções aditivas (“e”, “nem”).
A conjunção “e”, além de estabelecer relação de adição entre termos de uma oração ou entre orações, serve para finalizar uma enumeração. Em qualquer uma dessas situações, não cabe o uso da vírgula antes dela.
Observe:
Ela cantava suavemente e o gato dormia no sofá. (sujeitos diferentes sem necessidade de vírgula)
Se, no entanto, a construção puder conduzir a uma leitura ambígua, a vírgula será necessária. Veja a estrutura abaixo:
Ela trazia as compras e o marido segurava o cachorro.
Num caso como esse, emprega-se a vírgula, para deixar claro que “o marido” é o sujeito de uma segunda oração, não a segunda parte do objeto direto. Assim:
Ela trazia as compras, e o marido segurava o cachorro.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.059
(23/11/2018)
Etimologia
Passaremos, a partir de hoje, a conhecer etimologicamente algumas palavras, presentes em nosso dia a dia.
AZULEJO
Azulejo – palavra originária do Árabe az-zulaiji, que significa “pedrinhas lisas”.
Portanto, nada tem a ver com a cor azul.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.060
(26/11/2018)
Origem da palavra Imposto
Essa palavra deriva do Latim IMPONERE, “impor, obrigar, colocar sobre”.
Formado de IN-, “im”, mais PONERE, “colocar, pôr”.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.061
(27/11/2018)
Significado da Expressão: Saber de Cor
COR, em Latim, quer dizer “coração”. Em certos pontos de Portugal ainda é usada com esse significado.
Assim, “saber de cor” é como saber sem precisar usar a cabeça; o conhecimento sai sem esforço. Saber de coração.
É interessante saber que, em Inglês, existe a expressão TO KNOW BY HEART, exatamente com as mesmas palavras e o mesmo sentido.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.062
(28/11/2018)
Etimologia
Fixar ou Afixar?
As duas palavras existem na língua portuguesa. São palavras sinônimas e ambas estão corretas. Os seus significados são similares, mas podemos diferenciar situações em que podemos utilizar uma ou outra. As palavras fixar e afixar se referem ao ato de tornar fixo, seguro, firme. A palavra fixar é a mais utilizada, sendo a palavra afixar quase sempre utilizada apenas para referir o ato de pregar algo em algum lugar.
A palavra fixar é originária do latim fixu- e do francês fixer e tem uma utilização mais frequente, com significação mais abrangente.
Exemplos:
Não se preocupe que não vai cair, está bem fixo. (Segurar)
Fixem estas informações porque são muito importantes. (Memorizar)
Ele está olhando fixamente para mim! (Focalizar)
Eles fixaram todos os quadros na parede da galeria. (Prender)
Finalmente tenho uma residência fixa! (Estabelecer)
A palavra afixar poderá tem origem na palavra francesa afficher ou através da junção do prefixo a- e do sufixo verbal –ar ao radical fixo. As palavras que utilizamos atualmente na língua portuguesa têm prefixos de origem grega ou latina. O prefixo a- significa afastamento ou separação quando de origem grega, mas poderá significar afastamento, separação ou uma aproximação, a realização de um movimento para mais perto, mais junto, quando de origem latina. Assim, utilizamos a palavra afixar, na maioria dos casos, com o sentido de prender ou pregar algo, de realizar um movimento para mais perto, mais junto. Devemos utilizar afixar sempre que significar pregar algo em local público.
Exemplos:
É proibido afixar cartazes!
O edital do concurso público foi afixado na data certa.
Atenção!
Na frase “É proibido fixar cartazes!” são se pode dizer que a palavra fixar esteja errada, dado que é proibido tornar fixo, pregar, colar um cartaz naquele lugar. Contudo, o verbo afixar seria mais adequado para esta situação.
Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(29/11/2018)
Etimologia
Uso da expressão LEDO
A palavra ledo vem do latim e significa risonho; alegre", portanto, a expressão significa engano alegre. Ledo engano é um termo usado quando alguém cometeu um erro ou engano, geralmente de boa-fé, ou seja, quando a pessoa não tem a intenção de fazê-lo. Geralmente utiliza-se a expressão ledo engano quando uma pessoa não tem consciência do engano, pensa estar acertando e fazendo algo para o bem e sente-se feliz, apesar de enganada, por isso a palavra ledo acompanha o engano.
Segundo o dicionário Houaiss, ledo engano é aquele gerado sem malícia, de boa-fé, e é usado para caracterizar com delicadeza algum erro notório, e dificilmente a palavra ledo é utilizada sem ser acompanhada de engano. O sentido usual de ledo engano quer passar a ideia de ingenuidade; simplicidade; de um indivíduo simplório; sem visão crítica e muitas vezes até por falta de informação por parte de quem está enganado quanto a alguma coisa.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.064
(30/11/2018)
Etimologia
O que é Dolo?
Agir com dolo significa que alguém tem a intenção de atingir um fim exclusivamente criminoso para causar dano a outras pessoas. Desta forma, essa pessoa não comete o crime por motivo de legítima defesa ou necessidade, por ter sido provocado por outrem. Um crime com dolo é cometido por alguém que o comete voluntariamente. Desta forma é possível afirmar que dolo não é simplesmente a prática de um crime, mas é a prática desse crime com o objetivo consciente de praticar o crime, sem que a pessoa em questão tenha sido influenciada ou motivada por terceiros. Dolo é também sinônimo de fraude, engano ou traição. Na análise jurídica, o indivíduo com intenção de burlar a lei, enganando o próximo em proveito próprio, está cometendo dolo. Por exemplo, na elaboração de um contrato ou concretização de um negócio.
Do latim dolus (que significa artifício, manha, esperteza, velhacaria), tem sido empregado na terminologia jurídica, na acepção civil, "para indicar toda espécie de artifício, engano, ou manejo astucioso promovido por uma pessoa, com a intenção de induzir outrem à prática de um ato jurídico, em prejuízo deste e proveito próprio ou de outrem" (SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico.Rio de Janeiro: Forense, 1989. vol. II, p. 120.).
Conforme CEGALLA (Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, p. 127), a pronúncia da vogal tônica do mencionado vocábulo é aberta, "como em solo".
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ), com adaptações pela Efaz.
(03/12/2018)
Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador.
Por Exemplo:
Água é bom para saúde.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo.
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.066
(04/12/2018)
Vir e Vim
VIM é a 1ª pessoa do singular, do pretérito perfeito do indicativo, do verbo VIR.
Exemplo: Ontem eu não vim aqui.
VIR é Infinitivo.
Exemplo: Ele deve vir só amanhã.
Obs.: Para não usar: “Eu não vou vir” ou “Ele só vai vir amanhã” deve-se usar: “Eu não virei” e “Ele só virá amanhã”.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(05/12/2018)
VALE A PENA ou À PENA?
Não há crase. O verbo VALER não pede preposição. Se “vale o sacrifício”, é porque “VALE A PENA” (sem crase).
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.068
(06/12/2018)
O que é Ululante?
Ululante é algo que ulula, é gritar, berrar, como aves, gritar de forma aflita.
Ulular vem do latim ululatus, que é o uivo, o som emitido por cães, um ganido prolongado para ameaçar alguém, ou chamar atenção.
Ululante popularizou-se através do escritor Nelson Rodrigues, que escreveu um livro chamado óbvio ululante, no ano de 1950. Ululante foi integrado à expressão “óbvio ululante”, que significa uma coisa tão clara e óbvia, que está “na cara” e as pessoas não enxergam. Ululante é mais utilizado no sentido figurado, que é o sentido que o escritor deu, uma situação ou algo que dispensa explicações. Quando uma coisa é óbvia, já evidente, agora óbvio ululante é mais ainda, e de acordo com o sentido original, é algo que está “gritando” para ser percebido.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.069
(07/12/2018)
Casos Particulares de Concordância Nominal
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido
a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
Exemplos:
É proibido entrada de crianças. Em certos momentos, é necessário atenção. No verão, melancia é bom. É preciso cidadania. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
Exemplos: É proibida a entrada de crianças. Esta salada é ótima. A educação é necessária. São precisas várias medidas na educação.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa ? São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(10/12/2018)
Casos Particulares de Concordância Nominal
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem.
Observe:
Seguem anexas as documentações requeridas. A menina agradeceu: - Muito obrigada. Seguem inclusos os papéis solicitados. Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.071
(11/12/2018)
Casos Particulares de Concordância Nominal
Bastante - Caro - Barato - Longe
Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais.
Exemplos:
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo)
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
"Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio)
"Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles). (adjetivo).
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(12/12/2018)
1º de dezembro ou 1 de dezembro?
Nunca diga, nem escreva 1 de dezembro, um de dezembro. Mas, sempre: primeiro de dezembro, 1º de dezembro.
Prevalece o ordinal.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa - São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010
SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.073
(13/12/2018)
Colherzinha ou Colherinha!
Conforme Gramática Normativa, o correto é Colherzinha.
Regra Fácil: Quando o substantivo terminar em -R, a tendência é que se faça o diminutivo com o acréscimo de -zinho ou -zinha.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010 SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.074
(14/12/2018)
Entre MIM e você ou Entre EU e você?
Nessa situação, temos dois pronomes: EU – pronome pessoal Reto e MIM - pronome pessoal oblíquo.
No caso, a preposição ENTRE exige o uso do pronome oblíquo.
Logo, o correto é dizer, sempre: Entre MIM e você.
Aprenda com o exemplo: Podemos dividir o trabalho Entre mim e você.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.075
(17/12/2018)
Afim e A fim
AFIM é um adjetivo e significa conforme, semelhante, parecido.
Ex.: Sou afim à redução das tarifas bancárias.
A FIM faz parte da locução “a fim de”, que significa para, com o propósito e indica finalidade.
Ex.: Trabalho a fim de ter uma vida digna.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
(18/12/2018)
Uso de A, Há e Ah!
A = referência a tempo futuro.
Exemplo: Sairei daqui a dez minutos.
Há = referência a tempo passado.
Exemplo: Flávia está gripada há dois dias.
Ah = Interjeição.
Exemplo: Ah! Como é bom estar com vocês!
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED, com adaptações da Efaz.
(18/12/2018)
Criado mudo ou Criado-mudo?
Usa-se o hífen quando duas palavras com identidade e significado próprios se juntam e formam um terceiro significado.
Exemplo: Tirei os anéis e brincos e os coloquei sobre o criado-mudo.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.078
(20/12/2018)
Diferença entre "Espectador" e "Expectador".
Espectador com "s" é aquele que assiste a um espetáculo.
Por exemplo: Os espectadores da peça de teatro ficaram sentados o tempo todo a pedido dos atores.
Expectador com "x" é aquele que está na expectativa de alguma coisa; é aquele que alimenta a esperança ou a probabilidade de conseguir algo.
Por exemplo: Os expectadores estavam ansiosos para o início do sorteio dos carros.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.079
(21/12/2018)
Houve e Ouve
"Houve" e "Ouve" são mais um exemplo de palavras homófonas, ou seja, são palavras que se pronunciam da mesma forma, contudo têm uma grafia e significado diferentes.
Assim, temos que a palavra "houve" faz parte da conjugação do verbo Haver; enquanto que "ouve" se refere ao verbo Ouvir.
Obs.: o verbo “haver”, no sentido de “existir”, fica na terceira pessoa do singular. Na dúvida substitua um pelo outro!
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ).
DICA 1.080
(02/01/2019)
Um ou dois VAI ou VíO?
Quando usamos a conjunção OU, com valor de “exclusão” ou de “dúvida”, o verbo deve concordar com o que está mais próximo: “Ou eu ou você TERÁ de viajar a Brasília para resolver o problema.” “Ou você ou eu TEREI de viajar…” “Ladrão ou ladrões INVADIRAM a mansão do Morumbi”.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.081
(03/01/2019)
Uso de Meio e Meia
a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere.
Exemplo:
Pedi meio queijo e meia porção de batatas fritas.
b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável.
Exemplo:
A servidora está meio nervosa com a apresentação do Projeto.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.082
(04/01/2019)
Perda e Perca
As palavras “perca” e “perda” são parônimas, ou seja, a grafia e pronúncia são semelhantes, porém com sentidos diferentes. Por este motivo, há muita confusão quanto ao seu emprego.
Devemos, portanto, nos atentar ao significado de ambas:
Perca - é uma forma verbal, flexão do verbo “perder”. Aparece na primeira e terceira pessoas do SINGULAR do presente do subjuntivo (modo que representa suposição, hipótese, conjectura) e na 3ª pessoa do singular do imperativo.
a) Não perca essa promoção! (3ª pessoa do singular do imperativo);
b) Você não quer que eu perca o avião, não é ? (1ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
c) Não quero que ele perca essa chance! (3ª pessoa do singular do presente do subjuntivo)
Perda – é um substantivo usado quando se tratar de uma situação em que se perdeu alguma coisa ou alguém.
a) No acidente, houve perda total.
b) A morte dele foi uma grande perda.
c) Conviver com você foi uma perda de tempo.
Fonte: MARTINS, Eduardo Os 300 erros mais comuns da Língua Portuguesa – São Paulo: Barros, Fischer & Associados: Clio Editora, 2010. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.083
(7/1/2019)
Espécie ou Espécime?
Depende do que se quer dizer. Apesar da semelhança, trata-se de vocábulos diferentes, cada um com sua própria origem e significado.
Espécie é uma palavra antiga (século XIII) que aponta sempre para uma coletividade.
Espécime é um vocábulo relativamente recente (século XIX) que se refere a um indivíduo dentro dessa coletividade.
Outra diferença entre as duas palavras é que espécie é substantivo feminino e espécime, masculino Qualquer que seja o sexo do espécime.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.084
(8/1/2019)
ESTÓRIA ou HISTÓRIA
As duas palavras existem, mas são diferentes. Segundo o dicionário Houaiss, estória é um brasileirismo que significa apenas “narrativa de cunho popular e tradicional”, enquanto história pode querer dizer também isso – entre muitas outras coisas.
No entanto, na língua brasileira real, o sentido de estória acaba sendo o de qualquer história inventada, ainda que não “popular e tradicional”.
O Aurélio não reconhece a palavra, assim como os portugueses, que não a usaram. Para eles, é tudo história. É que a fronteira entre história real (história) e história fictícia (estória) parece fluida demais para tornar funcional a adoção de dois vocábulos.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.085
(9/1/2019)
ELEFANTA ou ELEFOA?
Sim, o Volp registra a palavra elefoa! O ponto de exclamação se justifica porque elefoa é um velho erro cômico –e um tanto infantil – sem a menor sustentação etimológica ou morfológica.
O feminino de elefante é elefanta.
O vocabulário elefoa jamais teve acolhida em nenhum dicionário de português – luso ou brasileiro de que se tenha notícia.
Sua única aparição é negativa e se dá no Aurélio, que anota: “Não existe o feminino elefoa”. O que atesta a popularidade do erro, mas só isso.
Evanildo Bechara se alia ao Volp por ser parte do produto, está sozinho nessa.
A maior parte dos dicionários brasileiros registra também aliá, mas a maioria dos lexicógrafos de Portugal nem registra o termo.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.086
(10/1/2019)
CíIBRA ou CíIMBRA
Deve-se preferir cãibra, forma tradicional e que goza de melhor trânsito no universo dos falantes de português.
Câimbra é uma variante que encontra abrigo - como forma não preferencial - nos grandes dicionários brasileiros e também no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (Volp). Mas não goza do mesmo prestígio em Portugal.
Quanto a cãimbra, grafia que promove uma mistura das outras duas – bom, esta é só um erro mesmo!
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.087
(11/1/2019)
EXPRESSO ou ESPRESSO
As duas grafias são encontradas por aí: café expresso e café espresso. Não se pode dizer que uma ou outra esteja errada.
Espresso é uma palavra italiana que, em português, traduz-se como expresso. Quem defende o uso de espresso alega que a palavra portuguesa expresso provoca confusão, por dar a entender que o particípio irregular do verbo exprimir, onde nasceu esse adjetivo (e também substantivo) tem algo a ver com a mecânica do café expresso.
Expresso é uma tradução literal possível de espresso. O latim exprimere, que significava tanto ”apertar com força, extrair” quanto “pronunciar, enunciar claramente”
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.088
(14/1/2019)
Jantar ou Janta?
Depende do contexto. Janta é um sinônimo menos sofisticado de jantar, palavra da qual nasceu por derivação regressiva – o mesmo processo pelo qual, do verbo ajudar, se fez o substantivo ajuda.
O verbo jantar, que derivou do latim jentare (“almoçar”) no início doséculo XII, vinha sendo empregado também como substantivo desde o século seguinte. Janta surgiria bem depois, como um termo de uso coloquial, popular, familiar, que também pode ser visto como chucro ou canhestro, conforme a situação.
Jantar é uma versão mais elegante e culta.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(15/1/2019)
Louro ou Loiro?
Tanto faz. Louro, do latim laurus, é a forma mais antiga (séc XIII) e aquela que em geral os dicionaristas, tanto brasileiros quanto portugueses, consideram preferencial.
No entanto, loiro, variação registrada pela primeira vez em 1836, tem uso cada vez mais disseminado no Brasil, a ponto de não ser incomum encontrar quem por desinformação tente corrigir os que adotam louro.
As duas formas têm exatamente as mesmas acepções, de “folha de loureiro” a “cor entre o dourado e o castanho-claro” e “pessoa que tem os cabelos dessa cor”. (Louro como sinônimo de papagaio tem outra origem, mas, ao contrário do que imagina, também admite a variação loiro).
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(16/1/2019)
MENOR ou DE MENOR?
No português culto, quem ainda não atingiu a maioridade é chamado menor de idade – ou apenas menor, forma abreviada que, a depender do contexto, pode ser suficiente para transmitir a mensagem desejada.
De menor é uma expressão popular brasileira que deve ser evitada. Tem registro no Houaiss, no Aurélio e até em dicionários portugueses (como brasileirismo) mas quase sempre acompanhada da observação de que é uma expressão informal.
Esse de menor não veio do nada. É provavelmente a forma abreviada da expressão de menor de idade, que tem raízes fundas e bom lastro cultural no idioma: “Fulano é de menor idade”, uma forma alternativa de dizer “Fulano é menor de idade”.
De menor é uma expressão identificada como uso inculto ou desleixado da língua.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(17/1/2019)
Xicrinha ou Xicarazinha?
Xicrinha é um brasileirismo consagrado, já dicionarizado faz tempo. O Aurélio exemplifica seu uso com um verso de Cecília Meireles: “Serviam café numas xicrinhas de beiço lascado”.
Na verdade, a contribuição brasileira é apenas de grafia. Os diminutivos xicarazinha e xicarinha são igualmente aceitos em Portugal. Xicrinha vem a ser segundo, com a incorporação da síncope que existe na fala, isto é “xic’rinha”.
Xicrinha é uma palavra com razoável grau de informalidade. Pose-se abusar dela na linguagem familiar, mas se o contexto for um pouco mais engomado, deve-se dar preferência a pequena xícara ou, vá lá, xicarazinha.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(18/1/2019)
Antes do sol nascer ou de o sol nascer?
No Brasil, o mundo da escrita profissional, tanto o jornalístico quanto o editorial, toma isto como lei pétrea: deve-se escrever: “Acordei antes de o sol nascer”, sem contração.
Sim, todo mundo junta preposição e artigo ao dizer que “está na hora da onça beber água”. Isso se perdoa na informalidade da língua falada, mas na hora de escrever a história é outra. Certo?
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
DICA 1.093
(19/1/2019)
Chegado ou Chego
Chegado é o único particípio do verbo chegar que a norma culta admite no Brasil e em Portugal. Existem verbos de duplo particípio, chamados abundantes, como aceitar (aceitado e aceito) e gastar (gastado e gasto), mas chegar não pertence ao clube.
O particípio chego é uma criação popular documentada por linguistas em diferentes regiões de nosso país, em frases como ”Quando distribuíram as senhas, eu ainda não havia chego”.
Caso semelhante é o de trago, particípio informal de trazer, uso igualmente corriqueiro em frases como “Perguntei se ele tinha trago (trazido) o presente” – e também condenado na norma culta.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(23/1/2019)
Fruto ou Fruta
Há um modo simples (simples demais, como veremos) de responder à questão: fruta é o fruto comestível. O que equivale a dizer que, na linguagem comum, toda fruta é um fruto, mas nem todo fruto é uma fruta.
Ex.: a mamona é o fruto da mamoneira. Não é uma fruta, pois não se pode comê-la. Já o mamão, fruto do mamoeiro, é obviamente uma fruta.
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
(24/1/2019)
DE ENCONTRO A ou AO ENCONTRO DE
A expressão ir de encontro a significa ir contra alguma coisa. Encontro neste caso não tem sentido de convergência ou união, mas de choque, colisão.
Parecida na forma, a expressão ir ao encontro de tem sentido quase perfeitamente oposto: guarda a conotação positiva que falta à sua quase sósia. Seu significado pode ser tanto o de concordar (“fico feliz em constatar que suas ideias vêm ao encontro de tudo aquilo que sempre acreditei”) quanto o de atender, contemplar (“O auxílio-moradia vem ao encontro de antigas reivindicações da categoria”) ou mesmo o de buscar, perseguir (“Depois de anos de casamento fracassado, decidiu ir ao encontro da felicidade”).
Fonte: RODRIGUES, Sergio. Viva a Língua Brasileira! 1ª ed.- São Paulo: Companhia das Letras, 2016. SUBSAD/GEDEF/SUTED (GDFAZ)
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