Dicas de Português

Índice das dicas
Dica do Dia!
(13/6/2014)
PARECE, MAS NÃO É!

Calção = Peça de vestuário.
É azul a cor do calção do uniforme principal da seleção brasileira de futebol.

Caução = Garantia. O que serve de penhor a um empréstimo.
A exigência de caução é prática bastante comum.
Obs.: caução é substantivo feminino (a caução).


Descriminar = Absolver de crime, inocentar, excluir a criminalidade ou antijuridicidade (de um fato).
Há países que decidiram descriminar o uso da maconha, pois consideram ser ação importante para o combate ao tráfico de drogas.

Discriminar = Distinguir, diferençar, especificar.
Não é fácil discriminar cédulas falsas de verdadeiras.
Os motivos da autuação estão claramente discriminados.


Espiar = Observar secretamente, olhar.
Enquanto espiava os arruaceiros, pensava numa forma de avisar as autoridades.

Espiar = Amarrar com espia*.
Prendeu fortemente a embarcação com a espia.
Espia*: Designação comum a cabos normalmente utilizados para prender embarcações.

Expiar = Cumprir pena por algo cometido, padecer.
Enquanto expiava no presídio, teve muito tempo para refletir sobre os crimes que praticara.


Incerto = Não certo, duvidoso, indeterminado.
É incerta a localização dos fugitivos.

Inserto = Inserido, publicado entre outras coisas.
Foram insertas nos autos provas sobre as irregularidades praticadas pelo sujeito passivo.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

Dica do Dia!
(12/6/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 9
Santo do pau oco

No século XVII, as esculturas de santos que vinham de Portugal eram feitas de madeira e muitas delas, ocas por dentro, acabavam escondendo dinheiro falso que era trazido para o Brasil.

Durante o ciclo do ouro, contrabandistas enganavam a fiscalização recheando seus santos com ouro em pó.

Também se utilizaram deste recurso os donos de minas e os grandes senhores de terras, para esconder suas fortunas e assim escapar dos pesados impostos cobrados pelo rei de Portugal. As maiores, geralmente, eram mandadas para parentes de outras províncias e até para Portugal como se fossem simples presentes, levando grandes somas escondidas em seus interiores.

Este procedimento deu origem à expressão "santo do pau oco".
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(11/6/2014)
COM RESERVAS e RESERVADAMENTE

COM RESERVAS = com cuidado, com restrições.
“Tratou do assunto COM RESERVAS.” (=não abriu o jogo, não disse tudo que sabia);

RESERVADAMENTE = sigilosamente, confidencialmente.
“Tratou do assunto RESERVADAMENTE” (=a sós, confidencialmente).
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 
Dica do Dia!
(10/6/2014)
 
ESTRANGEIRISMOS BRAZUCAS

É muito frequente a incorporação de vocábulos de um idioma no léxico de outro idioma. Um vocábulo importado recebe o nome de estrangeirismo.

Alguns estrangeirismos mantêm sua forma original: coffee break, delivery, off-line, on-line, shopping center. No entanto, como os idiomas estão em constante transformação, estrangeirismos também sofrem mudanças e passam a ser grafados dentro das regras do idioma a que foram incorporados. Aqui no Brasil, esse fenômeno linguístico recebe o nome de aportuguesamento. É comum a coexistência da palavra original e da nova palavra, sendo preferível a utilização desta. Ao utilizar-se a forma original, esta deve ser grafada em itálico.

Seguem alguns exemplos de vocábulos que foram incorporados ao nosso idioma e, posteriormente, foram aportuguesados.

Abajur - do francês abat-jour.

Champanhe - do francês champagne.

Clipe - do inglês clip.
O plural de clipe é clipes. Assim, deve-se dizer "Por favor, empreste-me um clipe."; "Necessito de vários clipes."
Não se deve dizer "Empreste-me um clips."

Eslaide - do inglês slide.

Estresse - do inglês stress.

Futebol - do inglês football.

Leiaute - do inglês lay out.

Musse - do francês mousse.
É substantivo feminino. Assim, deve-se dizer "A musse de damascos estava deliciosa."

Videoteipe - do inglês video tape.

Xampu - do inglês shampoo.
 
Fontes de consulta: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa (Luiz Antonio Sacconi).
 
Dica do Dia!
(9/6/2014)
 
PRONÚNCIA CORRETA - 2

Em negrito, estão as palavras corretamente grafadas; em azul e itálico, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); mais abaixo, comentários e exemplos.

Destro
dêstro
Dava para imaginar que era assim? Quase todos pronunciamos déstro, que não é o correto.

Dúplex
dúpleks
O acento agudo no "u" não deixa dúvidas de que está ali a sílaba tônica. A palavra tríplex segue a mesma lógica. Nada de dupléks, tripléks, apesar de as propagandas assim dizerem.

Eifel
eifél
Um dos símbolos de Paris, é oxítona, pois “fel” é a sílaba tônica.

Extra
êxtra
Este prefixo deve ser pronunciado com o “ê” fechado. Extrajudicial, extracurricular, horas extras.

Fecho
fecho
Sempre com o “ê” fechado: ele fecha, elas fecham, ...
 
Fontes de consulta: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Dicionário de dúvidas, dificuldades e curiosidades da língua portuguesa (Luiz Antonio Sacconi).
 
 
 
 

Dica do Dia!
(6/6/2014)
 
IMPLANTAR e IMPLEMENTAR

IMPLANTAR = dar início.

IMPLEMENTAR = desenvolver, por em prática.

“É um sistema novo que ainda não foi IMPLANTADO na nossa empresa.”

“Os procedimentos já estão escritos e aprovados. Falta só a IMPLEMENTAÇÃO.”

Alguns dicionários não fazem mais essa distinção. Consideram IMPLANTAR e IMPLEMENTAR palavras sinônimas.
 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

Dica do Dia!
(5/6/2014)
 
PRONÚNCIA CORRETA - 1

Há umas palavrinhas que de vez em quando nos passam rasteiras. Temos certeza de que a pronúncia é assim, falamos assim e ...erramos, era assado. Mesmo quando temos dúvida e procuramos esclarecê-la, nem sempre obtemos a resposta desejada. Os dicionários nos ensinam a grafia correta e o significado, porém nem sempre informam a pronúncia. Assim, permanecemos na dúvida: é “ô” ou “ó”?; é “ê” ou ”é”?; o “x” tem som de “z”, “ks” ou “ss”? E por aí vai.

Abaixo, estão elencados alguns vocábulos e sua respectiva pronúncia. É possível que ao longo da leitura efetuemos dois tipos de exclamação: “Ah, isso eu já sabia!” e “Puxa, jamais poderia imaginar!”

À esquerda, estão as palavras corretamente grafadas; ao centro, em itálico e sublinhado, sua pronúncia considerando a norma culta (a grafia utilizada indica como a palavra deve ser pronunciada, e os acentos colocados não indicam sílaba tônica, mas se a pronúncia é aberta ou fechada); à direita, alguma observação.

Vamos lá!

Abrupto - ab rrupto - A pronúcia A-bru-pto, também possível, é considerada popular.

Aerossol - aérossol - Quase todos dizemos aerozol, mas não é.

Algoz - algôz - Não digamos algóz.

Almejar - almêjar - Sempre com o “ê” fechado: almejo, almejas, ...

Badejo - badéjo - A pronúncia badêjo (com "ê" fechado) não é considerada a mais adequada.

Biótipo - biótipo - Apesar da grafia, a pronúncia mais ouvida é biotípo (ti = sílaba tônica). Nada disso.

Boêmia - boêmia - Muitos dizemos boemía (mi = sílaba tônica). Nada disso.

Colmeia - colmêia - Quem diria! O correto é com “ê” fechado. Há quem defenda também a pronúncia colméia (com o “é” aberto), mais comum entre nós.
 
 
Fonte de consulta: Dicionário de Pronúncia Correta (Luiz Antonio Sacconi).

Dica do Dia!
(4/6/2014)
 
Diferença entre INÚMEROS e NUMEROSOS

INÚMEROS = incontáveis; NUMEROSOS = muitos.

“Olho para o céu e vejo INÚMERAS estrelas.” (= São tantas que é impossível contá-las);

“É uma família muito NUMEROSA.” (= É uma família compostas por muitas pessoas).
 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

Dica do Dia!
(3/6/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 8

FICAR A VER NAVIOS - HISTÓRIAS DE PORTUGAL

O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir, mas o corpo não foi encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador. Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal.

A consequência dessa crise foi a anexação de Portugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II. Evidentemente, os portugueses sonhavam com o retorno do rei, como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa.

Em função disso, o povo passou a visitar com frequência o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente, o retorno do dito rei. Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios.

É importante frisar também que a morte de Dom Sebastião inaugura o sebastianismo, que se trata simplesmente disto: a chegada do Salvador. Várias crenças advêm daí. Entre elas podemos destacar a guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro.
 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(2/6/2014)
Origem da palavra ENTUSIASMO.

São muito semelhantes as explicações para a origem do vocábulo entusiasmo.

Entusiasmo vem do grego enthousiasmós, palavra composta por três outras: en, theos e asm.

en: dentro.
theos: Deus.
asm: em ação.

Assim, originalmente, significava "O Deus que habita dentro", "Deus dentro de nós em acção.".

"Entusiasmo, contemporaneamente, é utilizado para descrever o prazer maior de fazer alguma coisa, gosto forte para alguma coisa, ou desenvolver alguma atividade com paixão e dedicação, mantendo o espírito ativo."

É bom demais levar a vida com entusiasmo!

Muito entusiasmo a todos!

Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.
 
 
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
www.significados.com.br.
abreucoachinginstitute.com.
www.abcddacatequese.com.br

 


Dica do Dia!
(29/5/2014)
SÃO ou SANTO?

Independentemente de sua religião, alguma vez já bateu aquela dúvida:

Por que SÃO PAULO, mas SANTO AGOSTINHO?

Eis a resposta, que, embora tão simples, raramente encontramos por aí:

Depende da letra com que começa o nome do santo.

Se for vogal, usamos SANTO: Santo Agostinho, Santo Inácio, Santo André.

Se for consoante, usamos SÃO: São Paulo, São José, São Bento, São Caetano, São Vicente.
 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(28/5/2014)
 
Expressões curiosas da Língua Portuguesa
 
“Olha o passarinho!”

Ave na gaiola deixava a criançada imóvel na hora da foto.

Quando a fotografia foi inventada, a im­pressão da imagem no filme não se da­va tão rapidamente como hoje. Ver a foto nu­ma telinha digital segundos após ser tirada, poder apagá-Ia e fazer de no­vo se alguém piscou não passava pela cabeça dos fotógrafos daquela época. Po­sar e fotografar era um processo bastante lento.

Na metade do século XIX, os fotogra­fados tinham de permanecer parados por até 15 minutos, a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da má­quina. Fazer com que as crianças ficassem imó­veis por tanto tempo era um verdadei­ro desafio. Por isso, gaiolas com pássa­ros ficavam penduradas atrás dos fotó­grafos e chamavam a atenção dos pe­quenos, tornando mais fácil a tarefa de fotografar.

Assim, a expressão "olha o passa­rinho" ficou conhecida como a frase di­ta pelo fotógrafo na hora da pose.
 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(27/5/2014)
 
Protocolar ou Protocolizar?
 
Com frequência, fica-se em dúvida sobre qual dos termos usar: protocolar ou protocolizar.
Primeiramente, salienta-se que ambos fazem parte do léxico da língua portuguesa do Brasil e constam em vários dicionários.

Protocolizar

É um verbo e significa “registrar ou inscrever no protocolo”.

Exemplos:

1 – A entidade filantrópica protocolizou pedido de imunidade de IPVA.

2 – É necessário protocolizar o pedido de aposentadoria no SID – Sistema Integrado de Documentos.


Protocolar

Pode ser verbo ou adjetivo.

Adjetivo: cerimonioso, formal, convencional.

Exemplos:

1 – Sua forma de falar é bastante protocolar.

2 – Após seu discurso, ouviram-se tão-somente palmas protocolares.

Verbo: tem o mesmo significado de protocolizar. Os dicionários anotam que se trata de um brasileirismo, ou seja, é uma palavra que não deve ser utilizada em linguagem formal.

Conclusão: os verbos protocolar e protocolizar possuem o mesmo significado. Se, no entanto, determinado documento ou determinado diálogo exigem o uso da linguagem formal da língua portuguesa, devemos optar por protocolizar.

Para apimentar um pouco mais a relação entre protocolar e protocolizar, seguem três links que tratam do assunto.

O primeiro traz uma aula sobre as diferenças entre protocolar e protocolizar (é um vídeo que está no YouTube e provavelmente não será possível acessá-lo no local de trabalho. Não desista, assista em casa, na lan house, pois é bastante esclarecedor).

O segundo traz matéria da Revista Época (contribuição do colega Rodrigo Alberto de Oliveira, da AGTI).

O terceiro traz opiniões sobre a utilização de protocolar e protocolizar.

Poderá ser observado que a controvérsia existe.

www.youtube.com/watch?v=pcoh8XwooGE
revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT590198-2845,00.html
www.gilmesquita.com/2006/03/protocolar-ou-protocolizar.html

 
 
Fonte: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa - Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.  
 
 
Equipe da Esat - Escola de Administração Tributária.

 


Dica do Dia!
(26/5/2014)
 
A ou Há, qual devo usar?

 
Para saber se usa-se a ou há, apresentam-se aqui algumas dicas.

1. Usa-se quando o verbo “haver” é impessoal (conjugado na terceira pessoa do singular) e tem sentido de “existir”.

Exemplos:

Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Existe um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.

Há duas palavras que devemos usar sempre: por favor e obrigado.
Existem duas palavras que devemos usar sempre: por favor e obrigado.

Importante: o verbo "existir" não é impessoal e, portanto, deve ser flexionado, pois concorda com "duas palavras".

2. Ainda como impessoal, o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”. Se for possível a substituição de por faz sem alteração do sentido da frase, emprega-se .

Exemplos:

Há muito tempo não como esse bolo.
Faz muito tempo que não como esse bolo.

Há cinco anos não escutava uma música como essa.
Faz cinco anos que não escutava um música como essa.

Importante 1: Não se usa "Há muito tempo atrás", "Há cinco anos atrás", "Há muitos anos atrás", pois ocorre redundância, já que, neste contexto, há indica tempo decorrido.
Neste caso, é correto dizer: "Muito tempo atrás" ou "Há muito tempo"; "Cinco anos atrás" ou "Há cinco anos"; "Muitos anos atrás" ou "Há muitos anos".

Importante 2: NÃO é correto grafar "Fazem cinco anos que não escutava uma música como essa.", pois, neste caso, faz é verbo impessoal e deve ser conjugado na terceira pessoa do singular: FAZ.

3. Quando não for possível a utilização do verbo ‘haver’ no sentido de ‘existir’ ou no sentido de ‘tempo decorrido’ , então, emprega-se a.  

Exemplos:

Daqui a pouco você poderá ir embora.
Estamos a dez minutos de onde você está.
 
 
Contribuição enviada por Sidney Belarmino Ferreira - 8.ª DRR - Londrina.
Fonte indicada na mensagem original: Sabrina Vilarino, graduada em Letras, equipe Brasil Escola.
Adaptações: Carlos Dell Agnelo, Esat - Escola de Administração Tributária.
 
 

Dica do Dia!
(23/5/2014)
Vou à e Vou para a
 
Não há problemas gramaticais com “vou à” e “vou para a”, mesmo porque o verbo “ir” pode ser regido tanto pela preposição “a” quanto pela preposição “para”.
O que ocorre, no entanto, é a dúvida entre uma e outra.
Realmente, há uma pequena diferença semântica, ou seja, de significado, quando dizemos, por exemplo: Vou à escola e Vou para a escola.
Vejamos:
a) “Vou à escola” passa a ideia de que o interlocutor (quem fala) irá voltar em questão de horas. Dessa forma, a noção que temos, como ouvintes, é de algo temporário, ou melhor, de curta duração.
b) “Vou para a escola” já indica um período maior de tempo, praticamente definitivo. O interlocutor vai, mas não temos ideia de quando volta ou se volta. Obviamente, dentro de circunstâncias normais, ninguém mora na escola.
Mas quando dizemos “Vou à casa de meus pais” e “Vou para a casa de meus pais” já existe a probabilidade do interlocutor estar indo visitar os pais ou morar com eles.
Da mesma forma ocorre com “Vou a Belém” e “Vou para Belém”. A primeira oração dá a entender que a pessoa vai passar uns dias em Belém. Já na segunda, há a possibilidade da pessoa estar indo residir em Belém.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

Dica do Dia!
(22/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa 6
“Cair nos braços de Morfeu”
 
A frase é inspirada no filho do deus grego do sono.
De acordo com a mitologia da Gré­cia antiga, Morfeu era um dos mil fi­lhos de Hipno, o deus do sono. Assim como o pai, era dotado de grandes asas, que o transportavam em poucos instantes, e silenciosamente, aos pon­tos mais remotos do planeta.
O nome Morfeu quer dizer "a forma" e representa o dom desse deus: viajar ao redor da Terra para assumir feições humanas e, dessa maneira, se apresentar aos ador­mecidos durante os seus sonhos. É por isso que se costuma dizer, há vários séculos e nas mais diversas línguas: quem cai nos braços de Morfeu faz um sono tranquilo e reconfortante, como se realmente estivesse na companhia dessa di­vindade.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

Dica do Dia!
(21/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa 5
Como surgiu a expressão CC para falar de suor?
 
CC deriva de "cheiro de corpo", expressão cunhada pela indústria de sabonetes Unilever para substituir a palavra suor.
Ela surgiu na década de 1950. Nessa época, a Unilever introduziu no mercado brasileiro o sabonete Lifebuoy.
O produto tinha alto poder antisséptico e bactericida, e uma de suas qualidades, exaltada nas propagandas, era acabar com o desagradável "cheiro de corpo" e dar "completo asseio corporal."

                             
lifebuoy1
     
lifebuoy2
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

Dica do Dia!
(20/5/2014)
PARECE, MAS NÃO É! - 4
 
Se não = se por acaso não.
Caminharemos no parque se não chover.

Senão = caso contrário.
- Piá, faça logo a lição, senão ficará sem o computador!

Senão = exceto, salvo.
Todos os servidores ascenderam na carreira, senão aqueles que se acomodaram.

Senão = defeito, problema.
Não há nenhum senão no plano apresentado.
Neste caso, “senão” é um substantivo masculino e pode ser pluralizado: Não há senãos no plano apresentado.
A flexão do substantivo senão acompanha a flexão de não, que é nãos: Antes de se tornar jogador de futebol profissional, ele ouviu muitos nãos.
Observa-se, no entanto, frequente utilização de senões, apesar de não se ouvir dizer nões.

Tampouco = também não, nem.
A ré não compareceu à audiência e tampouco justificou sua ausência.

Tão pouco = muito pouco.
É necessário tão pouco para se viver bem, nós é que queremos demais.

Traz = do verbo trazer.
Sempre que chega, nosso netinho traz muita alegria para esta casa.

Trás = compõe a expressão por trás de.
Por trás daquelas palavras, havia intenções meramente particulares.
 
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).
1001 Dúvidas de Português (José de Nicola, Ernani Terra).

Dica do Dia!
(19/5/2014)
PARECE, MAS NÃO É! - 3

Afluir = correr para (em direção).
Vários córregos afluem ao Rio Paraná.

Efluir = emanar, correr.
Do quarto de seu filhos, eflui um doce aroma de infância.


Afluente = curso de água que deságua em outro.
O Rio Purus é um dos afluentes do Rio Amazonas.

Efluente = resíduo de atividade industrial, esgoto.
Muitos efluentes contaminam a natureza.


Caçar = perseguir a tiro, a laço, a rede, etc
Os traficantes foram caçados pela polícia até serem presos.
Felizmente, há menos caçadas a animais silvestres hoje em dia.

Cassar = tornar nulo ou sem efeito
Qualquer parlamentar que não zelar pela coisa pública deve ter seus direitos políticos cassados.


Incipiente = que está no começo, principiante.
Os estudos sobre a utilização de células-tronco ainda são incipientes.

Insipiente = ignorante.
Apesar do elevado nível de escolaridade, ainda é insipiente no trato com as pessoas.


Mandado = ordem escrita que emana de autoridade judicial ou administrativa.
Foi expedido mandado de prisão contra o autor do furto.

Mandato = autorização, poder político que se outorga a alguém; tempo de duração dessa autorização.
Aquela mulher, tão competente e honesta, foi eleita para um mandato de três anos na direção da Escola de Música Canto que Encanta.

 
Fontes de consulta:
Dicionário Prático de Regência Nominal ( Celso Pedro Luft)
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).

 


Dica do Dia!
(16/5/2014)
PARECE, MAS NÃO É! - 2
 
Cerca = proteção normalmente colocada na divisa de um terreno
A cerca que foi instalada impede a fuga dos animais do pasto.

Cerca de = aproximadamente
Foram vacinadas cerca de cinco mil crianças.

A cerca de = aproximadamente (normalmente usado para distâncias)
O estádio fica a cerca de dez quilômetros do hotel em que a delegação está hospedada.

Acerca de = sobre, referente a.
Quando visitamos alguém enfermo, é inoportuno conversamos acerca de doenças.

Há cerca de = ideia de tempo decorrido e de existência (sem precisão).
Há cerca de cinco anos, viajei para Jericoacoara. (Tempo decorrido: Faz aproximadamente ...)
Há cerca de quinhentas pessoas aguardando na fila. (Existência: Existem aproximadamente ...)

Acender = atear fogo.
De maneira irresponsável, o motorista acendeu um cigarro enquanto abastecia seu carro.

Ascender = subir, elevar-se.
Após concluir os estudos, o jovem ascendeu profissionalmente.

Em vez de = ideia de opção.
- Mariana, em vez de ir ao cinema, você deveria ir ao teatro.

Ao invés de = ideia de oposição.
Ao invés de sair para divertir-se, resolveu ficar trancado em casa.

Eminente = alto, elevado, importante, digno.
Foi construída uma torre eminente.
O texto foi produzido por eminente professor.

Iminente = que está próximo a acontecer.
Naquele local, uma epidemia de cólera é iminente.
 
Fontes de consulta:
 
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
 
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).

Dica do Dia!
(15/5/2014)
PARECE, MAS NÃO É! - 1
 
A princípio = inicialmente, no começo
A princípio, todos estavam muito receosos; posteriormente, tornaram-se mais confiantes.

Em princípio = em tese
A documentação apresentada não é capaz, em princípio, de derruir a medida fiscal.

A fim de = para
O contribuinte foi notificado a comparecer na delegacia regional, a fim de prestar esclarecimentos.

Afim = semelhante
Na biblioteca, existem muitos livros sobre qualidade de vida, bem como outras publicações afins.

Ao encontro de = ideia de concordância, de mesma direção
As atitudes de meu filho vão ao encontro de minhas convicções.

De encontro a = ideia de discordância, de direção oposta
As opiniões de alguns filiados vão de encontro à filosofia do partido.

A = relativamente a tempo, indica futuro
Viajaremos para Garopaba daqui a 12 dias.

Há = relativamente a tempo, indica passado
Há muito tempo, minha amiga tenciona morar em uma chácara.
 
Fontes de consulta: 1001 Dúvidas de Português (José de Nicola e Ernani Terra). Português Descomplicado (Carlos Pimentel). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira). Telegramática (41) 3218-2425.

 


Dica do Dia!
(14/5/2014)
 
SIGLAS
 
Sigla é uma espécie de abreviatura.
É considerada diferenciada, pois a partir dela derivam outras palavras. CLT, exemplificando, é a sigla correspondente a Consolidação das Leis de Trabalho. Dessa sigla deriva a palavra celetista.
A grafia das siglas causa alguma dúvida: todas as letras maiúsculas? todas as letras minúsculas? a primeira letra maiúscula e as demais minúsculas? são masculinas ou femininas? vão para o plural? com ponto ou sem ponto? levam acento? dá para separar em sílabas? como usá-las no texto?
Façamos como o es-quar-te-ja-dor, vamos por partes.

Maiúsculas.
Grafam-se todas as letras em maiúsculas quando a sigla tiver até três letras.
PT, PR, SC, CPI, CPF, IPI.
Grafam-se todas as letras em maiúsculas quando a sigla tiver quatro letras ou mais, mas não puder ser pronunciada como uma palavra, ou seja, haverá pronúncia letra a letra.
FGTS, CNBB, ABNT, BNDES, ICMS, IPVA, ITCMD.

Inicial maiúscula e as demais minúsculas.
Grafa-se a primeira letra em maiúscula e as demais grafam-se em minúsculas quando a sigla tiver quatro letras ou mais, podendo ser pronunciada como uma palavra, ou seja, em sílabas.
Sesi, Senai, Petrobras, Unesco, Funai, Incra, Mercosul, Alca, Sefa, Sefaz.

Masculinas ou femininas?
O gênero da primeira palavra a partir da qual foi formada a sigla define o gênero do determinante (artigo, numeral, pronome, adjetivo) que a acompanha.
A CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. (provisória???)
A OEA – Organização dos Estados Americanos.
O Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
O FCA – Fator de Conversão e Atualização.
É mesmo sabichão? Então me responda: por que eu digo "vou fazer um DDD e não uma DDD?";
Como todos sabemos, DDD é a sigla correspondente a discagem direta a distância. Sendo discagem substantivo do gênero feminino, a sigla deveria estar acompanhada por determinante do mesmo gênero, mas não é o que acontece.
A explicação é a seguinte: muitas vezes, mesmo contrariando as normas gramaticais, algumas expressões são consagradas pelo uso, caem no gosto dos utentes de determinado idioma, incorporando-se ao léxico. No caso presente, estabeleceu-se a concordância com o nome da letra "D" (o dê).
O mesmo se dá com DDI – discagem direta internacional.
Tudo bem, uma você acertou. Mas me responda esta: Se TAM corresponde a Transportes Aéreos Marília, por que usamos a TAM e não os TAM?
Nesse caso, como a sigla refere-se a um nome pluralizado, o artigo concorda com a idéia implícita nele, ou seja, a de companhia: A (Companhia) Transportes Aéreos Marília.

Com ponto ou sem ponto?
Como pôde ser observado nos exemplos citados, não se utiliza ponto nas siglas.
Assim, grafamos DFC e não D.F.C.

Vai pro plural ou não vai?
Sim, as siglas podem ser pluralizadas.
São duas as formas de flexioná-las no plural:
1 – grafando um "s"; (minúsculo) ao final:
Para alcançar as quotas, será necessária a lavratura de AIs de grande valor. (AIs = autos de infração).
2 – pluralizando apenas o determinante (artigo, numeral, pronome, adjetivo):
As GIA foram entregues pelo contribuinte. (O artigo "As" indica que GIA = guias de informação...)
Aquelas OSF já foram encerradas. (O pronome "Aquelas" indica que OSF = ordens de serviço de fiscalização)
Observação: não haverá qualquer problema se usarmos as duas formas de pluralização ao mesmo tempo, ou seja, pluralizando o determinante e colocando um "s" minúsculo na sigla.
Muitos CAFs – comandos de auditoria fiscal – foram cancelados.
As GIAs foram transmitidas corretamente.

Fiquemos atentos: em nenhuma hipótese usaremos o apóstrofo (’) para grafar o plural de uma sigla.
Os AI’s... As GIA’s... (grafia incorreta...incorretíssima).

Com acento ou sem acento?
Ao longo das pesquisas efetuadas, não foi constatada a presença de acentos indicativos da sílaba tônica em siglas que formam palavras possíveis.
Como exemplo, tomemos a sigla Petrobras. Instintivamente, queremos colocar um acento agudo (´) no "a" de "bras", pois entendemos tratar-se de uma oxítona (sílaba tônica na última sílaba) terminada em "as". Seguremos nosso instinto, pois não há acento.
Há que se considerar, no entanto, que a sigla poderá trazer acento se a parte acentuada da palavra por extenso foi utilizada para compor a sigla.
Exemplo: a sigla Expoingá é grafada com acento, pois corresponde a Exposição Agropecuária de Maringá. Observa-se que se grafou na sigla, pois está na palavra por extenso Marin.

Separa ou não separa?
Não foi localizada uma resposta categórica. Há, porém, a indicação de que poderá ser seguida a mesma orientação dada para os nomes próprios: é preferível não separar em sílabas. Essa orientação serve para as siglas que formam palavras possíveis (pronunciadas em sílabas). Relativamente àquelas que não formam palavras possíveis (pronunciadas letra a letra), não deve haver a separação.

No texto
Quando a usamos no texto, a sigla deve vir grafada em primeiro lugar e depois sua designação por extenso entre travessões. Vejamos alguns exemplos.
Vale salientar que a RPG – Reeducação Postural Global – é extremamente salutar.
O IPTU – Imposto Predial Territorial e Urbano –, tributo municipal, é calculado com base no valor venal dos imóveis. (Observa-se que após o segundo travessão foi colocada uma vírgula. Nesse caso, é correto grafar travessão e vírgula lado a lado).
Um dos tributos municipais é o ISS – Imposto sobre Serviços. (Observa-se que não foi colocado o segundo travessão, haja vista a presença do ponto ".").
Num texto, após já termos grafado a sigla e a sua designação, se houver a repetição poderemos usar apenas a sigla.
O Brasil é um dos participantes do Mercosul – Mercado Comum do Cone Sul.
...
O Mercosul foi criado...
Se, por intermédio de determinado texto, dirigimo-nos a um público afeto ao uso de certas siglas, não se faz necessário grafar ao lado delas sua designação por extenso. Se, no entanto, nossa mensagem for direcionada a um público que desconhece as siglas usadas no texto, deve-se, quando da primeira grafia de cada sigla, colocar sua designação por extenso. Havendo repetições, poderá ser grafada, como já foi dito, apenas a sigla.

Há controvérsia

As informações acima prestadas seguramente facilitarão nossa vida no momento em que for necessário grafar siglas. Há que se ressaltar, no entanto, que mesmo entre os gramáticos não há unanimidade de entendimento. Assim, poderemos nos deparar com opiniões diversas.
São vicissitudes de nosso idioma com as quais devemos conviver.
Ainda assim, vale dizer que a exposição efetuada retrata o pensamento da maioria dos autores consultados, viabilizando o estabelecimento de um padrão. Aliás, por falar em padrão, apesar de reclamarmos que por vezes nos "engessa", há situações em que ele muito nos auxilia, pois nos indica determinado caminho, independentemente de entendimentos particulares.
 
 
 
Fontes de consulta:
1001 Dúvidas de Português (José de Nicola e Ernani Terra).
Português Descomplicado (Carlos Pimentel).
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
Telegramática (41) 3218-2425.

Dica do Dia!
(13/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa  - 4
Qual a origem da palavra "puxa-saco"?
 
No livro A Casa da Mãe Joana, Reinaldo Pimenta conta que esta expressão surgiu a partir de uma gíria militar.
"Puxa-sacos eram as ordenanças que, de modo submisso, carregavam os sacos de roupas dos oficiais em viagem", conta.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(12/5/2014)
 
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 3
 
1. "É cuspido e escarrado a sua cara!"
A frase original era: "(...) esculpido em Carrara".
Carrara é um tipo de mármore, extraído na localidade chamada Carrara.
E esta:
2. "Quem tem boca vai a Roma!"
Como nasceu?
"Quem tem boca vaia Roma!
Só mais uma:
3. "Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão."
Era: "Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão".
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(9/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa - 2
Expressão “Feita nas Coxas”
 
Em meados do século XVI e XVII, à época da escravidão no Brasil, as telhas para construção dos telhados das casas eram feitas de barro e, para ganhar forma, moldadas nas coxas dos escravos. Como o formato das coxas variavam de escravo para escravo, cada telha adquiria um formato diferente, dificultando o encaixe de uma na outra, tornando disforme e mal acabado o telhado das casas.
Com a Revolução Industrial, com a evolução e mecanização da fabricação de telhas, com a industrialização em geral, o processo de fabricação das telhas conseguia produzir, progressivamente, telhas de alta qualidade e de formatos uniformes. As telhas com defeito (baixa qualidade e/ou disformes) eram rejeitadas.
Como forma de gozação, surgiu a expressão "Feito nas coxas", para se referir a essas telhas mal feitas, que pareciam ter sido feitas como os antigos escravos as produziam.
Mais tarde, a expressão tomou conta da fala popular, sempre se referindo a alguma coisa mal feita.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(8/5/2014)
Expressões curiosas da Língua Portuguesa 1
Casa da Mãe Joana
 
É um lugar em que todo mundo manda e faz o que bem entende.
No século XVI, Joana I, rainha de Nápoles, era dona de Avignon, para onde fugira, acusada de ter conspirado a morte do marido. Venerada pelos habitantes locais, Joana governava Avignon.
Foi ela que regulamentou os bordéis da cidade, estabelecendo que deveriam ter uma porta por onde todos entrariam. A partir daí, cada bordel ficou sendo chamado de “o paço da mãe (a dona da cidade) Joana”, com o sentido de uma casa que está aberta a qualquer um.
A expressão foi para Portugal e veio para o Brasil. Aqui, a palavra “paço”, pouco conhecida, foi substituída por “casa”.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(7/5/2014)
 
Uso da expressão “Junto ao”
 
Vejamos a frase abaixo, muito utilizada no nosso dia a dia:
O processo deu entrada "junto ao" STF. Processo dá entrada no STF.
Igualmente:
O jogador foi contratado do (e não "junto ao") Fluminense.
Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não "junto aos") leitores.
Era grande a sua dívida com o (e não "junto ao") banco.
A reclamação foi apresentada ao (e não "junto ao") Procon.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 
 

 


Dica do Dia!
(6/5/2014)
 
“Pegar ônibus” ou “Tomar ônibus”?
 
 
As duas maneiras de falar estão corretas.
 
Muitos acham que "pegar o ônibus" é segurar, reter.
O Aurélio traz nada mais nada menos do que 52 acepções para esse verbo. Na acepção de número 5, registra:
"Subir ou instalar-se em uma viatura qualquer para nela viajar".
Então, pegar, nesse sentido, refere-se a qualquer veículo: carro, ônibus, avião, bicicleta, moto, etc.
Vou tomar o ônibus. O Aurélio traz 32 significados para esse verbo. O de número 21 diz:
"Entrar em veículo e nele seguir viagem". Serve para qualquer veículo.
Portanto, pode-se falar com tranquilidade: Vou pegar o ônibus ou Vou tomar o ônibus.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(5/5/2014)

DEFERIR ou DIFERIR?
 
 
 
Use deferir quando quiser obter significado de: atender ao que se pede, conceder, concordar.

Use diferir quando quiser obter significado de: distinguir, ser diferente, divergir, discordar.
Quando ficar em dúvida, é só lembrar que “diferir” começa com “i”, assim como seus sinônimos: distinguir, discordar.
Exemplos:
a) Esse assunto se difere do outro! (é diferente)
b) O juiz deferiu o pedido de reintegração feito pelos advogados do servidor! (concedeu)
c) As solicitações para inscrições no curso foram deferidas pelo Secretário. (foram aceitas, houve concordância)
d) O pedido foi deferido! (foi aceito, houve concordância)

Portanto, quando alguém diz que algo foi “indeferido” é porque foi recusado.

O verbo diferir possui outro significado além dos que foram apresentados no texto acima: procrastinar, retardar.

Poderá ser consultado o link abaixo:

 
 

 

Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 
 
 
Dica do Dia!
(2/5/2014)

O GRAMA ou A GRAMA?
 
 
Estava escrito: “… a grama da gordura animal tem nove calorias, enquanto a grama da proteína do feijão tem quatro calorias”.

O autor do texto acima devia estar fazendo referência “à grama” que o animal comeu e virou gordura e também “à grama” que nasceu junto aos pés de feijão.
A história é velha, mas vamos repetir. O substantivo GRAMA quando se refere à massa (na linguagem popular, falamos “peso”) é MASCULINO.
Portanto, “O GRAMA da gordura animal tem nove calorias, enquanto O GRAMA da proteína do feijão tem quatro calorias”.
Assim, resumindo, temos:
O GRAMA = peso
Por favor, compre 200 (duzentos) gramas de queijo.
A GRAMA = relva.
Queira cortar a grama do jardim.
 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(30/4/2014)
 
PLURAL
 
 
Quando falamos de plural, automaticamente imaginamos a letra “s” no final (até rimou). O raciocínio é correto, pois normalmente as palavras pluralizadas recebem o “s” no fim. Normalmente, mas não sempre. Além disso, há algumas que recebem o “s”, mas ficam muito estranhas, seguramente porque não estamos acostumados com elas. Conheçamos algumas.

Dinheiro - Dinheiros
É necessário muito dinheiro para sediar a copa do mundo de futebol. (Muito mesmo!)
Muitos dinheiros circularão durante os jogos olímpicos. (Alguns a gente nem imagina que existem.)
Bastante - Bastantes
Tem dinheiro bastante (suficiente) para a viagem. (Vai torrar tudinho nas férias.)
Nós observamos bastantes (muitas) baleias quando visitamos Abrolhos. (Um espetáculo emocionante e inesquecível.)
Gravidez - Gravidezes
A gravidez é uma fase especialíssima da vida das mulheres. (Um grande presente.)
Minha avó teve quatorze gravidezes e deu à luz quinze filhos. (Eram outros tempos.)
Arroz - Arrozes
O arroz é utilizado fartamente na culinária oriental. (Você já experimentou macarrão de arroz?)
Dentre os arrozes comercializados durante o festival gastronômico, vários foram apresentados em formatos inusitados. (De dar água na boca.)
Propõe - Propõem
Ela propõe que a Educação Fiscal passe a fazer parte do currículo escolar. (Ótima ideia!)
Eles propõem casamento sob o regime de comunhão universal de bens. (Que o amor seja “infinito enquanto dure”.)
Óculos
É palavra usada somente no plural.
Esqueci meus óculos na mesa do bar. (Ah, se a patroa sabe que você foi ao bar. Ainda se estivesse esquecido na padaria, na igreja, mas no bar!)
Comprei uns óculos muito bonitos: as lentes são roxo-berinjela e a armação é vermelho-susto. (Barbaridade! Devem ser um espetáculo, muito adequados para usar à noite... numa noite sem luar, sem luz elétrica nem de lampião, um breu total, para ninguém ver essa maravilha!).
Obs.: é importante lembrar que também existe o substantivo óculo, com outros significados.

 
 
Fontes de consulta:   Telegramática (41 - 3218-2425) e Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.
 

 


Dica do Dia!
(29/4/2014)
 
ÀS VEZES ou AS VEZES?
 
 
1 - Usamos o acento grave somente quando às vezes for uma locução adverbial de tempo ( = de vez em quando, em algumas vezes).

“Às vezes Kiola (MA) vem à Sefaz do ES para se inteirar sobre os cursos.”
2 - Quando não houver a ideia de “de vez em quando”, não devemos usar o acento grave.
“Foram raras as vezes em que Margarida (CE) alterou o tom de voz.” (as vezes = os momentos, as situações);
“Em todas as vezes, Marília (PE) apresentou uma solução para o problema.” (= não há a preposição “a“, por isso não ocorre a crase; temos somente o artigo definido “as“).

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(28/4/2014)
 
UM COPO COM ÁGUA OU UM COPO D’ÁGUA
 
 
Inicialmente, cumpre assinalar que ambas as expressões existem na língua portuguesa.

COPO COM ÁGUA – é aquele que contém alguma água. Basta uma gota para justificar a expressão.
COPO D’ÁGUA - em copo d’água, a preposição “de” exprime totalidade. Quer dizer: copo cheio d’água.
A expressão “um copo d’água” pode parecer um copo feito de água, dirão os desavisados. Porém não tenha receios em falar assim, pois nunca lhe trarão um copo feito desse ou de qualquer outro líquido.
Na gramática, essa construção é denominada metonímia, fenômeno em que se emprega o continente pelo conteúdo.
Diga-se de passagem que pedir um copo com água não será problema, pois a ideia será de obter água e não um copo cheio do referido líquido. Só não poderá reclamar se a pessoa que lhe servir estiver com “miséria” até para dar a água!

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


 
Dica do Dia!
(25/4/2014)
 
 
FLUIDO ou FLUÍDO?
 
 
 
 
A dúvida em relação à pronúncia da palavra FLUIDO existe, uma vez que não possui acento.
 
Como se pronuncia corretamente? Com a sílaba tônica no “u” ou no “i”?”
FLUIDO = SUBSTANTIVO
A palavra FLUIDO (sem acento) é um substantivo. Devemos pronunciá-la com a sílaba tônica no “u”:
“Nesta Gerência, sentimos bons FLUIDOS.”
“Acabou o FLUIDO do velho isqueiro do fiscal aposentado.”
FLUÍDO = VERBO
A palavra FLUÍDO (com acento agudo no “i”) existe e é verbo. É o particípio do verbo FLUIR:
“Nos discursos de Gustavo, as palavras têm FLUÍDO com incrível facilidade.”

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(24/4/2014)
 
Pronúncia da palavra Agrotóxico
 
 
Agrotóxico é um produto químico utilizado no combate e prevenção de pragas agrícolas; defensivo agrícola.
É Substantivo masculino e, em certas ocasiões, Adjetivo.
Na pronúncia correta da palavra, o "x" tem som de ks, como táxi, tóxico: /agrotóksico/.
Não se deve pronunciar /AGROTÓCHICO/ OU /TÓCHICO/, muito menos /AGROTÓSSICO/ ou /TÓSSICO/.
Portanto, pelo bem do idioma, devemos pronunciar AGROTÓKSICO, TÓKSICO.

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(23/4/2014)
ACRIANO ou ACREANO?
 
 
 
 
O antigo dicionário Aurélio registrava as duas formas.
Segundo o novo Vocabulário Ortográfico publicado pela Academia Brasileira de Letras e o dicionário do mestre Evanildo Bechara, quem nasce no Acre é ACRIANO. Não há registro de acreano.
Assim, podemos dizer:
Francisco é acriano e se orgulha muito disso.

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(22/4/2014)

 
TV a Cores ou TV em Cores?
 
 
Conforme o Gramático Napoleão Mendes de Almeida, corroborado pelos demais estudiosos, é erro grosseiro dizer "TELEVISÃO A CORES".
O estudioso da língua cita vários exemplos da justa acolhida da preposição EM, nas frases:
"É só soltar a tecla de recepção EM cores";
"Teresa ganhou de aniversário, uma enorme TV em cores.";
"A fotografia de Ângela foi tirada EM cores";
O filme “O Artista”, do qual falamos ontem, é em preto e branco, não em cores, como acreditei que fosse.
Dessa forma, na dúvida entre "Televisão em cores" ou "televisão a cores", escolha a forma certa: "televisão em cores".

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(17/4/2014)

 
“Assistimos o” ou “assistimos ao”?
 
 
 
O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo direto (sem preposição) ou indireto (com preposição).

Quando a pergunta "a quê?" for feita ao verbo, este será transitivo indireto.
Quando a pergunta "quem?" for feita ao verbo, este será transitivo direto.
Exemplos:
a) Cida, quando dentista, assistia o paciente.
(Assistiu quem? O paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediários, sem preposição).
b) Milton assistiu ao filme “A Pele que Habito”!
(Assistiu a quê? Ao filme! Logo, preposição a + artigo o)
O verbo assistir será transitivo direto quando tiver significado de ajudar, auxiliar, prestar assistência, socorrer. Portanto, sem preposição!
O verbo assistir será transitivo indireto quando tiver significado de presenciar, comparecer, ver, estar presente, testemunhar, caber. Portanto, a preposição “a” será obrigatória!

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(16/4/2014)
EXTRATO ou ESTRATO?
 
 
 
ESTRATO, com S, quer dizer “camada”.
Ex.: O certo é “estrato social”, “sociedade estratificada” (sociedade dividida em camadas), “estratosfera”…
EXTRATO, com X, vem do verbo extrair e significa “essência, resumo, sumo”.
Ex.: “extrato de tomate”, “extrato bancário”, “extrato (= essência de perfume)”…

 
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(15/4/2014)
Em meados de...
 
 
 
É comum ouvirmos dizer: "em meados de abril", "em meados de maio", com o significado de "em algum dia dentro desse mês".
Atenção!
Meados é um termo técnico, definido no parágrafo 2.º do artigo 132 do Código Civil (Lei 10.406/02, de 10 de janeiro de 2002).
O dispositivo prescreve que o termo meado significa o décimo quinto dia de qualquer mês.
Se procurarmos no dicionário, encontraremos definições de meado: palavra adjetiva, significa dividido ao meio; meio; feito de partes iguais de substâncias diferentes; ou o substantivo masculino metade, o meio.
Portanto, quando for usado o termo meado, se em documento, será sempre o décimo quinto dia; se no uso comum, o meio do mês.

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(14/4/2014)
VERBO SOBRESTAR, UMA CAIXINHA DE SURPRESAS
 
 
 
O verbo sobrestar possui mais de um significado: não prosseguir, parar, deter-se, suspender, sustar, retardar, dentre outros.
O quê da questão, no entanto, não é o que ele significa, mas como é conjugado.
Iniciemos testando nossos conhecimentos.
1 – Eu sobrestei o processo ontem.
2 – Eu sobresto processos diariamente.
3 – Eles sobrestam processos.
4 – Por favor, sobreste este processo para mim.
Em relação à conjugação do verbo sobrestar, podemos afirmar que:
( ) Somente a oração 1 está correta.
( ) Somente a oração 2 está correta.
( ) Somente a oração 3 está correta.
( ) Somente a oração 4 está correta.
( ) As quatro orações estão corretas.
( ) As quatro orações estão incorretas.

Antes de olhar a resposta, ponha a cuca para funcionar.
Tchan, tchan, tchan, tchan...
Pois é, acertou quem escolheu a última opção: As quatro orações estão incorretas.
- Mas como?! Eu digo assim todos os dias desde que entrei no Fisco! (e olha que faz tempo). Uso em pareceres, despachos, informações... Até usei em meu pós-doutorado!
Ficou espantado? Não se preocupe, eu também fiquei (e muito!).
O verbo sobrestar, tão íntimo de gavetas e armários, é constantemente maltratado por nós. Se quisermos acertar, devemos conjugá-lo como o verbo estar, conhecido de todos.
Vejamos a conjugação de dois tempos verbais usados por nós frequentemente.
Estar                                                          Sobrestar
Presente do Indicativo                               Presente do Indicativo
Eu estou                                                    Eu sobrestou
Tu estás                                                    Tu sobrestás
Ele está                                                     Ele sobrestá
Nós estamos                                            Nós sobrestamos
Vós estais                                                 Vós sobrestais
Eles estão                                                 Eles sobrestão

Pretérito Perfeito do Indicativo                  Pretérito Perfeito do Indicativo
Eu estive                                                   Eu sobrestive
Tu estiveste                                              Tu sobrestiveste
Ele esteve                                                 Ele sobresteve
Nós estivemos                                          Nós sobrestivemos
Vós estivestes                                          Vós sobrestivestes
Eles estiveram                                          Eles sobrestiveram

Portanto, devemos dizer assim:
Eu estive aqui ontem.
Eu sobrestive o processo ontem.
Eu estou aqui diariamente.
Eu sobrestou processos diariamente. (Difícil de acreditar, né?!)
Eles estão aqui.
Eles sobrestão processos. (Mais difícil ainda!)
Por favor, esteja aqui às 19 horas.
Por favor, sobresteja este processo para mim. (Será que alguém atenderá o pedido?!)

E por aí vai...
Realmente, nosso portuga é uma caixinha de surpresas.
Como se diz popularmente: "Eu morro e não vejo tudo!"
Aprendemos mais uma.
Até a próxima.

 
Fontes de consulta:
Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
Autor: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.
Páginas da web.
CLIQUE AQUI PARA LER O TEXTO SOBRE O VERBO SOBRESTAR


 
Dica do Dia!
(11/4/2014)
Imoral e Amoral
 
 
 
 
Os dois termos referem-se à questão moral, no entanto têm relações diferentes com a palavra.
 
Primeiramente, o que é moral, conforme o dicionário? É o que está “de acordo com os bons costumes e regras de conduta; conjunto de regras de conduta proposto por uma determinada doutrina ou inerente a uma determinada condição.”
No mesmo dicionário, moral também é classificada como o “conjunto dos princípios da honestidade e do pudor”. Daí este termo ser tão utilizado em âmbito social, principalmente no político!
Assim, temos que:
Imoral é tudo aquilo que contraria a moral. Quando há falta de pudor, quando algo induz ao pecado, à indecência, há falta de moral, ou seja, há imoralidade.
Amoral é a pessoa que não tem senso do que seja moral, ética. A questão moral para este indivíduo é desconhecida, estranha e, portanto, “não leva em consideração preceitos morais”.

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(10/4/2014)
Como pronunciar a palavra RUIM: Rúim ou Ruím?
 
 
 
O acento fonético está na sílaba “im”.
Devemos pronunciar a segunda forma: RUÍM (O acento empregado é apenas para mostrar onde devemos dar mais ênfase na pronúncia).
Assim como ruir, ruína, Caim, raiz.
É incorreto dizer RÚIM.

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(9/4/2014)
DA ONDE ou DE ONDE?
 
 
 
A forma “da onde” simplesmente não existe.
Sempre que houver a ideia de procedência “de” algum lugar, devemos usar a forma DE ONDE.
Portanto, devemos falar:
“Rio de Janeiro é a cidade de onde Léo veio.”
“Quero saber de onde você vem.”

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(8/4/2014)
“Meias-calça ou meias-calças?”
 
 
 
Embora meias-calças seja aceitável, o plural mais recomendável é MEIAS-CALÇA.
 
Trata-se de um tipo de meia. O substantivo CALÇA exerce a função de adjetivo.
Quando isso ocorre, o substantivo torna-se invariável, ou seja, não se flexiona nem em gênero nem em número.
Exemplo: Marília emprestou-me suas meias-calça durante o inverno.
“Meias calças” (sem hífen) poderiam ser “calças pela metade”, assim como “meias palavras”.
Exemplo: Enjoada de suas calças jeans, Veronice transformou-as em meias calças para desfilar no verão.

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


Dica do Dia!
(7/4/2014)
SOB ou SOBRE?
 
 
 
SOB = “embaixo de”.
“Livian teve conjuntivite e ficou sob cuidados médicos”.
“O denunciante está sob proteção da justiça”.
“ O Cachorro está sob a mesa”.
SOBRE = “em cima de”.
“Ana Lucia deixou o livro sobre a mesa”. Ainda bem que ela é cuidadosa, já imaginou se ela deixa o livro sob a mesa? E o cachorro da frase acima?
Atenção
A frase “marcar sob pressão” está errada. Quem exerce pressão exerce pressão SOBRE alguém ou SOBRE alguma coisa. Nesse caso, é preferível dizer: “marcar POR pressão”.

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(4/4/2014)
Sereias Tupiniquins
 
 
 
Há umas palavrinhas e umas expressõezinhas que, chicletonas, pegajosas, insistem em se agarrar ao nosso dizer, escrito ou falado. Sedutoras, arrastam-nos para o erro, tal como as sereias, de acordo com a lenda, arrastam os incautos para a profundeza das águas.
Com certeza o uso que fazemos delas não foi ensinado na escola nem nas gramáticas. Seguramente – e isso acontece o tempo todo – ouvimos alguém dizer, vimos alguém usar e, pronto, imitamos sem pestanejar. Imitamos sem questionar. Imitamos sem investigar. Imitamos porque, se lemos tantas vezes e se ouvimos outras tantas, então está certo.
É aí que viajamos na maionese.
Abaixo, vai uma pequena amostra de termos com que nos deparamos e usamos frequentemente, mas que são impróprios para o contexto em que estão insertos, e até em qualquer contexto:
Menas
Essa é de arrepiar. Se usar, mergulhe em água benta. Se ouvir, procure um confessionário e arraste o falante com você.
“Menas” seria – se existisse, é claro – o masculino de menos?
Não caia nessa armadilha: menos é sempre menos, não muda nunca.
Hoje há menas pessoas na fila.
(Quem disse isso deveria ser o último de uma fila de dois quilômetros, noite fria, garoa, vento, bermuda, manga curta, fome, mosquito da dengue, vontade de ir ao banheiro...).
Graças a Deus, há menas chance de eu haver perdido aquele arquivo.
(Deixe Deus fora dessa! Tomara que perca o arquivo, não exista back up e tenha que digitar tudo novamente).
Jamais poderemos errar:
Hoje há menos pessoas na fila.
Graças a Deus, há menos chance de eu haver perdido aquele arquivo.
Enquanto
Essa conjunção nos remete à idéia de tempo; mais precisamente, à idéia de fatos que ocorrem ao mesmo tempo.
Enquanto escrevia, pensava nos momentos que passara com a amada.
Os meninos brincavam no campinho de futebol enquanto seus pais os acompanhavam com olhares atentos.
Acontece que usar “enquanto” com outros sentidos virou modismo.
Eu, enquanto cidadão, tenho o direito de me manifestar sobre a falta de segurança nesta cidade.
Observa-se, claramente, que “enquanto” foi usado com o mesmo valor de “na condição de”, “na qualidade de”. Fujamos dessa. Digamos assim:
Como cidadão, tenho o direito de me manifestar sobre a falta de segurança nesta cidade.
Considerando minha condição de cidadão, tenho o direito de me manifestar sobre a falta de segurança nesta cidade.
Junto a
Essa expressão indica proximidade física.
Sinto-me feliz quando tenho meus filhos junto a mim.
Aproximou-se, posicionou-se junto à entrada e disse-lhe lindas palavras.
Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto “junto a” recebeu, por nossa conta, outros significados.
Aquela motocicleta foi adquirida junto a uma grande concessionária.
O auditor fiscal solicitou vários documentos junto ao contribuinte.
Procuramos manter contato junto aos nossos colaboradores.
Digamos assim:
Aquela motocicleta foi adquirida em uma grande concessionária.
O auditor fiscal solicitou vários documentos ao contribuinte.
Procuramos manter contato com nossos colaboradores.
Onde
“Onde” indica basicamente ideia de lugar.
Onde você comprou esses óculos?
É lindo o Brasil, onde o Sol brilha sempre!
Esse “pequerrucho” termo assumiu, no entanto, outros significados.
A fiscalização foi intensificada, onde houve aumento da arrecadação.
É uma denúncia muito grave, onde as conseqüências são imprevisíveis.
Melhor dizermos assim:
A fiscalização foi intensificada, por isso houve aumento da arrecadação.
É uma denúncia muito grave e as conseqüências são imprevisíveis.
Colocação
Essa virou febre, mania nacional. Quem usa não tem dó nem piedade de quem ouve, ou lê.
A funcionária que atuou na Vendinha do Fisco colocou muito bem seus argumentos.
Durante reuniões, então, nem se fala... é uma colocação atrás da outra. Coitados dos reunidos.
Por favor, deixem-me fazer uma colocação, pois eu acho que é muito importante.
Diante de todos, gostaria de colocar que tenho muitas dúvidas acerca dos novos procedimentos adotados.
E depois de duas horas colocando daqui, colocando dali, participando de todo tipo de colocação, todo mundo se levantando...eis que...
Só um minutinho, só um minutinho. Agora pra concluir, pra fechar mesmo, eu gostaria de colocar que... (fala sério, ninguém merece, não é mesmo? Aos quarenta e cinco do segundo tempo?!)
Vamos simplificar:
A funcionária que atuou na Vendinha do Fisco argumentou muito bem.
Por favor, deixem-me expor minha opinião, pois acho que é muito importante.
Diante de todos, gostaria de dizer que tenho muitas dúvidas acerca dos novos procedimentos adotados.
A nível de
Outra campeã. Quase hors-concours.
Sanguessuga, retira toda a elegância do nosso discurso, disseca-o, deixa-o paupérrimo, sem vida.
A nível de Brasil, ainda existe muita discriminação.
Essa situação deve ser solucionada a nível de diretoria.
A nível de padrão de jogo, as equipes europeias estão à frente das sul-americanas.
É bem mais simples dizer:
No Brasil, ainda existe muita discriminação.
Essa situação deve ser solucionada pela diretoria.
O padrão de jogo das equipes europeias é melhor que o das equipes sul-americanas.

 
Fonte:
Dicas da Dad, português com humor - Dad Squarise
 
 
Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira
 
O dia-a-dia da nossa língua - Pasquale Cipro Neto
 
Português descomplicado - Carlos Pimentel
 

 


Dica do Dia!

(3/4/2014)

 

“TODA noite ou TODA A noite?”

 
 
“Toda noite” significa “qualquer noite, todas as noites”.
 
Exemplo: Magal é fascinada por histórias de amor, ela assiste a filmes de romance toda noite!
“Toda a noite” significa “a noite inteira”.
Exemplo: Antigamente, nos postos fiscais, os servidores passavam toda a noite envolvidos com o trabalho.
 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).
 

 


Dica do Dia!
(2/4/2014)

 

Comprimento ou Cumprimento
 
 
 
 
Troca-se o “u” e o “o”, muda-se tudo.
 
É muito comum ouvir esse trocadilho nas conversas cotidianas. Também, pudera, parece haver um acordo entre as pessoas: pode-se usar tanto “u” como “o” que todo mundo entende!
No entanto, “cumprimento” e “comprimento” têm significados bastante diferentes. E deveria ser causa de estranheza empregar um em vez do outro.
Vejamos: Usa-se comprimento no sentido de extensão, tamanho, dimensão.
Exemplo:
O comprimento da garagem não permite guardar dois carros.
Usa-se cumprimento no sentido de saudar alguém, e também, quando deriva do verbo “cumprir” (executar), como em:
O servidor Yuri, da GETEC, cumpriu brilhantemente suas obrigações. Ele estava no cumprimento de suas obrigações.

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER (SEFAZ/ES).

 


 

Dica do Dia!
(1/4/2014)

 

Vendeu A VISTA  ou  À VISTA?
 

Se alguém “vendeu a vista”, deve ter vendido “o olho”, pois A VISTA é objeto direto.

 

Exemplo: Seu desespero era tanto que primeiro vendeu o carro, depois vendeu um rim e agora vendeu a vista.

À VISTA é adjunto adverbial de modo, por isso, usa-se a crase.

Exemplo: Cíntia faz coleção de relógios, todos são maravilhosos e ela compra todos à vista.

Assim, basta saber qual o sentido prefere usar: A Vista (olho) à vista (forma de pagamento).

 
Fonte: SUBSAD/GEDEF/SUDER

 


 

Dicas de Portuga.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Verbo proceder, quem não te conhece te compra diretamente!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O verbo proceder possui mais de uma regência, de acordo com o significado que se quer conceder a ele. Aqui no Fisco paranaense – e com certeza em tantas outras instituições públicas e privadas –, ele é muito utilizado na acepção de efetuar, realizar, fazer. Neste caso, ele é transitivo indireto, ou seja, seu complemento verbal deve vir acompanhado de preposição.  É comum ouvirmos assim: O auditor fiscal procedeu à atuação. O gerente procedeu ao levantamento da quantidade de servidores da Receita Estadual. Até aí tudo bem, tudo certo, pois foi usado na voz ativa. É assim que deve ser. Os problemas têm início quando queremos transformar o bichinho em passivo, ou melhor, em verbo na voz passiva. Fiquemos certos de que ele não gosta nadica de nada que digamos assim: A autuação foi procedida pelo auditor fiscal. O levantamento da quantidade de servidores da Receita Estadual foi procedido pelo gerente. Diz, então, o indignado verbo proceder: Foi procedida? Foi procedido? Nem pensar!!! Xô, passividade; sai de perto, coisa ruim!!! Comigo não, comigo NÃO! É que, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, os verbos transitivos indiretos NÃO admitem a voz passiva. Conclusão: verbo proceder, no sentido de efetuar, realizar, fazer, apenas na voz ativa e com preposição.